terça-feira, 17 de setembro de 2024

CEO do banco JPMorgan Chase não tira da mesa 'pior prognóstico' para a economia dos EUA

O presidente e CEO do banco norte-americano JPMorgan Chase, Jamie Dimon, não exclui que os EUA se deparam com uma estagflação – uma combinação de alta inflação com estagnação econômica, mesmo contra a atual confiança crescente de que a inflação está saindo de seus picos máximos, relata CNBC.

"Eu diria que o pior resultado é a estagflação – recessão, inflação mais alta", disse Dimon em uma conferência do Conselho de Investidores Institucionais no Brooklyn, Nova York. "E, a propósito, eu não tiraria isso da mesa."

Dimon notou também que o preocupa que uma série de forças inflacionárias esteja no horizonte, como maiores déficits e maior gasto em infraestrutura, continuando a adicionar pressão a uma economia ainda abalada pelo impacto das taxas de juros mais altas.

"Elas são todas inflacionárias, basicamente no curto prazo, nos próximos dois anos", notou Dimon. "Então, é difícil olhar para [isso] e dizer: 'Bem, não, estamos fora de perigo.' Não acredito."

¨      Governo Biden anuncia mais restrições a produtos chineses em meio à aproximação das eleições nos EUA

O governo do presidente Joe Biden anunciou nesta sexta-feira (13) novas medidas para impor tarifas sobre vários produtos chineses com a intenção de "proteger" os fabricantes norte-americanos e mostrar uma imagem de "dureza" contra a China um mês e meio antes das eleições, informou o jornal The New York Times.

As tarifas, que variam de 7,5% a até 100%, serão aplicadas a roupas, painéis solares, veículos elétricos, aço e outros bens que a China comercializa a preços mais baixos do que as empresas norte-americanas. Segundo o jornal, as medidas podem aumentar o custo de algumas importações no contexto de alta de preços nos Estados Unidos.

Uma das medidas da administração Biden suspenderá uma norma comercial que permitiu no ano passado a entrada nos EUA de mais de 1.000 milhões de pacotes provenientes da China sem estarem sujeitos a impostos, o que teria "prejudicado" os fabricantes locais.

O governo, que já mantém altos impostos sobre outros produtos chineses, afirmou que os envios respaldados por essa norma permitiram a entrada no país de fentanilo, o opioide sintético que está gerando uma crise de consumo em vários estados, e de produtos falsificados, de acordo com o meio de comunicação.

A proposta pode afetar grandes importadores de artigos chineses, como Shein e Temu. A norma comercial permite enviar pacotes de países estrangeiros para consumidores ou empresas sem pagar impostos, desde que não excedam US$ 800 (R$ 4,4 mil) por destinatário por dia.

Conforme a reportagem, nos últimos anos empresas online como Shein e vendedores de produtos chineses na Amazon usaram a norma para ganhar mercado nos EUA, evitando não apenas os impostos, mas também os custos de armazenamento.

Com a nova medida do governo dos Estados Unidos, a isenção será eliminada para qualquer produto, de acordo com as disposições legais impostas pelas administrações de Joe Biden e Trump para metais, painéis solares e artigos chineses.

Segundo dados federais apresentados pelo jornal americano, a quantidade de pacotes que entrou nos Estados Unidos amparada por essa norma comercial chegou a mais de um bolhão em 2023, em comparação com 140 milhões registrados há uma década.

"O aumento drástico dos envios tornou cada vez mais difícil detectar e bloquear os envios ilegais ou inseguros que entram nos Estados Unidos", disse Daleep Singh, assessor adjunto da Casa Branca em matéria de segurança nacional, ao The New York Times.

"Trata-se de fazer cumprir nossas leis", acrescentou Singh. "Estamos garantindo que as empresas estrangeiras respeitem nossas leis e não coloquem em perigo as famílias americanas."

 

¨      Hungria lamenta 'boicote da UE' após chefes financeiros do bloco faltarem a reunião em Budapeste

A Hungria intensificou sua crítica à União Europeia (UE) após uma reunião de chefes de Finanças em sua capital, na qual os principais participantes ficaram de fora.

