EUA consideram
'decepcionantes' e 'atrasados' resultados da contraofensiva da Ucrânia, diz
mídia
O
governo Biden considera os resultados das primeiras semanas da ofensiva
ucraniana "decepcionantes", informou o The New York Times, admitindo
que o avanço é lento e sangrento.
"Em
Washington, as autoridades do governo Biden estão pedindo publicamente
paciência, mesmo quando, em particular, se preocupam com o fato de o progresso
inicial ter sido lento. Um alto funcionário do governo chamou os resultados das
primeiras semanas de 'decepcionantes', acrescentando: 'Eles estão
atrasados'", diz o artigo.
O
jornal diz que as forças ucranianas, apesar de receberem os mais recentes
armamentos ocidentais, enfrentam dificuldades nas tentativas de ofensiva.
Os
comboios de veículos de combate de infantaria Bradley norte-americanos são
forçados a se retirar por causa de campos minados, e as tropas ucranianas têm
que parar em vários lugares ao longo da linha de frente.
"Após
três semanas de uma contraofensiva crucial para as perspectivas da Ucrânia
contra a Rússia, seu Exército está enfrentando uma série de desafios
aborrecidos que complicam seus planos, mesmo com o uso de novas e sofisticadas
armas fornecidas pelo Ocidente", relata a mídia.
Em
particular, de acordo com o The New York Times, os extensos campos minados que
defendem a linha de defesa russa, as características do terreno e as linhas de
fortificação russas contribuem para isso.
Além
disso, o artigo observa que os helicópteros de ataque russos Ka-52 conseguiram
passar pelas defesas antiaéreas ucranianas, atrasando as forças de Kiev e
danificando ou destruindo tanques e veículos blindados fornecidos pelo
Ocidente.
"A
resistência feroz afetou o armamento da Ucrânia. Os Estados Unidos envolveram
113 veículos de combate Bradley em março. Pelo menos 17 deles – mais de 15% –
foram danificados ou destruídos nos combates até o momento", reconhece a
fonte governamental do jornal.
Esses
obstáculos transformaram os estágios iniciais da contraofensiva em um trabalho
lento e sangrento, admite o The New York Times.
·
Lavrov
afirma que inteligência dos EUA esperava o sucesso de tentativa de rebelião
armada na Rússia
Durante
uma conversa telefônica com colegas estrangeiros sobre a situação em torno do
fundador do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, muitos deles expressaram
solidariedade de que a Rússia não permitiria tentativas de minar a unidade do
Estado, disse o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, na segunda-feira
(26), em entrevista à RT.
"Inúmeras
ligações ao presidente Putin, que foram utilizadas por seus colegas para
expressar solidariedade, apoio e confiança de que a situação estará sob
controle, que será devolvida ao campo constitucional, como, de fato,
aconteceu", afirmou Lavrov.
O
chanceler russo apontou que também fez alguns telefonemas por iniciativa dos
seus colegas estrangeiros.
"Muitos
deles expressaram os mesmos pensamentos: solidariedade, a crença de que não
permitiríamos nenhuma tentativa de minar a unidade do Estado, de minar o
sucesso da operação militar especial."
Assim,
a embaixadora dos EUA em Moscou, Lynne Tracy, durante contatos com
representantes russos sobre a situação em torno de Yevgeny Prigozhin,
transmitiu sinais de que os EUA "não têm nada a fazer" e expressou
esperança de que as armas nucleares russas "estejam em ordem",
declarou o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, em
entrevista à RT.
Ele
destacou que "foi especialmente enfatizado: os EUA assumem que tudo é um
assunto interno da Federação da Rússia".
Além
disso, Sergei Lavrov disse que não notou o pânico dos países africanos em
relação à situação em torno do fundador do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, e
destacou que as relações da Rússia com parceiros na África são de natureza
estratégica, nenhum momento de oportunidade pode ser introduzido nelas.
Comentando
as palavras do presidente francês Emmanuel Macron sobre a rebelião de Yevgeny
Prigozhin, Lavrov disse que suas declarações indicam que ele claramente viu uma
chance de perceber a ameaça de uma derrota estratégica da Rússia pelo Ocidente.
"Ele
[Emmanuel Macron] afirmou algo assim, é claro, vemos essa situação com cautela,
ela se desenvolve rapidamente. Mas a principal coisa que vimos, disse Macron, é
a divisão, a fragilidade do regime e do Exército, a fraqueza do regime e do
Exército, e essa fragilidade e essa fraqueza justificam plenamente nossas ações
para continuar o apoio militar à Ucrânia", disse Lavrov em entrevista à
RT.
O
presidente francês Emmanuel Macron (D) e o chefe francês do Estado-Maior da
"Acho
que até mesmo um estudante do oitavo ano entenderá a posição de Macron, que
Macron claramente viu no curso atual dos eventos uma chance de perceber a
ameaça, como o mantra repetido pelos líderes da OTAN, de que a Ucrânia
infligiria uma derrota estratégica à Rússia. Tendo em mente, naturalmente, não
a Ucrânia, mas todo o campo ocidental. Como o presidente [Vladimir Putin] disse
no sábado [24]: toda a máquina militar, econômica e de informação do Ocidente
coletivo está trabalhando contra nós", sublinhou o ministro russo.
