17 personalidades
importantes na história do Brasil
O
Brasil tem uma longa história escrita com a ajuda de personalidades importantes
ao longo desses mais de quinhentos anos.
Aproveite
para conhecer - de forma cronológica - um pouquinho da biografia daqueles que
contribuíram para construir o país que temos hoje.
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1.
Pedro Álvares Cabral (1467-1520)
Pedro
Álvares Cabral, o capitão-mor da frota portuguesa, viu a costa do Brasil pela primeira vez em
1500. Num processo de expansão avassalador, o Império Português já havia
cruzado o Cabo da Boa Esperança em 1488 e, dez anos mais tarde, Vasco da Gama
chegou em Calicute, na Índia.
A
história ganhou outro rumo depois que Cabral pisou no solo que viria a se
chamar Brasil. Não sabemos como teria sido o nosso destino se essa "visita"
não tivesse acontecido lá no século XV, por isso ele é uma das pessoas mais
importantes para a história do país.
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2. Zumbi
dos Palmares (1655-1695)
Um
ícone para o país, Zumbi foi o líder da
resistência negra do Quilombo dos Palmares (onde atualmente está
situado o Estado de Alagoas).
Acredita-se
que em 1630 o quilombo já estava formado, composto por
escravizados fugitivos. Apesar de várias expedições holandesas tentarem
destruir o quilombo, nenhuma delas foi bem sucedida. O quilombo chegou a
abrigar mais de 2000 casas.
O
destino de Zumbi, no entanto, infelizmente foi trágico: capturado depois de uma
denúncia, assassinado brutalmente e decapitado, o líder teve a sua cabeça
exibida em praça pública por ordem do governador em Recife.
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3. Chica
da Silva (1732-1796)
Essa escravizada alforriada deu o
que falar, tanto que a sua história chegou a virar até novela!
Chica
da Silva foi concubina do desembargador contratador de diamantes João Fernandes
de Oliveira. Ele comprou a moça quando ela tinha 22 anos e, mesmo depois
de alforriada, continuou a viver com João Fernandes. Juntos tiveram treze
filhos.
Reza
a lenda que Chica da Silva mandava e desmandava no desembargador, que fazia
todas as suas vontades.
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4.
Maria Quitéria (1792-1853)
Dá
pra acreditar que no início de 1800 tínhamos uma militar no exército? Pois é,
pouca gente sabe, mas Maria Quitéria foi uma heroína na luta em busca da independência.
Nascida
no interior da Bahia, Maria Quitéria perdeu a mãe quando tinha apenas 10 anos e
precisou tomar as rédeas da casa cuidando dos dois irmãos. Independente desde
cedo, ela dava show na montaria, na caçada e manejava armas de fogo. Assim,
acabou por se alistar no exército contra a vontade do pai.
Essa
corajosa mulher chegou a ser até condecorada com a Ordem Imperial do Cruzeiro
do Sul.
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5.
Anita Garibaldi (1821-1849)
A
moça da pintura acima foi fundamental na história do Brasil porque participou
junto com o marido, o general italiano Giuseppe Garibaldi, de uma série de
batalhas, tendo inclusive lutado
na Revolução Farroupilha.
Aliás,
Anita conheceu o marido justamente no campo de batalha - ela já participava da
revolução no sul do país quando ele começou a apoiar a causa.
Apesar
de ter nascido no Brasil, essa jovem corajosa cruzou o oceano e
permaneceu na luta ao lado do marido, mesmo depois do casal ter três
filhos. Na Itália, Anita continuou com o amado nas lutas pela unificação
do país.
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6.
Dom Pedro II (1825-1891)
O
segundo e último Imperador do
Brasil foi filho da Imperatriz Dona Maria Leopoldina com o
Imperador Dom Pedro I. O pai de Dom Pedro II abdicou o trono quando o
filho tinha apenas cinco anos e voltou para Portugal, deixando a criança (então
regente) com um tutor no Brasil.
Órfão
de mãe com um ano de idade e com o pai do outro lado do Atlântico, o menino foi
criado por uma camareira-mor.
Pouca
gente sabe, mas originalmente o trono do Brasil não era para ser dele
porque Pedro tinha três irmãos mais velhos. Com a morte de todos eles, o
reinado caiu em suas mãos no dia 2 de agosto de 1826.
