sexta-feira, 27 de dezembro de 2024

Democratas frustrados estão esperando que presidência de Joe Biden acabe, diz mídia

Representantes do Partido Democrata dos Estados Unidos, embora não estejam felizes com o fato de que a cadeira de presidente será ocupada pelo republicano Donald Trump, estão ansiosos pela saída de Joe Biden, decepcionados com a forma como sua presidência está terminando, diz o jornal norte-americano The Hill.

"Ninguém entre os democratas quer [Donald] Trump como presidente, mas todos estão prontos para que o mandato de [Joe] Biden termine", elaborou um lobista do Partido Democrata ao jornal.

Conforme o lobista, há grande decepção nas fileiras do partido com a forma como esta presidência está terminando, e a saída do atual líder poderia ser considerada quase uma renúncia.

De acordo com as fontes do jornal, uma tempestade de indignação particular entre os democratas foi causada pela decisão de Biden de perdoar seu filho Hunter. A medida fez com que eles ficassem "enojados" e "furiosos" com o presidente em exercício.

Ao mesmo tempo, alguns democratas disseram à publicação que não estão incomodados com a agitação que Trump criou ao seu redor no último mês, observando que ele não está se comportando de forma inadequada e parece mais equilibrado do que há oito anos.

Donald Trump, que já ocupou a presidência dos EUA de 2017 a 2021, venceu a eleição presidencial que ocorreu em 5 de novembro. Ele se tornou o primeiro político norte-americano desde o século XIX a retornar à Casa Branca após um intervalo de quatro anos.

<><> Biden diz que instruiu Departamento de Defesa dos EUA a continuar aumentando a ajuda militar a Kiev

O Departamento de Defesa dos EUA deve continuar aumentando os suprimentos militares para a Ucrânia.

É o que disse, nesta quarta-feira (25), o presidente Joe Biden ao comentar o suposto ataque de mísseis da Rússia à infraestrutura energética ucraniana.

"Nas primeiras horas do Natal, a Rússia lançou ondas de mísseis e drones contra cidades ucranianas e infraestrutura de energia crítica... os Estados Unidos e a comunidade internacional devem continuar a apoiar a Ucrânia... os Estados Unidos forneceram à Ucrânia centenas de mísseis de defesa aérea, e mais estão a caminho. Eu instruí o Departamento de Defesa a continuar seu aumento de entregas de armas para a Ucrânia, e os Estados Unidos continuarão a trabalhar incansavelmente para fortalecer a posição da Ucrânia em sua defesa contra as forças russas", disse Biden em uma declaração.

Segundo analista ouvido por esta agência, se os EUA interrompessem seu fornecimento de ajuda militar, a Ucrânia duraria menos de alguns dias na resistência do conflito.

Solução para o conflito

Em junho de 2024, o presidente russo, Vladimir Putin, propôs condições para uma solução do conflito na Ucrânia, dizendo que Moscou cessaria fogo imediatamente e iniciaria as negociações se Kiev renunciasse formalmente à adesão à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e retirasse suas tropas dos territórios integrados à Rússia.

Putin também observou que os acordos anteriores firmados após as negociações na Turquia haviam sido violados pelo lado ucraniano e que Vladimir Zelensky havia proibido na lei novas negociações com Moscou.

¨      Putin e Trump podem 'congelar' a adesão da Ucrânia à OTAN?

O vencedor das eleições dos EUA, Donald Trump, e o presidente russo Vladimir Putin podem chegar a um acordo em negociações que suspenderiam a filiação da Ucrânia à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) por um longo tempo, disse um analista político turco à Sputnik.

Trump disse no dia 22 de dezembro que esperaria para se encontrar com Putin para resolver o conflito na Ucrânia. Ele descreveu as hostilidades na Ucrânia como "terríveis" e reiterou que se ele fosse o presidente dos EUA, em vez do atual presidente Joe Biden, o conflito não teria ocorrido.

Mais cedo, Vladimir Putin também disse que estava pronto para conversar e se encontrar com Trump, observando que, se tal reunião acontecesse, os dois presidentes teriam muito o que conversar.

"O encontro entre Trump e Putin não será nada mais do que um anúncio ao mundo sobre o acordo de cessar-fogo [na Ucrânia] alcançado por meio dos conselheiros. O acordo, na minha opinião, implicará a suspensão da adesão da Ucrânia à OTAN por um longo período e a aceleração da sua adesão à União Europeia", afirmou Engin Ozer, principal especialista da rede Ancara e Moscou.

