quinta-feira, 31 de outubro de 2024

César Fonseca: Frente ampla desmobiliza o social e concentra o capital levando esquerda à derrota eleitoral

O que aconteceu em SP, berço dos trabalhadores, foi paradigmático, com reflexos em todo o país, sinalizando que nas eleições municipais de 2024 se encontra o germe que deverá se materializar em 2026: comprovação de que a estratégia da frente ampla vitoriosa em 2022 resultou na desmobilização política dos trabalhadores, de um lado, e da concentração dos capitalistas, de outro, levando o país para o centro-direita com consequente derrota da esquerda.

A luta de classe foi ganha pelo capital com a derrota ampla do trabalho.

A força da mobilização social dos trabalhadores não aconteceu, porque ela se revelou consequência da estratégia da renúncia da esquerda à luta popular contra o neoliberalismo, para enfrentar a direita que a puxou para o seu lado endireitando-a e, consequentemente, derrotando-a.

A luta política partidária burocratizou a esquerda debaixo de um Congresso conservador, de perfil semiparlamentarista, semipresidencialista pró-mercado, pró-Faria Lima, antidesenvolvimentista, antinacionalista, com ampla maioria, que organizou o centro-direita e ultradireita para a vitória.

Dessa forma, restringindo-se, apenas, à luta parlamentar, deixando de lado a mobilização social, a esquerda deixou campo aberto à direita e ultradireita para conquistarem as prefeituras por meio da estratégia das emendas parlamentares que abastecerem suas bases eleitorais de dinheiro.

Em situação desfavorável, nesse cenário, a esquerda, politicamente, descapitalizada, graças à desmobilização social, perdeu força para a luta decisiva.

Em termos amplos, o modelo neoliberal se mostrou eleitoralmente vitorioso, graças à articulação formada pelo Congresso conservador, dominado pelo semipresidencialismo inconstitucional, que anulou o presidencialismo constitucional, configurando aliança com o mercado especulativo, predominante nas políticas monetárias anti desenvolvimentistas, conduzidas pelo Banco Central Independente, via taxa de juro extorsivas, bloqueando as forças produtivas, ou seja, o lulismo desenvolvimentista, em nome do ajuste fiscal ultraneoliberal pregado pela Faria Lima.

•        Derrota das conquistas sociais

A armação da direita e ultradireita destruiu as conquistas sociais históricas das forças progressistas e consagrou a vitória do seu oposto, das forças anti sociais reacionárias.

A correlação de forças vitoriosa do centro-direita-ultradireita impôs à esquerda papel secundário para a conformação da estratégia política que se avizinha para se materializar em 2026.

O centro-esquerda perdeu importância, porque as forças centristas conservadoras reacionárias se organizaram para abandonar a esquerda que ficou, no geral, isolada, sem força de conjunto, por causa da desmobilização social.

A armação conciliatória da frente ampla de cima para baixo se enfraqueceu na hora decisão fundamental do voto porque desdenhou da organização de baixo para cima, isto é, da mobilização social.

Resultado: a esquerda, no desespero, conciliou-se, demasiadamente, com a direita, mas isso contrariou a sua natureza, de ser aliada dos trabalhadores, que se sentiram traídos, na posição desconfortável de ter que abraçar o urso, que os engoliu.

A direita isolou a esquerda que se endireitou e perdeu, portanto, sua especificidade, sua função política aos olhos dos trabalhadores, que se sentiram órfãos.

•        Trabalhadores enganados

O fenômeno político que caracterizou a ascensão do oportunista Pablo Marçal, de ultradireita, demonstrou tentativa ilusória, desesperada dos trabalhadores de enfrentarem a direita e o centro, forças conservadoras anti-trabalho.

Quase deu certo.

Se Marçal tivesse triunfado, teria ocorrido, no segundo turno em SP, disputa de direita com ultradireita, como aconteceu em outros estados.

