Malafaia chama Bolsonaro de 'covarde',
'omisso' e diz que eleições em SP e Curitiba foram 'uma vergonha'
Considerado um dos
maiores apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o pastor Silas
Malafaia afirmou estar decepcionado com a falta de posicionamento de Bolsonaro
durante as eleições municipais no Brasil, no último domingo, 6. Em entrevista à
jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, Malafaia criticou o
ex-presidente.
Abandonado após ter
sido escalado pelo ex-presidente para bater em Marçal, Malafaia destilou ódio
por posicionamento nas eleições em SP e expôs uma situação vexatória de
Bolsonaro: "falei: 'Vai ficar chorando aí?'"
Vivendo uma crise de
megalomania - mesma obsessão que acusou Pablo Marçal (PRTB) -, Silas Malafaia
partiu para cima e detonou seu pupilo Jair Bolsonaro (PL) por ter ficado
"em cima do muro" no primeiro turno das eleições em São Paulo e,
assim, deixar com que o ex-coach rachasse a ultradireita, especialmente a horda
radical aliada a ele.
Segundo o pastor,
Bolsonaro se omitiu e foi "covarde", por ter tido medo de ser
derrotado por Pablo Marçal (PRTB) em São Paulo, caso o ex-coach fosse eleito
prefeito. Bolsonaro apoiou a campanha de Ricardo Nunes (MDB), atual prefeito da
capital paulista, com quem tem uma aliança e indicou um vice à chapa.
Para Malafaia, não é
papel de um líder se guiar pelas redes sociais. "Que porcaria de líder é
esse?", questionou. Ele ainda disse que enviou "mais de 30 mensagens
duríssimas" para o ex-presidente, mas Bolsonaro não o respondeu, já que
foi apoiado pelo pastor em momentos como quando "perto de ser preso",
chorou por cinco minutos ao telefone, sem parar, segundo relatou em entrevista.
Em longa entrevista a
Monica Bergamo, na edição desta terça-feira (8) da Folha de S.Paulo, o
"guru" destilou palavrões para atacar Bolsonaro e afirmou que entrará
"de cabeça" na candidatura à Presidência de Tarcísio Gomes de Freitas
(Republicanos), que ficou ao lado de Ricardo Nunes (MDB) e vem sendo cortejado
pela mídia neoliberal e o sistema financeiro como "terceira via" para
enfrentar Lula.
Caso Bolsonaro
continue inelegível até 2026, Malafaia revelou que irá apoiar a candidatura do
atual governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, à presidência. O político
do Republicanos, aliás, foi uma das duas alegrias de Malafaia nas eleições.
"Ele mostrou que
um líder não anda atrás do povo. Um líder guia, anda na frente. Você não é um
verdadeiro líder até que não ande sozinho. Tarcísio ganhou muito comigo.
Liderança é sobre propósitos. Um líder não está preocupado com redes sociais,
se vai perder ou se vai ganhar seguidores. Sofri um bombardeio dos robôs e da
milícia digital do Pablo Marçal como ninguém mais sofreu. Não foi uma
brincadeira. Eu perdi 1,5% de seguidores", falou.
O pastor midiático
acusou o ex-presidente de emitir "sinais dúbios" nas eleições de São
Paulo, empurrando uma parcela do eleitorado e de pastores para o colo de
Marçal. E credita a ele próprio - não ao erro crasso com o laudo fajuto sobre
Guilherme Boulos (PSOL) às vésperas da votação - a derrota do candidato do
PRTB.
"O eleitorado se
dividiu porque Bolsonaro não desmascarou Pablo Marçal. Quem fez isso fui eu,
querida", disse à jornalista. "Bolsonaro não entra em confronto
quando as redes sociais estão dizendo uma coisa com força. Ele foi omisso por
causa disso, e por medo de o Pablo Marçal vencer e ele ser derrotado",
explicou em seguida.
Logo no início da
entrevista, Malafaia afirmou que teve duas alegrias - Tarcísio e Gustavo Gayer
(PL-GO), que seguiu sua orientação e mudou de posição em relação a Marçal após
o laudo fajuto - e quatro decepções.
