Ex-agente da CIA revela plano dos EUA para
evitar destruição da Ucrânia antes das eleições
O plano da atual
administração dos EUA é evitar que a Ucrânia seja derrotada antes das eleições
presidenciais de 5 de novembro, disse o ex-analista da CIA Larry Johnson em
entrevista ao canal de YouTube Dialogue Works.
“Os EUA estão tentando
salvar a Ucrânia da derrota até 5 de novembro, porque os democratas não
precisam de outra derrota militar total", disse o especialista.
Ele observou que é
exatamente por isso que em Washington estão pensando em permitir que o Exército
ucraniano use armas de longo alcance no território russo. A liderança dos
Estados Unidos está pronta para escalar apenas para permanecer no poder,
acredita Johnson.
As eleições
presidenciais dos EUA serão realizadas em 5 de novembro. O Partido Democrata
será representado pela atual vice-presidente Kamala Harris e o Partido
Republicano pelo ex-chefe da Casa Branca Donald Trump.
<><>
Forças russas encontram mapa de base militar dos EUA com veículo de combate
ucraniano capturado
Soldados russos
descobriram um mapa da base militar dos Estados Unidos em Fort Irwin em um
veículo norte-americano de combate Bradley transferido para a Ucrânia e que foi
posteriormente capturado na área de Kupyansk, informou um correspondente da
Sputnik nesta sexta-feira (14).
Fort Irwin é um dos
maiores centros de treinamento militar dos Estados Unidos, localizado no
deserto de Mojave, na Califórnia, onde soldados treinam para operar veículos
blindados como parte de brigadas.
Desde o início do
conflito na Ucrânia, os Estados Unidos forneceram a Kiev mais de 300 veículos
Bradley. Um número significativo deles foi destruído pelas forças russas no
campo de batalha na Ucrânia.
O Kremlin tem
advertido consistentemente contra a continuidade das entregas de armas a Kiev,
afirmando que isso levaria a uma escalada adicional do conflito. Em abril de
2022, a Rússia enviou uma nota diplomática a todos os países da OTAN sobre o
fornecimento de armas para a Ucrânia.
O ministro das
Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, advertiu que qualquer carga
contendo armas para a Ucrânia se tornaria um alvo legítimo para a Rússia.
¨
Kennedy Jr. pede à
Casa Branca que interrompa a escalada imprudente na Ucrânia
O ex-candidato
independente à presidência dos EUA Robert Kennedy Jr. conclamou o governo a
interromper a escalada imprudente relacionada às discussões sobre permitir que
a Ucrânia use armas ocidentais para atacar o território russo em profundidade.
Recentemente, o
presidente russo Vladimir Putin disse que ataques com mísseis de longo alcance
ocidentais ao interior do território russo significarão o envolvimento direto
da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) no conflito na Ucrânia, já
que somente os militares da OTAN, não os ucranianos, têm a capacidade de operar
essas armas.
Ele acrescentou que o
envolvimento direto dos países ocidentais no conflito ucraniano muda a natureza
das hostilidades e que a Rússia vai ser forçada a tomar decisões com base
nessas ameaças.
"Secretário [de
Estado] Blinken, presidente Biden – parem com isso! Parem com essa escalada
imprudente. Digo isso não como um guerrilheiro político, mas simplesmente como
um cidadão do mundo", escreveu Kennedy Jr. comentando o vídeo da advertência
de Putin.
Anteriormente, a Casa
Branca, na declaração final após a reunião entre o presidente dos EUA, Joe
Biden, e o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, não informou sobre a
decisão de autorizar ataques de longo alcance das Forças Armadas ucranianas com
mísseis ocidentais nas profundezas do território russo.
¨
Promessa de Trump de
encerrar conflito na Ucrânia pressiona planos militares do atual governo
As declarações do
presidente Donald Trump de que resolverá o conflito entre a Ucrânia e a Rússia
assim que for eleito podem já estar acelerando os planos militares dos EUA para
esse fim, disse Karen Kwiatkowski, ex-analista do Pentágono e tenente-coronel
aposentada da Força Aérea dos EUA, à Sputnik.
No seu primeiro debate
contra a vice-presidente Kamala Harris, Trump prometeu encerrar imediatamente o
conflito Rússia-Ucrânia se for eleito presidente em novembro. Trump afirmou que
pretende até mesmo "resolver isso" antes de assumir o cargo de
presidente eleito. O companheiro de chapa de Trump, o senador JD Vance, em uma
entrevista na última quinta-feira (12), disse que o plano envolveria a Rússia
mantendo os atuais territórios e o estabelecimento de uma zona desmilitarizada.
"Falando sobre a
facilidade e a rapidez com que ele irá 'acabar com a guerra' na Ucrânia, Trump
já alavancou uma corrida para o fim pela administração atual. Ao avançar com a
ideia de um fim rápido, ele já levou o Estado Profundo a acelerar seu próprio
planejamento, principalmente para garantir que os fluxos de dinheiro público e
privado para a reabilitação de recursos, extração e bases militares estejam
todos preparados e prontos antes que Trump chegue", disse Kwiatkowski.