No entanto, como a esquerda, socialmente desmobilizada caiu na armadilha da direita neoliberal de priorizar o identitarismo como luta política essencial e não virtual, meramente, acessória, verificou-se, no final, com Guilherme Boulos, do PSOL, o equívoco total.

As teses identitárias que, histórica e contraditoriamente, contrariam o espírito conservador da própria classe trabalhadora, produzindo o chamado pobre de direita, como teorizou Jessé Freire, levaram à vitória do bolsonarismo em número de votos, embora as forças bolsonaristas tenham se dividido, evidenciando choques de lideranças que se refletirão na rearrumação prevista das forças conservadoras, para a luta decisiva em 2026.

O fato é que as eleições municipais desmancharam o que aparentemente se mostrava sólido: a força do PT como norte da aliança que levou o presidente Lula ao Planalto em 2022, derrotando a direita e ultradireita, vitoriosas em 2018 com Bolsonaro.

•        Divisão aparente

Dessa vez, ocorreu, na aparência, racha nas forças de direita, com certo isolamento da ultradireita fascista bolsonarista, mas de forma insuficiente, capaz de permitir a vitória das forças progressistas.

Esse fenômeno se deu porque com a frente ampla o que se verificou foi a ampla desmobilização dos trabalhadores, isto é, das forças sociais progressistas, devido à renúncia à organização política combativa da esquerda, capaz de puxar o centro para si.

Ao contrário, a esquerda foi arrastada para a direita, e seu destino, se não mudar, mediante organização de baixo para cima, das forças sociais trabalhistas, despossuídas pelo modelo neoliberal, o resultado será a derrota em 2026.

Essa perspectiva embute ou não ascensão provável do centro-direita, com apoio do fascismo de ultra direita radical, com discurso semelhante ao do presidente Javier Milei, da Argentina?

De agora em diante, ou o governo muda a política neoliberal, que acaba de derrotá-lo nas urnas municipais, ou se prepara – consciente ou inconscientemente? – para nova derrocada, caso continue priorizando o teto de gasto imposto pela Faria Lima, que visa cortes nos programas sociais para continuar a política do rentismo.

O efeito dessa estratégia econômica, politicamente, suicida, evidenciada na derrota municipal, será manter a economia em banho maria, sob juro alto, com baixos salários etc.

Os trabalhadores, politicamente, desmobilizados pelo neoliberalismo rentista, abandonariam ou não a esquerda, como acabou de acontecer, consagrando vitória do centro-direita-ultradireita na sucessão presidencial?

 

•        A eleição do Centrão. Por Emerson Barros Aguiar

Sem educação política para tomada de consciência de classe por parte dos explorados, qualquer avanço da esquerda sempre vai retroceder.

Pode-se chamar o conceito por outros nomes, por considerá-lo anacrônico, mas sem o entendimento da própria posição social e das relações de exploração e desigualdade dentro da sociedade, o indivíduo não pode se posicionar politicamente de modo a proteger os seus próprios interesses.

Na ausência de uma base social com consciência coletiva, as conquistas da esquerda não se sustentam, e continuarão sujeitas à sabotagem da direita.

O pragmatismo do Centrão se impôs depois do esgotamento do bolsonarismo, que foi uma alternativa de emergência para afastar a esquerda, depois de uma sequência de boas administrações. Não sendo possível derrotá-la nas urnas, partiu-se para a solução fascista e golpista. Uma vez destituída a esquerda pela via do lawfare e do tapetão, retorna-se agora à política tradicional de direita, do toma-lá-dá-cá: fisiologismo, nepotismo, clientelismo e corrupção "normais".

A taxa de reeleição dos prefeitos foi de quase 90%. Favores foram distribuídos e cargos loteados. Lideranças comunitárias "de esquerda" foram coaptadas pelo Centrão, que foi o grande vencedor das eleições municipais. A direita explora o de sempre: as necessidades imediatas de sobrevivência dos pobres e da classe média, através da compra de voto e do clientelismo. A maioria da população, destituída de qualquer coincidência política, prefere pegar esse "Uber" do que esperar pela promessa de empregos com carteira assinada. Ou a esquerda ajusta o seu discurso à realidade imediata, ou será banida definitivamente pelo que existe de mais velho: a impressionante capacidade metamórfica da direita de se adaptar a tudo para se manter no poder.

