quarta-feira, 9 de outubro de 2024

Malafaia chama Bolsonaro de 'covarde', 'omisso' e diz que eleições em SP e Curitiba foram 'uma vergonha'

Considerado um dos maiores apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o pastor Silas Malafaia afirmou estar decepcionado com a falta de posicionamento de Bolsonaro durante as eleições municipais no Brasil, no último domingo, 6. Em entrevista à jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, Malafaia criticou o ex-presidente.

Abandonado após ter sido escalado pelo ex-presidente para bater em Marçal, Malafaia destilou ódio por posicionamento nas eleições em SP e expôs uma situação vexatória de Bolsonaro: "falei: 'Vai ficar chorando aí?'"

Vivendo uma crise de megalomania - mesma obsessão que acusou Pablo Marçal (PRTB) -, Silas Malafaia partiu para cima e detonou seu pupilo Jair Bolsonaro (PL) por ter ficado "em cima do muro" no primeiro turno das eleições em São Paulo e, assim, deixar com que o ex-coach rachasse a ultradireita, especialmente a horda radical aliada a ele.

Segundo o pastor, Bolsonaro se omitiu e foi "covarde", por ter tido medo de ser derrotado por Pablo Marçal (PRTB) em São Paulo, caso o ex-coach fosse eleito prefeito. Bolsonaro apoiou a campanha de Ricardo Nunes (MDB), atual prefeito da capital paulista, com quem tem uma aliança e indicou um vice à chapa.

Para Malafaia, não é papel de um líder se guiar pelas redes sociais. "Que porcaria de líder é esse?", questionou. Ele ainda disse que enviou "mais de 30 mensagens duríssimas" para o ex-presidente, mas Bolsonaro não o respondeu, já que foi apoiado pelo pastor em momentos como quando "perto de ser preso", chorou por cinco minutos ao telefone, sem parar, segundo relatou em entrevista.

Em longa entrevista a Monica Bergamo, na edição desta terça-feira (8) da Folha de S.Paulo, o "guru" destilou palavrões para atacar Bolsonaro e afirmou que entrará "de cabeça" na candidatura à Presidência de Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos), que ficou ao lado de Ricardo Nunes (MDB) e vem sendo cortejado pela mídia neoliberal e o sistema financeiro como "terceira via" para enfrentar Lula.

Caso Bolsonaro continue inelegível até 2026, Malafaia revelou que irá apoiar a candidatura do atual governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, à presidência. O político do Republicanos, aliás, foi uma das duas alegrias de Malafaia nas eleições.

"Ele mostrou que um líder não anda atrás do povo. Um líder guia, anda na frente. Você não é um verdadeiro líder até que não ande sozinho. Tarcísio ganhou muito comigo. Liderança é sobre propósitos. Um líder não está preocupado com redes sociais, se vai perder ou se vai ganhar seguidores. Sofri um bombardeio dos robôs e da milícia digital do Pablo Marçal como ninguém mais sofreu. Não foi uma brincadeira. Eu perdi 1,5% de seguidores", falou.

O pastor midiático acusou o ex-presidente de emitir "sinais dúbios" nas eleições de São Paulo, empurrando uma parcela do eleitorado e de pastores para o colo de Marçal. E credita a ele próprio - não ao erro crasso com o laudo fajuto sobre Guilherme Boulos (PSOL) às vésperas da votação - a derrota do candidato do PRTB.

"O eleitorado se dividiu porque Bolsonaro não desmascarou Pablo Marçal. Quem fez isso fui eu, querida", disse à jornalista. "Bolsonaro não entra em confronto quando as redes sociais estão dizendo uma coisa com força. Ele foi omisso por causa disso, e por medo de o Pablo Marçal vencer e ele ser derrotado", explicou em seguida.

Logo no início da entrevista, Malafaia afirmou que teve duas alegrias - Tarcísio e Gustavo Gayer (PL-GO), que seguiu sua orientação e mudou de posição em relação a Marçal após o laudo fajuto - e quatro decepções.

