Fernando Horta: bolsonaristas estão enfraquecidos
e buscam anistia para ganhar tempo
Em recente entrevista
à TV 247, o historiador e analista político Fernando Horta trouxe à tona uma
análise crítica e detalhada sobre os desafios que o Brasil enfrenta em relação
ao bolsonarismo e às transformações climáticas. Segundo Horta, o bolsonarismo,
embora enfraquecido politicamente, busca se reorganizar nos bastidores,
utilizando o Congresso como palco para manobras que envolvem negociações
perigosas, como a tentativa de aprovação de uma anistia aos participantes e
financiadores dos atos antidemocráticos. "Quando eles estão enfraquecidos,
pedem anistia e pacificação", afirmou o analista, ressaltando que esses
movimentos têm como objetivo dar tempo para a reestruturação do grupo.
Horta também fez uma
análise profunda sobre o cenário político no Congresso Nacional. Ele destacou o
papel de Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados, que, segundo o
historiador, continua a usar sua influência para negociar acordos que favorecem
o bolsonarismo. A corrida pela sucessão de Lira e os movimentos para eleger um
novo presidente da Câmara colocam o governo Lula em uma posição delicada.
Para Horta, a maior
falha do governo atual foi combater os fascistas, mas não a estrutura do
fascismo que ainda se mantém viva. Ele alertou que, embora os movimentos
bolsonaristas tenham sido desacreditados após o 8 de janeiro, as manobras
políticas continuam a ser uma ameaça. “O que está acontecendo no parlamento é
um saco de todos os medos”, afirmou Horta, sugerindo que a extrema direita está
tentando ampliar seu poder de barganha a partir do medo e da violência.
• O Papel do STF e a Impeachment de
Ministros
Um dos temas centrais
da entrevista foi a crescente pressão da extrema direita sobre o Supremo
Tribunal Federal (STF), especialmente sobre o ministro Alexandre de Moraes.
Horta comentou sobre os pedidos de impeachment contra Moraes, promovidos por
parlamentares bolsonaristas, e ressaltou que essa movimentação visa
desestabilizar o STF e, consequentemente, o sistema democrático brasileiro. “É
uma tentativa de coagir e tentar tirar algum proveito”, analisou Horta,
referindo-se ao pedido de impeachment. Para ele, o Senado precisa agir com zelo
e responsabilidade, mas os riscos de essa pressão política gerar instabilidade
são altos.
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Anistia: Perigo para a Democracia
Horta foi contundente
ao criticar a tentativa de anistia para os responsáveis pelos atos de 8 de
janeiro. Ele argumentou que a anistia seria um erro gravíssimo e que o fascismo
só busca a pacificação temporária quando está enfraquecido, com o intuito de se
reorganizar e voltar mais forte no futuro. “Foi necessária uma Segunda Guerra
Mundial para derrotar o fascismo. Aqui no Brasil, não será diferente”,
declarou.
O historiador alertou
ainda que, caso o bolsonarismo retome forças, o Brasil poderá enfrentar uma
nova onda de ataques às instituições democráticas. Ele destacou a importância
de manter vigilância e fortalecer as instituições que garantem a democracia no
país.
• "Golpistas estão desesperados
porque as condenações são inevitáveis", diz Kakay
Em entrevista ao
jornalista Joaquim de Carvalho, repórter especial da TV 247, o jurista Antônio
Carlos de Almeida Castro, conhecido como Kakay, afirmou que as condenações dos
envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro são inevitáveis. Para ele, a sensação
de desespero nas hostes bolsonaristas reflete o avanço das investigações e o
aumento das condenações pelo Supremo Tribunal Federal (STF). "Quando o
cidadão está sendo investigado e vê que, no mesmo processo, já tem 221
condenados, isso gera um desespero", declarou Kakay.
