César Fonseca: Frente ampla desmobiliza o
social e concentra o capital levando esquerda à derrota eleitoral
O que aconteceu em SP,
berço dos trabalhadores, foi paradigmático, com reflexos em todo o país,
sinalizando que nas eleições municipais de 2024 se encontra o germe que deverá
se materializar em 2026: comprovação de que a estratégia da frente ampla vitoriosa
em 2022 resultou na desmobilização política dos trabalhadores, de um lado, e da
concentração dos capitalistas, de outro, levando o país para o centro-direita
com consequente derrota da esquerda.
A luta de classe foi
ganha pelo capital com a derrota ampla do trabalho.
A força da mobilização
social dos trabalhadores não aconteceu, porque ela se revelou consequência da
estratégia da renúncia da esquerda à luta popular contra o neoliberalismo, para
enfrentar a direita que a puxou para o seu lado endireitando-a e,
consequentemente, derrotando-a.
A luta política
partidária burocratizou a esquerda debaixo de um Congresso conservador, de
perfil semiparlamentarista, semipresidencialista pró-mercado, pró-Faria Lima,
antidesenvolvimentista, antinacionalista, com ampla maioria, que organizou o
centro-direita e ultradireita para a vitória.
Dessa forma,
restringindo-se, apenas, à luta parlamentar, deixando de lado a mobilização
social, a esquerda deixou campo aberto à direita e ultradireita para
conquistarem as prefeituras por meio da estratégia das emendas parlamentares
que abastecerem suas bases eleitorais de dinheiro.
Em situação
desfavorável, nesse cenário, a esquerda, politicamente, descapitalizada, graças
à desmobilização social, perdeu força para a luta decisiva.
Em termos amplos, o
modelo neoliberal se mostrou eleitoralmente vitorioso, graças à articulação
formada pelo Congresso conservador, dominado pelo semipresidencialismo
inconstitucional, que anulou o presidencialismo constitucional, configurando
aliança com o mercado especulativo, predominante nas políticas monetárias anti
desenvolvimentistas, conduzidas pelo Banco Central Independente, via taxa de
juro extorsivas, bloqueando as forças produtivas, ou seja, o lulismo
desenvolvimentista, em nome do ajuste fiscal ultraneoliberal pregado pela Faria
Lima.
• Derrota das conquistas sociais
A armação da direita e
ultradireita destruiu as conquistas sociais históricas das forças progressistas
e consagrou a vitória do seu oposto, das forças anti sociais reacionárias.
A correlação de forças
vitoriosa do centro-direita-ultradireita impôs à esquerda papel secundário para
a conformação da estratégia política que se avizinha para se materializar em
2026.
O centro-esquerda
perdeu importância, porque as forças centristas conservadoras reacionárias se
organizaram para abandonar a esquerda que ficou, no geral, isolada, sem força
de conjunto, por causa da desmobilização social.
A armação
conciliatória da frente ampla de cima para baixo se enfraqueceu na hora decisão
fundamental do voto porque desdenhou da organização de baixo para cima, isto é,
da mobilização social.
Resultado: a esquerda,
no desespero, conciliou-se, demasiadamente, com a direita, mas isso contrariou
a sua natureza, de ser aliada dos trabalhadores, que se sentiram traídos, na
posição desconfortável de ter que abraçar o urso, que os engoliu.
A direita isolou a
esquerda que se endireitou e perdeu, portanto, sua especificidade, sua função
política aos olhos dos trabalhadores, que se sentiram órfãos.
• Trabalhadores enganados
O fenômeno político
que caracterizou a ascensão do oportunista Pablo Marçal, de ultradireita,
demonstrou tentativa ilusória, desesperada dos trabalhadores de enfrentarem a
direita e o centro, forças conservadoras anti-trabalho.
Quase deu certo.
Se Marçal tivesse
triunfado, teria ocorrido, no segundo turno em SP, disputa de direita com
ultradireita, como aconteceu em outros estados.
No entanto, como a
esquerda, socialmente desmobilizada caiu na armadilha da direita neoliberal de
priorizar o identitarismo como luta política essencial e não virtual,
meramente, acessória, verificou-se, no final, com Guilherme Boulos, do PSOL, o
equívoco total.
As teses identitárias
que, histórica e contraditoriamente, contrariam o espírito conservador da
própria classe trabalhadora, produzindo o chamado pobre de direita, como
teorizou Jessé Freire, levaram à vitória do bolsonarismo em número de votos,
embora as forças bolsonaristas tenham se dividido, evidenciando choques de
lideranças que se refletirão na rearrumação prevista das forças conservadoras,
para a luta decisiva em 2026.
O fato é que as
eleições municipais desmancharam o que aparentemente se mostrava sólido: a
força do PT como norte da aliança que levou o presidente Lula ao Planalto em
2022, derrotando a direita e ultradireita, vitoriosas em 2018 com Bolsonaro.
• Divisão aparente
Dessa vez, ocorreu, na
aparência, racha nas forças de direita, com certo isolamento da ultradireita
fascista bolsonarista, mas de forma insuficiente, capaz de permitir a vitória
das forças progressistas.
Esse fenômeno se deu
porque com a frente ampla o que se verificou foi a ampla desmobilização dos
trabalhadores, isto é, das forças sociais progressistas, devido à renúncia à
organização política combativa da esquerda, capaz de puxar o centro para si.
Ao contrário, a
esquerda foi arrastada para a direita, e seu destino, se não mudar, mediante
organização de baixo para cima, das forças sociais trabalhistas, despossuídas
pelo modelo neoliberal, o resultado será a derrota em 2026.
Essa perspectiva
embute ou não ascensão provável do centro-direita, com apoio do fascismo de
ultra direita radical, com discurso semelhante ao do presidente Javier Milei,
da Argentina?
De agora em diante, ou
o governo muda a política neoliberal, que acaba de derrotá-lo nas urnas
municipais, ou se prepara – consciente ou inconscientemente? – para nova
derrocada, caso continue priorizando o teto de gasto imposto pela Faria Lima,
que visa cortes nos programas sociais para continuar a política do rentismo.
O efeito dessa
estratégia econômica, politicamente, suicida, evidenciada na derrota municipal,
será manter a economia em banho maria, sob juro alto, com baixos salários etc.
Os trabalhadores,
politicamente, desmobilizados pelo neoliberalismo rentista, abandonariam ou não
a esquerda, como acabou de acontecer, consagrando vitória do
centro-direita-ultradireita na sucessão presidencial?
• A eleição do Centrão. Por Emerson Barros
Aguiar
Sem educação política
para tomada de consciência de classe por parte dos explorados, qualquer avanço
da esquerda sempre vai retroceder.
Pode-se chamar o
conceito por outros nomes, por considerá-lo anacrônico, mas sem o entendimento
da própria posição social e das relações de exploração e desigualdade dentro da
sociedade, o indivíduo não pode se posicionar politicamente de modo a proteger
os seus próprios interesses.
Na ausência de uma
base social com consciência coletiva, as conquistas da esquerda não se
sustentam, e continuarão sujeitas à sabotagem da direita.
O pragmatismo do
Centrão se impôs depois do esgotamento do bolsonarismo, que foi uma alternativa
de emergência para afastar a esquerda, depois de uma sequência de boas
administrações. Não sendo possível derrotá-la nas urnas, partiu-se para a
solução fascista e golpista. Uma vez destituída a esquerda pela via do lawfare
e do tapetão, retorna-se agora à política tradicional de direita, do
toma-lá-dá-cá: fisiologismo, nepotismo, clientelismo e corrupção
"normais".
A taxa de reeleição
dos prefeitos foi de quase 90%. Favores foram distribuídos e cargos loteados.
Lideranças comunitárias "de esquerda" foram coaptadas pelo Centrão,
que foi o grande vencedor das eleições municipais. A direita explora o de sempre:
as necessidades imediatas de sobrevivência dos pobres e da classe média,
através da compra de voto e do clientelismo. A maioria da população, destituída
de qualquer coincidência política, prefere pegar esse "Uber" do que
esperar pela promessa de empregos com carteira assinada. Ou a esquerda ajusta o
seu discurso à realidade imediata, ou será banida definitivamente pelo que
existe de mais velho: a impressionante capacidade metamórfica da direita de se
adaptar a tudo para se manter no poder.
