Olheiras: conheça os principais tipos e
melhores tratamentos
A partir do avanço
tecnológico na área médica, diversas opções de tratamento para manchas,
olheiras e inchaço abaixo dos olhos se destacaram nos últimos anos. Entre elas,
a tatuagem, como forma de camuflar a mudança estética que pode ser de diversos
tipos, incluindo problemas na estrutura da face, acúmulo de vasos e excesso de
pigmentação.
Segundo o
dermatologista Abdo Salomão Jr., membro da Sociedade Brasileira de
Dermatologia, pessoas que possuem pais com olheiras têm mais chances de
desenvolver o problema ao longo da vida.
“Além disso, como a
área dos olhos é a região mais fina e sensível do rosto, os maus hábitos também
contribuem para o aparecimento dessas alterações, como alimentação
desbalanceada e falta de hidratação cutânea”, pontua.
<<<<<
Mas afinal, quais são os tipos de olheiras e os tratamentos adequados para cada
categoria?
<><>
Olheira pigmentar
Caracterizada pela
coloração acastanhada, a olheira pigmentar é causada devido ao acúmulo de
melanina na região dos olhos, ou seja, o pigmento responsável pela coloração da
pele.
Indo além de cremes
clareadores específicos para a área, um dos tratamentos mais renomados,
especialmente por sua rapidez, segundo o profissional, é o laser de
picossegundos.
“São lasers
ultrarrápidos que trabalham com pulsos em picossegundos, gerando um efeito
mecânico capaz de causar uma microfragmentação da melanina, que é então
eliminada pelo organismo. Como o equipamento trabalha por meio de reações
fotoacústicas, sem que haja conversão para um efeito fototérmico, é possível
utilizar energias altíssimas para potencializar resultados, mas com desconforto
reduzido”, explica.
<><>
Olheira profunda
Já a olheira profunda
é marcada pelo escurecimento da região, vista a partir do surgimento de uma
profundidade abaixo do olho que traz ao rosto um aspecto de cansaço. O fenômeno
ocorre como consequência de uma desestruturação da face com a redução do compartimento
de gordura orbicular por motivos como genética, emagrecimento excessivo ou
envelhecimento, segundo pontua a médica Cláudia Merlo.
“Quando a causa é
genética ou redução do compartimento de gordura, o preenchimento com ácido
hialurônico é uma solução, pois pode devolver volume à região, além de conferir
hidratação”, garante.
Para casos resultantes
da desestruturação facial, é necessário realizar primeiramente todos os
tratamentos de reposicionamento antes de tratar as olheiras. “Não é incomum
que, após o tratamento das estruturas faciais, o preenchimento das olheiras não
seja mais necessário. Caso essa avaliação seja negligenciada e o preenchimento
da olheira, seja feito primeiro, os resultados podem ser insatisfatórios,
inclusive com surgimento de edema local e preenchimentos aparentes”, alerta.
<><>
Olheira vascular
Com aspecto arroxeado
ou azulado, a olheira vascular, popularmente conhecida como olheira do sono, é
geralmente acompanhada por inchaço na região dos olhos. Sua causa surge a
partir do combo de cansaço e estresse. Então, para tratá-las, a melhor alternativa
é a drenagem manual ou uso de cosméticos que ativam a circulação sanguínea,
destaca Claudia.
“Uma alternativa para
revitalizar o olhar é a realização de procedimentos como HydraFacial Perk, que
usa tecnologia roller-flex para remover impureza e células mortas da pele da
área dos olhos através de sucção a vácuo, ao mesmo tempo em que nutre e hidrata
a região”, acrescenta a dermatologista Mônica Aribi, membro da Sociedade
Brasileira de Dermatologia e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica.
<><>
Olheira sanguínea
Embora tenham a
aparência similar à vascular, a olheira sanguínea, segundo Cláudia, é causada
pela presença e acúmulo de vasinhos na região dos olhos. Para eliminá-los, o
uso de laser é uma excelente opção.
“O laser Nd Yag 1064 é
o que existe de mais específico para solucionar vasinhos no rosto, apresentando
maior efetividade no tratamento. São realizados disparos de laser que agem no
sangue dentro do vaso, queimando-o por dentro, o que leva ao seu fechamento. O
tratamento apresenta bons resultados e tem grande nível de segurança, já que a
dor é amenizada com uso de aparelhos resfriadores de pele”, comenta a cirurgiã
vascular Aline Lamaita, membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia
Vascular.
<><>
Bolsas
As conhecidas
“bolsinhas” são formadas por conta da frouxidão do tecido muscular e da pele,
levando a uma projeção de bolsas de gordura. “Ou seja, formam-se as bolsas de
gordura devido à flacidez da musculatura e da pele, além da gordurinha que se
desloca para a região”, explica Abdo.
Segundo o
profissional, o ultrassom microfocado é importante nesse tipo de alteração, ao
agir em três camadas da pele que sofrem com o envelhecimento.
