Como
Israel e Irã se defendem um do outro
O
ministro iraniano do Exterior, Abbas Araghchi, declarou que a ofensiva com mísseis da
terça-feira (01/10), de seu país contra Israel, está "concluída, a menos
que o regime israelense decida motivar mais retaliação". "Nesse
cenário, nossa reação será mais forte e mais potente", escreveu na
plataforma X o antigo líder da equipe de negociação nuclear para o Irã.
Segundo
o país, o ataque com cerca de 180 mísseis visou apenas a infraestrutura militar
de Israel, em resposta aos recentes assassinatos de
líderes da milícia Hezbollah e à incursão
atualmente em curso do Líbano. No mesmo dia, o primeiro-ministro
israelense, Benjamin Netanyahu, prometeu
revidar: "O Irã cometeu um grande erro esta noite, e pagará por
isso."
Os
Estados Unidos comprometeram-se a respaldar Israel, a fim de assegurar que os
iranianos encarem "consequências severas". O Pentágono confirmou ter
disparado cerca de uma dezena de interceptadores contra os mísseis iranianos.
Em
contrapartida, segundo Simon Wolfgang Fuchs, especialista em Oriente Médio da
Universidade Hebraica de Jerusalém, as Guardas Revolucionárias Iranianas
ameaçaram explicitamente os EUA.
"Elas
disseram: 'Se vocês atacarem as nossas refinarias, vamos incendiar as suas e
também refinarias e campos de petróleo da região, inclusive da Arábia Saudita,
Azerbaijão, Kuwait, Emirados Árabes Unidos e Bahrein."
<><>
"Retaliação significativa" de Israel
No
entanto, muitos em Israel consideram esta uma oportunidade única de virar todo
o Oriente Médio de ponta-cabeça, enfraquecendo decisivamente o Irã:
"Israel está tudo, menos interessado em desescalar a situação, no
momento", afirma Fuchs, acrescentando que, no entanto, no caso de um
ataque às instalações iranianas de petróleo, ou mesmo nucleares, a situação se
tornaria realmente imprevisível.
Segundo
o website americano Axios, dentro de alguns dias será lançada uma
"retaliação significativa". Autoridades israelenses teriam revelado
que estão na mira refinarias e outros locais estratégicos.
Desde
que a organização terrorista palestina Hamas atacou Israel em seu território,
em 7 de outubro de 2023,
resultando em centenas de mortos e reféns, o país vem combatendo na Faixa de Gaza a
milícia apoiada pelo Irã.
Após
um ano de combates limitados em sua fronteira norte, Israel também intensificou
as ofensivas contra o grupo Hezbollah no Líbano, cuja ala armada é classificada
como terrorista pela União Europeia.
Além
disso, continuam no Iêmen as investidas contra os houthis, igualmente ligado ao
Irã. Na quarta-feira, o grupo rebelde afirmou ter lançado bombardeios "bem
no interior do território israelense". Há ainda relatos de que até
40 mil guerrilheiros alinhados com o Irã estariam de prontidão na vizinha
Síria, nas proximidades da fronteira com o Líbano.
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Política de segurança iraniana "de dois pilares"
"Guerrilheiros
da Síria, Iêmen e Afeganistão já declararam antes sua solidariedade para com o
Hezbollah e disposição de combater, caso solicitados", lembra a
especialista em segurança do Oriente Médio Burcu Ozcelik, do think tank Royal
United Services Institute. , sediado em Londres
"Vem
se condensando há algum tempo o risco de uma coalizão de milicianos árabes,
saídos de todo o assim chamado 'Eixo de Resistência' [nações
e grupos que consideram os EUA e Israel seus inimigos], confluir nas fronteiras
porosas da Síria para apoiar o Hezbollah."
