Para que serve a
quiropraxia? Conheça 9 mitos e verdades
Mais do que uma
técnica curiosa que viraliza nas redes socais, a quiropraxia é uma
área da saúde que atua no diagnóstico, tratamento e prevenção de problemas
relacionados ao sistema neuromusculoesquelético (articulações, músculos, tendões,
ossos, nervos e outras estruturas responsáveis pelo movimento do corpo).
De acordo com a
Associação Brasileira de Quiropraxia (ABQ), o objetivo central da técnica
é ajustar o sistema articular para reduzir os riscos de lesões e diminuir
dores no corpo.
Nesse sentido, ela
tem papel ativo no tratamento e prevenção de dores no quadril e lombar, hérnia de disco, torcicolo, dores
no ombro (como tendinite e bursite), artrose, disfunção temporomandibular
(DTM), bruxismo, enxaqueca, além de lesões de
extremidade (unhas, cotovelos, joelhos, tornozelos e pés).
A CNN conversou
com a quiropraxista e profissional de educação física, Bianca Colisse, para
esclarecer algumas dúvidas sobre a prática, desvendando mitos e verdades que
giram em torno da prática.
<<<< Confira
mitos e verdades sobre a quiropraxia:
<><> 1.
Quiropraxia é segura?
Verdade. Reconhecida
pela Organização Mundial de Saúde (OMS), a quiropraxia é uma prática segura
quando aplicada por profissionais capacitados, seguindo diretrizes como as da
própria OMS.
<><> 2.
Ela só funciona se o corpo emitir estalos?
Mito. Como lembra
Bianca, a quiropraxia ficou famosa nas redes sociais, especialmente em
conteúdos que mostram o corpo do paciente sendo “estalando” e “colocado no
lugar”.
Mas embora
associada aos estalos, a eficácia não depende desse som. “Ela pode ocorrer
mesmo sem barulhos. Os estalos são pequenas bolhas de ar ou gases que
‘estouram’ nas articulações. Quando fazemos os ajustes, observamos a função da
articulação trabalhada e se ela se movimenta melhor do que antes –
independentemente do barulho.”
<><> 3.
Quiropraxia doi?
Mito. A
quiropraxista explica que a prática não deve doer. “O que pode acontecer é
o paciente estar com dor e as posições realizadas serem incômodas. Mas tudo é
feito dentro da tolerância do paciente e sempre usamos técnicas que possam
trazer maior conforto.”
Bianca destaca que,
se alguma dor for sentida pelo paciente, ela deve surgir após a sessão.
“Dependendo do caso e do tamanho da tensão do corpo na hora do ajuste, o local
pode ficar dolorido depois. Mas isso tende a melhorar em 48 a 72 horas.”
<><> 4.
O alívio de dores e desconfortos é imediato?
Verdade. Isso
acontece porque as manobras atuam na regulação do sistema nervoso, a partir da
melhoria das funções das articulações e da diminuição da compressão da coluna.
“Consequentemente, há uma resposta neurológica melhor, o que
proporciona alívio e relaxamento imediato.”
<><> 5.
Gestantes não podem fazer quiropraxia?
Mito. Grávidas
estão liberadas, desde que essa pessoa não apresente nenhuma patologia ou
contraindicação médica. Segundo Bianca, a quiropraxia é benéfica para as
gestantes, pois o centro de gravidade do corpo aumenta com a barriga – o que
gera dores nas costas, desconfortos, compressão da coluna e sobrecarrega
torácica.
“Os ajustes
funcionam como alívios para essas pessoas e podem proporcionar benefícios para
o bebê dentro da barriga e, até mesmo, ajudar na hora do parto.”
<><> 6.
Bebês e idosos também podem fazer?
Verdade. Tanto
bebês, quanto idosos podem receber as manobras. Elas podem auxiliar no
desenvolvimento neuromotor dos pequenos, segundo a quiropraxista. Já a terceira
idade pode melhorar sua qualidade de vida e suas funções motoras.
“Com o
envelhecimento, há a redução dos movimentos do corpo – seja por uma artrose ou
por uma patologia piorada pelo envelhecimento.”
<><> 7.
Posso aplicar técnicas de quiropraxia em mim mesmo?
Mito. Bianca
alerta sobre a importância de nunca praticar as manobras em si mesmo. “Não
é seguro, pode machucar, pode provocar lesões e piorar quadros de dor e/ou
incômodos”. O recomendado é sempre buscar ajuda profissional para que as
manobras sejam corretamente aplicadas.