Após listar como decepções a postura de Magno Malta (PL-ES), Marco Feliciano (PL-SP) e Nikolas Ferreira (PL-MG) sobre o fator Marçal, Malafaia não titubeou ao dizer qual foi a maior delas.

"Agora vamos para a maior decepção: Jair Messias Bolsonaro", disse, com todas as letras.

•        Omisso, covarde e porcaria

A partir daí, Malafaia começou os xingamentos a Bolsonaro pelo posicionamento do ex-presidente na eleição em Curitiba, onde deixou a nova Cristina Graeml (PMB) usar o seu nome contra Eduardo Pimentelm candidato do PSD apoiado pelo PL. Os dois farão o segundo turno na capital paranaense.

Mas, o grande ódio de Malafaia se deu justamente na omissão de Bolsonaro na eleição paulista, permitindo que o ex-coach rachasse a ultradireita e criasse problemas para o próprio nicho bolsonarista.

"Um político é reconhecido por seus posicionamentos. Qual foi a sinalização que o Bolsonaro passou? 'Eu não sou confiável em meus apoios políticos'. Quem vai fazer aliança com um cara que não é confiável? O que ele fez em São Paulo e no Paraná foi uma vergonha", iniciou.

Em seguida, Malafaia diz que nos últimos 15 dias mandou uma série de mensagens via WhatsApp - "eu bati em Bolsonaro com tanta força no "zap" - mostrando, segundo ele, "a verdade" sobre Marçal, mas afirmou que o ex-presidente ficou em silêncio.

"Ele [Bolsonaro] não é criança. Sabe o que ele fez [na eleição de SP]? Jogou para os dois lados. Eu desafio: entra nas redes de Bolsonaro e dos filhos dele. Não tem uma palavra sobre a eleição de São Paulo. É como se ela não existisse. Que porcaria de líder é esse?", indagou.

Em seguida, perguntado sobre qual líder Bolsonaro foi nas eleições, Malafaia retomou os xingamentos.

"Covarde, omisso, que se baseia em redes sociais e não quer se comprometer. Fica em cima do muro. Para ficar bem sabe com quem? Com seguidores [de redes sociais]. Que político é esse, meu Deus? Que tem que estar onde o povo quer?", destilou.

•        Choro

Malafaia ainda expôs uma situação vexatória de Bolsonaro, dizendo que o ex-presidente o ligou em prantos com medo de ser preso durante a operação da Polícia Federal na casa dele em Mambucaba, no litoral fluminense, em janeiro deste ano.

Ao dizer o motivo de Bolsonaro não tê-lo bloqueado nas redes durante as eleições, com a série de mensagens sobre Marçal, Malafaia revelou o episódio.

"Ele estava chorando depressivo [na casa de praia que tem] em Mambucaba [em Angra dos Reis, no Rio], perto de ser preso. Liguei pra ele e falei: 'Vai ficar chorando aí? Vamos para a rua, cara!'. Ele chorou por cinco minutos comigo no telefone antes de abrir a boca, no visor", disparou.

Segundo Malafaia, Bolsonaro "estava depressivo porque as pessoas em volta dele foram todas presas. Estava angustiado".

"Então ele me respeita. Quem defendeu esse cara diante do ministro Alexandre de Moraes? Agora, eu o questionei durissimamente [na campanha]. Mandei mais de 30 'zaps' para ele. Mais de 30! E não era 'zap' de brincadeira, não", emendou.

Em silêncio, Bolsonaro então teria reclamado com "um deputado da minha igreja e disse: 'o seu pastor está me ofendendo'".

"Ele tem o direito de errar. Mas foi uma decepção, de qualquer forma. E não estou falando nada para você que não tenha dito a ele. Eu seria um covarde", emendou.

•        Fator Marçal

Malafaia ainda explicou o motivo de "abominar" Pablo Marçal, com quem já posou para foto e deu conselhos em 2022. E cita, entre outros, o laudo falso contra Boulos.