Não convidaram o Galo
de Briga, o representante dos motoentregadores e motoubers, para subir a rampa
com Lula. Ele talvez seja o militante mais espontâneo e representativo desses
novos anseios. A esquerda precisa ouvi-lo e a outros que podem lhe apresentar o
verdadeiro quadro socioeconômico atual, ou sucumbir junto com as últimas
lideranças políticas às quais está vinculada, sem alternativa sucessória.
A população foi
convencida de que a proteção trabalhista formal só atrapalha e foi levada a se
identificar com o empreendedorismo, apenas para voltar a ser tão explorada
quanto no início da era industrial.
Como fazer essa
denúncia de modo didático? Como se comunicar de maneira mais efetiva? É
fundamental ouvir essa nova classe precarizada, que , na verdade, é a mesma de
sempre, e convidá-la para disputar cargos, para então poder propor políticas e
alternativas a partir do que for dito.
Trazer os ubers,
"autoempregados", "empreendedores on-line" e MEIs para a
luta política, para a linha de frente, transformando-os em representantes de
suas categorias e candidatá-los a cargos no parlamento e na administração
pública em vez de apenas utilizá-los como massa de manobra para um discurso
eleitoreiro. Urge integrá-los e apresentar a eles a via partidária para a
mudança da sociedade. Não é para isso que disputamos eleições dentro das regras
do Estado liberal?
As recentes eleições
municipais nos oferecem uma lição sobre as complexas dinâmicas que movem o
atual cenário político brasileiro e revelam as lacunas que a esquerda precisa
preencher se deseja não apenas reformar e sim transformar a realidade. A
verdadeira mudança exige uma sensibilização da consciência coletiva,
especialmente entre os mais vulneráveis. No entanto, a atual situação política
demonstra que essa mobilização da esquerda inexiste, enquanto a direita se
adapta e se utiliza de estratégias pragmáticas, como o clientelismo e o
fisiologismo, para se manter no poder.
Sem lastro politico,
qualquer avanço progressista acabará sempre sofrendo reveses. O bolsonarismo
foi uma resposta emergencial de uma direita que se viu acuada pelo êxito das
políticas inclusivas da esquerda, e que resolveu partir para a ignorância, passando
a operar através do "atalho" antidemocrático, o que, diga-se de
passagem, está sempre disposta a fazer. No entanto, esgotado esse recurso, o
pragmatismo da politicagem tradicional de direita voltou a agir e a dominar a
política.
A solução não está em
criticar esse fenômeno de forma superficial, mas em compreender as razões
estruturais que levam a população a aceitar as soluções propostas pela direita.
A precariedade socioeconômica torna a sobrevivência imediata um fator decisivo,
desmotivando a aposta em projetos de longo prazo e deixando a classe
trabalhadora sem ferramentas para identificar o impacto estrutural das
políticas defendidas pela direita.
Uma nova abordagem,
que leve em conta a realidade crua e atual da população, e não apenas promessas
de um futuro, melhor deve ser proposta o quanto antes. O exemplo do Galo de
Briga, representante das classes trabalhadoras dos serviços de entrega, encarna
os anseios de uma classe crescente de trabalhadores precarizados, que
representam o "novo proletariado" das relações de trabalho
pós-industriais e virtuais, mas que não se sentem representados pela esquerda
tradicional. A sua ausência ao lado do presidente na subida da rampa do
Planalto simboliza um incompreensível distanciamento da esquerda em relação a
essas vozes e expoentes emergentes.
É essencial dar espaço
a essas novas lideranças para que possam trazer à tona a percepção que a
maioria tem do panorama socioeconômico do país. Para tanto, a esquerda precisa
se aproximar dos trabalhadores autônomos e dos "empreendedores" precarizados,
compreendendo as suas necessidades e incorporando as suas demandas na luta
política, que tem de ser feita com e para esses trabalhadores, que o são ainda
que não se consideram como tais.