O Ministro da Economia húngaro, Mihaly Varga, disse nesta sexta-feira (13) que "já falamos sobre as ideias criativas trazidas à tona na UE para obstruir a presidência húngara. Apesar da ideia do boicote, todos os membros se representaram e os bancos centrais de quase todos os Estados-membros também foram representados em alto nível", citado pela Bloomberg.

Varga destacou que a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, e o secretário-geral da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), Mathias Cormann, compareceram ao chamado Conselho de Assuntos Econômicos e Financeiros da UE (ECOFIN) informal.

No entanto, nenhum comissário da UE estava no evento e os ministros da Economia de mais de uma dúzia de países — incluindo Alemanha e França — estavam ausentes, segundo a mídia.

"O mais novo incentivo de sanções de Bruxelas funcionou, neste caso, em benefício da presidência húngara", disse Varga.

O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, deu início à presidência de seis meses da Hungria na UE em julho, com ações diplomáticas que incluíram uma reunião com o presidente russo, Vladimir Putin, e, posteriormente, com Vladimir Zelensky.

Tal ação desencadeou uma reação negativa da Comissão Europeia, que decidiu evitar que seus principais funcionários participem das reuniões informais que acontecem na Hungria até o final do ano.

Orbán disse mais cedo, ainda nesta sexta-feira, que mais movimentos diplomáticos surpreendentes eram prováveis, ​​como parte de sua "missão de paz".

¨      Rússia é principal fornecedor de gás à Sérvia, 'se a Europa não gosta, o problema é dela'

O vice-primeiro-ministro da Sérvia, Aleksandar Vulin, destacou à Sputnik nesta sexta-feira (13) os fortes laços do país com a Rússia e também destacou a cooperação entre as duas nações;

Para Volin, os membros do BRICS, como o secretário do Conselho de Segurança da Rússia, Sergei Shoigu e os ministros das Relações Exteriores da China, Brasil e África do Sul demonstram forte simpatia e apoio ao país balcânico, além de compreenderem profundamente as dificuldades que enfrenta.

O político explicou que lutar pelos direitos dos sérvios em Kosovo e Metohija faz parte da estratégia nacional de Belgrado, e destacou que, quando a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) lançou sua agressão contra o país em 1999, "tentaram matar a Sérvia, mas, em vez disso, mataram o direito internacional".

Vulin também enfatiza que a Rússia é o principal fornecedor de gás para a Sérvia, destacando que o país está profundamente satisfeito com o acordo energético. Isso é muito importante para a economia nacional e para seus cidadãos, ressalta o vice-primeiro-ministro.

"Estamos muito felizes com o acordo que temos com a Rússia. Estou profundamente satisfeito porque o Governo russo nos mostra a disposição de assinarmos um novo acordo de gás muito em breve, quase imediatamente. E isso é realmente importante para nossa economia e, claro, para nossos cidadãos", indicou.

"A União Europeia se comporta como um território, não como uma organização de governos ou Estados. Isso significa que eles não têm seus próprios interesses, não têm sua própria vontade. Nós somos um Estado. Somos um país. Temos nossos próprios interesses. Nosso interesse é ter gás suficiente neste inverno. Se isso não agradar à Europa, é problema dela", constatou Vulin.

Além disso, o político destaca que a Sérvia não fará parte da histeria antirussa que assola o Ocidente.

"Somos a única parte da Europa onde não há histeria antirussa. Não estamos tentando proibir que os meios russos realizem seu trabalho, como em todas as outras partes da Europa. E uma das partes mais importantes da democracia é a liberdade de escolha, a liberdade de informação, a liberdade de voto", manifesta Volin.

O vice-primeiro-ministro também comenta sobre a política de sanções do Ocidente contra a Rússia, que, segundo ele, acaba prejudicando a si mesma, e esclarece que a Sérvia nunca tomará esse caminho.

"Claro, não impomos sanções contra a Rússia e nunca faremos isso. Há muitas coisas em que podemos trabalhar juntos. Sem dúvida, o setor energético é a parte mais importante de nossas relações econômicas", resume.