O jurista ressaltou
que, apesar das manifestações recentes a favor da anistia para os golpistas, a
Justiça brasileira tem agido de maneira firme e eficiente, com a prisão de mais
de mil pessoas logo após os eventos de janeiro e a condenação de centenas de
envolvidos. "Ficará muito mal para o Judiciário, para o Ministério Público
e para a sociedade organizada se nada acontecer com aqueles que organizaram e
financiaram o golpe", afirmou Kakay.
Durante a entrevista,
Kakay destacou a atuação do ministro Alexandre de Moraes, relator do processo
no STF, como fundamental para garantir que os responsáveis pelos atos
antidemocráticos sejam levados à Justiça. Segundo ele, os ataques recentes ao
ministro, especialmente de líderes bolsonaristas como Jair Bolsonaro e o pastor
Silas Malafaia, fazem parte de uma estratégia para tentar desestabilizar o
Supremo Tribunal Federal. "O desespero leva a isso. Tentam desmoralizar o
ministro Alexandre para criar uma situação de impunidade", disse Kakay.
Ele também criticou o
movimento por anistia aos golpistas, que, segundo ele, busca fragilizar as
instituições democráticas do país. "Estão desesperadamente tentando de
todas as maneiras. Primeiro atacam o STF, depois o ministro Alexandre, e agora
falam em anistia antes mesmo de ter condenação", pontuou.
• Sangramento institucional
Kakay defendeu que o
Brasil precisa fechar o ciclo das investigações para pôr fim ao que chamou de
"sangramento institucional". "A democracia está em permanente
ataque. Não podemos ficar testando o poder Judiciário indefinidamente", alertou
o jurista.
Além das questões
relacionadas aos atos de 8 de janeiro, Kakay também discutiu durante a
entrevista os ataques contra o Supremo Tribunal Federal e a liberdade de
expressão, que, segundo ele, tem sido usada de forma indevida para justificar
ações golpistas. "A liberdade de expressão tem limites constitucionais e
não pode ser usada para desestabilizar o Estado democrático de direito",
afirmou.
Por fim, Kakay
enfatizou que, enquanto as investigações não forem concluídas e os principais
líderes dos atos golpistas, incluindo Jair Bolsonaro, não forem processados e
julgados, o Brasil continuará vivendo uma situação de instabilidade. Ele
concluiu que é imprescindível que o Ministério Público e o Judiciário ajam com
rapidez e competência para garantir que os responsáveis sejam
responsabilizados: "A condenação dessas pessoas é inevitável. Não podemos
permitir que as instituições democráticas fiquem sob ataque sem uma resposta
firme."
• Bolsonaro divulga vídeo de ato flopado e
apanha de seguidores: "frouxonaro", "se vendendo"
A cada dia que passa,
Jair Bolsonaro (PL) sente que está perdendo a hegemonia no comando da
ultradireita neofascista no Brasil.
Em um giro pelo Rio
Grande do Sul ao lado de seu aliado do momento, o deputado Zucco (PL-RS), o
ex-presidente participou de atos flopados e apanhou ao divulgar vídeos no
Instagram.
As principais críticas
partem de apoiadores de Pablo Marçal (PRTB), que acusam Bolsonaro de "se vender"
ao apoiar Ricardo Nunes (MDB) nas eleições municipais em São Paulo.
Em vídeo de ato
esvaziado na cidade de Carazinho, divulgado neste sábado (14), o ex-presidente
recebeu uma saraivada de críticas pela "palhaçada aqui em SP", como
classificou Eder Silva.
Outro comentário de
Fabrício Natan acusou: "você está se vendendo". Seguido de Robson
Cerqueira Dias: "Bolsonaro em reunião com Temer mais uma vez trai os
patriotas".
O comentário faz
referência à participação, por live, no evento de Nunes, em que Bolsonaro
rasgou elogios ao ex-presidente golpista, Michel Temer (MDB), que estava no ato
no Clube Monte Líbano, em São Paulo, na quinta-feira (12).