Não convidaram o Galo de Briga, o representante dos motoentregadores e motoubers, para subir a rampa com Lula. Ele talvez seja o militante mais espontâneo e representativo desses novos anseios. A esquerda precisa ouvi-lo e a outros que podem lhe apresentar o verdadeiro quadro socioeconômico atual, ou sucumbir junto com as últimas lideranças políticas às quais está vinculada, sem alternativa sucessória.

A população foi convencida de que a proteção trabalhista formal só atrapalha e foi levada a se identificar com o empreendedorismo, apenas para voltar a ser tão explorada quanto no início da era industrial.

Como fazer essa denúncia de modo didático? Como se comunicar de maneira mais efetiva? É fundamental ouvir essa nova classe precarizada, que , na verdade, é a mesma de sempre, e convidá-la para disputar cargos, para então poder propor políticas e alternativas a partir do que for dito.

Trazer os ubers, "autoempregados", "empreendedores on-line" e MEIs para a luta política, para a linha de frente, transformando-os em representantes de suas categorias e candidatá-los a cargos no parlamento e na administração pública em vez de apenas utilizá-los como massa de manobra para um discurso eleitoreiro. Urge integrá-los e apresentar a eles a via partidária para a mudança da sociedade. Não é para isso que disputamos eleições dentro das regras do Estado liberal?

As recentes eleições municipais nos oferecem uma lição sobre as complexas dinâmicas que movem o atual cenário político brasileiro e revelam as lacunas que a esquerda precisa preencher se deseja não apenas reformar e sim transformar a realidade. A verdadeira mudança exige uma sensibilização da consciência coletiva, especialmente entre os mais vulneráveis. No entanto, a atual situação política demonstra que essa mobilização da esquerda inexiste, enquanto a direita se adapta e se utiliza de estratégias pragmáticas, como o clientelismo e o fisiologismo, para se manter no poder.

Sem lastro politico, qualquer avanço progressista acabará sempre sofrendo reveses. O bolsonarismo foi uma resposta emergencial de uma direita que se viu acuada pelo êxito das políticas inclusivas da esquerda, e que resolveu partir para a ignorância, passando a operar através do "atalho" antidemocrático, o que, diga-se de passagem, está sempre disposta a fazer. No entanto, esgotado esse recurso, o pragmatismo da politicagem tradicional de direita voltou a agir e a dominar a política.

A solução não está em criticar esse fenômeno de forma superficial, mas em compreender as razões estruturais que levam a população a aceitar as soluções propostas pela direita. A precariedade socioeconômica torna a sobrevivência imediata um fator decisivo, desmotivando a aposta em projetos de longo prazo e deixando a classe trabalhadora sem ferramentas para identificar o impacto estrutural das políticas defendidas pela direita.

Uma nova abordagem, que leve em conta a realidade crua e atual da população, e não apenas promessas de um futuro, melhor deve ser proposta o quanto antes. O exemplo do Galo de Briga, representante das classes trabalhadoras dos serviços de entrega, encarna os anseios de uma classe crescente de trabalhadores precarizados, que representam o "novo proletariado" das relações de trabalho pós-industriais e virtuais, mas que não se sentem representados pela esquerda tradicional. A sua ausência ao lado do presidente na subida da rampa do Planalto simboliza um incompreensível distanciamento da esquerda em relação a essas vozes e expoentes emergentes.

É essencial dar espaço a essas novas lideranças para que possam trazer à tona a percepção que a maioria tem do panorama socioeconômico do país. Para tanto, a esquerda precisa se aproximar dos trabalhadores autônomos e dos "empreendedores" precarizados, compreendendo as suas necessidades e incorporando as suas demandas na luta política, que tem de ser feita com e para esses trabalhadores, que o são ainda que não se consideram como tais.