Na
opinião da especialista, aumentar o impacto potencial dos proxies iranianos
é parte integrante da política de segurança iraniana "de dois
pilares": "Uma capacidade militar nuclear latente; e a mobilização de
uma rede de milicianos alinhados, ou o 'Anel de Fogo', que inclui o Hezbollah
no Líbano, o Hamas e o Jihad Islâmico em Gaza, grupos armados na Síria e no
Iraque, e o Ansar Allah, ou movimento houthi, no Iêmen."
"O
primeiro pilar tem servido para conter o Irã de empreender ações abertamente
beligerantes contra Israel, por medo de uma retaliação israelense em seu
território prejudicar seu programa nuclear, atrasando-o em anos, e a custo
alto", prossegue Ozcelik. Já o segundo pilar, por definição, "exige
resiliência organizatória constante e competência militar ofensiva de seus
aliados".
Diante
da atual escalada, contudo, não está claro se esses dois pilares bastarão para
evitar uma ampla guerra regional: "Se as incursões limitadas de Israel no
sul do Líbano resultarem num envolvimento e combate com o Hezbollah em terra,
isso pode ativar os guerrilheiros ligados ao Irã para tentarem se infiltrar no
Líbano."
¨
Quais são as chances
de guerra total no Oriente Médio?
A guerra na Faixa de Gaza está
longe do fim.
Israel
está invadindo o sul do Líbano por
terra e o Irã já lançou quase
200 mísseis em direção a Israel, que também bombardeou os rebeldes houthis no Iêmen.
A
contínua escalada da violência levou políticos e analistas de todo o mundo a
expressar seu temor de uma guerra total no Oriente Médio.
Por
isso, perguntamos aos correspondentes da BBC na região quais as possibilidades
de que isso venha a acontecer e se uma guerra maior na região poderia
desencadear um conflito global.
<><> Nawal Al-Maghafi, repórter de investigações
internacionais
Para
descrever a situação atual no Oriente Médio, é comum recorrer à expressão
"à beira do precipício".
Mais
de 40 mil vidas já foram perdidas em Gaza e mais de 1 mil mortes ocorreram no
Líbano em apenas uma semana.
O
custo humanitário é colossal. Milhões de pessoas foram deslocadas e áreas inteiras
estão em ruínas. A perspectiva de cair naquele precipício é assustadora.
Estamos
presenciando uma das mais perigosas crises verificadas na região nas últimas
décadas.
Na
semana passada, houve comemorações em Israel após a morte do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah. A eliminação de Nasrallah e de Ismail Haniyeh, líder do Hamas, pode ter trazido satisfação momentânea
para as pessoas que desejam destruir o chamado Eixo da Resistência do Irã,
mas as comemorações, sem dúvida, são prematuras.
É
inegável que Israel causou baixas significativas para o Hezbollah em seus
ataques dirigidos que eliminaram líderes importantes.
A
campanha contra o Hamas já dura um ano e gerou impactos devastadores para
milhões de pessoas na Faixa de Gaza. Ela reduziu significativamente as
capacidades do grupo, mas é improvável que venha a marcar o fim do Hamas como
importante força política e militar.
Nem
todos concordam neste ponto. Mas as pessoas que discordam não percebem como
esses grupos constroem e sustentam seu alcance e sua influência. São movimentos
profundamente institucionalizados e indissociavelmente incorporados ao tecido
social e político no qual eles operam.
A
morte de Nasrallah e a reação do Irã deixaram a região perigosamente próxima de
uma guerra total.
A
retórica dos líderes israelenses após o ataque dos mísseis iranianos sugere que
a intensificação do conflito é inevitável, envolvendo diretamente os dois
inimigos, além das forças apoiadas pelo Irã no Líbano, Síria, Iêmen e Iraque,
bem como os aliados de Israel no Ocidente, incluindo os EUA e o Reino Unido.
Agora, a questão iminente é como Israel irá retaliar o ataque.