"Talvez,
um pensamento desejoso, há uma maneira de transmitir o que engoliu nossos
colegas ocidentais ontem e sábado à noite", disse Lavrov em entrevista à
RT, respondendo à pergunta sobre a reação da mídia ocidental aos eventos de 24
de junho.
Lavrov
recorreu aos relatórios da CNN de que os Estados Unidos haviam sido informados
com antecedência da iminente rebelião de Prigozhin.
"Eles
relataram que a inteligência americana sabia sobre o motim planejado por vários
dias, mas decidiram não contar a ninguém. Aparentemente, na esperança de que a
rebelião tivesse sucesso", disse o ministro.
"E
eu estou inspirado pelo mesmo pensamento por outra mensagem da CNN que foi dada
ontem, com referência aos analistas de inteligência dos EUA dizendo que era
esperado que a marcha de Prigozhin para Moscou encontraria uma resistência
muito maior e haveria muito mais derramamento de sangue do que havia. Aqui está
uma resposta tão indireta à sua pergunta, como esperado", acrescentou
Lavrov.
O
que aconteceu em torno de Yevgeny Prigozhin não afetará as relações de Moscou
com parceiros e amigos, enfatizou Sergei Lavrov.
"Com
parceiros e amigos, não. Com todos os outros - eu não me importo, para ser
honesto", disse Lavrov em uma entrevista à RT, respondendo à pergunta se
os eventos em torno da rebelião de Prigozhin afetarão as relações de Moscou com
outros países.
Ele
ressaltou que as relações do Ocidente coletivo com a Rússia foram destruídas
por iniciativa ocidental.
·
Washington
esperava 'mais derramamento de sangue' no motim do Grupo Wagner, relata mídia
americana
Autoridades
dos EUA previam uma resistência mais forte das tropas russas regulares ao Grupo
Wagner durante o motim abortado, informou a CNN.
Os
EUA esperavam mais resistência à tentativa do motim da empresa militar privada
Wagner, disse uma fonte à CNN, prevendo que a insurreição abortada seria
"muito mais sangrenta do que foi".
A
comunidade de inteligência em Washington afirma ter tido informações sobre os
planos de Yevgeny Prigozhin, de acordo com relatos da mídia dos EUA, e também
acreditava que isso resultaria em maior derramamento de sangue.
"Eu
sei que avaliamos que seria muito mais violento e sangrento", disse a
fonte à CNN.
Na
noite de sábado (24) na cidade russa em Rostov-no-Don, a sede do Distrito
Militar do Sul foi tomada pelas forças e equipamentos do Grupo Wagner. Grupos
de homens armados atravessaram a cidade, e bloqueios de estradas foram montados
nas entradas e saídas.
Isso
aconteceu no contexto das declarações de Yevgeny Prigozhin sobre os supostos
ataques de mísseis e bombas das Forças Armadas russas contra os campos do Grupo
Wagner, tendo tanto o Ministério da Defesa da Rússia quanto o Serviço Federal
de Segurança (FSB) da Rússia negado isso.
O
presidente russo, Vladimir Putin, fez um discurso televisionado à nação no
sábado (24), no qual descreveu as ações do Grupo Wagner como um motim armado e
traição, e prometeu medidas duras contra os insurgentes.
No
final do dia, o gabinete presidencial belarusso disse que Prigozhin havia
concordado com a proposta do presidente belarusso Aleksandr Lukashenko de
interromper o movimento das tropas de Wagner na Rússia e tomar novas medidas
para acalmar a situação. Prigozhin posteriormente confirmou a informação,
dizendo que as tropas de Wagner estavam voltando para seus acampamentos.
Ø
Borrel:
eventos em torno do Grupo Wagner na Rússia mostram a necessidade de apoio
contínuo à Ucrânia
O
chefe das Relações Exteriores da União Europeia, Josep Borrell, viu uma ameaça
à estabilidade nuclear na Europa no contexto dos recentes acontecimentos na
Rússia, mas considera necessário continuar o apoio militar da UE a Kiev.
Na
segunda-feira (26), Luxemburgo acolhe uma reunião dos Ministros das Relações
Exteriores dos países da UE, na qual se espera que os últimos desenvolvimentos
na Federação da Rússia sejam um dos temas centrais da agenda.
"Hoje,
o conselho discutirá o aumento do nosso apoio à Ucrânia. Acredito que é mais
importante do que nunca continuar a apoiar a Ucrânia, porque o que aconteceu
neste fim de semana [na Rússia] demonstra a importância desse apoio",
disse Borrell.
Segundo
ele, o que aconteceu na Rússia preocupa a UE, "pois é uma potência
nuclear".
"Não
é bom ver a potência nuclear que é a Rússia mergulhar em instabilidade
política", apontou o chefe da diplomacia europeia.