"É um cara psicopata, mentiroso e que usa técnicas de manipulação. Tem uma inteligência e um carisma fora da curva, que é a marca dos psicopatas. Como um cara que debochou da cadeirada [de Datena], programou um soco no Duda [Lima, marqueteiro de Ricardo Nunes agredido por um assessor de Marçal], inventa que líderes evangélicos o apoiam e divulga um documento médico falso ainda tem 1,7 milhão de votos [no primeiro turno das eleições em SP]? É para a gente analisar. Como é que pode?", indaga novamente.

Malafaia ainda afirma que alertou Bolsonaro que Marçal só teria "ganância e ambição" e que iria "dividir a direita, vai levar metade do voto evangélico" - como se concretizou em parte.

"E você está assistindo a tudo isso calado?", teria perguntado a Bolsonaro.

"Ele não é mais uma ameaça porque foi desmascarado. E, se ele vier, Bolsonaro não vai mais poder ficar em cima de muro. Vai ter que partir para o confronto. Marçal ontem mesmo falou que é candidato a governador ou a presidente. Se der um pau entre Bolsonaro e Marçal, a turma da direita vai ter que fazer uma escolha. Tirando os recalcados, como [o deputado federal Ricardo] Salles, a maioria vai ficar com Bolsonaro", emendou.

Outra alegria de Malafaia foi o posicionamento do deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO), que recuou no apoio a Pablo Marçal após a divulgação de um falso laudo médico que tentava acusar Guilherme Boulos de usar cocaína. "Ele dá um passo atrás. É neste momento que um homem mostra o seu caráter", comentou.

•        As decepções de Malafaia

Sobre as decepções que sofreu durante as eleições, Silas Malafaia contou que Magno Malta (PL), senador do Espírito Santo, recusou se posicionar contra Marçal. "'Como assim? O que está em jogo é 2026. Esse cara vai rachar a direita. Vai rachar os evangélicos, que você representa'. Mas ele não tomou atitude", falou sobre o diálogo com o senador.

Para ele, as redes sociais ditam o comportamento dos políticos atualmente, e por isso, muitos têm medo de agir contra o fluxo, dando uma opinião contrária, por exemplo.

Outra decepção teria sido com o deputado Marco Feliciano (PL-SP). "Um dia desses ele pregou na minha igreja. Disse: 'Malafaia é como um pai que me dá conselhos, que me puxa a orelha'. Conversei com ele. Detalhei quem é Pablo Marçal. E esse cara faz um vídeo tentando me desmerecer, apoiando Pablo Marçal".

Mais uma decepção foi com o deputado federal por Minas Gerais Nikolas Ferreira.

"Você sabia que nós temos agora bolsominions e nikolominions? É! O Nikolas, um garoto bom, um garoto de futuro, teve uma atitude de politiqueiro velho. Ele pertence ao PL. Ele tem que, no mínimo, ficar de boca fechada [sobre a eleição em São Paulo] porque o líder dele estava apoiando o [prefeito Ricardo] Nunes. E ele vem com uma história de que são dois copos: um [Ricardo Nunes] está cheio de veneno, e o outro [Marçal] você não sabe, 'então vou arriscar'", contou Malafaia à jornalista.

O pastor contou que se decepcionou com a atitude de Nikolas, chegou a mandar uma mensagem, mas foi ignorado.

•        O que ele esperava de Bolsonaro

"Agora vamos para a maior decepção: Jair Messias Bolsonaro. Um político é reconhecido por seus posicionamentos. Qual foi a sinalização que o Bolsonaro passou? 'Eu não sou  confiável em meus apoios políticos'. Quem vai fazer aliança com um cara que não é confiável? O que ele fez em São Paulo e no Paraná [onde se comprometeu anteriormente com alianças] foi uma vergonha", criticou.