"Esta
é a maior oportunidade de mudar a face do Oriente Médio dos últimos 50
anos", declarou no X, antigo Twitter, o ex-primeiro-ministro de Israel,
Naftali Bennett. Ele sugere que Israel ataque as instalações nucleares
iranianas para "inviabilizar totalmente aquele regime terrorista".
Se
as suas palavras forem indicações das intenções oficiais, podemos estar à beira
de algo realmente sem precedentes e devastador para a região.
Desde
o início da guerra em Gaza, os esforços diplomáticos para reduzir o conflito
falharam repetidamente. As principais potências se mostraram incapazes de
refrear ou até mesmo de influenciar significativamente os combates.
Este
fracasso contínuo chama a atenção para uma ordem global profundamente
fraturada, incapaz de se reunir para fazer valer a legislação internacional ou
as próprias regras vigentes de combate. Esta fratura parece destinada a se
aprofundar ainda mais, com consequências desastrosas para a região e seu povo.
<><> Nisrine Hatoum, correspondente da BBC News
Árabe em Beirute, no Líbano
Os
libaneses não estão preparados para enfrentar uma guerra total.
É
claro que estão aumentando os temores de uma guerra total nos países vizinhos,
como a Síria, Irã, Iraque, Iêmen e, talvez, na Jordânia. Estes temores se
multiplicaram depois dos ataques de mísseis do Irã contra Israel na terça-feira
(1/10) e com a possibilidade de novos ataques iranianos.
Se
o Irã atacar novamente, os Estados Unidos e outros países ocidentais que apoiam
Israel poderão intervir, aumentando ainda mais as possibilidades de uma guerra
total.
Israel
está atacando o grupo militante Hezbollah no Líbano, não o exército libanês. E
a posição oficial libanesa é de tentar evitar uma guerra maior.
Aqui,
as autoridades estão trabalhando 24 horas por dia, com esforços diplomáticos
liderados pela França, para chegar a um acordo de cessar-fogo. Todo o trabalho
tem como objetivo implementar a Resolução 1701 das Nações Unidas, que respalda
e dá poder ao exército libanês, deslocando-o para o sul do Líbano.
Internamente,
persistem os esforços para eleger um presidente e ativar as instituições
constitucionais.
Aqui
no Líbano, nunca houve disposição para a guerra. As pessoas estão cansadas de
conflitos, principalmente agora que enfrentam uma longa crise econômica, que
persiste desde outubro de 2019.
A
maioria das pessoas deseja viver em paz e evitar a guerra. Alguns libaneses
acreditam que foram arrastados para uma guerra que não é sua.
Muitos
acreditam que chegou a hora de interromper o conflito árabe-israelense, para
poderem viver em paz de forma permanente.
Só
será possível evitar uma guerra total por meio de esforços diplomáticos, para
que o Líbano não entre em colapso.
As
guerras anteriores comprovaram que as operações militares não forneceram
soluções duradouras e que recorrer ao diálogo e aos meios diplomáticos pode pôr
fim ao conflito de forma mais eficaz.
Se
olharmos para trás, em 2006, a guerra contra Israel durou apenas 34 dias, em
circunstâncias diferentes. Não havia uma guerra em Gaza, nem envolvimento da
Síria, Iraque, Irã e Iêmen.
Não
podemos esquecer que, ao contrário do que aconteceu durante a guerra de 2006,
existem agora diversas forças regionais envolvidas. E o Líbano, oficialmente, é
um Estado fraco, com um exército incapaz de assumir o
controle.
<><> Muhannad Tutunji, correspondente da BBC News
Árabe em Jerusalém
O
Oriente Médio vem presenciando eventos sem precedentes, que podem
potencialmente resultar em um conflito regional significativo ou até mesmo
global.
A
atual escalada entre Israel e o Hezbollah, ou até mesmo o Irã, indica a
possibilidade de que ocorra uma guerra total em algum momento.