Somente ao integrar plenamente esses atores emergentes no processo político é que a esquerda poderá reverter a narrativa da direita e oferecer uma alternativa real e democrática ao sistema neoliberal que perpetua a desigualdade. É essencial que a esquerda seja mais do que uma voz crítica: ela deve se tornar um canal ativo de transformação que leve à emancipação dos trabalhadores e promova uma verdadeira justiça social. Isso exige, porém, uma humildade e uma abertura para escutar a base, para que as políticas propostas sejam respostas concretas aos problemas vividos por essa nova classe trabalhadora. Sem essa aproximação e sem um esforço renovado de conscientização política, a esquerda corre o risco de ser substituída por lideranças de direita que exploram essas insatisfações, de modo apenas demagógico, para garantir a manutenção do status quo.

A esquerda não pode se dar ao luxo de ignorar as novas configurações do trabalho e da organização social. Ela precisa ser capaz de se reinventar, oferecendo uma resposta política enraizada no cotidiano das pessoas, com soluções que vão além do discurso e que se traduzam em ações e políticas concretas que combatam a exploração e promovam a dignidade humana no contexto atual, como é sua obrigação em todas as épocas.

Se a esquerda não fizer isso, pode ficar bem tranquila, que logo vai aparecer uma liderança vinda da classe precarizada, trazida pela direita, para manter a direita. As "motociatas" bolsonaristas foram uma clara demonstração dessa intenção.

 

•        Com anistia, Bolsonaro vem aí em 2026. Por Esmael Morais

Uma movimentação nos bastidores do poder em Brasília chama a atenção e levanta questionamentos sobre os rumos da política nacional. O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), retirou de tramitação na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) o projeto que propõe anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Em seu lugar, criou uma comissão especial para analisar o tema, adiando a discussão e abrindo espaço para negociações que envolvem figuras de peso como Jair Bolsonaro (PL) e membros do PT.

A manobra de Lira não é apenas uma questão procedimental. Nos corredores do Congresso, comenta-se que essa decisão faz parte de um acordo para angariar apoio à candidatura de Hugo Motta (Republicanos-PB) à presidência da Câmara, sucedendo o próprio Lira. Bolsonaro, em visita ao Senado, deixou transparecer que a medida foi discutida previamente com ele e seus aliados, sinalizando a possibilidade de incluir uma emenda que o torne elegível novamente em 2026.

Enquanto isso, dentro do PT, a retirada do projeto da CCJ é vista com cautela. Embora alguns dirigentes considerem que a comissão especial possa “empurrar o assunto com a barriga”, há quem enxergue a movimentação como um aceno aos bolsonaristas, o que gera desconfiança. A ala petista está dividida: alguns acreditam que enfrentar Bolsonaro nas urnas seria mais favorável do que enfrentar outros nomes da direita emergente.

O ex-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, também entra nesse xadrez político ao afirmar que o caminho para a centro-direita em 2026 passa por Bolsonaro, seja ele elegível ou não. Garcia destaca que a recente derrota da esquerda nas eleições municipais abre espaço para a centro-direita conquistar o poder nas próximas eleições presidenciais, desde que haja consenso em torno de um nome, possivelmente o atual governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

No meio desse turbilhão, Elmar Nascimento (União Brasil-BA), líder de seu partido na Câmara, critica a postura de Lira e questiona a suposta busca por consenso na Casa. Para Elmar, Lira atuou como “líder do governo Bolsonaro” em seu primeiro mandato e agora prega convergência, o que soa contraditório. A disputa pela presidência da Câmara promete ser acirrada, com Elmar e Antônio Brito (PSD-BA) formando uma aliança para enfrentar Hugo Motta.

A anistia aos golpistas de 8 de janeiro tornou-se moeda de troca em negociações que podem definir o futuro político do país. O que está em jogo não é apenas a sucessão na Câmara ou a elegibilidade de Bolsonaro, mas o próprio equilíbrio de forças entre direita e esquerda no cenário nacional.

