Piada do ano: Globo diz que empregos do
governo Lula estão sendo criados por Michel Temer
Quem diria, não é
mesmo? A mágica da retrospectiva jornalística leva alguns incautos a crer que o
verdadeiro responsável pela queda do desemprego no Brasil em 2024 não é o
presidente que governa o país atualmente, mas sim... Michel Temer! Segundo
editorial do jornal O Globo, a fracassada reforma trabalhista de 2017,
promovida durante o governo Temer, é a grande heroína da recuperação do mercado
de trabalho, que hoje apresenta seu menor índice de desemprego em anos. Lula,
ao que parece, está apenas pegando carona nesse sucesso todo.
Segundo o editorial do
jornal, o que vem reduzindo o desemprego de forma consistente desde que Lula
reassumiu a presidência em 2023 (passando de 12% para 6,8% em menos de dois
anos) não são os estímulos ao consumo, os investimentos públicos ou as políticas
de inclusão social e redistribuição de renda. Nada disso. É a reforma
trabalhista de 2017 que desatou o nó e colocou o Brasil nos trilhos do emprego.
Isso, claro, se você ignorar o fato de que, sob a gestão Temer, o desemprego
disparou e a economia permaneceu em recessão. Mas quem se importa com detalhes,
não é?
É interessante notar
como o editorial ignora com elegância o período conturbado de 2017 a 2018,
quando, após a implementação da reforma trabalhista, o desemprego continuou nas
alturas e a precarização do trabalho se consolidou como nova norma. Ah, e não podemos
esquecer o aumento dos "empregos intermitentes", uma maravilhosa
inovação que garante que o trabalhador possa passar semanas sem receber nada,
já que só é remunerado quando efetivamente chamado para trabalhar. Mas, segundo
O Globo, essa é uma oportunidade incrível para jovens e mulheres
"flexibilizarem" suas vidas e combinarem trabalho com estudo ou
maternidade. Quem não quer essa liberdade, não é?
Os tais empregos
intermitentes, segundo o jornal, foram uma demanda antiga de setores como a
gastronomia e a hotelaria. Certamente, garçons e cozinheiros estavam ansiosos
para ganhar por hora em vez de terem um salário fixo. Uma verdadeira conquista
para os trabalhadores brasileiros, que agora podem contar com a incerteza de
não saber se vão trabalhar na semana que vem. E o jornal não para por aí: chama
atenção para o "sucesso" desses contratos precários, que já
representam 6,2% das novas contratações. Um número tão expressivo que mal dá
para acreditar no quanto estamos "progredindo".
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"Lições de Temer": Como Alguém Criou Empregos Sem Ser Presidente
A lição que O Globo
tenta nos dar é clara: quem precisa de um governo que cria políticas de
estímulo ao consumo, que atrai investimentos e que reduz drasticamente o
desemprego? Basta uma boa reforma trabalhista, feita por um governo que se
tornou famoso pela impopularidade, e pronto! O crescimento do emprego é
inevitável — mesmo que leve seis ou sete anos para dar resultado. Afinal, o
mercado de trabalho brasileiro é como vinho: quanto mais tempo passa, melhor
fica, não é mesmo?
É um verdadeiro
milagre econômico, orquestrado por um ex-presidente que deixou o governo com
níveis recordes de impopularidade. Será que deveríamos rebatizar esse momento
de prosperidade como o "Efeito Temer"? Quem diria que o salvador da
pátria estaria escondido atrás de um processo de impeachment polêmico e uma
série de reformas que precarizaram o trabalho formal?
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Enquanto Isso, No Mundo Real…
O que O Globo
convenientemente esquece de mencionar é que, sob a administração de Lula, as
políticas de incentivo ao consumo, a valorização do salário mínimo e os
investimentos públicos foram os verdadeiros motores por trás da criação de
empregos formais. O desemprego caiu pela metade graças a um governo que apostou
em aquecer a economia de baixo para cima, colocando mais dinheiro no bolso da
população e fomentando o crescimento de setores estratégicos. A fórmula não é
nova, mas é eficiente: com mais consumo, vem mais produção, mais investimentos
e, claro, mais empregos.
Mas, claro, por que
dar crédito a quem está no poder e implementou essas medidas? Muito mais
emocionante é reescrever a história e dar o mérito ao ex-presidente que deixou
o desemprego em escalada e a economia em frangalhos. Afinal, quem precisa de
realidade quando se tem uma boa narrativa?