O conflito fomentado
pelos EUA na Ucrânia já cumpriu seus objetivos principais, incluindo a
tentativa de reduzir o poder e a influência da Rússia e aumentar a
justificativa para os gastos da Organização do Tratado do Atlântico Norte
(OTAN).
"Os EUA e a OTAN
estão amplamente esgotados em termos de capacidade convencional para processar
a guerra contra a Rússia através da Ucrânia, e a própria Ucrânia também está
exausta logisticamente e economicamente", afirmou.
Apesar da retórica dos
neoconservadores e da própria Harris, Kwiatkowski acredita que a administração
Biden já tenta reduzir o conflito, diminuindo apoio e se posicionando a favor
da paz, com intenções similares da Alemanha e outros aliados da OTAN neste mês.
O plano, acrescentou
Kwiatkowski, poderia envolver a Rússia mantendo o que já possui, além de
extensas garantias de segurança, e Polônia, Romênia e Lituânia sendo
compensadas por sua lealdade. Os EUA continuarão suas atividades na região,
incluindo o estabelecimento de bases, acrescentou ela.
"Os EUA pretendem
continuar construindo bases maciças como o Camp Bondsteel não apenas na Romênia
e na Polônia, mas nas terras desoladas recém-estabelecidas e despovoadas do
leste da Ucrânia, e isso anda de mãos dadas com outras formas de exploração
econômica", disse Kwiatkowski.
O plano dos EUA para
fortalecer o Leste Europeu seria aceitável para a Europa Ocidental, "que
não quer instalações dos EUA, campos de testes e laboratórios militares
biológicos em seus próprios países", acrescentou Kwiatkowski.
<><>
Opções de Donald Trump
Entre as ações que
Trump poderia tomar nesse meio tempo estão anunciar cargos no Departamento de
Estado, na CIA e no Departamento de Defesa, como especialistas como o coronel
aposentado do Exército dos EUA Douglas MacGregor e o professor Jeffrey Sachs, entre
outros, disse a ex-analista do Pentágono. Trump também poderia estabelecer
canais de comunicação com líderes russos e ucranianos, acrescentou Kwiatkowski.
A razão pela qual
Trump ainda não fez isso, acrescentou, é para evitar o clamor reacionário
neoconservador de "Rússia! Rússia! Rússia!". A equipe de Biden já
está tentando silenciar esses possíveis nomeados, provavelmente por essa razão,
disse Kwiatkowski.
"Se Trump nomear
sua 'equipe da Ucrânia' agora, pode, ou não, ser capaz de se antecipar e
superar os agentes do Estado Profundo que já estão se movendo para encerrar
esta fase do conflito por procuração EUA-Rússia em termos que atendam aos seus
próprios objetivos traiçoeiros e imperiais naquela parte do mundo", disse
Kwiatkowski.
Se Trump for eleito,
em janeiro de 2025 pode encerrar o apoio dos EUA à Ucrânia, o que encerrará a
maior parte dos combates ativos, e trazer uma nova liderança ucraniana, disse
Kwiatkowski.
No entanto, para
"encerrar" o conflito dessa forma, Trump terá que prometer que os
investimentos já planejados para a reconstrução da Ucrânia continuarão na mesa
para vender um programa de paz ao "Congresso inclinado ao
neoconservadorismo e fortemente democrata", disse Kwiatkowski.
¨ EUA podem perder a possibilidade de fornecer assistência militar
à Ucrânia
Os EUA perderão a
possibilidade de fornecer à Ucrânia US$ 5,8 bilhões (R$ 32,7 bilhões) em ajuda
militar no final de setembro se o Congresso não estender a autorização para o
Pentágono usar recursos do programa PDA, informa a agência AP com referência aos
oficiais americanos.
Os republicanos e
democratas no Congresso devem concordar sobre um novo projeto de orçamento
antes de 30 de setembro, caso contrário o governo federal pode suspender o
trabalho no início de outubro, ou seja, haverá shutdown.
"A possibilidade
de o [Pentágono] usar US$ 5,8 bilhões no âmbito do programa presidencial de
transferência de armas (PDA) expirará", aponta a notícia.
No entanto, os
funcionários citados pela agência expressaram a esperança de que os poderes dos
órgãos governamentais para financiar seus programas sejam estendidos pelos
legisladores por um ano.
Já Moscou advertiu
reiteradamente que a OTAN está "brincando com o fogo" ao fornecer
armas para a Ucrânia, e que os comboios com equipamentos militares estrangeiros
seriam um "alvo legítimo" para seu exército assim que cruzassem a fronteira.
Segundo o Kremlin, a política ocidental não contribui para as negociações entre
Rússia e Ucrânia e tem um efeito muito negativo.