Ozer também admitiu o envio de forças estrangeiras para a linha de frente ucraniana.

Anteriormente, Michael Carpenter, assistente especial do presidente dos EUA e diretor de Assuntos Europeus no Conselho de Segurança Nacional, disse que a decisão sobre as perspectivas da Ucrânia para a adesão à OTAN caberá ao governo de Donald Trump, mas a possibilidade de chegar a um acordo ainda em 2025 é duvidosa.

Além disso, como candidato presidencial, o republicano reiterou que, se reeleito, resolveria o conflito em 24 horas. Questionado se queria que a Ucrânia vencesse, Trump disse que não pensava "em termos de vencedores e perdedores".

"Quero que todos parem de morrer: russos e ucranianos", enfatizou. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, por sua vez, observou que o problema era complicado demais para ser resolvido em um dia.

Em 14 de junho, Vladimir Putin propôs várias condições importantes para iniciar as negociações de paz, em particular, que a Ucrânia retirasse as tropas de quatro novos territórios russos, nomeadamente Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporozhie, desistisse de aderir à OTAN e mantivesse uma posição neutra, não alinhada e status não nuclear e que todas as sanções contra a Rússia sejam levantadas. Vladimir Zelensky, por sua vez, rejeitou a proposta, chamando-a de ultimato.

¨      Ocidente não é capaz de propor um acordo real sobre Ucrânia, diz ex-diplomata americano

O Ocidente não é capaz de propor à Rússia um plano de solução real e sustentável, porque a sua política tem o objetivo de preservar seu próprio domínio na Europa e se preparar para novas frentes de confrontação, disse à Sputnik James Jatras, ex-diplomata dos EUA.

"Ainda existe a probabilidade de melhorar as relações. Porém, é importante considerar a realidade. Quando Winston Churchill se tornou primeiro-ministro do Reino Unido, ele disse que não havia chegado ao poder para supervisionar o desmantelamento do Império Britânico. Donald Trump, da mesma forma, não se tornou presidente para gerenciar a queda do império americano", sublinhou Jatras.

Além disso, o ex-diplomata acrescentou que Trump quer evitar a derrota na Ucrânia, tendo como seu objetivo congelar o conflito e alcançar o cessar-fogo.

Segundo o especialista, os EUA consideram a derrota potencial da Ucrânia uma catástrofe para a OTAN, porque isto poderia levar à decadência da aliança.

"Eles não podem fazer isso, porque têm outras prioridades: eles querem atacar o Irã, depois começar o conflito com a China. A ideia de sua estratégia é assim: 'Vamos congelar a Ucrânia, evitando a derrota total, e diremos que alegadamente vencemos, depois vamos considerar outras frentes", destacou ele.

Jatras também ressaltou que a situação futura dependerá da posição da Rússia.

"O presidente Vladimir Putin, o senhor [vice-presidente do Conselho de Segurança russo] Dmitry Medvedev e outros líderes russos não querem um acordo semelhante aos acordos de Minsk que não será implementado pelo Ocidente. Eles querem uma solução forte e sustentável", afirmou.

Portanto, na ótica do especialista, o Ocidente não conseguirá propor uma solução, porque os EUA querem preservar seu papel de gendarme da Europa, enquanto não mudam para outras frentes, disse ele.

James Jatras trabalhou no Serviço de Relações Exteriores dos EUA por seis anos e meio, primeiro no México e depois na Divisão de Assuntos da União Soviética do Departamento de Estado dos EUA no início da década de 1980. Posteriormente, foi consultor de política externa da liderança republicana no Senado dos EUA.

¨      Rússia aumenta produção de arsenal em 2,5 vezes em 2024, diz primeiro-vice-premiê russo

As Forças Armadas da Rússia já receberam a maior parte das armas contratadas para 2024, com a produção de aeronaves de combate e veículos blindados aumentando 2,5 vezes e de certas armas de artilharia aumentando 15 vezes, disse o primeiro vice-primeiro-ministro russo, Denis Manturov, nesta quinta-feira (26).

"Em relação ao cronograma de produção de armas de alta demanda neste ano, a maior parte já foi entregue. Para alguns itens, há um significativo excesso de cumprimento", disse Manturov em uma entrevista a um canal de TV russo.