• “Globo ofende a inteligência dos
brasileiros”, diz Gleisi
“Inacreditável
editorial do Globo, atribuindo retomada de empregos no Brasil de hoje à reforma
trabalhista do golpe, que só tirou direitos. Que não se conformem com êxito do
Lula a gente até entende. Mas ignorar políticas de renda, salário e
investimento de Lula, ofende a inteligência. Menos Globo, menos”, disse a
presidente do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann, em suas redes sociais neste
domingo (15), ao criticar a posição do jornal.
Segundo o editorial do
jornal, o que vem reduzindo o desemprego de forma consistente desde que Lula
reassumiu a presidência em 2023 (passando de 12% para 6,8% em menos de dois
anos) não são os estímulos ao consumo, os investimentos públicos ou as políticas
de inclusão social e redistribuição de renda. Nada disso. É a reforma
trabalhista de 2017 que desatou o nó e colocou o Brasil nos trilhos do emprego.
Isso, claro, se você ignorar o fato de que, sob a gestão Temer, o desemprego
disparou e a economia permaneceu em recessão. Mas quem se importa com detalhes,
não é?
É interessante notar
como o editorial ignora com elegância o período conturbado de 2017 a 2018,
quando, após a implementação da reforma trabalhista, o desemprego continuou nas
alturas e a precarização do trabalho se consolidou como nova norma. Ah, e não podemos
esquecer o aumento dos "empregos intermitentes", uma maravilhosa
inovação que garante que o trabalhador possa passar semanas sem receber nada,
já que só é remunerado quando efetivamente chamado para trabalhar. Mas, segundo
O Globo, essa é uma oportunidade incrível para jovens e mulheres
"flexibilizarem" suas vidas e combinarem trabalho com estudo ou
maternidade. Quem não quer essa liberdade, não é?
• Michel Temer, sempre modelo da elite.
Por Paulo Henrique Arantes
Sazonalmente, algum
jornalão obriga-nos a revisitar Michel Temer, sósia de Chistopher Lee que
aterroriza tanto quanto o Conde Drácula interpretado pelo ator. Agora é O
Globo, que atribui a queda fenomenal do desemprego no Governo Lula, de 12% para
6,8%, à reforma trabalhista feita pelo vampirão. Cai bem como piada.
Michel “Drácula” Temer
é o modelo ideal de político para a elite brasileira, pois serve a ela sem
perder a pose nem abdicar das mesóclises, cobrindo-se de um verniz jurídico que
impressiona os incautos. Na verdade,
seu forte são os conchavos. Ele articulou a derrubada da presidenta da
República e surrupiou-lhe o cargo. Na Presidência, foi instrumento perfeito do
Brasil reacionário.
Michel patrocinou uma
reforma trabalhista que quase destroçou a CLT (Consolidação das Leis do
Trabalho), levando a cabo uma “modernização” das relações de trabalho que
respondeu por uma legião de trabalhadores informais, precarizados, sem direito
a nada.
Os males que Michel
“Drácula” Temer causou ao país ainda persistem. Abraçado a Henrique Meirelles,
suas iniciativas no Planalto foram cirúrgicas contra as classes mais
vulneráveis - o teratológico teto de gastos é o melhor exemplo disso, algo
inédito mesmo nas piores praças neoliberais do mundo.
A reforma da
Previdência que Jair Bolsonaro impingiu ao país, com ajuda do Congresso mais
vil da História da República, foi concebida pelo governo de “Drácula”, só não
tendo emplacado naquele mandato porque o vampirão perdeu qualquer condição de
negociar com os parlamentares, denunciado que fora por corrupção após o
vazamento de uma conversa pouco republicana com Joesley “Friboi” Batista.
Michel “Drácula” Temer
encarna a elite do atraso, como bem definida pelo sociólogo Jessé Souza. Uma
elite piegas, usuária de uma falsa oratória conciliadora, um discurso centrista
hipócrita que mal disfarça a volúpia por privilégios, com um pé na academia e
outro em regabofes com doleiros e congêneres.