Assim,
os ministros das Relações Exteriores da UE aprovaram um aumento de 3,5 bilhões
de euros (R$ 18,25 bilhões) no fundo do qual o fornecimento de armas para Kiev
é financiado, seu volume será de 12 bilhões de euros (R$ 62,58 bilhões).
Na
noite de sábado (24) na cidade russa em Rostov-no-Don, a sede do Distrito
Militar do Sul foi tomada pelas forças e equipamentos do Grupo Wagner. Grupos
de homens armados atravessaram a cidade, e bloqueios de estradas foram montados
nas entradas e saídas.
Isso
aconteceu no contexto das declarações de Yevgeny Prigozhin sobre os supostos
ataques de mísseis e bombas das Forças Armadas russas contra os campos do Grupo
Wagner, tendo tanto o Ministério da Defesa da Rússia quanto o Serviço Federal
de Segurança (FSB) da Rússia negado isso.
FSB
abriu um processo criminal por incitar motim armado devido a declarações feitas
em nome de Prigozhin. O FSB disse que havia uma ameaça de escalada em
território russo. O Ministério da Defesa da Rússia disse que os relatos da
mídia social de supostos ataques militares russos do Grupo Wagner aos campos
não eram verdadeiros.
O
presidente russo, Vladimir Putin, fez um discurso televisionado à nação no
sábado (24), no qual descreveu as ações do Grupo Wagner como um motim armado e
traição, e prometeu medidas duras contra os insurgentes.
No
final do dia, o gabinete presidencial belarusso disse que Prigozhin havia
concordado com a proposta do presidente belarusso Aleksandr Lukashenko de
interromper o movimento das tropas de Wagner na Rússia e tomar novas medidas
para acalmar a situação. Prigozhin posteriormente confirmou a informação,
dizendo que as tropas de Wagner estavam voltando para seus acampamentos.
·
Ucrânia
não conseguiu tirar proveito no campo de batalha da situação na Rússia, diz
jornal
A
Ucrânia não conseguiu se aproveitar no campo de batalha da situação que ocorreu
na Rússia no último fim de semana, mas ainda pode tentar se beneficiar, escreve
o The New York Times citando autoridades e analistas norte-americanos.
O
jornal observa, com referência a autoridades dos EUA, que a situação em torno
dos eventos relacionados com o líder do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, não
forçou nenhuma unidade russa na sexta-feira (23) e no sábado (24) a deixar suas
posições no campo de batalha.
A
Ucrânia certamente procurará tirar proveito do caos causado por Prigozhin, mas
não parece haver brechas defensivas imediatas para explorar, apontam
autoridades americanas e analistas independentes.
A
mídia não cita opções concretas para o lado de Kiev, limitando-se a afirmar que
os militares ucranianos poderão "tentar alcançar alguns sucessos".
Anteriormente
informou-se que o chefe do Grupo Wagner aceitou cessar o motim iniciado na
sexta-feira (23) após negociações com Aleksandr Lukashenko, presidente de
Belarus, informou Minsk.
Prigozhin
aceitou uma proposta de Aleksandr Lukashenko, presidente de Belarus, para
interromper o movimento de seus homens armados na Rússia e outras medidas para
diminuir a escalada, comunicou no sábado (24) o serviço de imprensa do líder
belarusso.
·
KGB
de Belarus avisa de tentativa de invasão armada pelo Ocidente
O
serviço secreto do país detalhou o que disse serem planos por países ocidentais
de atacar Belarus, citando supostos preparativos em países como a Polônia,
Lituânia e a Ucrânia.
A
Belarus dispõe de informações sobre a preparação de terroristas no exterior
para uma invasão armada do país, anunciou no domingo (25) Konstantin Bychek,
vice-chefe do Departamento de Investigação do Comitê de Segurança do Estado
(KGB, na sigla em russo) belarusso.
"O
KGB registra essas manifestações terroristas. Estamos prontos para esses
desafios. Medidas apropriadas estão sendo tomadas conforme instruções do chefe
de Estado. Os terroristas fugitivos e o Ocidente coletivo que está por trás
deles não têm chance. Temos capacidade suficiente para neutralizar a ameaça
atempadamente", disse ele em declarações ao canal belarusso Belarus 1.
Segundo
Bychek, o treinamento de criminosos está sendo feito em unidades especiais e
formações armadas.
"Na
Polônia é o Grom, na Lituânia é a União de Fuzileiros Lituanos, na Ucrânia é o
Serviço de Segurança da Ucrânia e as unidades de inteligência militar
ucranianas", detalhou o funcionário.
Os
combatentes são então "colocados em ação" no campo de batalha no
sudeste da Ucrânia, se tornando então instrutores, preparam ataques terroristas
e desenvolvem planos para invadir Belarus, acrescentou.
Bychek
afirmou que o KGB conhece as identidades dos funcionários dos serviços
especiais que treinam terroristas, e também as entidades que financiam suas
atividades.
Fonte:
Sputnik Brasil
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