Os cronogramas de entrega para 2025 já foram finalizados, e os de 2026 estão sendo formulados, disse o oficial.

"Em termos de indicadores básicos, o crescimento da produção foi de 2,5 vezes para aviação de combate, 2,5 vezes para veículos blindados e 4 vezes para veículos blindados leves. Para alguns itens de artilharia, [o crescimento foi] mais de 15 vezes. Esses números são significativos", disse Manturov.

Na semana passada, o ministro da Defesa russo, Andrei Belousov, elogiou o mecanismo russo de admissão acelerada de novos itens de defesa em produção, graças ao qual mais de 65 tipos de drones e robótica foram entregues às Forças Armadas desde abril.

¨      Reforços não salvam defesa do Exército ucraniano do colapso, diz mídia

A redistribuição de forças da Ucrânia para a área de Krasnoarmeysk (Pokrovsk, na denominação ucraniana) não salva a defesa ucraniana do colapso devido ao controle de fogo do Exército russo, disse o historiador militar Fritz Kelin em um artigo para a empresa suíça Neue Zurcher Zeitung.

"O entroncamento ferroviário em Pokrovsk costumava ser o principal ponto de abastecimento da Ucrânia em Donbass. Desde que esse entroncamento foi bloqueado pelo fogo russo, a defesa dos ucranianos na seção sudeste do front está entrando em colapso, apesar do fato de que os reforços estão chegando lá", aponta o artigo.

Na opinião do especialista, os problemas das Forças Armadas ucranianas estão relacionados não apenas ao golpe em sua logística na área de Krasnoarmeysk, mas também à decisão de Kiev de formar todas as novas brigadas.

As unidades não disparadas não apenas mantêm o front pior, mas também forçam a retirada de soldados experientes das melhores unidades para treiná-los. Como resultado, o regime de Kiev ainda não tem infantaria de qualidade para o combate defensivo.

O historiador militar acrescentou que o próprio Exército russo poderá usar Krasnoarmeysk como um centro de logística em outras operações em Donbass. A cidade poderá receber cargas militares de Donetsk por ferrovia via Avdeevka.

"O desenvolvimento mais perigoso da situação pode estar relacionado às rotas de suprimento. A Rússia terá a oportunidade de atacar de Pokrovsk para a retaguarda ao longo de Kramatorsk e Slavyansk, ou de avançar ainda mais para o oeste - até que os ucranianos consigam manter uma frente unida na defesa", concluiu Kelin.

Anteriormente, o Ministério da Defesa da Rússia anunciou a libertação da aldeia de Novy Trud, seis quilômetros ao sul de Krasnoarmeysk. Além disso, agrupamento de tropas russo Tsentr (Centro) atingiu o pessoal e o equipamento das forças ucranianas nas áreas de Novotroitskoye, Udachnoye, Nadezhdinka e outros.

<><> Quais obstáculos e dificuldades pilotos ucranianos vão enfrentar ao operar caças Mirage franceses?

Em junho, o presidente francês Emmanuel Macron disse que Paris transferiria os caças Mirage 2000 para Kiev e organizaria o treinamento para os pilotos ucranianos até o final do ano.

A França completou o treinamento de seis meses dos pilotos e mecânicos ucranianos para a pilotagem dos aviões Mirage 2000-5F, informou na quarta-feira (25) o canal X French Aid to Ukraine (Ajuda Francesa à Ucrânia).

O treinamento dos pilotos e dos mecânicos necessários para operar as aeronaves ocorreu em uma base na cidade de Nantes. Paris prometeu fornecer tais caças à Ucrânia, sendo entregues no primeiro trimestre de 2025, mas operá-los não será moleza para a Ucrânia. Aqui está o porquê:

Integração e habilidades operacionais

Para integrar efetivamente os caças Mirage com aeronaves da era soviética e os F-16 dos EUA fornecidos à Ucrânia, os pilotos devem aumentar sua proficiência, adaptar táticas e coordenar de perto com as forças terrestres.

O especialista militar Dmitry Kornev disse à Sputnik que o Mirage "exigirá manuseio cuidadoso e tempo para aprender a operar".

>>> Preocupações com a base

A alta velocidade de pouso do Mirage e o design da asa delta exigem pistas de pelo menos 700 metros, então os aeródromos atuais da Ucrânia podem precisar ser reconfigurados, conforme indicado por dados de código aberto.