"Em São Paulo ele ficou em cima do muro. No Paraná, tendo candidato [indicado pelo PL] a vice [de Eduardo Pimentel, que concorre a prefeito], declarou para a mulher lá [Cristina Graeml, que concorria contra Pimentel] 'pode usar meu nome'. Sinalizou duplamente. Gente! Isso não é papel da direita de nível maior. Eu apoio Bolsonaro. Mas eu já disse: sou aliado, e não alienado. Bolsonaro foi covarde, omisso. Para ficar bem sabe com quem? Com seguidores. Que político é esse, meu Deus?", continuou o pastor.

Malafaia contou que mandou uma mensagem no WhatsApp para Bolsonaro questionando se ele apoiava Marçal, acusando-o de "jogar para os dois lados" nas eleições de São Paulo, já que não se posicionou sobre o caso publicamente.

•        Carlos e Flávio Bolsonaro reagem de forma tímida a Malafaia, que xingou o pai: "covarde, porcaria"

Filhos "01" e "02" de Jair Bolsonaro (PL), o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) reagiram de forma tímida aos xingamentos de Silas Malafaia que, em entrevista a Monica Bergamo na Folha de S.Paulo, chamou o ex-presidente de "porcaria", "covarde" e "omisso"

O ataque do "guru" ao ex-presidente acontece porque, segundo ele, Bolsonaro teria ficado "em cima do muro" no primeiro turno das eleições em São Paulo e, assim, deixado com que Pablo Marçal (PRTB) rachasse a ultradireita, especialmente a horda radical aliada a ele, nas eleições paulistanas.

"Bolsonaro não entra em confronto quando as redes sociais estão dizendo uma coisa com força. Ele foi omisso por causa disso, e por medo de o Pablo Marçal vencer e ele ser derrotado", disse o pastor midiático, que indagou: "Que porcaria de líder é esse?".

Em publicação no Instagram, Carlos Bolsonaro passou um longo pano para Malafaia, antes de dizer que o guru "tem meu respeito mesmo que esteja extremamente irritado por algum motivo e cometa alguns equívocos, agora atacando de forma absurda meu pai".

Antes, Carlos disse que "qualquer um reconhece a importância de Silas Malafaia nas pautas da liberdade dos presos políticos e suas derivações".

"Sem ele muito da anistia não estaria andando na Câmara Federal. É peça fundamental no processo de liberdade no país", disse.

Ao concluir, o vereador, que costuma reagir de forma enérgica e com impropérios a quaisquer críticas ao pai nas redes, ainda desejou "do fundo do meu coração muita paz e saúde" e mandou "um forte abraço" ao detrator do pai.

Em nota à coluna de Mônica Bergamo, Flávio minimizou o ataque feroz de Malafaia usando a expressão de que "roupa suja se lava em casa e não em público".

"O presidente Bolsonaro fez o que tinha que ser feito, no momento certo, e foi decisivo para o cenário em São Paulo. Se não fosse Bolsonaro, Ricardo Nunes não estaria no segundo turno", disse o senador, tentando ludibriar o eleitorado paulista que viu o pai ficar "em cima do muro" e tentar, de alguma forma, favorecer o ex-coach na disputa contra o candidato oficial apoiador pelo PL.

Jair, Michelle e Eduardo Bolsonaro até o momento não se pronunciaram sobre os ataques de Malafaia.

•        Kassab manda duro recado para Silas Malafaia

Em entrevista ao UOL, o presidente do PSD, Gilberto Kassab, mandou um duro e estratégico recado para Malafaia. Como se sabe, Kassab está na articulação da candidatura de Ricardo Nunes (MDB), que busca um novo mandato à frente da prefeitura de São Paulo, e também projeta o nome de Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo, para disputar a presidência da República em 2026 ou 2030.

"Malafaia foi uma pessoa muito importante na campanha. Ele vestiu a camisa do Nunes quase que diariamente. É um desabafo importante, que pode servir como referência para que todos entendam que a política é feita de negociações e precisa delas para avançar, recuar e deixar claros quais são os objetivos que todos querem", disse Kassab.