<><> 8.
A quiropraxia não precisa de formação profissional?
Mito. Precisa
sim. Considerada uma área da saúde, ela é uma graduação com duração de
quatro a seis anos. De acordo com a ABQ, o currículo traz uma extensa educação
em ciências biomédicas, métodos diagnósticos e prática clínica.
<><> 9.
Apenas médicos podem ser quiropraxistas?
Mito. Como indicado
no tópico anterior, a quiropraxia é uma formação – que independe de uma
graduação anterior, como medicina. Ainda assim, a profissão exige
regulamentação no Brasil.
“Por essa razão
ainda não possui um Conselho Federal com poder de fiscalizar a formação e
prática segura da profissão no país”, explica a ABQ. Ainda de acordo com a
entidade, um projeto de lei (PL 114/2015) tramita no Congresso e prevê a
regulamentação da profissão.
¨ Solitude faz bem para saúde? Veja o que diz novo estudo
Tirar momentos para
ficar sozinho, fazendo uma caminhada ou indo ao cinema em sua própria
companhia, são bons exemplos de solitude. Diferentemente da solidão, essa é uma
experiência caracterizada pelo desejo consciente de estar só e pode trazer
diversos benefícios para saúde — mas quando não é feita de forma intensa, de
acordo com um novo estudo publicado no início deste mês na revista Plos One.
O trabalho, realizado por
pesquisadores da Universidade Estadual de Oregon (OSU, na sigla em inglês), nos
Estados Unidos, traz uma análise do papel da solitude na construção de conexões
sociais. Diversos estudos já constataram os benefícios dos laços sociais fortes
para a longevidade, melhor saúde
mental e menor risco de doenças graves.
Para entender a
influência da solitude na saúde, os pesquisadores entrevistaram quase 900
adultos nos Estados Unidos. Eles descobriram que atividades que proporcionam
formas menos completas de solitude, como jogar um jogo no celular ou ir ao
cinema sozinho, oferecem mais vantagens em relação a um passeio no deserto ou a
escrever em uma cabana isolada, por exemplo.
“Aprendemos que uma
solidão menos completa tem mais probabilidade de restaurar a energia e manter
um sentimento de conexão com os outros”, diz Morgan Quinn Ross, professor
assistente de comunicação na Faculdade de Artes Liberais da OSU, em comunicado à imprensa. “Em um mundo onde
a interação social está quase sempre a apenas um clique de distância,
precisamos entender como equilibrar a interação social com diferentes tipos de
solidão.”
Os pesquisadores
examinaram as condições sob as quais a solitude de uma pessoa pode ser
“ofuscada” por pessoas ou por tecnologias. De acordo com os autores, a
acessibilidade a outras pessoas e o envolvimento com a mídia podem ofuscar a
experiência, fazendo com que o tempo sozinho seja mais social por natureza.
Eles construíram
uma matriz de solitude que vai do nível base (nenhuma interação com as pessoas)
ao nível total (que se refere a ser inacessível a outros e não se envolver com
a mídia). Isso permitiu que eles observassem que vivenciar a solitude de forma
mais completa maximiza a restauração de energia, enquanto vivenciá-la de forma
menos completa maximiza o relacionamento com
as outras pessoas.
“Nosso estudo
sugere que a solitude não é, de fato, o outro lado da interação social”,
comenta Ross. “Enquanto uma interação social mais intensa produz conexão, mas
esgota a energia, a solidão mais intensa esgota tanto a energia quanto a
conexão. A solidão não parece funcionar simplesmente como uma forma de recuperar
a energia usada na interação social.”
Os cientistas
também descobriram que a solitude era menos prejudicial ao bem-estar de
indivíduos que achavam que isso os ajudava a restaurar a energia e a manter a
conexão, independentemente de quanta energia suas interações sociais lhes
custavam.
Do ponto de vista
dos pesquisadores, as descobertas do estudo valem tanto para os extrovertidos
quanto para os introvertidos. Eles sugerem que as pessoas tentem buscar a
solitude somente quanto motivadas de forma construtiva.
“Se você tem uma
atitude positiva em relação à solitude – porque você a usa para restaurar
energia e sabe que será capaz de se conectar com as pessoas mais tarde – então
escolhê-la provavelmente fará você se sentir melhor”, conta. “Mas se você
escolher a solidão devido a uma atitude negativa em relação à interação social
– porque você não quer falar com as pessoas – isso provavelmente fará você se
sentir pior.”
Fonte:
CNN Brasil
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