Suporte de serviço

Pode haver escassez de pessoal treinado na Ucrânia para manter a prontidão operacional, já que a experiência em caças Mirage está atualmente limitada à França e à Grécia.

>>>> Barreiras linguísticas

Apesar de concluir um curso de treinamento de seis meses, os pilotos podem enfrentar desafios para aprimorar suas habilidades devido às barreiras linguísticas, já que a maioria dos manuais técnicos é em francês.

>>> Alvos legítimos

Os custos operacionais e de manutenção associados aos caças Mirage devem disparar, diz Dmitry Kornev. Além disso, a Rússia indicou que seus sistemas de alerta precoce e interferência são projetados especificamente para atingir ameaças aéreas de aeronaves da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).

Uma série de sistemas de mísseis russos de longo alcance, incluindo as séries S-200, S-300, S-400 e S-500, pode neutralizar efetivamente os caças da OTAN.

¨      Situação para tropas ucranianas na região de Kursk é muito sombria, diz analista britânico

O Exército ucraniano está sofrendo uma derrota catastrófica na região de Kursk, disse o analista militar britânico Alexander Mercouris em seu canal no YouTube.

"Parece-me cada vez mais que está acontecendo um desastre aos ucranianos na saliência de Kursk na área de Sudzha. […] a situação […] parece incrivelmente sombria", destacou ele.

Mercouris enfatizou que os soldados das Forças Armadas da Ucrânia na região estão se tornando mais desmoralizados enquanto se preparam para possíveis batalhas em Sudzha. As melhores unidades do Exército ucraniano podem estar cercadas na área da cidade, alertou o analista.

"Vale a pena para eles lutar tão duro por essas posições? […] essa pergunta é melhor ser respondida pelo Estado-Maior ucraniano, [Vladimir] Zelensky [comandante-chefe do Exército ucraniano Aleksandr] Syrsky. Eu não vejo nisso nenhum sentido", conclui ele.

Ontem (25), o Ministério da Defesa da Rússia informou que foram atingidas 14 brigadas das tropas ucranianas nas áreas de 12 povoados da região de Kursk no último dia.

¨      Trégua na Ucrânia é um caminho para lugar nenhum, Rússia não aceitará conversas vazias, diz Lavrov

Uma trégua na Ucrânia seria um caminho para lugar nenhum, Moscou não vai se contentar com conversas vazias sobre o acordo, disse o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, durante coletiva com mídia russa e estrangeira.

"Não podemos nos contentar com conversa vazia. Até agora, tudo o que ouvimos são conversas sobre a necessidade de inventar algum tipo de trégua [...]. Trégua é um caminho para lugar nenhum, precisamos de acordos legais finais que fixarão todas as condições de garantir a segurança da Federação da Rússia e os legítimos interesses de segurança dos nossos vizinhos, mas em um contexto que firmará com a legalidade internacional a impossibilidade que esses acordos sejam violados", disse o chanceler russo.

Segundo ele, ninguém esconde que a trégua é necessária para ganhar tempo para encher Kiev de armas.

Rússia está pronta para consultas com o governo do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, sobre a questão de um acordo na Ucrânia, e Moscou espera que a Casa Branca compreenda as causas profundas do conflito, frisou o chefe da diplomacia russa.

"Espero muito que a administração do senhor Trump, incluindo o senhor [futuro enviado especial dos EUA para a Ucrânia Keith] Kellogg, se aprofunde nas causas enraizadas do conflito. Estamos sempre prontos para consultas", ressaltou Lavrov.

Ele também disse que a Rússia está aberta ao diálogo com os representantes dos países ocidentais, pronta para um diálogo igualitário e em busca de equilíbrio.

"Estamos prontos, repetidamente temos declarado isso, para conversar com todos os representantes ocidentais que estão dispostos a ter um diálogo igualitário, buscar um equilíbrio de interesses e acordos mutuamente benéficos", observou Lavrov durante a entrevista.

Ele também observou que esses representantes ocidentais são Hungria e Eslováquia.

"Outros membros da UE também começam a solicitar pouco a pouco algumas conversas confidenciais, mas em aberto muito poucos decidem, assumindo uma disciplina rigorosa na UE", acrescentou.

Lavrov também revelou que França várias vezes propôs à Rússia em canais fechados abrir um diálogo sobre a Ucrânia sem a participação de Kiev.

 

Fonte: Sputnik Brasil

 

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