Após listar como
decepções a postura de Magno Malta (PL-ES), Marco Feliciano (PL-SP) e Nikolas
Ferreira (PL-MG) sobre o fator Marçal, Malafaia não titubeou ao dizer qual foi
a maior delas.
"Agora vamos para
a maior decepção: Jair Messias Bolsonaro", disse, com todas as letras.
• Omisso, covarde e porcaria
A partir daí, Malafaia
começou os xingamentos a Bolsonaro pelo posicionamento do ex-presidente na
eleição em Curitiba, onde deixou a nova Cristina Graeml (PMB) usar o seu nome
contra Eduardo Pimentelm candidato do PSD apoiado pelo PL. Os dois farão o segundo
turno na capital paranaense.
Mas, o grande ódio de
Malafaia se deu justamente na omissão de Bolsonaro na eleição paulista,
permitindo que o ex-coach rachasse a ultradireita e criasse problemas para o
próprio nicho bolsonarista.
"Um político é
reconhecido por seus posicionamentos. Qual foi a sinalização que o Bolsonaro
passou? 'Eu não sou confiável em meus apoios políticos'. Quem vai fazer aliança
com um cara que não é confiável? O que ele fez em São Paulo e no Paraná foi uma
vergonha", iniciou.
Em seguida, Malafaia
diz que nos últimos 15 dias mandou uma série de mensagens via WhatsApp -
"eu bati em Bolsonaro com tanta força no "zap" - mostrando,
segundo ele, "a verdade" sobre Marçal, mas afirmou que o
ex-presidente ficou em silêncio.
"Ele [Bolsonaro]
não é criança. Sabe o que ele fez [na eleição de SP]? Jogou para os dois lados.
Eu desafio: entra nas redes de Bolsonaro e dos filhos dele. Não tem uma palavra
sobre a eleição de São Paulo. É como se ela não existisse. Que porcaria de
líder é esse?", indagou.
Em seguida, perguntado
sobre qual líder Bolsonaro foi nas eleições, Malafaia retomou os xingamentos.
"Covarde, omisso,
que se baseia em redes sociais e não quer se comprometer. Fica em cima do muro.
Para ficar bem sabe com quem? Com seguidores [de redes sociais]. Que político é
esse, meu Deus? Que tem que estar onde o povo quer?", destilou.
• Choro
Malafaia ainda expôs
uma situação vexatória de Bolsonaro, dizendo que o ex-presidente o ligou em
prantos com medo de ser preso durante a operação da Polícia Federal na casa
dele em Mambucaba, no litoral fluminense, em janeiro deste ano.
Ao dizer o motivo de
Bolsonaro não tê-lo bloqueado nas redes durante as eleições, com a série de
mensagens sobre Marçal, Malafaia revelou o episódio.
"Ele estava
chorando depressivo [na casa de praia que tem] em Mambucaba [em Angra dos Reis,
no Rio], perto de ser preso. Liguei pra ele e falei: 'Vai ficar chorando aí?
Vamos para a rua, cara!'. Ele chorou por cinco minutos comigo no telefone antes
de abrir a boca, no visor", disparou.
Segundo Malafaia,
Bolsonaro "estava depressivo porque as pessoas em volta dele foram todas
presas. Estava angustiado".
"Então ele me
respeita. Quem defendeu esse cara diante do ministro Alexandre de Moraes?
Agora, eu o questionei durissimamente [na campanha]. Mandei mais de 30 'zaps'
para ele. Mais de 30! E não era 'zap' de brincadeira, não", emendou.
Em silêncio, Bolsonaro
então teria reclamado com "um deputado da minha igreja e disse: 'o seu
pastor está me ofendendo'".
"Ele tem o
direito de errar. Mas foi uma decepção, de qualquer forma. E não estou falando
nada para você que não tenha dito a ele. Eu seria um covarde", emendou.
• Fator Marçal
Malafaia ainda
explicou o motivo de "abominar" Pablo Marçal, com quem já posou para
foto e deu conselhos em 2022. E cita, entre outros, o laudo falso contra
Boulos.