Os
recentes eventos significativos – como o assassinato do líder político do
Hamas, Ismail Haniyeh, e o assassinato por parte de Israel do secretário-geral
do Hezbollah, Hassan Nasrallah, e de importantes líderes políticos e militares
das duas organizações – não levaram a uma guerra regional no Oriente Médio.
Como
jornalistas que acompanham os acontecimentos em Israel e suas guerras do
passado contra o Hezbollah, suspeitamos que o assassinato de Hassan Nasrallah
poderia gerar imediatamente uma guerra total que talvez envolvesse o Irã. Mas
isso não aconteceu.
As
forças regionais sempre lutam para evitar que esses eventos deem início a uma
guerra regional e os Estados Unidos desempenham um papel significativo neste
particular.
Estes
esforços podem ter tido sucesso no curto prazo, mas permanece a questão se os
ataques recíprocos em andamento entre Israel e o Irã poderão gerar uma guerra
total irreversível.
O
gatilho para uma guerra regional, que poderia gerar um conflito global, está
entre Israel e o Irã. Ele quase foi disparado em abril, quando Israel atacou o
consulado iraniano na Síria, levando o Irã a lançar do seu território centenas
de ataques aéreos contra Israel.
Mas
os Estados Unidos conseguiram conter a situação.
Na
época, relatamos uma conversa entre o presidente americano Joe Biden e o
primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. O contato se deu em um
momento de "emoções exacerbadas" pouco depois do ataque, que incluiu
cerca de 100 mísseis balísticos disparados simultaneamente em direção a Israel.
Durante
a ligação, os dois líderes discutiram "como desacelerar e examinar as
coisas". Os Estados Unidos também declararam que não apoiariam Israel em
nenhum ataque retaliatório.
Mas
a atual série de eventos, incluindo os assassinatos de Haniyeh e Nasrallah e os
ataques dirigidos por Israel ao Hezbollah, trouxeram de volta ao Irã o dilema
de reagir diretamente, com mais força do que antes.
A reação de Israel, como
alertaram suas autoridades, permanece um fator fundamental para determinar a
possibilidade desta escalada dos confrontos.
A
principal questão é se Israel realmente pretende atacar o Irã e arrastar o país
para uma guerra total, possivelmente para se aproveitar da situação e atingir
as instalações nucleares iranianas. Este é um objetivo de Israel há muito
tempo.
Alguns
podem recear que os ataques iranianos contra Israel, embora possam ser contidos
por causarem danos materiais e não humanos, venham a alterar a dinâmica das
possíveis intenções de Israel.
Benjamin
Netanyahu tenta criar mudanças significativas no Oriente Médio. Ele acredita
que este é um objetivo impossível sem atacar o Irã, que Israel descreve como a
"cabeça da cobra".
Existe
uma sensação de euforia em Israel, desde suas conquistas contra o Hezbollah.
Alguns podem acreditar que Israel poderia tomar medidas maiores contra o Irã,
que não possam ser contidas.
Esta
decisão geraria uma guerra regional. E, se o Irã for significativamente
atingido, a guerra poderá envolver outros países, potencialmente gerando um
conflito global.
A
intenção de Israel de pôr fim ao programa nuclear iraniano pode ser o motivo
desta guerra maior. E os ataques diretos do Irã contra Israel poderão servir de
pretexto para o conflito.
Mas
a grande questão é: os Estados Unidos irão permitir que Israel siga adiante?
<><> Eman Eriqat, correspondente da BBC News Árabe
nos territórios palestinos
Uma
mescla de alegria e medo pode ser a descrição do sentimento geral dos
palestinos na terça-feira (1/10) à noite, quando o Irã lançou cerca de 200
mísseis em direção a Israel.
Muitas
pessoas aguardavam este momento desde o início da guerra na Faixa de Gaza. Eles
acreditavam na importância da interferência externa para apoiar Gaza e os
territórios palestinos.