O vice-primeiro-ministro também abordou o tema da reescrita da história e indicou que seu país não permitirá que a verdade sobre a Segunda Guerra Mundial seja alterada. Volin expressa ainda sua gratidão aos aliados e ao apoio da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), além de afirmar que a Sérvia se orgulha de sua contribuição para a vitória.

 

¨      Por que China elevará idade mínima de aposentadoria pela 1ª vez desde os anos 1950

A China "aumentará gradativamente" sua idade de aposentadoria pela primeira vez desde a década de 1950, à medida que o país enfrenta o envelhecimento da população e o encolhimento do orçamento previdenciário.

O Legislativo aprovou na sexta-feira (13/9) propostas para aumentar a idade legal de aposentadoria de 50 para 55 anos para mulheres em empregos que envolvem trabalho braçal ou manual e de 55 para 58 anos para mulheres em empregos administrativos e intelectuais.

Para os homens, o aumento da idade mínima de 60 para 63 anos.

A idade atual de aposentadoria da China está entre as mais baixas do mundo.

De acordo com o plano aprovado, a mudança ocorrerá a partir de 1º de janeiro de 2025, com as idades para aposentadoria serão elevadas a cada poucos meses ao longo dos próximos 15 anos, segundo a mídia estatal chinesa.

A aposentadoria antes da idade legal não será permitida, informou a agência de notícias estatal Xinhua, embora as pessoas possam adiar sua aposentadoria por no máximo três anos.

A partir de 2030, os trabalhadores também terão que fazer mais contribuições ao sistema de Previdência Social para receber pensões.

Até 2039, eles terão que ter 20 anos de contribuições para ter direito a pensões.

A Academia Chinesa de Ciências Sociais, administrada pelo Estado, disse em 2019 que o principal fundo de pensão estatal do país ficará sem dinheiro até 2035 — e essa estimativa era anterior à pandemia de covid-19, que atingiu duramente a economia chinesa.

O plano para aumentar as idades mínimas de aposentadoria e ajustar a política previdenciária foi baseado em "uma avaliação abrangente da expectativa de vida média, condições de saúde, estrutura populacional, nível de educação e oferta de força de trabalho na China", informou a agência Xinhua.

Mas o anúncio atraiu algum ceticismo e descontentamento na internet chinesa.

"Nos próximos dez anos, haverá outro projeto de lei que adiará a aposentadoria até os 80 anos", escreveu um usuário em um site de mídia social chinês Weibo.

"Que ano miserável! Trabalhadores de meia-idade enfrentam cortes salariais e aumento da idade de aposentadoria. Aqueles que estão desempregados acham cada vez mais difícil conseguir empregos", outro entrou na conversa.

Outros disseram que aguardavam um anúncio assim.

"Isso era esperado, não há muito o que discutir. Os homens na maioria dos países europeus se aposentam aos 65 ou 67 anos, enquanto as mulheres aos 60. Essa também será a tendência em nosso país", disse um usuário do Weibo.

<><> Uma crise demográfica em desenvolvimento

A população da China caiu pelo segundo ano consecutivo em 2023, à medida que sua taxa de natalidade continua a diminuir.

Enquanto isso, sua expectativa de vida média aumentou para 78,2 anos, disseram autoridades no início deste ano.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, quase um terço da população da China — cerca de 402 milhões de pessoas — terá mais de 60 anos até 2040, ante 254 milhões em 2019.

Uma economia em desaceleração, benefícios governamentais em declínio e uma política de filho único de décadas criaram uma crise demográfica crescente na China, escreveu a correspondente da BBC na China, Laura Bicker, no início deste ano.

A Previdência da China está ficando sem dinheiro, e o tempo do país está se esgotando para construir um fundo suficiente para cuidar do crescente número de idosos.

Na próxima década, cerca de 300 milhões de pessoas, que atualmente têm entre 50 e 60 anos, devem deixar a força de trabalho chinesa.

Esta é a maior faixa etária do país, quase equivalente ao tamanho da população dos Estados Unidos.

 

Fonte: Sputnik Brasil/BBC News

 

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