César
Fonseca: Terrorismo bolsonarista bombeia candidatura de Lula em 2026
O
presidente Lula é o grande beneficiado pelo atentado terrorista na Praça dos
Três Poderes, no qual morreu o terrorista bolsonarista de Santa Catarina,
Francisco Wanderley Luiz.
O
atentado afasta a direita da ultra direita fascista e fortalece o
centro-esquerda, beneficiando a candidatura Lula-2026.
O
terrorismo de ultradireita, que colocou a cabeça de fora em 8 de janeiro de
2023, marginaliza politicamente a ultradireita.
Os
ultra radicais se isolam e levam a direita – potencial aliada dos fascistas – a
se deslocar para o centro, aumentando sua propensão de apoio ao
centro-esquerda, para fugir do estigma do fascismo.
Fortalece
o ambiente que caracterizou a criação da Frente Democrática lulista, vitoriosa
frente aos fascistas em 2022.
Lula,
com a Frente, transformou-se no líder de centro-esquerda à qual se agregou a
direita que se descolou da ultradireita bolsonarista para votar no líder dos
trabalhadores, para governar por mais quatro anos pela terceira vez.
O
terrorista que se auto explodiu na Praça dos Três Poderes contribuiu para a
estratégia do presidente que levou ao terceiro mandato.
Para
tanto, Lula levantou a bandeira anti-terrorista anti-bolsonarista, com o seu
contrapolo: a bandeira da união, do pacifismo.
REVERSÃO
DE EXPECTATIVA
A
derrota recente da esquerda nas eleições municipais estava levando à discussão
de outra frente política capitaneada pela direita que tenderia a esvaziar a
Frente lulista, criando expectativas adversas.
Mas,
com a implosão política da ultra direita fascista por meio do terrorista
bolsonarista catarinense, ganha força a ideia da Frente lulista pacifista face
à direita e ultradireita que imaginaram possibilidade de frente anti-Lula.
O
fato é que, sobretudo, o resultado eleitoral consagrou a propensão da sociedade
ao diálogo democrático e afastou a possibilidade de êxito de extremismo como
esse que acaba de acontecer.
O
terrorismo bolsonarista joga combustível para a candidatura Lula que voltou ao
terceiro mandato, lutando contra a hegemonia bolsonarista terrorista
neoliberal, levantando a bandeira do pacifismo e do desenvolvimento econômico
com distribuição de renda.
A
essência fundamental da luta lulista é anti-neoliberal.
RAIZ
DO ÓDIO BOLSONARISTA
Graças
ao neoliberalismo armado por Bolsonaro e Paulo Guedes, a sociedade se tornou
mais violenta em decorrência da maior exploração do trabalho e da redução dos
salários, obra da destruição dos direitos sociais sob reforma trabalhista
neoliberal.
Os
trabalhadores que defendem a escala 6x1, por exemplo, pregam, essencialmente, o
que a reforma trabalhista neoliberal lhes roubou: tempo para o descanso e o
lazer, com redução de salários.
O
mal estar neoliberal azedou o mal humor social.
Mais
da metade da força de trabalho perdeu seus direitos trabalhistas e tiveram,
principalmente, diminuição dos salários.
Elevou-se
a taxa de mais valia do trabalhador mediante maiores lucros dos patrões com
redução dos custos das folhas de pagamento.
Ganhou
o capital, perdeu o trabalho.
Com
menos salários, os trabalhadores reduziram o consumo e caíram os lucros dos
empresários que correm, agora, ao governo atrás de subsídios.
Cerca
de R$ 200 bilhões em subsídios concedidos pelo governo para perto de 60 mil
empresas, elevam a taxa de lucro cadente dos empresários abalada pela queda do
poder de compra dos salários, desvalorizados pela reforma trabalhista
neoliberal bolsonarista.
Bolsonaro
é o anti-Vargas que veio para destruir trabalhadores, missão número um do
fascismo.
Os
fascistas bolsonaristas tentam destruir Lula com discurso de ódio que o
neoliberalismo bolsonarista despertou.
O
SONHO ACABOU
Os
bolsonaristas pensaram alto que a vitória eleitoral municipal garantiria a
volta do bolsonarismo.
Mas
o germe terrorista antidemocrático bolsonarista cresceu e explodiu na Praça dos
3 Poderes outra vez.
Repeteco
do terror de 8 de janeiro de 2023, encarnado no imaginário psicológico
bolsonarista, cujas consequências tendem a ser crescente isolamento
ultradireitista pela sua principal aliada, a direita.
O
extremismo bolsonarista teria ou não ligação com tentativas do terrorismo
internacional fascista ultradireitista, cujo chefe espiritual agora é Donald
Trump?
Tentam
ou não os fascistas ultrarradicais chamar a atenção do fascista Donald Trump
para o Brasil, a fim de dar apoio aos extremistas tupiniquins?
O
tiro saiu pela culatra.
O
kamikaze bolsonarista denunciou o potencial terrorista do bolsonarismo e deixou
Bolsonaro em pânico.
Agora,
a prioridade do ex-presidente é vender outra imagem, a do pacifista.
Mas,
assim como Lula diz que é uma ideia, a do desenvolvimento e da justiça social,
o mesmo acontece em sentido contrário em relação a Bolsonaro: ele é a ideia do
ódio fascista.
As
palavras, como diz Freud, servem para esconder o pensamento.
Bolsonaro
tentou se esconder em artigo pacifista na Folha de São Paulo, mas encarna a
ideia nos fiéis adeptos do terror.
Ele
tenta jogar fora sua fantasia terrorista e vestir a fantasia do pacifista.
Debalde.
Os
seus seguidores não obedecem ao pacifismo, porque são a encarnação do ódio
destilado pela essência bolsonarista.
Estão
dispostos, agora, a se transformarem em homens bombas.
O
Congresso vai aprovar a anistia para o ideário do terror?
O
terrorista Francisco Wanderley Luiz bombeia a candidatura Lula 2026.
• Quem semeia
desatenção, colhe preocupação. Por Denise Assis
O
atentado terrorista ocorrido na Praça dos Três poderes, na noite de
quarta-feira, (13/11), quando Francisco Wanderlei Luiz, de 59 anos, tentou
atirar bombas de fabricação caseira na direção do Supremo Tribunal Federal
(STF), morrendo em seguida, vítima da explosão de uma das bombas que carregava,
deixou a todos com os nervos à flor da pele. Qualquer atitude fora do lugar
leva a uma onda de boatos. Está circulando nas redes uma informação, no mínimo,
alarmista, de que a Granja do Torto, residência de descanso do presidente Luiz
Inácio Lula da Silva, teria sofrido uma um atentado, ou uma tentativa de
invasão, naquela mesma noite, de quarta-feira. A informação não procede.
Uma
fonte próxima ao presidente Lula, em conversa por mensagem de WhatsApp,
desmentiu o fato e explicou o que realmente aconteceu. Segundo essa fonte,
volta e meia veículos conseguem ultrapassar, por engano, o primeiro portão da
Granja (o que leva a crer que a área está mal sinalizada).
O
presidente se encontra no Rio de Janeiro desde a tarde de ontem (14/11), para o
evento do G-20. Segundo a notícia em circulação, “um agente do Gabinete de
Segurança Institucional (GSI)” teria confirmado que fez “um disparo de
advertência contra uma pessoa que tentou invadir a Granja do Torto”. Ainda de
acordo com o que foi noticiado, o incidente aconteceu poucas horas após a
explosão de artefatos em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), que resultou
na morte de Francisco Wanderlei Luiz.
“Um veículo de um particular fez a
ultrapassagem. A equipe de segurança deu ordem para o carro estacionar. Sem
serem atendidos, os sentinelas de prontidão dispararam tiros para o alto, o que
assustou ainda mais o motorista, que deu meia volta e arrancou com o carro,
deixando o local”, foi o relato do agente do GSI.
Após
o disparo, o suspeito fugiu e militares realizaram buscas na área, mas não
encontraram a pessoa “envolvida”. A Granja do Torto, localizada a cerca de 15
km do centro de Brasília, permanece sob vigilância reforçada.
De
acordo com as notícias, “ainda não há indícios de que a tentativa de invasão
tenha conexão com o atentado ocorrido no mesmo dia na Praça dos Três Poderes.
No entanto, os dois eventos aumentaram o clima de alerta em torno da segurança
de instalações governamentais na capital federal”.
A
notícia dá conta também de que “o GSI reiterou que os procedimentos adotados
pela equipe de segurança foram adequados e garantiu que continuará investigando
o caso. “Seguimos atentos e comprometidos em preservar a segurança das
autoridades e das instituições públicas”, declarou o órgão em nota”.
Como
todos que trabalham nas coberturas políticas estão fartos de saber, a
quinta-feira na capital é o dia nacional da boataria. O pronunciamento do GSI,
nesses termos, depois de ter sido surpreendido com um atentado com vítima, nas
barbas de seu gabinete, nos leva a pensar em restauração de imagem. A
informação tem toda a cara de ter sido plantada, para que o GSI colhesse uma
notícia positiva.