Os
locais da queda dos mísseis iranianos nos territórios palestinos se
transformaram em cenário de fotos para a posteridade. Os palestinos acreditam
que esta pode se tornar uma guerra total.
O
assassinato do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, após a morte do líder do
Hamas, Ismail Haniyeh, em julho, criaram o cenário para uma guerra maior.
Aqui,
o estado de espírito fez com que muitos palestinos revivessem as lembranças da
primeira e da segunda Intifada. Mesmo os que vivenciaram a "Nakba" em
1948 dizem que a história está se repetindo.
A
Nakba ocorreu em 14 de maio de 1948, quando Israel declarou sua independência.
No dia seguinte, começava uma guerra que fez com que até 750 mil palestinos que
moravam naquelas terras fugissem ou fossem expulsos de suas casas.
Nos
territórios palestinos hoje em dia, muitas pessoas acreditam que a situação
atual indica que a ofensiva de Israel atingiu um novo nível, que poderá ser
muito mais sangrento.
Por
muitos anos, a Autoridade Palestina destacou a importância de:
- Promover soluções políticas que suspendam as operações
militares.
- Não entrar em conflitos e buscar soluções políticas que
protejam e favoreçam a implementação da solução de dois Estados.
Eles
acreditam que este caminho ofereceria aos palestinos um Estado dentro das
fronteiras de 1967, ao lado de Israel.
Desde
7 de outubro de 2023, data de início da mais recente guerra na Faixa de Gaza, o
presidente palestino Mahmoud Abbas convocou a comunidade internacional a
intervir e anunciar um cessar-fogo imediato.
Seus
apelos receberam apoio internacional, mas, em terra, as operações militares
continuam, reforçando em muitos palestinos a crença de que a possibilidade de
uma guerra total na região é muito maior do que as chances de retomada do
processo de paz.
<><> Kasra Naji, correspondente da BBC News Persa
A
decisão de atacar Israel diretamente do Irã com cerca de 200 mísseis balísticos não foi uma decisão
fácil para o Líder Supremo do Irã, Ali Khamenei.
Ele
normalmente não toma decisões rápidas sem consideração adequada. Khamenei
prefere o que ele próprio chama de "paciência estratégica".
Mas
ele e seu governo sofreram intensa pressão dos seus próprios políticos de linha
dura e dos membros das suas milícias aliadas na região, para reagir
militarmente à eliminação da liderança do Hezbollah por parte de Israel.
Os
políticos de linha dura também pressionaram para que o país reagisse à morte de
um importante general da Guarda Revolucionária, em um ataque em massa ao seu
esconderijo no sul de Beirute.
O
Irã sofreu perdas importantes de prestígio em julho, por não reagir ao
assassinato do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, na capital iraniana, Teerã.
Acredita-se que a explosão que o matou tenha sido resultado do trabalho das
operações de inteligência de Israel no Irã.
Mas
o líder supremo do Irã sabe que seu país não é capaz de enfrentar uma guerra
maior.
Militarmente, o Irã não é páreo para Israel,
que detém superioridade quase completa sobre o Irã em poderio aéreo. O espaço
aéreo do Irã, em grande parte, é aberto para os aviões israelenses.
Economicamente,
o Irã está de joelhos, após muitos anos de sanções dos Estados Unidos e de
outros países. E, politicamente, o governo é muito impopular entre o povo
iraniano.
Poucos
cidadãos iranianos apoiariam uma guerra contra Israel, com tantos outros
problemas domésticos importantes. Eles reconhecem que a guerra poderia gerar
mais sanções e aumento das dificuldades econômicas. Muitos não veem Israel como
inimigo.
Mas
o líder supremo precisou correr o risco, na esperança de que um ataque
controlado contra alvos militares e de inteligência possa causar apenas uma
reação similar, que, segundo seus cálculos, o Irã poderá absorver.
Fonte:
Brasil 247/BBC News Mundo
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