• Com Lula e Haddad, mercado de trabalho
vive o melhor momento em uma década
O mercado de trabalho
brasileiro continua apresentando indicadores positivos, conforme mostram os
dados mais recentes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad)
Contínua, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) nesta sexta-feira. Os números de julho evidenciam uma diminuição no
número de desocupados e um aumento tanto no número de trabalhadores ocupados
quanto na renda média.Em julho de 2023, a quantidade de desempregados no Brasil
diminuiu 9,5% em relação ao trimestre anterior, totalizando 7,431 milhões de
pessoas. Este é o menor número desde o início de 2015, segundo reportagem do
Valor. A taxa de desemprego caiu para 6,8%, a menor taxa para os trimestres
encerrados em julho desde o início da série histórica em 2012. No ano anterior,
essa taxa estava em 7,9%.
O setor privado e o
setor público apresentaram crescimentos recordes no número de trabalhadores
ocupados. No trimestre encerrado em julho, os empregados do setor privado
chegaram a 52,5 milhões, com altas de 1,4% ante o trimestre anterior e de 4,5%
frente a igual período do ano anterior. No setor público, o número de
trabalhadores alcançou 12,7 milhões, com crescimentos de 3,5% no trimestre e
3,6% no ano.
A informalidade,
embora ainda presente, mostrou um crescimento menor. O número de trabalhadores
informais foi de 39,446 milhões de pessoas, o segundo maior patamar da série
histórica, atrás apenas do quarto trimestre de 2023.
A renda do trabalhador
brasileiro também mostrou sinais de crescimento. O rendimento médio real
habitual dos trabalhadores foi de R$ 3.206 no trimestre encerrado em julho, um
aumento de 0,7% em relação ao trimestre anterior e de 4,8% em comparação com o mesmo
trimestre do ano anterior. A massa de rendimentos da economia aumentou 1,9% no
trimestre, alcançando R$ 322,4 bilhões.
Esses dados sinalizam
uma recuperação robusta do mercado de trabalho, que continua a superar as
dificuldades causadas pela pandemia e a recessão econômica anterior, provocada
pela conspiração golpista iniciada em junho de 2013 e potencializada pela Lava Jato.
• Haddad: queda do desemprego eleva
otimismo dos setores econômicos
O ministro da Fazenda,
Fernando Haddad, disse nesta sexta-feira (30) que a queda da taxa de desemprego
no país favorece a elevação do otimismo dos setores econômicos.
“Estou bastante
satisfeito de ter chegado até aqui com os resultados que nós estamos colhendo.
É gostoso ver os dados de emprego, de inflação, aquele índice de desconforto,
que é a soma da inflação com o desemprego. O fato de ser o mais baixo da série
histórica deixa qualquer pessoa feliz”, disse, ao participar de um evento de
investimentos, na noite de hoje, na capital paulista. “Eu estou muito feliz com
os resultados e vejo isso expresso na maneira como as pessoas estão falando das
perspectivas da economia brasileira. Eu penso que as pessoas estão ficando mais
otimistas, os empresários anunciando investimentos em todas as reuniões das
quais eu participo”, acrescentou.
A taxa de desocupação,
também conhecida como taxa de desemprego, caiu para 6,8% no trimestre encerrado
em julho deste ano, abaixo dos 7,9% do mesmo período em 2023. O indicador
também foi inferior ao observado no trimestre encerrado em abril deste ano (7,5%).
Os dados, divulgados nesta sexta-feira (30), são da Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta sexta-feira (30), no Rio
de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
<><> Queda
de juros
Sobre a queda de
juros, o ministro da Fazenda disse que os últimos cortes do Federal Reserve
(FED, o banco central dos Estados Unidos) e do Banco do Japão trouxeram
incertezas para os países emergentes, mas está confiante que a taxa Selic terá
redução.
“Eu estou confiante de
que [a condição para queda nos juros] atrasou, mas os ventos bons de fora vão
bater à nossa porta. E nós precisamos estar preparados para não interromper
esse ciclo de crescimento [da economia] que pode ser sustentável se nós não errarmos
domesticamente”, acrescentou.
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Revisão de despesas
Haddad afirmou ainda
que os cortes de gastos em 2025 terão como foco o pente-fino na revisão de
cadastros de benefícios.
“Se a gente não
corrigir essas pequenas falhas, que podem significar dez, vinte bilhões de
reais, nós vamos começar a ter gargalo. Já estamos tendo gargalo na contratação
de força de trabalho”, disse.
Nesta semana, a equipe
econômica anunciou o corte de cerca de R$ 26 bilhões de gastos no Orçamento de
2025. A principal medida está na melhoria da gestão e na redução de fraudes.
Fonte: Brasil
247/Agencia Brasil
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