Posteriormente, Kassab afirma que Bolsonaro se surpreendeu com o desempenho de Pablo Marçal (PRTB). "O ex-presidente teve uma posição favorável a Nunes em São Paulo. Quando ele menos esperava, surge o Marçal. Isso é público e deixou a todos meio sem rumo nesse segmento da direita. Com o tempo, ele foi se reencontrando. No último dia, fez aquela live que ajudou bastante. Não tirou muito voto, mas o que ele tirou pode ter sido muito importante e até decisivo para a vitória do Nunes", declarou Kassab ao UOL.

•        Eleitores de Marçal avisam Bolsonaro que votarão em Boulos

Eleitores de Pablo Marçal (PRTB), que ficou em terceiro lugar no primeiro turno da eleição para a prefeitura de São Paulo (SP), estão avisando ao ex-presidente Jair Bolsonaro que votarão em Guilherme Boulos (PSOL) no segundo turno.

Muitos desses eleitores, que também são bolsonaristas, expressam revolta com o apoio de Bolsonaro ao atual prefeito e candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB), que disputará o segundo turno contra Boulos. Para eles, a escolha de Bolsonaro foi determinante para a derrota de Marçal no primeiro turno e pode contribuir para a vitória de Boulos no segundo. Outros bolsonaristas, embora não declarem apoio a Boulos, estão insatisfeitos com o cenário eleitoral em São Paulo e afirmam que não votarão em Nunes, alegando que ele é "esquerdista", mesmo com o apoio de Bolsonaro.

Essa insatisfação dos eleitores de Marçal e dos bolsonaristas em relação a Nunes, e a inclinação de alguns para votar em Boulos, tem sido amplamente manifestada nos comentários das publicações de Jair Bolsonaro nas redes sociais. No Instagram, muitos apoiadores de Marçal afirmaram que votarão em Boulos por "raiva" e "vingança".

"Sou de direita e conservador. Mas pela traição do Bolsonaro à direita em SP, vou de Boulos como protesto", escreveu um usuário, fazendo referência ao apelido dado por Marçal a Guilherme Boulos.

Outros comentários incluem: "Vou de Boulos só de raiva", "Traid@r, vamos de Boulos", e "Em SP, você virou as costas. Omisso", destacando o descontentamento entre os eleitores de Bolsonaro.

"Bolsonaro se entregou completamente às raposas. Perdeu totalmente o meu respeito, perdeu meu apoio. Nunca mais quero saber de ti", desabafou outro internauta.

No Facebook, embora os bolsonaristas não declarem explicitamente o voto em Boulos, expressam frustração com o apoio de Bolsonaro a Ricardo Nunes. Bolsonaro já havia feito elogios a Pablo Marçal, mas acabou apoiando Nunes em razão de uma imposição de seu partido, o PL, presidido por Valdemar Costa Neto, que firmou uma aliança com o governador do Estado, o também bolsonarista Tarcísio Gomes de Freitas.

<><> A mensagem de Marçal a Nunes

Pablo Marçal, candidato do PRTB à prefeitura de São Paulo (SP), mandou uma mensagem via WhatsApp ao prefeito e candidato à reeleição Ricardo Nunes (MDB) logo após o término da apuração do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), na noite deste domingo (6). Nunes e Guilherme Boulos (PSOL) venceram o pleito e disputarão o segundo turno, enquanto Marçal, por ter figurado na terceira colocação, ficará de fora da volta eleitoral decisiva.

Foi o próprio Nunes que revelou que Marçal o procurou. Em live do site UOL nesta segunda-feira (7), Nunes revelou que Marçal enviou a ele um emoji de aplauso.

"Tem uma palminha aqui. Ele me mandou uma palminha", disse Nunes, mostrando o celular com a mensagem em questão para a câmera.

O prefeito revelou que só tinha visto a mensagem naquele momento, e por isso não havia respondido, mas que iria responder. "Sou educado", declarou.

Horas mais tarde, em ato político no centro da capital paulista, entretanto, Nunes afirmou que não vai buscar o apoio de Marçal e que o coach de extrema direita não subirá em seu palanque.

 

Fonte: Redação Terra/Fórum

 

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