¨ Trudeau declara total apoio do Canadá ao uso de armas de longo
alcance por Kiev em território russo
O Canadá incentiva
totalmente a Ucrânia a usar armamento de longo alcance para "prevenir e
interditar a capacidade contínua da Rússia de degradar a infraestrutura civil
ucraniana", disse o primeiro-ministro Justin Trudeau nesta sexta-feira
(13).
Trudeau faz a
declaração no mesmo momento em que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden,
está sinalizando uma nova abertura, ao permitir que a Ucrânia dispare mísseis
fornecidos pelo Ocidente contra alvos no interior da Rússia. Biden discutirá
hoje o assunto com o premiê britânico, Keir Starmer, na Casa Branca.
As discussões envolvem
mísseis de cruzeiro do Reino Unido apoiados por dados do Pentágono.
Trudeau disse a
repórteres que "o Canadá e outros são inequívocos em [afirmar] que a
Ucrânia deve vencer esta guerra contra a Rússia", disse o premiê, citado
pela Reuters.
O Departamento de
Estado norte-americano também afirmou hoje que "permitir ataques
ucranianos" nas profundezas da Rússia não quer dizer que Washington esteja
entrando no conflito.
Dentro do governo
Biden, escreveu a CNN, o debate colocou algumas autoridades que apoiam o
afrouxamento das restrições contra outras que parecem mais céticas, cautelosas
tanto quanto ao risco de escalada quanto à utilidade de tal medida.
Os EUA, que impuseram
restrições ao seu hardware usado em ataques dentro da Rússia, atualmente não
permitem que seus dados de navegação sejam usados. A administração Biden citou
o risco de intensificar o conflito com a ação.
Vladimir Putin,
presidente da Rússia, disse na quinta-feira (12) que tal passo significaria que
"os países da OTAN — os Estados Unidos e os países europeus — estão em
guerra com a Rússia". Conforme "a própria essência do conflito"
muda, a Rússia "tomará decisões apropriadas", com base em novas
ameaças, disse Putin.
<><>
Permitir à Ucrânia atacar Rússia em profundidade pode ter consequências
dramáticas, diz mídia
Se o Ocidente permitir
que Kiev lance mísseis contra o interior do território russo, há um alto risco
de isso levar a uma séria escalada do conflito, escreve o jornal The Guardian.
O artigo chama a
atenção para os sérios problemas que podem surgir se Kiev cometer um erro de
cálculo no uso de tais mísseis, resultando na morte de um grande número de
civis.
Também não há um
grande estoque das armas que a Ucrânia está exigindo, o que está causando
ceticismo nos EUA em relação à possibilidade de virar a maré, segundo o The
Guardian.
"Há muitos
riscos. Permitir que a Ucrânia lance armas de fabricação ocidental contra o
interior da Rússia poderia ter um impacto político dramático no curso da
guerra", diz o jornal.
Recentemente, o
presidente russo Vladimir Putin disse que ataques com mísseis de longo alcance
ocidentais ao interior do território russo significarão o envolvimento direto
da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) no conflito na Ucrânia, já
que somente os militares da OTAN, não os ucranianos, têm a capacidade de operar
essas armas.
Ele acrescentou que o
envolvimento direto dos países ocidentais no conflito ucraniano muda a natureza
das hostilidades e que a Rússia vai ser forçada a tomar decisões com base
nessas ameaças.
<><>
Especialista explica o que os EUA fizeram ao equipamento destinado a 'grande
guerra com Rússia'
Rússia destruiu na
Ucrânia as armas dos EUA necessárias para uma grande guerra com ela, declarou
ex-conselheiro do Pentágono Jim Webb ao canal de YouTube The Duran.
"Se olharmos para
a quantidade de equipamentos que enviamos para a Ucrânia, desde drones de
ataque até sistemas de artilharia, mesmo tanques, veículos de combate de
infantaria Bradley, todos esses sistemas foram projetados para uma grande
guerra com a Rússia. E o que fizemos? Nós transferimos à Ucrânia nossas
melhores armas […] e permitimos que os russos destruíssem essa tecnologia por
partes", disse ele.
De acordo com o
especialista, o Exército russo não só ganhou acesso ao equipamento americano,
mas também estudou as táticas desenvolvidas de guerra com ele.
"E todas as
vantagens tecnológicas que poderíamos usar em nosso conflito, se ele existisse,
agora estão perdidas", concluiu Webb.
Já Moscou advertiu
reiteradamente que a OTAN está "brincando com o fogo" ao fornecer
armas para a Ucrânia, e que os comboios com equipamentos militares estrangeiros
seriam um "alvo legítimo" para seu Exército assim que cruzassem a fronteira.
Segundo o Kremlin, a política ocidental não contribui para as negociações entre
Rússia e Ucrânia e tem um efeito muito negativo.
Fonte: Sputnik Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário