segunda-feira, 23 de dezembro de 2024

Na Alemanha, extremistas de direita desinformam nas redes sobre atentado por homem identificado como ultradireita

Assim que a notícia sobre o atentado ao mercado de Natal em Magbeburg veio a público, na noite desta sexta-feira (20/12), postagens de ódio, desinformação e vídeos descontextualizados se alastraram nas redes sociais.

Vários perfis, incluindo de políticos do partido de ultradireita Alternativa para Alemanha (AfD) e do tabloide Bild, passaram a difundir a falsa alegação de que o ataque havia deixado 11 mortos – no momento do atropelamento, duas pessoas morreram, mas o número de vítimas passou para cinco na manhã de sábado, além de mais de 200 feridos. O jornal corrigiu a informação.

Antes que se soubesse qualquer detalhe sobre o perfil peculiar do homem detido – um psiquiatra saudita refugiado na Alemanha que se identifica com a ultradireita, defende ideais anti-imigração e se diz fã de Elon Musk e apoiador da AfD – grande parte do fluxo de publicações sobre o tema no X sugeriam que o crime tinha motivação islâmica.

O próprio Musk, dono da rede social, compartilhou conteúdo que insinuava uma motivação religiosa do crime. No mesmo dia, mais cedo, ele havia postado que "só a AfD pode salvar a Alemanha".

Muitos perfis compartilharam, logo após o atentado, conteúdos afirmando que o suspeito seria sírio e teria chegado à Alemanha na esteira da crise de refugiados do país em 2015 e 2016. Brotaram então publicações críticas à política de acolhimento a refugiados da então chanceler federal Angela Merkel.

A Ministra alemã do Interior, Nancy Faeser, afirmou neste sábado que "tudo o que podemos dizer neste momento é que o perpetrador era islamofóbico".

Horas antes do ataque, o próprio suspeito, muito ativo nas redes sociais, postou no X um vídeo conspiratório em que fala de um suposto pendrive roubado e lamenta, implicitamente, o fato de não ser permitido o porte de armas na Alemanha.

O alegado perfil do homem no X tem mais de 45 mil seguidores. A imagem de uma metralhadora pode ser vista acima de sua foto. E a descrição da conta afirma que a Alemanha persegue os requerentes de asilo sauditas para "destruir as suas vidas" e " islamizar a Europa".

·        Desinformação e vídeos fora de contexto 

Entre as mentiras espalhadas nas redes, está a de que o suspeito faria parte de um esquadrão terrorista, e que na mesma hora do atropelamento em massa teria havido também um tiroteio em centro comercial ao lado, como observou o jornal Tagesspiegel. Até o momento, as investigações apontam que o suspeito agiu sozinho.

Outra publicação menciona uma bomba embaixo do veículo do crime, que "felizmente" foi desativada a tempo, e fala ainda de outros suspeitos foragidos, o que não procede.

Contas de extremistas de direita também reenviaram vídeos antigos como se estivessem no contexto do ataque desta sexta – entre eles, o de imigrantes comemorando a queda do ditador sírio Bashar al-Assad, dando a entender que estavam em vez disso festejando o ataque em Magdeburg, segundo informou o Tageschau, portal de notícias de uma das principais emissoras alemãs de TV.

Uma análise das postagens feitas na conta do X atribuída ao suspeito mostra que o tom de radicalização contra o islã e autoridades alemãs aumentou. "Merkel teria de passar o resto da vida na prisão como punição pelo seu projeto criminoso secreto de islamizar a Europa", dizia uma das publicações.

Diversas pessoas teriam procurado as autoridades alemãs para alertar sobre o conteúdo das postagens do suspeito, que até então não estava no radar das forças de segurança como islamista ou potencial ameaça à segurança pública.

A Arábia Saudita também teria alertado as autoridades alemãs sobre o suspeito e pedido a sua deportação, segundo as agências de notícias Reuters e dpa.

Uma suposta citação do presidente federal alemão Frank-Walter Steinmeier também se espalhou nas redes sociais. A postagem falsa atribuia falsamente ao político a frase: "Fronteiras abertas contribuem para a segurança".

Em sua conta no X, Steinmeier comentou: "A pessoa que cometeu o crime em Magdeburg era um extremista de direita. Isso mostra um duplo fracasso da sociedade: Não fomos capazes de dar as boas-vindas a essa pessoa na Alemanha e convencê-la dos valores democráticos. A luta contra a direita deve continuar."

¨      Suspeito de ataque na Alemanha é imigrante "islamofóbico"

Contrariando as especulações iniciais que circularam na internet horas depois doatentado a um mercado de natal na cidade alemã de Magdeburg que matou ao menos cinco pessoas e feriu mais de 200, o suspeito que atirou um carro em alta velocidade contra uma multidão na noite desta sexta-feira (20/12) tem um perfil que destoa de outros atentados atribuídos a imigrantes.

Refugiado "islamofóbico" de meia-idade, ele se dizia ex-muçulmano e perseguido por radicais religiosos e por seu país de origem, a autocrática Arábia Saudita, simpatizava com o partido anti-imigração AfD e atuava como médico – uma profissão de prestígio, cujo exercício na Alemanha por estrangeiros requer um alto nível de integração à sociedade e domínio do alemão.

A designação "islamofóbico" partiu da ministra alemã do Interior, Nancy Faeser, que afirmou neste sábado durante visita a Magdeburg não poder dizer muito sobre o caso, dado que as investigações ainda estão em andamento, mas que "só podemos dizer com certeza que o agressor era claramente islamofóbico".

O BKA, a Polícia Federal alemã, está ajudando nas investigações conduzidas pelas autoridades estaduais. Para que o caso passe à esfera federal, é preciso ainda investigar se o atentado envolveu uma organização terrorista, o que ainda não pôde ser confirmado.

Mensagens postadas pelo suspeito na internet têm levado especialistas a afirmar que a hipótese de terrorismo parece distante, embora a motivação do crime continue incerta. Em entrevista coletiva concedida às 16h deste sábado (21/12, 12h de Brasília), autoridades citaram como hipótese uma "insatisfação com o tratamento de refugiados sauditas".

<><> Por que suspeito teve pedido de refúgio aceito

Nascido em 1974 na cidade saudita de Hufuf, segundo a revista alemã Der Spiegel, o suspeito se mudou para a Alemanha em 2006, para estudar.

Em 2016, foi reconhecido pelo governo alemão como refugiado. Em entrevista concedida ao jornal Frankfurter Zeitung em 2019, ele alegou ter sido ameaçado de morte em seu país de origem por ter renunciado à fé islâmica – crime passível de prisão e até pena de morte na Arábia Saudita, segundo uma entidade alemã de apoio a refugiados seculares.

<><> "Vida comum" e atuação profissional na psiquiatria

O suspeito vivia em Bernburg, cidade de 32 mil habitantes a menos de 50 quilômetros de Magdeburg, ambas no estado da Saxônia-Anhalt, e atuava profissionalmente como médico especializado em psiquiatria e psicoterapia.

Ele trabalhava desde 2020 no sistema prisional, com pessoas que sofrem de dependência química. A clínica psiquiátrica em Bernburg, uma instituição estadual, afirmou que ele estava afastado da função desde o final outubro, por ter sido avaliado como inapto para o trabalho. 

Segundo o jornal Mitteldeutsche Zeitung, ele teria se ausentado do trabalho nas últimas semanas por motivo de doença. Colegas de trabalho ouvidos pelo jornal afirmam que ele parecia despreparado em reuniões com a equipe.

Um vizinho do suposto agressor em Bernburg ouvido pela MDR descreveu o homem como muito "retraído", mas com comportamento "normal". "E agora descobrimos, depois de mais de três anos [de convivência como vizinhos], que esse homem matou várias pessoas, feriu várias pessoas", lamentou. "O homem fugiu para cá porque deu às costas ao islã. Não dá para entender."

<><> Ativismo

Em entrevista concedida ao jornal Frankfurter Zeitung em 2019, o suspeito disse que as mulheres da Arábia Saudita recorriam a ele em busca de proteção "porque foram violadas pelo seu tutor masculino". O sistema de asilo alemão, disse ele, era "um caminho para as mulheres alcançarem a liberdade".

À emissora britânica BBC, o médico deu entrevista no mesmo ano apresentando o serviço que criou para ajudar ex-muçulmanos a fugir de perseguição em seus países de origem, sobretudo no Golfo Pérsico. Ele alegou que 90% das pessoas que o procuravam eram mulheres entre 18 e 30 anos.

O suspeito teria procurado diversos veículos jornalísticos alegando ter denúncias a fazer. Ao Spiegel, ele criticou as autoridades alemãs e ativistas que defendem o direito ao asilo, acusando-os de desinformar pessoas em busca de refúgio e não impedir que regressassem a países do Golfo. Também afirmou que, uma vez de volta a seus países de origem, mulheres seriam mortas por seus pais.

<><> Radicalização e simpatia com a AfD

Nos últimos anos, seu discurso se radicalizou. Oito dias antes do ataque, ele publicou em sua conta no X uma entrevista que deu a um blog islamofóbico americano. Entre as teorias conspiratórias que compartilha, está a de que o Estado alemão tem conduzido uma "operação secreta" para "caçar e destruir vidas" de ex-muçulmanos sauditas em todo o mundo ao dar asilo a "jihadistas sírios".

Além de simpatizar abertamente com a AfD, ele queria criar uma "academia para ex-muçulmanos" em cooperação com o partido, segundo o Spiegel. "Quem mais lutaria contra o islã na Alemanha?", argumentou.

Em novembro, ainda segundo a revista, ele postou nas redes sociais que a "Alemanha precisa proteger suas fronteiras contra a imigração ilegal", e acusou a ex-chanceler federal Angela Merkel de perseguir com sua política de refúgio um plano para "islamizar a Europa" – uma tese frequentemente defendida por radicais de ultradireita.

O suspeito também publicou mensagens em que desejava a morte de Merkel por causa da política de imigração da ex-chefe alemã de governo. "Se a pena de morte for reintroduzida, ela merece ser morta."

Desde o ano passado, a Alemanha vem endurecendo sua política de migração, tornando-a especialmente restritiva para refugiados. Recentemente, após a queda do ditador sírio Bashar al-Assad, o país suspendeu a concessão de asilo a sírios.

Anos depois de dizer agir em defesa de refugiadas sauditas, o suspeito escreveu em um site onde oferecia ajuda a essas mulheres: "Meu conselho: não peçam asilo na Alemanha."

<><> Problemas psíquicos

Outro vídeo publicado pelo suspeito em redes sociais é repleto de mensagens desconexas, que sugerem paranoia, como uma afirmação de que a polícia roubaria cartas dele.

O tom paranoico de algumas de suas mensagens sugerem, segundo a imprensa alemã, que o homem sofreria de instabilidade psíquica.

O suspeito também procurou no passado a DW. Em março de 2021, ele afirmou via Twitter que era espionado por sauditas e pela Arábia Saudita, e acusou as autoridades alemãs de não tomar providências e não levá-lo a sério. Em outubro de 2023, ele escreveu à DW que as autoridades alegaram que o caso dele não seria de interesse público.

"[As autoridades] Permitem que um refugiado saudita esteja exposto a intimidação, vigilância e perseguição", escreveu.

Muitas de suas alegações, porém, não puderam ser confirmadas pela DW.

Em novembro e dezembro deste ano, o suspeito voltou a procurar a DW, com a promessa de oferecer provas. Depois disso, não houve mais contato.

<><> Alertas às autoridades

Diversas pessoas teriam procurado as autoridades alemãs para alertar sobre o conteúdo das postagens do suspeito, que até então não estava no radar das forças de segurança como islamista ou potencial ameaça à segurança pública.

Também a Arábia Saudita teria alertado as autoridades alemãs sobre o suspeito e pedido a sua deportação, segundo as agências de notícias Reuters e dpa – que um país totalitário denuncie opositores, contudo, é algo que o especialista em terrorismo da emissora alemã ARD Holger Schmidt afirma não poder ser considerado incomum. A dpa afirma que ele seria um xiita, minoria étnico-religiosa reprimida no país.

Segundo o Spiegel, o médico respondia a um processo em Berlim por atrapalhar serviços de emergência. Em fevereiro de 2024, ele teria comparecido a uma delegacia de polícia na capital alemã para fazer um boletim de ocorrência. Na ocasião, forneceu informações desconexas e, insatisfeito com o policial que o atendeu, ligou para os bombeiros para pedir "aconselhamento jurídico".

Por causa disso, o suspeito foi condenado a pagar uma multa no valor de 600 euros, e recorreu. O recurso seria analisado um dia antes do atentado, na quinta-feira, mas ele não compareceu ao tribunal.

Ainda de acordo com o Spiegel, o suspeito também foi denunciado à polícia por ameaças publicadas nas redes sociais. Ele teria escrito em uma postagem no X que a Alemanha pagaria "um preço" por perseguir refugiados sauditas. A polícia estadual, porém, descartou à época uma possível ameaça.

¨      O que se sabe sobre atentado a mercado de Natal na Alemanha

Após o ataque ao mercado de Natal em Magdeburg, que deixou ao menos cinco mortos e centenas de feridos, muitas questões permanecem sem resposta, principalmente sobre o que motivou o suspeito a atropelar uma multidão.

A quatro dias do Natal, a feira típica montada em uma praça da cidade estava cheia de famílias, que desfrutavam dos estandes de comidas e bebidas quentes e de artesanato.

Pouco depois das 19h (15h de Brasília), o carro avançou cerca de 400 metros entre os corredores de barracas de madeira, como é possível ver nos vídeos gravados por celular compartilhados logo após a tragédia.

A ação durou cerca de 3 minutos e deixou 5 mortos e 200 feridos. Por enquanto, polícia trabalha com a tese de que o suspeito cometeu o crime por insatisfação com o tratamento dado pelo Alemanha a refugiados sauditas, segundo informou Horst Nopens, promotor público responsável pelo caso. As autoridades também acreditam que ele agiu sozinho. 

Entre os mortos confirmados até o momento estão uma criança de 9 anos e quatro adultos, segundo informaram autoridades alemãs em coletiva de imprensa neste sábado (21/12).

O suspeito permanecerá sob custódia da polícia, acusado inicialmente por homício e tentativa de homicídio. 

<><> Motivos do ataque

Os investigadores examinam agora as razões pessoais, políticas ou psicológicas que poderiam ter levado o homem a cometer o crime.

Segundo a publicação alemã Spiegel, ele nasceu na cidade saudita de Hufuf e veio para a Alemanha em 2006, inicialmente para treinamento profissional. Ele alega ter sido ameaçado de morte na Arábia Saudita por sua renúncia à fé islâmica, o que é crime passível de prisão e até pena de morte. 

Em 2016, ele foi reconhecido pelo governo alemão como refugiado, e desde então teria atuado ativamente para orientar pessoas em condições semelhantes a obter asilo.

Em uma entrevista para a emissora britânica BBC, em 2019, o médico saudita aparece falando do serviço que criou para ajudar ex-muçulmanos a fugir de perseguição em seus países de origem, sobretudo no Golfo Pérsico. Ele alegou que 90% das pessoas que o procuravam eram mulheres entre 18 e 30 anos.

Em entrevista ao jornal Frankfurter Rundschau, em 2019, ele disse que as mulheres da Arábia Saudita recorriam a ele em busca de protecção "porque foram violadas pelo seu tutor masculino". O sistema de asilo alemão, disse ele, era "um caminho para as mulheres alcançarem a liberdade".

Nos últimos anos, seu discurso se radicalizou. Oito dias antes do ataque, ele publicou em sua conta no X uma entrevista que deu a um blog islamofóbico americano. Entre as teorias conspiratórias que compartilha, está a de que o Estado alemão tem conduzido uma "operação secreta" para "caçar e destruir vidas" de ex-muçulmanos sauditas em todo o mundo ao dar asilo a "jihadistas sírios".

Além de simpatizar abertamente com a AfD, ele queria criar uma "academia para ex-muçulmanos" em cooperação com o partido, segundo o Spiegel.