• O terrorista
tabajara, bolsonarismo e a quebra do elo geracional. Por Wilson Roberto Vieira
Ferreira
Depois
dos “300 de Brasília” da Sara Winter disparar rojões contra o STF, em 2020,
agora temos um homem-bomba que tentou disparar contra o Supremo, mas explodiu
contra si mesmo. “Mais um ataque contra a Democracia”, é a voz unânime por todo
espectro político (com diferentes tons, da indignação ao cinismo). Golpe
Tabajara? O terrorismo de fogos de artifício teve o timming (dia 13, G20 etc.)
e a ambiguidade (foi ato político ou suicídio?) suficientes para manter a
narrativa da “corda esticada”: aprisionar a esquerda dentro do horizonte
binário – ou a democracia liberal burguesa ou… o fascismo. O caso do idoso Tiü
França não é um simples exemplar de “envenenamento” ou “contaminação” pelo
bolsonarismo. Revela um fenômeno mais complexo do que o chamado “pobre de
direita”: revela o drama da quebra do elo geracional.
“Mais
um atentado contra a Democracia brasileira!”. Por todo o espectro político, da
esquerda à direita, é essa a perplexidade – está claro que em diferentes tons
de sinceridade, da indignação ao cinismo. Principalmente daqueles que
insuflaram as depredações em Brasília no conhecido “8/1, a Invasão do Capitólio
Brasileiro”.
O
que começou com as nuances de sinceridade, terminou com diferentes sentimentos
diante do episódio do bolsonarista que se auto-explodiu diante da estátua da
Justiça na Praça dos Três Poderes, diante do STF: vai da perplexidade e medo a
irritação e desabafo – para o bolsonarismo imerso na agenda política da anistia
(principalmente de Bolsonaro), o suicida que tinha um plano de matar o ministro
Alexandre de Moraes foi a pá de cal em qualquer esperança de ver o capitão da
reserva candidato em 2026.
“Tenho
medo de ir dormir na Democracia e acordar na ditadura”, tuitou alguém na bolha
progressista na madrugada do 7 de setembro de 2021, o ápice da “Operação 7 de
Setembro” na qual o País viveu sob o medo da possibilidade de um autogolpe de
Estado de Bolsonaro (ou o “fechamento do regime”), através de uma marcha sobre
Brasília comandada pelos inacreditáveis líderes Zé Trovão, o líder
caminhoneiro, o cantor José Reis e o humorista Batoré…
Sabemos que tanto na política quanto na
guerra, o medo (Hobbes) e a arte do engano (Sun Tzu) são duas estratégias
decisivas – ambas criam a paralisia estratégica do inimigo.
O
medo sempre foi a mais potente força aglutinadora e de submissão política.
Embora a raiva seja politicamente mais potente do que o medo (p. ex. canalizar
o ódio contra inimigos externos de um grupo), é o segundo tipo de emoção que
domina o discurso político, principalmente na era da propaganda de massas. O
medo acaba submetendo as massas a qualquer plot político.
A
Operação 7 de Setembro de 2021 foi o início dessa ameaça imaginária de um
iminente golpe de Estado e, mais tarde, o “Capitólio brasileiro” o estado da
arte da produção do medo – ao vivo o País acompanhou, pela TV, uma suposta
tentativa de golpe de Estado.
A
partir dessa superprodução televisiva, a “corda continuou a ser esticada”: de
um lado, a continuação das ameaças nas redes da malta bolsonarista, com ameaças
contra desde o Xandão até a qualquer desafeto político, de raça ou de gênero;
do outro, o misto de lentidão, leniência e pusilanimidade da Justiça, seja
prendendo apenas peixinhos (deixando os tubarões soltos), seja deixando o maior
de todos, Bolsonaro, livre, andando pelo País para fazer as articulações
políticas em ano eleitoral.
<><>
O plot da “Democracia em perigo”
O
freio de mão puxado da Justiça (desde as denúncias da repórter Patrícia Campos
da Folha, nas eleições de 2018, revelando o esquema empresarial da campanha de
Bolsonaro de produção de fake news e que a Justiça Eleitoral nada fez) e do PGR
sempre pareceu calculado, como se quisessem manter contínuo o clima de
ansiedade e tensão: há ameaças de golpe, que podem vir de qualquer lugar, a
qualquer momento.
Ou
seja, manter sempre em cartaz o plot da “Democracia em perigo”. Como se
quisesse reforçar para a esquerda a fatalidade do horizonte binário de escolha:
ou a democracia liberal burguesa ou… o fascismo. Não há saída – foi assim
também com a ascensão de Hitler e Mussolini. A esquerda acreditava que a
democracia liberal conteria o fascismo. Mas… a história todos conhecem.
Tiü
França, o “homem-bomba” que supostamente queria matar Alexandre de Morais
munido de rojões e “bombas potentes” compradas em uma loja de fogos em
Brasília, é talvez o paroxismo dessa agenda do medo, sempre alimentada para
tomar a pauta política nacional.
