CEO do banco JPMorgan Chase não tira da
mesa 'pior prognóstico' para a economia dos EUA
O presidente e CEO do
banco norte-americano JPMorgan Chase, Jamie Dimon, não exclui que os EUA se
deparam com uma estagflação – uma combinação de alta inflação com estagnação
econômica, mesmo contra a atual confiança crescente de que a inflação está saindo
de seus picos máximos, relata CNBC.
"Eu diria que o
pior resultado é a estagflação – recessão, inflação mais alta", disse
Dimon em uma conferência do Conselho de Investidores Institucionais no
Brooklyn, Nova York. "E, a propósito, eu não tiraria isso da mesa."
Dimon notou também que
o preocupa que uma série de forças inflacionárias esteja no horizonte, como
maiores déficits e maior gasto em infraestrutura, continuando a adicionar
pressão a uma economia ainda abalada pelo impacto das taxas de juros mais
altas.
"Elas são todas
inflacionárias, basicamente no curto prazo, nos próximos dois anos", notou
Dimon. "Então, é difícil olhar para [isso] e dizer: 'Bem, não, estamos
fora de perigo.' Não acredito."
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Governo Biden anuncia
mais restrições a produtos chineses em meio à aproximação das eleições nos EUA
O governo do
presidente Joe Biden anunciou nesta sexta-feira (13) novas medidas para impor
tarifas sobre vários produtos chineses com a intenção de "proteger"
os fabricantes norte-americanos e mostrar uma imagem de "dureza"
contra a China um mês e meio antes das eleições, informou o jornal The New York
Times.
As tarifas, que variam
de 7,5% a até 100%, serão aplicadas a roupas, painéis solares, veículos
elétricos, aço e outros bens que a China comercializa a preços mais baixos do
que as empresas norte-americanas. Segundo o jornal, as medidas podem aumentar o
custo de algumas importações no contexto de alta de preços nos Estados Unidos.
Uma das medidas da
administração Biden suspenderá uma norma comercial que permitiu no ano passado
a entrada nos EUA de mais de 1.000 milhões de pacotes provenientes da China sem
estarem sujeitos a impostos, o que teria "prejudicado" os fabricantes
locais.
O governo, que já
mantém altos impostos sobre outros produtos chineses, afirmou que os envios
respaldados por essa norma permitiram a entrada no país de fentanilo, o opioide
sintético que está gerando uma crise de consumo em vários estados, e de
produtos falsificados, de acordo com o meio de comunicação.
A proposta pode afetar
grandes importadores de artigos chineses, como Shein e Temu. A norma comercial
permite enviar pacotes de países estrangeiros para consumidores ou empresas sem
pagar impostos, desde que não excedam US$ 800 (R$ 4,4 mil) por destinatário por
dia.
Conforme a reportagem,
nos últimos anos empresas online como Shein e vendedores de produtos chineses
na Amazon usaram a norma para ganhar mercado nos EUA, evitando não apenas os
impostos, mas também os custos de armazenamento.
Com a nova medida do
governo dos Estados Unidos, a isenção será eliminada para qualquer produto, de
acordo com as disposições legais impostas pelas administrações de Joe Biden e
Trump para metais, painéis solares e artigos chineses.
Segundo dados federais
apresentados pelo jornal americano, a quantidade de pacotes que entrou nos
Estados Unidos amparada por essa norma comercial chegou a mais de um bolhão em
2023, em comparação com 140 milhões registrados há uma década.
"O aumento
drástico dos envios tornou cada vez mais difícil detectar e bloquear os envios
ilegais ou inseguros que entram nos Estados Unidos", disse Daleep Singh,
assessor adjunto da Casa Branca em matéria de segurança nacional, ao The New
York Times.
"Trata-se de
fazer cumprir nossas leis", acrescentou Singh. "Estamos garantindo
que as empresas estrangeiras respeitem nossas leis e não coloquem em perigo as
famílias americanas."
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Hungria lamenta
'boicote da UE' após chefes financeiros do bloco faltarem a reunião em
Budapeste
A Hungria intensificou
sua crítica à União Europeia (UE) após uma reunião de chefes de Finanças em sua
capital, na qual os principais participantes ficaram de fora.
O Ministro da Economia
húngaro, Mihaly Varga, disse nesta sexta-feira (13) que "já falamos sobre
as ideias criativas trazidas à tona na UE para obstruir a presidência húngara.
Apesar da ideia do boicote, todos os membros se representaram e os bancos
centrais de quase todos os Estados-membros também foram representados em alto
nível", citado pela Bloomberg.
Varga destacou que a
diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva,
e o secretário-geral da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento
Econômico (OCDE), Mathias Cormann, compareceram ao chamado Conselho de Assuntos
Econômicos e Financeiros da UE (ECOFIN) informal.
No entanto, nenhum
comissário da UE estava no evento e os ministros da Economia de mais de uma
dúzia de países — incluindo Alemanha e França — estavam ausentes, segundo a
mídia.
"O mais novo
incentivo de sanções de Bruxelas funcionou, neste caso, em benefício da
presidência húngara", disse Varga.
O primeiro-ministro
húngaro, Viktor Orbán, deu início à presidência de seis meses da Hungria na UE
em julho, com ações diplomáticas que incluíram uma reunião com o presidente
russo, Vladimir Putin, e, posteriormente, com Vladimir Zelensky.
Tal ação desencadeou
uma reação negativa da Comissão Europeia, que decidiu evitar que seus
principais funcionários participem das reuniões informais que acontecem na
Hungria até o final do ano.
Orbán disse mais cedo,
ainda nesta sexta-feira, que mais movimentos diplomáticos surpreendentes eram
prováveis, como parte de sua "missão de paz".
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Rússia é principal
fornecedor de gás à Sérvia, 'se a Europa não gosta, o problema é dela'
O
vice-primeiro-ministro da Sérvia, Aleksandar Vulin, destacou à Sputnik nesta
sexta-feira (13) os fortes laços do país com a Rússia e também destacou a
cooperação entre as duas nações;
Para Volin, os membros
do BRICS, como o secretário do Conselho de Segurança da Rússia, Sergei Shoigu e
os ministros das Relações Exteriores da China, Brasil e África do Sul
demonstram forte simpatia e apoio ao país balcânico, além de compreenderem
profundamente as dificuldades que enfrenta.
O político explicou
que lutar pelos direitos dos sérvios em Kosovo e Metohija faz parte da
estratégia nacional de Belgrado, e destacou que, quando a Organização do
Tratado do Atlântico Norte (OTAN) lançou sua agressão contra o país em 1999,
"tentaram matar a Sérvia, mas, em vez disso, mataram o direito
internacional".
Vulin também enfatiza
que a Rússia é o principal fornecedor de gás para a Sérvia, destacando que o
país está profundamente satisfeito com o acordo energético. Isso é muito
importante para a economia nacional e para seus cidadãos, ressalta o
vice-primeiro-ministro.
"Estamos muito
felizes com o acordo que temos com a Rússia. Estou profundamente satisfeito
porque o Governo russo nos mostra a disposição de assinarmos um novo acordo de
gás muito em breve, quase imediatamente. E isso é realmente importante para nossa
economia e, claro, para nossos cidadãos", indicou.
"A União Europeia
se comporta como um território, não como uma organização de governos ou
Estados. Isso significa que eles não têm seus próprios interesses, não têm sua
própria vontade. Nós somos um Estado. Somos um país. Temos nossos próprios
interesses. Nosso interesse é ter gás suficiente neste inverno. Se isso não
agradar à Europa, é problema dela", constatou Vulin.
Além disso, o político
destaca que a Sérvia não fará parte da histeria antirussa que assola o
Ocidente.
"Somos a única
parte da Europa onde não há histeria antirussa. Não estamos tentando proibir
que os meios russos realizem seu trabalho, como em todas as outras partes da
Europa. E uma das partes mais importantes da democracia é a liberdade de
escolha, a liberdade de informação, a liberdade de voto", manifesta Volin.
O
vice-primeiro-ministro também comenta sobre a política de sanções do Ocidente
contra a Rússia, que, segundo ele, acaba prejudicando a si mesma, e esclarece
que a Sérvia nunca tomará esse caminho.
"Claro, não
impomos sanções contra a Rússia e nunca faremos isso. Há muitas coisas em que
podemos trabalhar juntos. Sem dúvida, o setor energético é a parte mais
importante de nossas relações econômicas", resume.
O
vice-primeiro-ministro também abordou o tema da reescrita da história e indicou
que seu país não permitirá que a verdade sobre a Segunda Guerra Mundial seja
alterada. Volin expressa ainda sua gratidão aos aliados e ao apoio da União das
Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), além de afirmar que a Sérvia se
orgulha de sua contribuição para a vitória.
¨ Por que China elevará idade mínima de aposentadoria pela 1ª vez
desde os anos 1950
A China
"aumentará gradativamente" sua idade de aposentadoria pela primeira
vez desde a década de 1950, à medida que o país enfrenta o envelhecimento da
população e o encolhimento do orçamento previdenciário.
O Legislativo aprovou
na sexta-feira (13/9) propostas para aumentar a idade legal de aposentadoria de
50 para 55 anos para mulheres em empregos que envolvem trabalho braçal ou
manual e de 55 para 58 anos para mulheres em empregos administrativos
e intelectuais.
Para os homens, o
aumento da idade mínima de 60 para 63 anos.
A idade atual de
aposentadoria da China está entre as mais baixas do mundo.
De acordo com o plano
aprovado, a mudança ocorrerá a partir de 1º de janeiro de 2025, com as idades
para aposentadoria serão elevadas a cada poucos meses ao longo dos próximos 15
anos, segundo a mídia estatal chinesa.
A aposentadoria antes
da idade legal não será permitida, informou a agência de notícias estatal
Xinhua, embora as pessoas possam adiar sua aposentadoria por no máximo três
anos.
A partir de 2030, os
trabalhadores também terão que fazer mais contribuições ao sistema de
Previdência Social para receber pensões.
Até 2039, eles terão
que ter 20 anos de contribuições para ter direito a pensões.
A Academia Chinesa de
Ciências Sociais, administrada pelo Estado, disse em 2019 que o principal fundo
de pensão estatal do país ficará sem dinheiro até 2035 — e essa estimativa era
anterior à pandemia de covid-19, que atingiu duramente a economia chinesa.
O plano para aumentar
as idades mínimas de aposentadoria e ajustar a política previdenciária foi
baseado em "uma avaliação abrangente da expectativa de vida média,
condições de saúde, estrutura populacional, nível de educação e oferta de força
de trabalho na China", informou a agência Xinhua.
Mas o anúncio atraiu
algum ceticismo e descontentamento na internet chinesa.
"Nos próximos dez
anos, haverá outro projeto de lei que adiará a aposentadoria até os 80
anos", escreveu um usuário em um site de mídia social chinês Weibo.
"Que ano
miserável! Trabalhadores de meia-idade enfrentam cortes salariais e aumento da
idade de aposentadoria. Aqueles que estão desempregados acham cada vez mais
difícil conseguir empregos", outro entrou na conversa.
Outros disseram que
aguardavam um anúncio assim.
"Isso era
esperado, não há muito o que discutir. Os homens na maioria dos países europeus
se aposentam aos 65 ou 67 anos, enquanto as mulheres aos 60. Essa também será a
tendência em nosso país", disse um usuário do Weibo.
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Uma crise demográfica em desenvolvimento
A população da China
caiu pelo segundo ano consecutivo em 2023, à medida que sua taxa de natalidade
continua a diminuir.
Enquanto isso, sua
expectativa de vida média aumentou para 78,2 anos, disseram autoridades no
início deste ano.
De acordo com a
Organização Mundial da Saúde, quase um terço da população da China — cerca de
402 milhões de pessoas — terá mais de 60 anos até 2040, ante 254 milhões em
2019.
Uma economia em
desaceleração, benefícios governamentais em declínio e uma política de filho
único de décadas criaram uma crise demográfica crescente na China, escreveu a
correspondente da BBC na China, Laura Bicker, no início deste ano.
A Previdência da China
está ficando sem dinheiro, e o tempo do país está se esgotando para construir
um fundo suficiente para cuidar do crescente número de idosos.
Na próxima década,
cerca de 300 milhões de pessoas, que atualmente têm entre 50 e 60 anos, devem
deixar a força de trabalho chinesa.
Esta é a maior faixa
etária do país, quase equivalente ao tamanho da população dos Estados Unidos.
Fonte: Sputnik Brasil/BBC
News
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