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7. Marechal
Deodoro da Fonseca (1827-1892)
Marechal
Deodoro da Fonseca, esse foi o primeiro
presidente da República do Brasil. Militar, decretou a Proclamação
da República Brasileira no dia 15 de novembro de 1889.
Educado
no colégio militar (assim como os seus sete irmãos), completou o curso de
artilharia em 1847. Começou por servir em Pernambuco e ajudou a abafar a
Revolução Praieira, tendo também atuado na Guerra do Paraguai.
Sua
carreira escalou rapidamente: virou
tenente, capitão, coronel, brigadeiro e, finalmente, marechal.
Deodoro
assumiu um governo provisório após decretado o fim da monarquia. Na ocasião,
Floriano Peixoto era vice-presidente. O objetivo era inicialmente ficar no
poder até a elaboração de uma nova Constituição. Essa primeira constituição foi
promulgada em 1891.
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8.
Machado de Assis (1839-1908)
Esse
senhor é tido como o maior
escritor do Brasil e, quem sabe, forte candidato a maior
autor da língua portuguesa.
Machado
de Assis foi um nome improvável no universo da literatura: nascido no morro,
filho de um pintor de paredes com uma lavadeira, o rapaz teve origem humilde e
ficou órfão de mãe quando ainda era pequeno.
Precisando
trabalhar desde cedo, chegou a vender doces e esteve na
escola pública durante pouco tempo. Mas, sendo uma exceção, aprendeu
francês sozinho, virou aprendiz de tipógrafo, começou a trabalhar como
revisor, veio a colaborar para a imprensa e tornou-se funcionário público.
Seguiu
a vida toda escrevendo e publicando de tudo um pouco: poesias, contos,
romances, críticas. Quem diria que um afrodescendente com crises de epilepsia
seria o maior nome da literatura nacional e se tornaria o primeiro presidente
da Academia Brasileira de Letras?
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9.
Chiquinha Gonzaga (1847-1935)
Uma
fera da música, essa foi Chiquinha Gonzaga: compositora,
pianista e maestrina brasileira. Sabia que foi ela a primeira mulher a reger
uma orquestra no Brasil?
Filha
de um primeiro-tenente e uma filha de escrava, Chiquinha teve acesso a melhor
educação da época e desde cedo tinha talento para a música.
A
moça gostava tanto de música que pediu de presente de casamento um piano (e
ganhou!). O ciumento marido, no entanto, fez de tudo para que ela desistisse da
música, mas felizmente Chiquinha seguiu em frente e acabou por pedir divórcio.
Já
separada, a jovem conseguiu fazer uma carreira importantíssima na música
brasileira, dando aulas de piano, compondo e se apresentando.
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10.
Monteiro Lobato (1882-1948)
Quem
é que não ouviu durante a infância as histórias do Sítio do Pica-Pau Amarelo?
Esse nome da literatura brasileira (e
especialmente da literatura infantil) nasceu no interior de São Paulo e foi
alfabetizado pela mãe.
Lobato
foi polêmico desde novo e se recusou a fazer a primeira comunhão, para desgosto
da família. Já formado em Direito, em 1904, fez um discurso tão agressivo
durante a formatura que diversos professores se levantaram e saíram da
sala.
Ao
longo da vida profissional, Monteiro Lobato foi promotor, jornalista,
caricaturista e escritor. Nacionalista, a sua produção intelectual era
extremamente marcada por um tom patriótico.
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11.
Getúlio Vargas (1883-1954)
Getúlio
Vargas foi presidente do nosso
país durante 19 anos. Getúlio foi um presidente tão marcante para a
história do Brasil que o seu período no governo chegou a ser batizado de
"Era Vargas".
Vários
direitos trabalhistas foram conquistados em seu governo, como por exemplo, o
salário mínimo, as férias remuneradas e a carteira de trabalho. Assim, muita
gente o chamava de "pai dos pobres", mas esses direitos vieram com
muita luta da classe trabalhadora.
Como
nem tudo são flores, Getúlio suspendeu a constituição, dissolveu
o Congresso Nacional e as Assembleias Legislativas Estaduais. Não
satisfeito, nomeou uma série de interventores para os Estados e perseguiu comunistas
e integralistas.
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12.
Tarsila do Amaral (1886-1973)
Falar
em pintura brasileira e não lembrar do quadro Abaporu é
impossível! E a criadora dessa obra-prima (e de tantas outras) foi a
talentosíssima Tarsila do Amaral.
Filha
de uma família abastada e tradicional do interior de São Paulo, Tarsila foi
estudar pintura na Europa quando tinha 16 anos. Entrou em contato com as
vanguardas europeias e retornou ao Brasil cheia de ideias e energia!
Um nome de destaque do modernismo, a
pintora criou telas inovadoras que entraram para a história das artes plásticas
brasileiras.
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13.
Juscelino Kubitschek (1902-1976)
Juscelino
presidiu o país entre 1956 e 1961 e entrou para a história por ter
mandado construir a nova capital
do Brasil - Brasília - inaugurada em 1960.
Outra
grandes obras também foram feitas em seu governo, como a construção das usinas
hidrelétricas Três Marias e Furnas e a abertura de uma série de grandes
rodovias.
Juscelino
Kubitschek começou a carreira como telegrafista e logo depois foi cursar Medicina.
Já formado, resolveu estudar cirurgia em Paris. Seu primeiro cargo político foi
como chefe de gabinete em Minas Gerais. Depois virou deputado federal,
prefeito, governador e, finalmente, presidente.
Seu
destino, no entanto, foi trágico: em 1964 teve o mandato cassado e os direitos
políticos suspensos por dez anos. O ex-presidente precisou se exilar e viveu
nos Estados Unidos e na França.
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14.
Oscar Niemeyer (1907-2012)
Impossível
falar em arquitetura brasileira e não mencionar Oscar Niemeyer. Ele é considerado
o maior nome do planejamento arquitetônico do país e foi tido como um dos grandes arquitetos do mundo.
O
carioca começou a carreira como estagiário no escritório de Lúcio Costa e
Carlos Leão. Niemeyer teve o privilégio de trabalhar também com o grande
arquiteto Le Corbusier. Sua primeira grande obra foi o Conjunto
Arquitetônico da Pampulha.
Oscar
Niemeyer foi o responsável pela construção de Brasília. Em 1956 o então
presidente Juscelino Kubitschek encomendou ao arquiteto o ousado projeto
para erguer uma série de edifícios públicos como o Palácio da Alvorada, o
Palácio do Planalto, o Supremo Tribunal Federal e o Congresso Nacional.
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15.
Carmen Miranda (1909-1955)
Nascida
em Portugal, mas se considerando-se brasileira, Carmen Miranda contribuiu
para alavancar a imagem do Brasil no exterior.
Cantora, atriz e dançarina, com a sua
indumentária exótica Carmen era sinônimo de alegria. A sua carreira começou
curiosamente numa confecção de chapéus, onde aprendeu a costurar e ganhou o
gosto pelos seus característicos turbantes.
A
partir de 1929, começou a se apresentar em teatros e clubes e não parou mais! O
Brasil parece ter ficado pequeno para o tamanho do seu talento e Carmen
seguiu carreira internacional.
Além
de participar de muitas apresentações nas rádios, a artista lançou discos e fez
participações no cinema e no teatro.
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16.
Zuzu Angel (1921-1976)
Já
ouviu falar em Stuart Edgar Angel Jones? Esse foi o filho da
estilista Zuzu Angel e maior motivo da sua luta.
A estilista, que começou costurando para
famílias, teve uma ascensão impressionante que a levou a abrir uma loja de
roupas em Ipanema e acabou por alcançar o mercado norte-americano, tendo várias
atrizes na lista de suas clientes.
Mas
foi por um motivo triste que Zuzu acabou virando notícia: seu filho, que era
estudante de economia e lutava contra a ditadura militar, foi preso pelo
exército, torturado e desapareceu.
Desde
então, a estilista não descansou e foi atrás do paradeiro de Stuart porque
queria sepultá-lo e fazer justiça. Morreu de acidente de carro, perseguida
por agentes da ditadura militar.
17.
Leila Diniz (1945-1972)
A
atriz carioca Leila Diniz foi musa do seu tempo, ela ajudou a quebrar uma série de barreiras no que diz
respeito à liberdade da mulher.
Polêmica,
irreverente, rebelde e destemida, Leila Diniz fugiu de casa com 14 anos e, no
ano seguinte já começou a trabalhar como professora primária. Aos 17, ela
conheceu o seu futuro marido, o cineasta Domingos de Oliveira, e deu os seus
primeiros passos na carreira de modelo.
Logo
depois, a moça ingressou de vez no mundo das artes, atuando no cinema, na
televisão e no teatro.
Fonte:
ebiografia
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