"É um cara
psicopata, mentiroso e que usa técnicas de manipulação. Tem uma inteligência e
um carisma fora da curva, que é a marca dos psicopatas. Como um cara que
debochou da cadeirada [de Datena], programou um soco no Duda [Lima, marqueteiro
de Ricardo Nunes agredido por um assessor de Marçal], inventa que líderes
evangélicos o apoiam e divulga um documento médico falso ainda tem 1,7 milhão
de votos [no primeiro turno das eleições em SP]? É para a gente analisar. Como
é que pode?", indaga novamente.
Malafaia ainda afirma
que alertou Bolsonaro que Marçal só teria "ganância e ambição" e que
iria "dividir a direita, vai levar metade do voto evangélico" - como
se concretizou em parte.
"E você está
assistindo a tudo isso calado?", teria perguntado a Bolsonaro.
"Ele não é mais
uma ameaça porque foi desmascarado. E, se ele vier, Bolsonaro não vai mais
poder ficar em cima de muro. Vai ter que partir para o confronto. Marçal ontem
mesmo falou que é candidato a governador ou a presidente. Se der um pau entre Bolsonaro
e Marçal, a turma da direita vai ter que fazer uma escolha. Tirando os
recalcados, como [o deputado federal Ricardo] Salles, a maioria vai ficar com
Bolsonaro", emendou.
Outra alegria de
Malafaia foi o posicionamento do deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO), que
recuou no apoio a Pablo Marçal após a divulgação de um falso laudo médico que
tentava acusar Guilherme Boulos de usar cocaína. "Ele dá um passo atrás. É
neste momento que um homem mostra o seu caráter", comentou.
• As decepções de Malafaia
Sobre as decepções que
sofreu durante as eleições, Silas Malafaia contou que Magno Malta (PL), senador
do Espírito Santo, recusou se posicionar contra Marçal. "'Como assim? O
que está em jogo é 2026. Esse cara vai rachar a direita. Vai rachar os evangélicos,
que você representa'. Mas ele não tomou atitude", falou sobre o diálogo
com o senador.
Para ele, as redes
sociais ditam o comportamento dos políticos atualmente, e por isso, muitos têm
medo de agir contra o fluxo, dando uma opinião contrária, por exemplo.
Outra decepção teria
sido com o deputado Marco Feliciano (PL-SP). "Um dia desses ele pregou na
minha igreja. Disse: 'Malafaia é como um pai que me dá conselhos, que me puxa a
orelha'. Conversei com ele. Detalhei quem é Pablo Marçal. E esse cara faz um
vídeo tentando me desmerecer, apoiando Pablo Marçal".
Mais uma decepção foi
com o deputado federal por Minas Gerais Nikolas Ferreira.
"Você sabia que
nós temos agora bolsominions e nikolominions? É! O Nikolas, um garoto bom, um
garoto de futuro, teve uma atitude de politiqueiro velho. Ele pertence ao PL.
Ele tem que, no mínimo, ficar de boca fechada [sobre a eleição em São Paulo] porque
o líder dele estava apoiando o [prefeito Ricardo] Nunes. E ele vem com uma
história de que são dois copos: um [Ricardo Nunes] está cheio de veneno, e o
outro [Marçal] você não sabe, 'então vou arriscar'", contou Malafaia à
jornalista.
O pastor contou que se
decepcionou com a atitude de Nikolas, chegou a mandar uma mensagem, mas foi
ignorado.
• O que ele esperava de Bolsonaro
"Agora vamos para
a maior decepção: Jair Messias Bolsonaro. Um político é reconhecido por seus
posicionamentos. Qual foi a sinalização que o Bolsonaro passou? 'Eu não
sou confiável em meus apoios políticos'.
Quem vai fazer aliança com um cara que não é confiável? O que ele fez em São
Paulo e no Paraná [onde se comprometeu anteriormente com alianças] foi uma
vergonha", criticou.
"Em São Paulo ele
ficou em cima do muro. No Paraná, tendo candidato [indicado pelo PL] a vice [de
Eduardo Pimentel, que concorre a prefeito], declarou para a mulher lá [Cristina
Graeml, que concorria contra Pimentel] 'pode usar meu nome'. Sinalizou duplamente.