Em novembro, ele publicou em suas redes sociais quatro "exigências da oposição liberal saudita", sendo a primeira que a Alemanha "deve proteger suas fronteiras contra a migração ilegal".

Ele afirma ainda que a política de fronteiras abertas era um plano da ex-chanceler alemã Angela Merkel para "islamizar a Europa".

O tom paranoico de algumas de suas mensagens sugerem, segundo a imprensa alemã, que o homem sofreria de instabilidade psíquica. 

Diversas pessoas teriam procurado as autoridades alemãs para alertar sobre o conteúdo das postagens do suspeito, que até então não estava no radar das forças de segurança como islamista ou potencial ameaça à segurança pública.

O suspeito também procurou no passado a DW. Em março de 2021, ele afirmou via Twitter que era espionado por sauditas e pela Arábia Saudita, e acusou as autoridades alemãs de não tomar providências e não levá-lo a sério. Em outubro de 2023, ele escreveu à DW que as autoridades alegaram que o caso dele não seria de interesse público. 

"[As autoridades] Permitem que um refugiado saudita esteja exposto a intimidação, vigilância e perseguição", escreveu. 

Muitas de suas alegações, porém, não puderam ser confirmadas pela DW.

Em novembro e dezembro deste ano, o suspeito voltou a procurar a DW, com a promessa de oferecer provas. Depois disso, não houve mais contato.

<><> Houve falha na segurança?

A segurança dos tradicionais mercados natalinos tem sido um tema importante desde 2016, quando um extremista islâmico tunisiano dirigiu um caminhão contra uma multidão de visitantes de um mercado em Berlim, deixando 13 mortos e dezenas de feridos. Uma cerimônia em memória aos oito anos da tragédia havia acontecido na noite anterior, no local do crime.

A ministra alemã do Interior, Nancy Faeser, havia dito em novembro que não via sinais de perigo para os mercados de Natal este ano, mas que era prudente ficar atento.

Muitas dessas feiras contam com barreiras de proteção para evitar tragédias como a de 2016.

No caso de Magdeburg, porém, a rota usada pelo agressor não estava protegida por barreira, segundo informou Ronni Krug, representante do município, em coletiva de imprensa neste sábado. A rota havia sido projetada para permitir que serviços de resgate chegassem à praça em caso de emergência. 

No entanto, as forças policiais estavam posicionadas enquanto o incidente ocorria na noite de sexta-feira, o que significa que a entrada não foi deixada desprotegida, defendeu Krug. Segundo ele, o esquema de segurança do mercado "se provou [eficiente] ao longo de muitos anos".

Nos últimos meses, a Alemanha também viveu uma série de ataques a faca em que o suspeitos eram islâmicos. Três pessoas foram mortas e oito ficaram feridas durante um festival de rua na cidade de Solingen, no oeste do país, em agosto. A polícia prendeu um suspeito sírio, e o ataque foi reivindicado pelo "Estado Islâmico".

Em junho, um policial foi morto em um ataque com faca em Mannheim, e um cidadão afegão foi considerado o principal suspeito.

Nenhum dispositivo explosivo foi encontrado no veículo usado no crime, segundo informou a polícia. A área ao redor do carro foi isolada logo após o atentado.
De acordo com a imprensa alemã, o governo saudita já havia pedido a extradição do detido e enviado alertas sobre o suspeito um ano atrás. 

<><> Reações e próximos passos

Um serviço memorial acontece na Catedral de Magdeburg neste sábado. O chanceler alemão Olaf Scholz estará presente.

De acordo com funcionários do governo, Scholz avaliará a situação e discutirá as medidas necessárias para as investigações e medidas de segurança.

A Arábia Saudita condenou o atentado em Magdeburg e expressou a sua solidariedade com a Alemanha. O governo de Riade expressou "sua solidariedade com o povo alemão e as famílias das vítimas" e reiterou a sua "rejeição à violência", afirmou o Ministério das Relações Exteriores saudita, no X.

Em toda a Alemanha, estados reforçaram os esquema de segurança nos mercados de Natal, que continuarão abertos até o final do ano

 

Fonte: DW Brasil

 

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