terça-feira, 29 de outubro de 2024

Olheiras: conheça os principais tipos e melhores tratamentos

A partir do avanço tecnológico na área médica, diversas opções de tratamento para manchas, olheiras e inchaço abaixo dos olhos se destacaram nos últimos anos. Entre elas, a tatuagem, como forma de camuflar a mudança estética que pode ser de diversos tipos, incluindo problemas na estrutura da face, acúmulo de vasos e excesso de pigmentação.

Segundo o dermatologista Abdo Salomão Jr., membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, pessoas que possuem pais com olheiras têm mais chances de desenvolver o problema ao longo da vida.

“Além disso, como a área dos olhos é a região mais fina e sensível do rosto, os maus hábitos também contribuem para o aparecimento dessas alterações, como alimentação desbalanceada e falta de hidratação cutânea”, pontua.

<<<<< Mas afinal, quais são os tipos de olheiras e os tratamentos adequados para cada categoria?

<><> Olheira pigmentar

Caracterizada pela coloração acastanhada, a olheira pigmentar é causada devido ao acúmulo de melanina na região dos olhos, ou seja, o pigmento responsável pela coloração da pele.

Indo além de cremes clareadores específicos para a área, um dos tratamentos mais renomados, especialmente por sua rapidez, segundo o profissional, é o laser de picossegundos.

“São lasers ultrarrápidos que trabalham com pulsos em picossegundos, gerando um efeito mecânico capaz de causar uma microfragmentação da melanina, que é então eliminada pelo organismo. Como o equipamento trabalha por meio de reações fotoacústicas, sem que haja conversão para um efeito fototérmico, é possível utilizar energias altíssimas para potencializar resultados, mas com desconforto reduzido”, explica.

<><> Olheira profunda

Já a olheira profunda é marcada pelo escurecimento da região, vista a partir do surgimento de uma profundidade abaixo do olho que traz ao rosto um aspecto de cansaço. O fenômeno ocorre como consequência de uma desestruturação da face com a redução do compartimento de gordura orbicular por motivos como genética, emagrecimento excessivo ou envelhecimento, segundo pontua a médica Cláudia Merlo.

“Quando a causa é genética ou redução do compartimento de gordura, o preenchimento com ácido hialurônico é uma solução, pois pode devolver volume à região, além de conferir hidratação”, garante.

Para casos resultantes da desestruturação facial, é necessário realizar primeiramente todos os tratamentos de reposicionamento antes de tratar as olheiras. “Não é incomum que, após o tratamento das estruturas faciais, o preenchimento das olheiras não seja mais necessário. Caso essa avaliação seja negligenciada e o preenchimento da olheira, seja feito primeiro, os resultados podem ser insatisfatórios, inclusive com surgimento de edema local e preenchimentos aparentes”, alerta.

<><> Olheira vascular

Com aspecto arroxeado ou azulado, a olheira vascular, popularmente conhecida como olheira do sono, é geralmente acompanhada por inchaço na região dos olhos. Sua causa surge a partir do combo de cansaço e estresse. Então, para tratá-las, a melhor alternativa é a drenagem manual ou uso de cosméticos que ativam a circulação sanguínea, destaca Claudia.

“Uma alternativa para revitalizar o olhar é a realização de procedimentos como HydraFacial Perk, que usa tecnologia roller-flex para remover impureza e células mortas da pele da área dos olhos através de sucção a vácuo, ao mesmo tempo em que nutre e hidrata a região”, acrescenta a dermatologista Mônica Aribi, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica.

<><> Olheira sanguínea

Embora tenham a aparência similar à vascular, a olheira sanguínea, segundo Cláudia, é causada pela presença e acúmulo de vasinhos na região dos olhos. Para eliminá-los, o uso de laser é uma excelente opção.

“O laser Nd Yag 1064 é o que existe de mais específico para solucionar vasinhos no rosto, apresentando maior efetividade no tratamento. São realizados disparos de laser que agem no sangue dentro do vaso, queimando-o por dentro, o que leva ao seu fechamento. O tratamento apresenta bons resultados e tem grande nível de segurança, já que a dor é amenizada com uso de aparelhos resfriadores de pele”, comenta a cirurgiã vascular Aline Lamaita, membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular.

<><> Bolsas

As conhecidas “bolsinhas” são formadas por conta da frouxidão do tecido muscular e da pele, levando a uma projeção de bolsas de gordura. “Ou seja, formam-se as bolsas de gordura devido à flacidez da musculatura e da pele, além da gordurinha que se desloca para a região”, explica Abdo.

Segundo o profissional, o ultrassom microfocado é importante nesse tipo de alteração, ao agir em três camadas da pele que sofrem com o envelhecimento.