Somente ao integrar
plenamente esses atores emergentes no processo político é que a esquerda poderá
reverter a narrativa da direita e oferecer uma alternativa real e democrática
ao sistema neoliberal que perpetua a desigualdade. É essencial que a esquerda
seja mais do que uma voz crítica: ela deve se tornar um canal ativo de
transformação que leve à emancipação dos trabalhadores e promova uma verdadeira
justiça social. Isso exige, porém, uma humildade e uma abertura para escutar a
base, para que as políticas propostas sejam respostas concretas aos problemas
vividos por essa nova classe trabalhadora. Sem essa aproximação e sem um
esforço renovado de conscientização política, a esquerda corre o risco de ser
substituída por lideranças de direita que exploram essas insatisfações, de modo
apenas demagógico, para garantir a manutenção do status quo.
A esquerda não pode se
dar ao luxo de ignorar as novas configurações do trabalho e da organização
social. Ela precisa ser capaz de se reinventar, oferecendo uma resposta
política enraizada no cotidiano das pessoas, com soluções que vão além do
discurso e que se traduzam em ações e políticas concretas que combatam a
exploração e promovam a dignidade humana no contexto atual, como é sua
obrigação em todas as épocas.
Se a esquerda não
fizer isso, pode ficar bem tranquila, que logo vai aparecer uma liderança vinda
da classe precarizada, trazida pela direita, para manter a direita. As
"motociatas" bolsonaristas foram uma clara demonstração dessa
intenção.
• Com anistia, Bolsonaro vem aí em 2026.
Por Esmael Morais
Uma movimentação nos
bastidores do poder em Brasília chama a atenção e levanta questionamentos sobre
os rumos da política nacional. O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur
Lira (PP-AL), retirou de tramitação na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça)
o projeto que propõe anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro
de 2023. Em seu lugar, criou uma comissão especial para analisar o tema,
adiando a discussão e abrindo espaço para negociações que envolvem figuras de
peso como Jair Bolsonaro (PL) e membros do PT.
A manobra de Lira não
é apenas uma questão procedimental. Nos corredores do Congresso, comenta-se que
essa decisão faz parte de um acordo para angariar apoio à candidatura de Hugo
Motta (Republicanos-PB) à presidência da Câmara, sucedendo o próprio Lira.
Bolsonaro, em visita ao Senado, deixou transparecer que a medida foi discutida
previamente com ele e seus aliados, sinalizando a possibilidade de incluir uma
emenda que o torne elegível novamente em 2026.
Enquanto isso, dentro
do PT, a retirada do projeto da CCJ é vista com cautela. Embora alguns
dirigentes considerem que a comissão especial possa “empurrar o assunto com a
barriga”, há quem enxergue a movimentação como um aceno aos bolsonaristas, o
que gera desconfiança. A ala petista está dividida: alguns acreditam que
enfrentar Bolsonaro nas urnas seria mais favorável do que enfrentar outros
nomes da direita emergente.
O ex-governador de São
Paulo, Rodrigo Garcia, também entra nesse xadrez político ao afirmar que o
caminho para a centro-direita em 2026 passa por Bolsonaro, seja ele elegível ou
não. Garcia destaca que a recente derrota da esquerda nas eleições municipais
abre espaço para a centro-direita conquistar o poder nas próximas eleições
presidenciais, desde que haja consenso em torno de um nome, possivelmente o
atual governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
No meio desse
turbilhão, Elmar Nascimento (União Brasil-BA), líder de seu partido na Câmara,
critica a postura de Lira e questiona a suposta busca por consenso na Casa.
Para Elmar, Lira atuou como “líder do governo Bolsonaro” em seu primeiro
mandato e agora prega convergência, o que soa contraditório. A disputa pela
presidência da Câmara promete ser acirrada, com Elmar e Antônio Brito (PSD-BA)
formando uma aliança para enfrentar Hugo Motta.
A anistia aos
golpistas de 8 de janeiro tornou-se moeda de troca em negociações que podem
definir o futuro político do país. O que está em jogo não é apenas a sucessão
na Câmara ou a elegibilidade de Bolsonaro, mas o próprio equilíbrio de forças
entre direita e esquerda no cenário nacional.