Gente! Isso não é papel da direita de nível maior. Eu apoio Bolsonaro. Mas eu
já disse: sou aliado, e não alienado. Bolsonaro foi covarde, omisso. Para ficar
bem sabe com quem? Com seguidores. Que político é esse, meu Deus?",
continuou o pastor.
Malafaia contou que
mandou uma mensagem no WhatsApp para Bolsonaro questionando se ele apoiava
Marçal, acusando-o de "jogar para os dois lados" nas eleições de São
Paulo, já que não se posicionou sobre o caso publicamente.
• Carlos e Flávio Bolsonaro reagem de
forma tímida a Malafaia, que xingou o pai: "covarde, porcaria"
Filhos "01"
e "02" de Jair Bolsonaro (PL), o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o
vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) reagiram de forma tímida aos xingamentos de
Silas Malafaia que, em entrevista a Monica Bergamo na Folha de S.Paulo, chamou
o ex-presidente de "porcaria", "covarde" e
"omisso"
O ataque do
"guru" ao ex-presidente acontece porque, segundo ele, Bolsonaro teria
ficado "em cima do muro" no primeiro turno das eleições em São Paulo
e, assim, deixado com que Pablo Marçal (PRTB) rachasse a ultradireita,
especialmente a horda radical aliada a ele, nas eleições paulistanas.
"Bolsonaro não
entra em confronto quando as redes sociais estão dizendo uma coisa com força.
Ele foi omisso por causa disso, e por medo de o Pablo Marçal vencer e ele ser
derrotado", disse o pastor midiático, que indagou: "Que porcaria de líder
é esse?".
Em publicação no
Instagram, Carlos Bolsonaro passou um longo pano para Malafaia, antes de dizer
que o guru "tem meu respeito mesmo que esteja extremamente irritado por
algum motivo e cometa alguns equívocos, agora atacando de forma absurda meu pai".
Antes, Carlos disse
que "qualquer um reconhece a importância de Silas Malafaia nas pautas da
liberdade dos presos políticos e suas derivações".
"Sem ele muito da
anistia não estaria andando na Câmara Federal. É peça fundamental no processo
de liberdade no país", disse.
Ao concluir, o
vereador, que costuma reagir de forma enérgica e com impropérios a quaisquer
críticas ao pai nas redes, ainda desejou "do fundo do meu coração muita
paz e saúde" e mandou "um forte abraço" ao detrator do pai.
Em nota à coluna de
Mônica Bergamo, Flávio minimizou o ataque feroz de Malafaia usando a expressão
de que "roupa suja se lava em casa e não em público".
"O presidente
Bolsonaro fez o que tinha que ser feito, no momento certo, e foi decisivo para
o cenário em São Paulo. Se não fosse Bolsonaro, Ricardo Nunes não estaria no
segundo turno", disse o senador, tentando ludibriar o eleitorado paulista que
viu o pai ficar "em cima do muro" e tentar, de alguma forma,
favorecer o ex-coach na disputa contra o candidato oficial apoiador pelo PL.
Jair, Michelle e
Eduardo Bolsonaro até o momento não se pronunciaram sobre os ataques de
Malafaia.
• Kassab manda duro recado para Silas
Malafaia
Em entrevista ao UOL,
o presidente do PSD, Gilberto Kassab, mandou um duro e estratégico recado para
Malafaia. Como se sabe, Kassab está na articulação da candidatura de Ricardo
Nunes (MDB), que busca um novo mandato à frente da prefeitura de São Paulo, e
também projeta o nome de Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São
Paulo, para disputar a presidência da República em 2026 ou 2030.
"Malafaia foi uma
pessoa muito importante na campanha. Ele vestiu a camisa do Nunes quase que
diariamente. É um desabafo importante, que pode servir como referência para que
todos entendam que a política é feita de negociações e precisa delas para avançar,
recuar e deixar claros quais são os objetivos que todos querem", disse
Kassab.
Posteriormente, Kassab
afirma que Bolsonaro se surpreendeu com o desempenho de Pablo Marçal (PRTB).
"O ex-presidente teve uma posição favorável a Nunes em São Paulo. Quando
ele menos esperava, surge o Marçal. Isso é público e deixou a todos meio sem
rumo nesse segmento da direita. Com o tempo, ele foi se reencontrando. No
último dia, fez aquela live que ajudou bastante. Não tirou muito voto, mas o
que ele tirou pode ter sido muito importante e até decisivo para a vitória do
Nunes", declarou Kassab ao UOL.
• Eleitores de Marçal avisam Bolsonaro que
votarão em Boulos
Eleitores de Pablo
Marçal (PRTB), que ficou em terceiro lugar no primeiro turno da eleição para a
prefeitura de São Paulo (SP), estão avisando ao ex-presidente Jair Bolsonaro
que votarão em Guilherme Boulos (PSOL) no segundo turno.
Muitos desses
eleitores, que também são bolsonaristas, expressam revolta com o apoio de
Bolsonaro ao atual prefeito e candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB), que
disputará o segundo turno contra Boulos. Para eles, a escolha de Bolsonaro foi
determinante para a derrota de Marçal no primeiro turno e pode contribuir para
a vitória de Boulos no segundo. Outros bolsonaristas, embora não declarem apoio
a Boulos, estão insatisfeitos com o cenário eleitoral em São Paulo e afirmam
que não votarão em Nunes, alegando que ele é "esquerdista", mesmo com
o apoio de Bolsonaro.
Essa insatisfação dos
eleitores de Marçal e dos bolsonaristas em relação a Nunes, e a inclinação de
alguns para votar em Boulos, tem sido amplamente manifestada nos comentários
das publicações de Jair Bolsonaro nas redes sociais. No Instagram, muitos apoiadores
de Marçal afirmaram que votarão em Boulos por "raiva" e
"vingança".
"Sou de direita e
conservador. Mas pela traição do Bolsonaro à direita em SP, vou de Boulos como
protesto", escreveu um usuário, fazendo referência ao apelido dado por
Marçal a Guilherme Boulos.
Outros comentários
incluem: "Vou de Boulos só de raiva", "Traid@r, vamos de
Boulos", e "Em SP, você virou as costas. Omisso", destacando o
descontentamento entre os eleitores de Bolsonaro.
"Bolsonaro se
entregou completamente às raposas. Perdeu totalmente o meu respeito, perdeu meu
apoio. Nunca mais quero saber de ti", desabafou outro internauta.
No Facebook, embora os
bolsonaristas não declarem explicitamente o voto em Boulos, expressam
frustração com o apoio de Bolsonaro a Ricardo Nunes. Bolsonaro já havia feito
elogios a Pablo Marçal, mas acabou apoiando Nunes em razão de uma imposição de
seu partido, o PL, presidido por Valdemar Costa Neto, que firmou uma aliança
com o governador do Estado, o também bolsonarista Tarcísio Gomes de Freitas.
<><> A
mensagem de Marçal a Nunes
Pablo Marçal,
candidato do PRTB à prefeitura de São Paulo (SP), mandou uma mensagem via
WhatsApp ao prefeito e candidato à reeleição Ricardo Nunes (MDB) logo após o
término da apuração do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), na noite deste
domingo (6). Nunes e Guilherme Boulos (PSOL) venceram o pleito e disputarão o
segundo turno, enquanto Marçal, por ter figurado na terceira colocação, ficará
de fora da volta eleitoral decisiva.
Foi o próprio Nunes
que revelou que Marçal o procurou. Em live do site UOL nesta segunda-feira (7),
Nunes revelou que Marçal enviou a ele um emoji de aplauso.
"Tem uma palminha
aqui. Ele me mandou uma palminha", disse Nunes, mostrando o celular com a
mensagem em questão para a câmera.
O prefeito revelou que
só tinha visto a mensagem naquele momento, e por isso não havia respondido, mas
que iria responder. "Sou educado", declarou.
Horas mais tarde, em
ato político no centro da capital paulista, entretanto, Nunes afirmou que não
vai buscar o apoio de Marçal e que o coach de extrema direita não subirá em seu
palanque.
Fonte: Redação
Terra/Fórum
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