<><> Grande acordo de salvação começou com a absolvição de Moro no TSE

Np dia 21 de maio de 2024, em Brasília, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu, por unanimidade, manter o mandato do ex-juiz e atual senador Sergio Moro (União-PR), afastando a possibilidade de cassação. Essa decisão acendeu debates sobre um possível grande acordo envolvendo os três poderes para proteger não só Moro, mas também outras figuras-chave da política nacional.

Desde o início do processo no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), o Blog do Esmael acompanhou de perto cada desdobramento. A absolvição de Moro no TSE foi recebida com entusiasmo por seus aliados, mas também levantou suspeitas sobre uma articulação maior. Até mesmo veículos de comunicação tradicionalmente alinhados com Moro, como a Globo, reconheceram a existência de um “acordão” nos bastidores.

Analistas políticos apontam que essa movimentação pode ser parte de uma estratégia para amenizar tensões entre o Judiciário e o Legislativo. A ideia seria evitar conflitos institucionais e proteger determinados atores políticos de processos que poderiam comprometer suas carreiras.

Durante participação no programa “Boa Noite 247”, discutimos essa possibilidade de articulação entre os poderes. A conversa trouxe à tona as conexões entre Sergio Moro, o ex-presidente Michel Temer e o atual presidente Lula (PT). As relações políticas e jurídicas entre esses personagens sugerem uma rede complexa de interesses e alianças.

No âmbito do Senado, figuras como Jair Bolsonaro também entraram nesse xadrez político. Bolsonaro, que enfrenta seus próprios infernos jurídicos, estaria interessado em movimentos que possam fortalecer sua posição para as eleições de 2026. O ex-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, por exemplo, afirmou que o caminho para a centro-direita em 2026 passa por Bolsonaro, seja ele elegível ou não.

Dentro desse contexto, a decisão do TSE de manter o mandato de Moro foi vista como uma peça-chave em um jogo maior. A manutenção de Moro no cenário político abriu espaço para que ele consolidasse sua posição e possivelmente almeje voos mais altos, como uma candidatura ao governo do Paraná.

É importante destacar que essas articulações geram preocupação em setores da sociedade que defendem a imparcialidade e a independência das instituições. A sensação de que decisões judiciais possam estar sendo influenciadas por acordos políticos coloca em xeque a confiança no sistema democrático.

O que se observa é um momento de rearranjo de forças, onde interesses pessoais e partidários parecem se sobrepor às demandas da população. A sociedade acompanha atenta, ciente de que as decisões tomadas agora terão impacto significativo nas eleições de 2026.

<><> Tarcísio de Freitas é "o melhor para 2026, mas articulação deixa a desejar", critica Ciro Nogueira

Em uma avaliação contundente, o presidente do Progressistas (PP), senador Ciro Nogueira, manifestou frustrações com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, criticando a falta de articulação política de Tarcísio ao longo das eleições. Em entrevista ao O Globo, Nogueira deixou claro que, embora considere o governador um dos candidatos mais promissores da direita para 2026, acredita que as estratégias de Tarcísio em São Paulo têm falhado ao dividir as forças da direita no estado.

“Presidência não é concurso público”, afirmou Nogueira, argumentando que, embora Tarcísio tenha uma carreira de sucesso em setores estratégicos, a competência técnica não garante uma habilidade essencial para se eleger presidente: a de formar alianças. Segundo o senador, o governador paulista tende a “pensar São Paulo como um país à parte” e acaba prejudicando sua própria base ao não fortalecer vínculos necessários para uma candidatura nacional.

Para Nogueira, Tarcísio representa o nome mais forte entre os conservadores, mas para garantir o apoio fundamental de figuras como Jair Bolsonaro (PL), deve aprimorar sua capacidade de atração do centro político e alinhar-se mais com as expectativas de seu partido e do União Brasil.

 

Fonte: Brasil 247

 

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