“Através da aplicação
do calor, o ultrassom microfocado alcança e diminui a gordura localizada nessa
região. Além disso, agindo em outra profundidade, o ultrassom consegue alcançar
a musculatura que afrouxa, deixando o músculo com melhor tônus, o que contém
mais essa gordura abaixo dele”, adiciona o dermatologista.
<><>
Olheira mista
Quando todas as
categorias se juntam em uma só, nasce a olheira mista, considerada a mais
comum. Neste caso, é importante associar diferentes tratamentos, a partir da
necessidade do paciente.
“Mas é fundamental
consultar um médico especializado para ser realizada uma avaliação das olheiras
mistas e traçado um plano de tratamento para evitar sobreposições de
tratamentos e efeitos indesejados”, finaliza Cláudia Merlo.
• BB Glow: conheça vantagens e cuidados
com o procedimento queridinho da vez
Você já ouviu falar do
BB Glow? Ele é o procedimento estético queridinho do momento e promete uma pele
brilhante, sem manchas, lembrando até um filtro do Instagram. No entanto, ele
tem sido visto com cautela por muitos dermatologistas.
De origem coreana, o
procedimento consiste aplicação de soros, séruns e pigmentos no rosto por meio
de sessões de microagulhamento – uma espécie de caneta ou rolinho com agulhas
na extremidade que causam microlesões no rosto por onde os componentes são absorvidos.
O objetivo é
homogeneizar a pele, camuflando olheiras, manchas de sol, melasma e amenizando
as linhas de expressão. O resultado é um rosto com brilho e aspecto de base ou
BB cream temporário.
“O microagulhamento
são agulhas muito pequenas que vão entrando na pele e removendo pequenos
pedacinhos, que serão substituídos por outros pequenos pedacinhos de pele mais
saudável, dando esse aspecto de uma pele mais bonita e com poros fechados”,
explica a dermatologista Márcia Linhares, titular da Sociedade Brasileira de
Dermatologia.
Após a aplicação, é
preciso ter alguns cuidados para garantir o bom resultado. Um deles é não
esfregar a pele nas primeiras semanas e não ficar exposto ao sol nos 15
primeiros dias.
“Normalmente, a gente
recomenda utilizar cremes de ação reparadores para a pele e filtro solar”,
acrescenta a dermatologista Fátima Tubini.
Apesar de não possuir
comprovação científica sobre seus benefícios, o procedimento tem o aval da
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e pode ser aplicado por
esteticistas e biomédicos.
No entanto, os
especialistas alertam que a técnica pode causar complicações estéticas, como
alergias, inflamação da área ocasionando manchas e cicatrizes pelas
perfurações.
As microagulhas usadas
no procedimento devem ser descartáveis, em embalagem lacrada, já que há riscos
de contaminação.
“O problema maior que
vejo é que no Brasil o procedimento está sendo realizado por profissionais de
áreas muito distintas, sem qualificação profissional, que utilizam agulhas mais
profundas e, o que é mais grave, com pigmentos inapropriados. Além disso, o
resultado aparente de uma pele com viço, brilho e uniforme pode mascarar uma
situação dermatológica que exija tratamento médico”, comenta Joana Darc Diniz,
dermatologista e diretora Cientifica da Sociedade Brasileira de Medicina
Estética.
Os profissionais
alertam ainda, que a técnica é contraindicada para pessoas que têm diabete,
hipertensão, queloides, herpes ou lesão na pele, gestantes ou lactantes e
àqueles que fazem regulamente tratamento com anticoagulantes.
“É muito importante
sempre consultar um dermatologista, antes de qualquer promessa de embelezamento
da pele difundido em redes sociais. Somente o profissional pode avaliar os
benefícios ou danos causados por qualquer tipo de procedimento estético”, acrescenta
comenta Joana Darc.
<<<<<<
Mitos e verdades sobre o BB Glow:
<><> BB
Glow ilumina a pele?
Verdade: ele ajuda a
iluminar a pele, dando um aspecto mais saudável.
<><> BB
Glow oferece proteção solar?
Mito: o procedimento
não contém filtro solar, portanto, não tem nenhuma relação com a proteção da
pele dos raios solares. Após a técnica, é importante manter o uso de protetor
solar diariamente.
<><> BB
Glow é um tipo de tatuagem?
Mito: apesar de ser,
popularmente, chamado de tatuagem facial, o procedimento não usa tinta de
tatuagem. Na aplicação são usados pigmentos minerais que são depositados na
superfície da pele.
<><> BB
Glow é definitivo?
Mito: A durabilidade
da técnica varia de acordo com o tipo de pele e o número de sessões realizadas.
Mas, em média, ele tem duração de 6 a 12 meses.
<><> Peles
negras não podem fazer BB Glow?
Mito: Pessoas com
peles negras podem fazer o procedimento de microagulhamento, mas assim como
todos, devem passar por uma avaliação com um profissional de confiança.
<><> Os
resultados do BB Glow podem variar?
Verdade: Assim como a
maioria dos procedimentos estéticos, os resultados variam de acordo com o tipo
de pele, o número de sessões e os produtos usados.
Fonte: CNN Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário