terça-feira, 8 de outubro de 2024

Efeito afrodisíaco? Consumo de alimentos picantes pode causar disfunção erétil

Uma pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) revelou que 52% dos homens entrevistados admitiram já ter passado por dificuldades na hora H. As causas da disfunção erétil podem variar bastante, mas você sabia que até o consumo de alimentos picantes pode contribuir para essa condição?

Recentemente, especialistas chineses encontraram evidências dessa influência. Segundo o estudo publicado na Translational Andrology and Urology, o consumo de pratos picantes três ou mais vezes por semana está associado a um risco maior da doença em homens.

<><> O efeito afrodisíaco dos alimentos picantes

Por outro lado, um estudo conduzido por cientistas franceses constatou que homens com o hábito de consumir alimentos apimentados apresentam níveis mais altos de testosterona. No experimento, realizado com um grupo de 114 homens, foram utilizadas batatas temperadas com pimenta.

No entanto, a relação entre esse tipo de alimento e o desempenho sexual ainda não foi totalmente comprovada pela ciência. Novos dados devem ser divulgados nos próximos anos para que se chegue a uma conclusão mais definitiva.

Os efeitos do consumo de pimenta no corpo incluem o aumento dos batimentos cardíacos e da sudorese, sensações que lembram as experimentadas durante o ato sexual. Na cultura popular, o termo "apimentar" é muito usado em contextos relacionados ao sexo.

<><> Pimentas e testosterona

A relação entre o consumo de pimenta e os níveis de testosterona no corpo varia de acordo com os métodos de pesquisa. Em anos anteriores, os dados sugeriam que alimentos picantes ajudam a aumentar a libido.

No entanto, o estudo chinês recente indica que essa relação pode não ser tão simples. Os autores destacam a importância de adequar a dieta a hábitos mais saudáveis para prevenir riscos.

Além disso, a pesquisa aponta que o risco está presente apenas quando o consumo ocorre três ou mais vezes por semana. Portanto, para quem gosta de lanches apimentados, não é necessário eliminar esse tipo de alimento do cardápio, apenas consumir com moderação.

<><> A relação entre a comida e a disfunção erétil

Há diversos alimentos que podem tanto prevenir quanto causar disfunção erétil, e muitos fazem parte da nossa alimentação diária. Em geral, os pratos que favorecem o desempenho sexual estão associados a um estilo de vida mais saudável, com alguns tipos que possuem propriedades afrodisíacas.

Certos tipos de chocolate são recomendados para melhorar a experiência sexual, pois contém feniletilamina (PEA), substância ligada aos sentimentos de amor e felicidade. Quanto maior o teor de cacau, maiores os benefícios.

Por outro lado, o consumo excessivo de bebidas alcoólicas é uma causa comum da redução dos níveis de testosterona.

<><> Outros alimentos que influenciam a libido

Em geral, comidas ricas em nutrientes como ômega-3, zinco, antioxidantes e vitaminas podem melhorar o desempenho na hora H. Entre os alimentos que podem ser aliados durante o sexo, estão as frutas vermelhas, que favorecem a saúde cardiovascular, e as frutas cítricas, ricas em vitamina C.

O chocolate amargo, por sua capacidade de liberar feniletilamina, também é uma boa opção. Além disso, nozes, castanhas e peixes gordurosos estão entre os alimentos que melhoram a qualidade das ereções.

<><> Alimentos que diminuem a libido

Os alimentos ricos em gordura saturada, que aumentam o colesterol ruim, estão entre os que podem favorecer a disfunção erétil. O acúmulo de gordura nas artérias prejudica o fluxo sanguíneo para o pênis durante o processo de ereção natural.

Pratos ricos em açúcares e sódio, além de alimentos processados e ultraprocessados, podem causar impotência nos homens. O álcool e a cafeína, quando consumidos em excesso, também podem afetar a saúde cardiovascular e reduzir a libido.

 

•                                         Quais são os riscos e benefícios do consumo da capsaicina, presente na pimenta? Médico explica!

Recentemente a Dinamarca proibiu a venda e consumo de um macarrão instantâneo, tipo miojo, de uma empresa sul-coreana. O produto também é vendido no Brasil na internet e em lojas coreanas. Segundo autoridades de saúde dinamarquesas, o 'miojo' picante oferece risco de "intoxicação aguda" aos consumidores devido à alta concentração de capsaicina - um componente da pimenta.

O aumenta no consumo entre crianças e os adultos com a saúde fragilizada, pode ser ainda mais perigoso, segundo a vigilância de saúde do país. Eles podem apresentar sintomas como queimação e desconforto, náuseas, vômitos e pressão alta.

<><> Quais são os riscos do consumo da capsaicina?

Degusta ouviu o médico Durval Ribas Filho, nutrólogo e Presidente da ABRAN (Associação Brasileira de Nutrologia) para entender os riscos dessa substância à saúde. A capsaicina é o principal componente picante das pimentas. Está presente na placenta e nas sementes e, em menor grau, no pericarpo do fruto.

Isso inclui, principalmente, a pimenta vermelha, jalapeños e habaneros. Segundo o profissional, os dados epidemiológicos ainda são conflitantes, pois alguns estudos mostram que a capsaicina pode atuar como carcinógeno (pode causar câncer) ou como agente preventivo do câncer.

"Portanto, o risco está na dose e na sensibilidade da pessoa. Um estudo de longo prazo, relacionado a aplicação tópica crônica de capsaicina em camundongos, aumentou a carcinogênese e, por isso, é importante ter cautela ao usar aplicações tópicas contendo capsaicina e, principalmente, na presença da luz solar.", explica.

A capsaicina causa a sensação de queimação ao entrar em contato com as mucosas e, também, aumenta a secreção de suco gástrico. "Pessoas que, eventualmente, tenham gastrite, duodenite, esofagite, úlcera péptica, devem evitar efetivamente a sua ingestão", completa.

Além de estar presente nas pimentas vermelhas, a capsaicina também é encontrada no pimentão, no Gengibre, no açafrão-da-terra e na páprica.

O consumo, no geral, de macarrões instantâneos, tipo miojo, apresentam quais riscos mais a saúde devido ao tempero ter mais sal em sua composição. Segundo o nutrólogo, ao adicionar capsaicina, e principalmente em grande concentração, o efeito benéfico eventual da substância, em doses baixas relacionadas a redução da inflamação, aumento da termogênese e sensação de prazer, tem um efeito adverso que pode realmente ser prejudicial à saúde humana.

"Pode favorecer a irritação gástrica, dor em queimação no estômago e, eventualmente, conforme a sensibilidade de cada pessoa, predispor a tumorigênese. O uso contínuo, mais que duas vezes por semana, certamente poderá contribuir para efeitos adversos", opina o médico.

 

•                                         5 benefícios da pimenta e como incluí-la na alimentação

A pimenta é um ingrediente muito usado na culinária de diversas culturas e países ao redor do mundo. Além de proporcionar um sabor distinto e uma picância característica, também oferece benefícios à saúde. Assim, ela não só enriquece os pratos com um toque único, mas também contribui significativamente para o bem-estar geral.

>>>>> A seguir, confira 5 benefícios da pimenta e como incluí-la na alimentação!

<><> 1. Ação antioxidante

As  pimentas são ricas em antioxidantes naturais, como vitaminas A e C e flavonoides, que ajudam a combater os radicais livres no corpo. "As células do nosso corpo estão constantemente sujeitas a danos tóxicos pela formação de radicais livres, que são provenientes de reações que ocorrem na membrana das células, e são responsáveis pela ocorrência de diversas enfermidades e processos degenerativos do organismo humano", explica o cardiologista Bruno Ganem. Dessa maneira, o consumo da pimenta pode ajudar a reduzir o risco de doenças crônicas, como as cardíacas e as neurodegenerativas.

<><> 2. Propriedades anti-inflamatórias

A capsaicina, o composto ativo das pimentas que confere o sabor picante, tem propriedades anti-inflamatórias. Isso pode auxiliar no tratamento de condições inflamatórias, como artrite e outros problemas relacionados à inflamação crônica. Todavia, ela não deve substituir o tratamento e o acompanhamento médico.

<><> 3. Melhora do metabolismo

Consumir pimenta pode ajudar a acelerar o metabolismo, auxiliando o corpo a queimar calorias de maneira mais eficiente. Isso acontece porque, conforme a nutróloga Dra. Marcella Garcez, os alimentos termogênicos, como a pimenta, aumentam discretamente a termogênese, acelerando o metabolismo e melhorando o processo digestivo. "Mas não pode haver a ilusão de que esses alimentos irão 'derreter' a gordura, pois isso não acontece", alerta.

<><> 4. Fortalecimento do sistema imunológico

A pimenta é rica em vitaminas e minerais que ajudam a fortalecer o sistema imunológico. A  vitamina C, em particular, é importante para a produção e função dos glóbulos brancos, essenciais na defesa do corpo contra infecções.

Conforme a farmacêutica Paula Molari Abdo, o sistema imunológico é composto por uma série de células que mantêm a defesa do corpo, protegendo o organismo contra doenças e infecções causadas por agentes externos como bactérias, vírus e parasitas. Quando a imunidade está baixa, o corpo encontra dificuldade para se proteger, deixando o organismo mais exposto às chamadas doenças oportunistas.

<><> 5. Propriedades antienvelhecimento

Os antioxidantes presentes na pimenta ajudam a combater os radicais livres, retardando os sinais de envelhecimento. A vitamina C, em particular, é importante para a produção de colágeno, que mantém a pele firme e saudável.

"Os antioxidantes na dieta podem desempenhar um papel importante na prevenção do envelhecimento da pele e anexos cutâneos, pois são compostos que ajudam a proteger as células do corpo contra os danos causados pelos radicais livres, moléculas instáveis que podem causar estresse oxidativo, que está associado ao envelhecimento prematuro da pele e a uma variedade de problemas dermatológicos", explica a Dra. Marcella Garcez.

<><> Colocando a pimenta na dieta

Consumir pimenta de maneira saudável envolve incorporá-la à dieta em quantidades moderadas e de forma equilibrada. Para isso, comece adicionando pequenas quantidades da opção fresca ou em pó em sopas, saladas, carnes e legumes, ajustando gradualmente conforme sua tolerância ao sabor picante.

Usar pimentas frescas, como pimenta vermelha ou jalapeño, permite aproveitar ao máximo seus nutrientes e compostos bioativos. Além disso, é importante evitar o consumo excessivo, pois altas doses podem causar desconforto gastrointestinal e outros efeitos adversos.

 

Fonte: Redação Terra Você/Degusta/Portal EdiCase

 

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