“Através da aplicação do calor, o ultrassom microfocado alcança e diminui a gordura localizada nessa região. Além disso, agindo em outra profundidade, o ultrassom consegue alcançar a musculatura que afrouxa, deixando o músculo com melhor tônus, o que contém mais essa gordura abaixo dele”, adiciona o dermatologista.

<><> Olheira mista

Quando todas as categorias se juntam em uma só, nasce a olheira mista, considerada a mais comum. Neste caso, é importante associar diferentes tratamentos, a partir da necessidade do paciente.

“Mas é fundamental consultar um médico especializado para ser realizada uma avaliação das olheiras mistas e traçado um plano de tratamento para evitar sobreposições de tratamentos e efeitos indesejados”, finaliza Cláudia Merlo.

 

•        BB Glow: conheça vantagens e cuidados com o procedimento queridinho da vez

Você já ouviu falar do BB Glow? Ele é o procedimento estético queridinho do momento e promete uma pele brilhante, sem manchas, lembrando até um filtro do Instagram. No entanto, ele tem sido visto com cautela por muitos dermatologistas.

De origem coreana, o procedimento consiste aplicação de soros, séruns e pigmentos no rosto por meio de sessões de microagulhamento – uma espécie de caneta ou rolinho com agulhas na extremidade que causam microlesões no rosto por onde os componentes são absorvidos.

O objetivo é homogeneizar a pele, camuflando olheiras, manchas de sol, melasma e amenizando as linhas de expressão. O resultado é um rosto com brilho e aspecto de base ou BB cream temporário.

“O microagulhamento são agulhas muito pequenas que vão entrando na pele e removendo pequenos pedacinhos, que serão substituídos por outros pequenos pedacinhos de pele mais saudável, dando esse aspecto de uma pele mais bonita e com poros fechados”, explica a dermatologista Márcia Linhares, titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Após a aplicação, é preciso ter alguns cuidados para garantir o bom resultado. Um deles é não esfregar a pele nas primeiras semanas e não ficar exposto ao sol nos 15 primeiros dias.

“Normalmente, a gente recomenda utilizar cremes de ação reparadores para a pele e filtro solar”, acrescenta a dermatologista Fátima Tubini.

Apesar de não possuir comprovação científica sobre seus benefícios, o procedimento tem o aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e pode ser aplicado por esteticistas e biomédicos.

No entanto, os especialistas alertam que a técnica pode causar complicações estéticas, como alergias, inflamação da área ocasionando manchas e cicatrizes pelas perfurações.

As microagulhas usadas no procedimento devem ser descartáveis, em embalagem lacrada, já que há riscos de contaminação.

“O problema maior que vejo é que no Brasil o procedimento está sendo realizado por profissionais de áreas muito distintas, sem qualificação profissional, que utilizam agulhas mais profundas e, o que é mais grave, com pigmentos inapropriados. Além disso, o resultado aparente de uma pele com viço, brilho e uniforme pode mascarar uma situação dermatológica que exija tratamento médico”, comenta Joana Darc Diniz, dermatologista e diretora Cientifica da Sociedade Brasileira de Medicina Estética.

Os profissionais alertam ainda, que a técnica é contraindicada para pessoas que têm diabete, hipertensão, queloides, herpes ou lesão na pele, gestantes ou lactantes e àqueles que fazem regulamente tratamento com anticoagulantes.

“É muito importante sempre consultar um dermatologista, antes de qualquer promessa de embelezamento da pele difundido em redes sociais. Somente o profissional pode avaliar os benefícios ou danos causados por qualquer tipo de procedimento estético”, acrescenta comenta Joana Darc.

<<<<<< Mitos e verdades sobre o BB Glow:

<><> BB Glow ilumina a pele?

Verdade: ele ajuda a iluminar a pele, dando um aspecto mais saudável.

<><> BB Glow oferece proteção solar?

Mito: o procedimento não contém filtro solar, portanto, não tem nenhuma relação com a proteção da pele dos raios solares. Após a técnica, é importante manter o uso de protetor solar diariamente.

<><> BB Glow é um tipo de tatuagem?

Mito: apesar de ser, popularmente, chamado de tatuagem facial, o procedimento não usa tinta de tatuagem. Na aplicação são usados pigmentos minerais que são depositados na superfície da pele.

<><> BB Glow é definitivo?

Mito: A durabilidade da técnica varia de acordo com o tipo de pele e o número de sessões realizadas. Mas, em média, ele tem duração de 6 a 12 meses.

<><> Peles negras não podem fazer BB Glow?

Mito: Pessoas com peles negras podem fazer o procedimento de microagulhamento, mas assim como todos, devem passar por uma avaliação com um profissional de confiança.

<><> Os resultados do BB Glow podem variar?

Verdade: Assim como a maioria dos procedimentos estéticos, os resultados variam de acordo com o tipo de pele, o número de sessões e os produtos usados.

 

Fonte: CNN Brasil

 

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