quinta-feira, 10 de outubro de 2024

AVC: principais causas e como prevenir de maneira eficaz

O acidente vascular cerebral, AVC, é uma emergência médica que pode se manifestar de duas maneiras. A primeira se chama AVC isquêmico e ocorre quando há uma interrupção no fluxo de sangue para o cérebro. Já a segunda, conhecida como AVC hemorrágico, acontece quando um vaso sanguíneo se rompe e provoca um sangramento no cérebro.

Segundo o neurocirurgião Victor Hugo Espíndola, especialista em doenças cerebrovasculares, oAVC hemorrágico é um quadro que tende a ser mais grave. Isso porque causa um dano adicional do sangue no tecido cerebral e pode resultar em uma hipertensão intracraniana cujo risco de óbito é alto. "Ambas as situações resultam em uma redução do fornecimento de oxigênio e nutrientes às células cerebrais, podendo causar danos permanentes", explica o médico.

•        Sintomas do AVC

Apesar de causar grandes danos à saúde e possíveis sequelas, a doença nem sempre se manifesta por meio de sinais claros e fáceis de identificar. Por isso, é fundamental estar atento aos sintomas corporais.

<<<< Saiba quais são os principais abaixo.

# Formigamento de um lado do corpo

# Perda de força

# Alterações na visão

# Incapacidade de levantar os braços ou pernas

# Sorriso assimétrico

# Náuseas e vômitos

# Dificuldades para falar

O especialista esclarece que para detectar os sintomas de maneira mais prática, se indica a realização da técnica do SAMU (Sorrir, Abraçar, Mensagem e Urgência). "Se uma pessoa apresenta dificuldade para sorrir, levantar os braços ou tem a fala embolada, é fundamental procurar atendimento médico imediatamente, ligando para o 192 e relatando a suspeita de AVC", orienta.

•        Diagnóstico

O diagnóstico do AVC é feito por meio de exames de imagem que identificam qual área do cérebro foi afetada e o tipo do derrame cerebral. É o caso da tomografia computadorizada de crânio, método mais comum para a avaliação inicial do AVC isquêmico agudo, por exemplo.

<<< Além disso, de acordo com o Ministério da Saúde, adotar alguns cuidados clínicos de emergência quando o paciente chega ao hospital é essencial.

# Verificar os sinais vitais, como pressão arterial e temperatura

# Checar a glicemia

# Colocar a pessoa deitada, exceto se houver vômitos

# Colocar acesso venoso no braço que não estiver paralisado

# Administrar oxigênio, se necessário

# Determinar o horário de início dos sintomas por meio de questionário ao paciente ou acompanhante

•        Fatores de risco para o AVC

<<<<< Alguns fatores e condições de saúde podem aumentar a propensão de se ter um AVC, seja ele isquêmico ou hemorrágico.

# Obesidade

# Hipertensão

# Diabetes tipo 2

# Colesterol alto

# Sedentarismo

# Tabagismo

# Uso excessivo de álcool

# Uso de drogas

# Histórico familiar

# Idade avançada

# Ser do sexo masculino

•        Prevenção

A inclusão de práticas simples é fundamental para prevenir a doença. Fazer exercícios físicos com regularidade, evitar o consumo de álcool e tabaco, controlar o estresse e cuidar da pressão arterial são atitudes que podem fazer a diferença.  "Adotar hábitos saudáveis é crucial para reduzir o risco de um AVC e promover uma vida mais equilibrada", conclui o neurocirurgião.

 

•        Entenda a relação entre a saúde bucal e as doenças cardíacas

A saúde bucal é fundamental para a manutenção da saúde geral. Isso porque a falta de cuidados com a boca implica em uma maior vulnerabilidade do organismo a outras doenças.  Além dos problemas locais como cáries, formação de placas e inflamações, a má higiene também pode ser um agravante para os indivíduos que apresentam algum tipo de cardiopatia.

De acordo com um levantamento do Instituto do Coração (Incor), cerca de 45% das doenças cardíacas e 36% das mortes por problemas do coração têm relação com questões dentárias. Portanto, uma rotina de cuidados inadequados com a saúde bucal pode comprometer a qualidade de vida e a saúde do coração. 

Dessa forma, as saúdes cardíaca e bucal se conectam a partir da disseminação de bactérias e outros germes. É por meio da boca que esses agentes atingem a corrente sanguínea e acessam outras partes do corpo. Quando as bactérias alcançam o coração, adere a áreas lesionadas e causam inflamações.

Esses casos podem resultar em doenças do coração como a endocardite infecciosa, uma infecção no revestimento interno do órgão. Além disso, problemas cardiovasculares como a aterosclerose e o AVE podem se ligar a inflamações decorrentes das bactérias bucais.

Essas bactérias também podem se fixar em áreas do coração que já apresentam lesões, se multiplicando. Assim, há o risco do comprometimento de importantes funções cardíacas, como o bombardeamento de sangue. Caso a infecção não receba tratamento, ela pode progredir e atingir outros órgãos como rins e pulmões.

•        Qual o público de risco?

O quadro infeccioso é raro em pessoas saudáveis. Entretanto, pacientes com problemas crônicos como gengivite ou doença periodontal têm maiores chances de desenvolver doenças cardíacas em decorrência da saúde bucal precária. Para quem não se consulta regularmente com um dentista, o diagnóstico e tratamento podem ser tardios, agravando a situação.

É importante ressaltar que mesmo que não haja nenhuma inflamação aparente na gengiva, a falta de higiene bucal e a acumulação de placa podem auxiliar no desenvolvimento de doenças periodontais. Isso porque a bactéria também pode passar para a corrente sanguínea e aumentar o nível de proteína C reativa, que indica as inflamações dos vasos sanguíneos.

•        Prevenção e cuidados com a saúde bucal

Segundo a cirurgiã-dentista Ianara Pinho, a saúde não deve se dividir em partes isoladas. "Há muito tempo, a gente já sabe que a saúde não pode ser compartimentalizada. Não dá para falar em saúde da boca, saúde do coração, dividindo em caixinhas. A saúde é integral, e há uma relação direta entre problemas bucais e problemas cardiovasculares", explica.

Para evitar esses riscos, a especialista esclarece que o melhor caminho é a prevenção. Para isso, se aconselha a adoção de uma rotina saudável. Confira os principais abaixo.

¬¬¬ Mantenha bons hábitos: escovar os dentes corretamente e pelo menos duas vezes ao dia, usar o fio dental diariamente são medidas que auxiliam na manutenção da saúde bucal.

¬¬¬ Realize visitas regulares ao dentista: ainda que não apresente sintomas aparentes, a consulta de checagem é essencial para o diagnóstico precoce e tratamento correto

 "Esses cuidados são essenciais para prevenir problemas não só na boca, mas também para proteger a saúde do coração", conclui a especialista.

 

Fonte: Saúde em Dia

 

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