A
própria mídia progressista tratou de fazer o restante do serviço de associar o
ato de Tiü França ao medo do ataque a Democracia.
Associações
com a memória do caso da Bomba do Rio Centro na ditadura militar ou com o
próprio 8/1, como informa a manchete hiperbólica do site do PT: “Em novo 8/1,
bolsonarista tenta explodir STF”.
No
máximo, o “homem-bomba” repetiu como farsa a patética performance dos “300 de
Brasília” liderados pela ensandecida ex-feminista Sara Winter, em 2020, ao
apontar rojões e disparar contra o STF, durante a noite.
E o
pior é que agora ainda sobrou para o icônico palhaço do crime. O suposto
bolsonarista suicida estaria vestido de Coringa – tudo porque trajava uma roupa
com estampa de naipes de baralho…
Nada
a ver com o Coringa – jamais o gênio cínico do crime explodiria junto com uma
bomba, como num desenho animado. No máximo, o Tiü França, como bom
bolsonarista, deveria ser um entusiasta da legalização de jogos e cassinos no
Brasil.
Tudo
isso para manter a esquerda prisioneira nessa paralisia estratégica (achar
natural e inevitável a política de coalização tutelada pelo Centrão e a banca
da Faria Lima ou… o fascismo), o freio de mão puxado da Justiça mantém o moral
elevado do Exército Psíquico de Reserva.
<><>
O Exército Psíquico de Reserva
Por
Exército Psíquico de Reserva entendemos como um exército de zumbis (o Brasil
Profundo) que sempre está à disposição à espera de cripto-comandos ou a oferta
de significantes políticos (slogans, líderes políticos, “mitos” etc.) para
aglutinar ressentimento e ódio, matéria-prima da alt-right desde o laboratório
do Brexit de 2016.
Assim
como os alucinados do 8/1 que acreditaram serem protagonistas de um evento
patriótico, Tiü França é mais um desses zumbis que recebeu algum tipo de
cripto-comando imaginário para sair de sua cidade Rio do Sul (SC) para ficar
três meses em Brasília planejando a logística de um “atentado terrorista” com
fogos de artifício.
Que
a grande mídia (para sustentar a narrativa sobre perigosos terroristas que
ameaçam a nossa democracia) descreveu como um terrorista que carrega “bombas”,
“artefatos” etc. A imprecisão retórica é importante para fazer a imaginação do
distinto público fazer o resto do trabalho.
Um
atentado Tabajara? Sim! Mas amplificado pela grande mídia para gerar três
efeitos, portanto:
(a)
Manter o Exército Psíquico de Reserva com o moral alto e em atividade – nas
redes extremistas, Tiü França é um herói, mártir, ou coisa que o valha.
Enquanto a extrema-direita parlamentar sustenta que não foi ação política,
apenas um suicídio de alguém perturbado por um divórcio;
(b)
Mantém a “corda esticada”, isto é, perpetua o medo que faz a esquerda ficar
atrelada à democracia liberal, mesmo que neste sistema a extrema-direita (ou os
“moderados” do Centrão) prospere. Impulsionada pela omissão da Justiça
Eleitoral – vide o caso de Pablo Marçal e o de Tarcísio, o Moderado, anunciando
a ligação de Boulos ao PCC numa coletiva em pleno dia de eleição em São Paulo.
(c)
Mantém a ficção de que realmente exista uma democracia liberal no Brasil, e não
um sistema político tutelado pelo PMiG (Partido Militar Golpista) que realmente
deu um golpe militar, porém híbrido com a vitória do candidato manchuriano
Bolsonaro, em 2018. Conquistando a máquina do Estado… enquanto Lula ficou
apenas com o governo.
<><>
Tiü França e a quebra o elo geracional
O
caso do “homem-bomba” Tiü França apenas levantou novamente uma questão que é
fundamental para entender a importância desse Exército Psíquico de Reserva no
crescimento da extrema-direita: por que a atração dos idosos pelo bolsonarismo?
Ou mais: por que os transtornos mentais são sempre aderentes à extrema-direita?
Segundo
dados do Ministério Público, o perfil da lista de 667 fanáticos detidos naquele
dia, 84,5% eram nascidos entre 1960 e 1990 e 64,3% nasceram entre 1960 e 1980.
Tiü França tinha 59 anos.
O
mais impressionante é que a idade média das mulheres que participaram do 8/1
era de 49 anos e dos homens de 44 anos.
Por
tudo que tem sido levantado sobre a vida de Tiü França, ele é mais um exemplo
de como a força da extrema-direita vem desse encontro fatal entre a linha
biográfica e os significantes políticos.
Fonte:
Brasil 247/Jornal GGN
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