"Meus
cumprimentos ao Michel Temer, onde (SIC) o Brasil achou o ponto de flexão da
economia, e começou a marchar para frente de verdade. Parabéns pela reforma
trabalhista, algo que precisava ser feito realmente", bajulou Bolsonaro.
"Uma pena estar
com o bananinha capitão", diz um comentário de Binho Mendes usando o
apelido dado a Nunes por Marçal.
Bolsonaro ainda foi
chamado de "tchutchuca do Centrão" e seguidores ainda levantaram a
tag #frouxonaro: "líder fraco e telhado de vidro".
• Flopou: com previsão de '20 mil
motocicletas', motociata promovida por Marçal reúne cerca de 200 veículos
A ‘motociata’
organizada pelo candidato à prefeitura de São Paulo pelo PRTB, Pablo Marçal,
reúne cerca de 200 pessoas na manhã deste domingo (15), informa o Globo. Em um
comunicado enviado pela campanha à Polícia Militar, os organizadores informaram
que a previsão era de "20 mil motocicletas". A concentração do evento
estava prevista para às 10h, na avenida Olavo Fontoura, na zona Norte de São
Paulo.
A maioria dos
participantes usa o boné da campanha ("Faz o M") e muitos vestiam
camisetas com os dizeres "Acelera pra Cristo" e "Apocalipse das
motos". Um popular disse: "o Bolsonaro tem vir pra cá logo, o povo
dele tá todo aqui. Vai ficar lá com o Nunes? Defendendo comunista?".
Não é a primeira vez
que Pablo Marçal organiza uma motociata que tem baixa presença de público. Na
última sexta-feira (13), o ex-coach promoveu o evento na avenida Faria Lima. No
entanto, as imagens da manifestação mostram Marçal em cima de uma caminhonete,
cercado por aproximadamente 15 pessoas, enquanto um outro carro com bandeiras
do Brasil liderava a carreata.
O fracasso na
motociata de Marçal ocorre em meio a sua queda nas pesquisas de intenção de
voto. Segundo o Datafolha, o candidato passou de 22% para 19%, enquanto seus
principais adversários, Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (Psol), subiram
nas preferências dos eleitores.
• Vice de Nunes sobre motociata de Marçal:
'Imita, tenta ser ídolo mas seu público são os robôs da internet'
O vice-prefeito na
chapa de Ricardo Nunes (MDB), o ex-comandante da Rota Ricardo Mello Araújo (PL)
foi às redes sociais para criticar a motociata realizada neste domingo (15)
pelo candidato Pablo Marçal (PRTB). Segundo Mello, Marçal tenta imitar Jair Bolsonaro.
"Quer ser a
pessoa que nunca será, imita, tenta ser ídolo mas seu público são os robôs da
internet, kkkk." [sic], escreveu.
"Você querendo
ser uma pessoa que nunca será!", completou. "Aliás quem é você de
verdade? Sem sua armadura, sem os implantes, sem a dieta que em breve vai
largar, quem é você de verdade? Nem você sabe." [sic], escreveu ainda o
ex-comandante da Rota.
Apesar de Bolsonaro
ser campeão de multas em motociatas, o ex-comandante da Rota fez uma lista das
possíveis infrações cometidas por Marçal, que também foram cometidas nas
motociatas pelo próprio Bolsonaro quando presidente, como transitar na ciclovia
e a falta de capacete.
Mello Araújo ainda
questionou qual o valor estava sendo pago para "encher de gente!" a
motociata.
De acordo com notas
fiscais que descrevem gastos com o cartão corporativo da Presidência da
República, toda vez que Jair Bolsonaro decidia viajar a lazer ou passear de
moto por capitais do País ele era acompanhado por até 300 militares ao custo
médio de R$ 100 mil para os cofres públicos.
Fonte: Brasil
247/Fórum/Jornal GGN
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