<><>
Grande acordo de salvação começou com a absolvição de Moro no TSE
Np dia 21 de maio de
2024, em Brasília, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu, por
unanimidade, manter o mandato do ex-juiz e atual senador Sergio Moro
(União-PR), afastando a possibilidade de cassação. Essa decisão acendeu debates
sobre um possível grande acordo envolvendo os três poderes para proteger não só
Moro, mas também outras figuras-chave da política nacional.
Desde o início do
processo no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), o Blog do Esmael
acompanhou de perto cada desdobramento. A absolvição de Moro no TSE foi
recebida com entusiasmo por seus aliados, mas também levantou suspeitas sobre
uma articulação maior. Até mesmo veículos de comunicação tradicionalmente
alinhados com Moro, como a Globo, reconheceram a existência de um “acordão” nos
bastidores.
Analistas políticos
apontam que essa movimentação pode ser parte de uma estratégia para amenizar
tensões entre o Judiciário e o Legislativo. A ideia seria evitar conflitos
institucionais e proteger determinados atores políticos de processos que
poderiam comprometer suas carreiras.
Durante participação
no programa “Boa Noite 247”, discutimos essa possibilidade de articulação entre
os poderes. A conversa trouxe à tona as conexões entre Sergio Moro, o
ex-presidente Michel Temer e o atual presidente Lula (PT). As relações
políticas e jurídicas entre esses personagens sugerem uma rede complexa de
interesses e alianças.
No âmbito do Senado,
figuras como Jair Bolsonaro também entraram nesse xadrez político. Bolsonaro,
que enfrenta seus próprios infernos jurídicos, estaria interessado em
movimentos que possam fortalecer sua posição para as eleições de 2026. O
ex-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, por exemplo, afirmou que o caminho
para a centro-direita em 2026 passa por Bolsonaro, seja ele elegível ou não.
Dentro desse contexto,
a decisão do TSE de manter o mandato de Moro foi vista como uma peça-chave em
um jogo maior. A manutenção de Moro no cenário político abriu espaço para que
ele consolidasse sua posição e possivelmente almeje voos mais altos, como uma
candidatura ao governo do Paraná.
É importante destacar
que essas articulações geram preocupação em setores da sociedade que defendem a
imparcialidade e a independência das instituições. A sensação de que decisões
judiciais possam estar sendo influenciadas por acordos políticos coloca em
xeque a confiança no sistema democrático.
O que se observa é um
momento de rearranjo de forças, onde interesses pessoais e partidários parecem
se sobrepor às demandas da população. A sociedade acompanha atenta, ciente de
que as decisões tomadas agora terão impacto significativo nas eleições de 2026.
<><>
Tarcísio de Freitas é "o melhor para 2026, mas articulação deixa a
desejar", critica Ciro Nogueira
Em uma avaliação
contundente, o presidente do Progressistas (PP), senador Ciro Nogueira,
manifestou frustrações com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas,
criticando a falta de articulação política de Tarcísio ao longo das eleições.
Em entrevista ao O Globo, Nogueira deixou claro que, embora considere o
governador um dos candidatos mais promissores da direita para 2026, acredita
que as estratégias de Tarcísio em São Paulo têm falhado ao dividir as forças da
direita no estado.
“Presidência não é
concurso público”, afirmou Nogueira, argumentando que, embora Tarcísio tenha
uma carreira de sucesso em setores estratégicos, a competência técnica não
garante uma habilidade essencial para se eleger presidente: a de formar
alianças. Segundo o senador, o governador paulista tende a “pensar São Paulo
como um país à parte” e acaba prejudicando sua própria base ao não fortalecer
vínculos necessários para uma candidatura nacional.
Para Nogueira,
Tarcísio representa o nome mais forte entre os conservadores, mas para garantir
o apoio fundamental de figuras como Jair Bolsonaro (PL), deve aprimorar sua
capacidade de atração do centro político e alinhar-se mais com as expectativas
de seu partido e do União Brasil.
Fonte: Brasil 247
Nenhum comentário:
Postar um comentário