FMI e BRICS – retorno a Bretton Woods
Recentemente aconteceu
em Washington, EUA, a reunião semestral do FMI e do Banco Mundial. Ao mesmo
tempo, o grupo BRICS+ se reuniu em Kazan, na Rússia. A coincidência desses dois
encontros resume o andamento da economia mundial tal como se apresenta em 2024.
Após a Segunda Guerra
Mundial, o FMI e o Banco Mundial tornaram-se as principais agências de
cooperação e financiamento na economia mundial. Enquanto instituições, eles
surgiram do acordo de Bretton Woods de 1944, que estabeleceu a futura ordem
econômica mundial, aquela que viria após o final da Segunda Guerra Mundial.
Na época, o então
presidente dos Estados Unidos, Franklin Roosevelt, ofereceu ao mundo estas
palavras proféticas: “O ponto da história em que estamos é cheio de promessas e
perigos. O mundo se moverá em direção à unidade e à prosperidade amplamente
compartilhada ou se separará em blocos econômicos necessariamente
concorrentes”.
Roosevelt estava se
referindo à divisão entre os EUA e seus aliados e a União Soviética. Essa
primeira “guerra fria” terminou com o colapso da união dos países socialistas
em 1990. Mas agora, 25 anos depois desse fim trágico, as palavras de Franklin
Roosevelt precisam se referir a um novo contexto: entre, por um lado, os EUA e
seus aliados e, por outro, um bloco emergente de nações do “Sul Global”.
A ordem econômica
mundial acordada em Bretton Woods estabeleceu os EUA como a potência econômica
hegemônica no mundo. Em 1945, esse país do Norte era a maior nação
manufatureira do mundo, tinha o setor financeiro mais importante, as forças
militares mais potentes – ademais, dominava o comércio e o investimento
mundiais por meio do uso internacional do dólar.
John Maynard Keynes
esteve fortemente envolvido no acordo de Bretton Woods. Ele comentou que
sua “ideia previdente de uma nova instituição para equilibrar de forma mais
equitativa os interesses dos países credores e devedores foi rejeitada”. O
biógrafo de Keynes, Robert Skidelsky, resumiu o resultado. “É obvio, os
americanos conseguiram o que queriam por causa de seu poder econômico”.
“A Grã-Bretanha” –
continuou ele – “desistiu de seu direito de controlar as moedas de seu antigo
império, cujas economias agora estavam sob o controle do dólar, não da libra
esterlina. Em troca, “os britânicos receberam crédito para sobreviver – mas com
cobrança de juros. Keynes disse ao parlamento britânico que o acordo não era
“uma afirmação do poder americano, mas um compromisso razoável entre duas
grandes nações com os mesmos objetivos; para restaurar uma economia mundial
liberal”.
Nesse arranjo, as
outras nações foram ignoradas, é claro.
Os EUA e seus aliados
na Europa dominaram o FMI e o Banco Mundial desde então, tanto em pessoal
administrativo quanto em políticas econômicas e sociais. Apesar de algumas
reformas muito pequenas em seu sistema de votação e de tomada de decisões nos
últimos 80 anos, o FMI continua a ser administrado pelo G7, quase sem dar voz
aos outros países do mundo. Há um total de 24 assentos no conselho do FMI, com
o Reino Unido, EUA, França, Alemanha, Arábia Saudita, Japão e China, cada um
com assentos individuais – os EUA têm o poder de vetar quaisquer grandes
decisões.
Quanto à política
econômica, o FMI denota-se mais talvez pela imposição de “programas de ajuste
estrutural”. Os empréstimos do FMI são “concedidos” a países em dificuldades
econômicas com a condição de que eles concordem em equilibrar seus déficits,
apertar os gastos públicos, abrir seus mercados e privatizar setores-chave da
economia. A política mais amplamente recomendada pelo FMI ainda é cortar ou
congelar as contas salariais do setor público. Ademais, ele ainda se recusa a
exigir impostos progressivos sobre a renda e a riqueza dos indivíduos e
empresas mais ricos.
Como se sabe, contando
a partir de 2024, 54 países enfrentarão crises de endividamento externo. Muitos
já estão gastando agora mais no serviço de suas dívidas do que no financiamento
de educação ou saúde. Entre os piores casos encontram-se Siri Lanka, Mongólia,
Panamá, Líbano, Montenegro, Zâmbia etc.
Os critérios do Banco
Mundial para empréstimos e ajuda às nações mais pobres também permanecem dentro
da visão econômica dominante de que o investimento público é feito apenas para
encorajar o setor privado a assumir a tarefa de investimento e desenvolvimento.
Os economistas do Banco Mundial ignoram o papel do investimento e do
planejamento estatal. Em vez disso, o Banco quer criar “mercados globalmente
contestáveis, reduzir as regulamentações do mercado de fatores e produtos,
dispensar empresas improdutivas, fortalecer a concorrência, aprofundar os
mercados de capitais”.
Kristalina Georgieva
acaba de ser endossada para um segundo mandato como chefe do FMI. Pode parecer
surpreendente, mas agora ela fala de políticas econômicas “inclusivas”. Diz que
quer aumentar a “colaboração global e reduzir a desigualdade econômica”. O FMI
afirma que agora se preocupa com as consequências negativas da austeridade
fiscal; cita muitas vezes como os gastos sociais devem ser protegidos de cortes
por meio de condições que estipulam pisos de gastos.
No entanto, uma
análise da Oxfam de dezessete programas recentes do FMI descobriu que, para
cada US$ 1 que o FMI incentivava esses países a gastarem em proteção social,
impunha-lhes cortes de US$ 4 por meio de medidas de austeridade. A análise
concluiu que os pisos de gastos sociais eram “profundamente inadequados,
inconsistentes, opacos e, em última análise, fracassados”.
Até recentemente, o
FMI considerava que o crescimento mais rápido dependia de maior produtividade,
livre circulação de capital, globalização do comércio internacional e
“liberalização” dos mercados, incluindo os mercados de trabalho (o que
significa o enfraquecimento dos direitos trabalhistas e dos sindicatos). A
desigualdade nunca pareceu importante para o FMI. Ele sustentou sempre a
fórmula neoliberal para fomentar o crescimento econômico. Mas a experiência da
Grande Recessão em 2008-9 e a recessão pandêmica de 2020 parecem ter chamado a
atenção e dado uma lição à hierarquia econômica do FMI. Agora, segundo ele, a
economia mundial está sofrendo de “crescimento anêmico”.
Em face dessas
evidências, o FMI está preocupado. Kristalina Georgieva disse recentemente que
algo deve ser feito. A razão pela qual as principais economias estão
experimentando desaceleração e baixo crescimento real do PIB vem a ser, segundo
ela, a crescente desigualdade de riqueza e renda: “Temos a obrigação de
corrigir o que se mostra mais fortemente errado nos últimos 100 anos – a
persistência da alta desigualdade econômica. A pesquisa do FMI mostra que uma
menor desigualdade de renda pode estar associada a um crescimento maior e mais
durável. Eis que as mudanças climáticas, o aumento da desigualdade e o aumento
da “fragmentação” geopolítica também ameaçam a ordem econômica mundial e a
estabilidade do tecido social do capitalismo”.
Durante a Longa
Depressão iniciada em 2008 e que se seguiu pela década de 2010, a globalização
estancou; passou a ocorrer uma fragmentação em termos geopolíticos – cerca de
3.000 medidas restritivas ao comércio foram impostas em 2023, quase três vezes
o número em 2019. Também por isso, Kristalina Georgieva está preocupada: “A
fragmentação geoeconômica está se aprofundando à medida que os países
introduzem mudanças no comércio e nos fluxos de capital. Os riscos climáticos
estão aumentando e já afetam o desempenho econômico, desde a produtividade
agrícola até a confiabilidade do transporte e a disponibilidade e custo do
seguro. Esses riscos podem atrasar regiões com maior potencial demográfico,
como a África Subsaariana.”
Enquanto isso, taxas
de juros mais altas e custos de serviço da dívida estão sobrecarregando os
orçamentos governamentais – ao fazê-lo, deixam menos espaço para os países
fornecerem serviços essenciais e investirem em pessoas e infraestrutura.
Diante desse quadro,
Kristalina Georgieva parece querer uma nova abordagem do FMI a ser implementada
durante o novo mandato de cinco anos. O modelo neoliberal anterior de
crescimento e prosperidade deve ser substituído por um “crescimento inclusivo”
que visa reduzir as desigualdades e não apenas aumentar o PIB real. As
questões-chave agora devem ser “inclusão, sustentabilidade e governança global,
com uma ênfase bem-vinda na erradicação da pobreza e da fome”.
Mas o FMI ou o Banco
Mundial podem realmente mudar alguma coisa, mesmo se este é o desejo expresso
de Kristalina Georgieva? Veja-se que os EUA e seus aliados imperialistas
controlam de fato essas instituições? As condicionalidades de empréstimos do
FMI quase não se alteraram. Talvez haja algum alívio da dívida (ou seja, alguma
reestruturação dos empréstimos existentes), mas nenhum cancelamento de dívidas
onerosas. Quanto às taxas de juro destes empréstimos, o FMI impõe taxas de
penalização adicionais ocultas aos países muito pobres, incapazes de cumprir as
suas obrigações de reembolso! Após um clamor crescente contra essas
penalidades, essas taxas foram recentemente reduzidas (não abolidas), reduzindo
assim os custos para os devedores em (apenas) US$ 1,2 bilhão por ano.
Christine Lagarde,
agora chefe do Banco Central Europeu (BCE), foi a chefe anterior do FMI. Ela
fez um importante discurso numa espécie de palestra na primavera passada do
hemisfério norte para o Conselho de Relações Exteriores dos EUA, em Nova York.
Christine Lagarde falou nostalgicamente do período pós-1990 após o colapso da
União Soviética, supostamente anunciando um novo período próspero de domínio
global dos EUA e sua “aliança de vontades”.
“No período após a
Guerra Fria, o mundo se beneficiou de um ambiente geopolítico notavelmente
favorável. Sob a liderança hegemônica dos Estados Unidos, instituições
internacionais baseadas em regras floresceram e o comércio global se expandiu.
Isso levou a um aprofundamento das cadeias globais de valor e, à medida que a
China se juntou à economia mundial, a um aumento maciço na oferta global de mão
de obra.”
Esses foram os tempos
em que ocorreram as duas ondas de globalização do pós-Segunda Guerra Mundial,
por meio das quais ocorreu um aumento do comércio e dos fluxos de capital; o
domínio de instituições de Bretton Woods como o FMI e o Banco Mundial ditavam
então os termos dos empréstimos concedidos; e, acima de tudo, havia a
expectativa de que a China seria colocada sob o bloco imperialista depois de
ingressar na Organização Mundial do Comércio (OMC) em 2001.
No entanto, a coisa
não funcionou como esperado. A onda de globalização chegou a um fim abrupto
após a Grande Recessão e a China não aderiu à abertura de sua economia para as
multinacionais do Ocidente. Isso forçou os EUA a mudar sua política em relação à
China de “engajamento” para de “contenção” – e com intensidade crescente nos
últimos anos.
E então veio a
determinação renovada dos EUA e seus satélites europeus de expandir seu
controle para o leste e, assim, garantir que a Rússia fracasse em sua tentativa
de exercer controle sobre seus países fronteiriços. O imperialismo
norte-americano quer enfraquecer permanentemente a Rússia como força de
oposição ao bloco que ele domina mais fortemente. Ora, foi esse cerco que levou
à invasão russa da Ucrânia.
Com isso, chega-se à
ascensão dos países que formam o bloco dos BRICS, um acrônimo para Brasil,
Rússia, Índia, China e África do Sul, os membros originais. Agora, em
Kazan, haverá a primeira reunião do BRICS+ com os seus novos membros: Irã,
Egito, Etiópia, Emirados Árabes Unidos (e talvez Arábia Saudita).
Há muito otimismo na
esquerda mundial quanto à possibilidade de que o surgimento do grupo BRICS mude
o equilíbrio das forças econômicas e políticas globalmente. É verdade que as
cinco nações do BRICS agora têm um PIB combinado maior do que o do G7 em termos
de paridade de poder de compra (uma medida do que o PIB pode comprar
internamente em bens e serviços). E se se adicionar os novos membros, isso
torna a lacuna ainda maior.
Mas há ressalvas.
Primeiro, dentro dos BRICS, é a China que fornece a maior parte do PIB do BRICS
(respondendo por 17,6% do PIB global), seguida pela Índia em um distante
segundo lugar (7%); enquanto a Rússia (3,1%), o Brasil (2,4%) e a África do Sul
(0,6%) juntos representaram apenas 6,1% do PIB mundial. Portanto, o poder
econômico não está igualmente repartido dentro dos BRICS. E quando medimos o
PIB per capita, os BRICS não estão em lugar proeminente algum. Mesmo usando
dólares internacionais ajustados pela paridade de poder de compra, o PIB per
capita dos Estados Unidos chega a US$ 80.035, mais de três vezes o da China,
que atinge apenas a US$ 23.382.
O grupo BRICS+
continuará sendo uma força econômica muito menor e mais fraca do que o bloco
imperialista do G7. Além disso, os BRICS são muito diversos em população, PIB
per capita, geograficamente e na composição comercial. E as elites dominantes
nesses países estão frequentemente em desacordo (China x Índia; Brasil x
Rússia, Irã x Arábia Saudita). Ao contrário do G7, que tem objetivos econômicos
cada vez mais homogêneos sob o firme controle hegemônico dos EUA, o grupo BRICS
é díspar em riqueza e renda e sem quaisquer objetivos econômicos unificados –
exceto talvez tentar se afastar do domínio econômico dos EUA e, em particular,
do dólar americano.
E mesmo esse objetivo
será difícil de alcançar. Como já apontei em postagem anteriores em The
next recession blog, embora tenha havido um declínio relativo no domínio
econômico dos EUA globalmente e no dólar, este último continua sendo a moeda
mais importante de longe para o comércio, investimento e reservas nacionais.
Aproximadamente metade de todo o comércio global é faturado em dólares e essa
parcela quase não mudou.
O dólar esteve
envolvido em quase 90% das transações cambiais globais, tornando-se a moeda
mais negociada no mercado cambial. Aproximadamente metade de todos os
empréstimos transfronteiriços, títulos de dívida internacional e faturas
comerciais são denominados em dólares americanos, enquanto cerca de 40% das
mensagens SWIFT e 60% das reservas cambiais globais são em dólares.
O yuan chinês continua
a obter ganhos graduais e a participação do renminbi no volume de negócios
cambial global aumentou de menos de 1% há 20 anos para mais de 7% agora. Mas a
moeda chinesa ainda representa apenas 3% das reservas cambiais globais, acima
dos 1% em 2017. E a China não parece ter mudado a posição do dólar de suas
reservas nos últimos dez anos – e ela continua muito alta.
John Ross fez
observações semelhantes em sua excelente análise da
“desdolarização”. “Em suma, os países/empresas/instituições
envolvidos na desdolarização sofrem, ou correm o risco de sofrer, custos e
riscos significativos. Em contraste, não há ganhos imediatos equivalentes de
alta com o abandono do dólar. Portanto, a grande maioria dos países, empresas e
instituições não abandonará o dólar, a menos que seja forçada a fazê-lo. O
dólar, portanto, não pode ser substituído como unidade monetária internacional
sem uma mudança completa na situação internacional global para a qual as
condições internacionais objetivas ainda não existem.
Além disso, as
instituições multilaterais que poderiam ser uma alternativa ao FMI e ao Banco
Mundial existentes (controlados pelas economias imperialistas) ainda são
pequenas e fracas. Por exemplo, há o Novo Banco de Desenvolvimento dos
BRICS, criado em 2015 em Xangai. O NDB é liderado pela ex-presidente de
esquerda do Brasil, Dilma Rousseff.
Há muito barulho de
que o NDB poderá se constituir como um polo oposto no fornecimento de crédito
em relação às instituições imperialistas do FMI e do Banco Mundial. Mas há um
longo caminho a percorrer para que isso ocorra. Um ex-funcionário do Banco da Reserva
da África do Sul (SARB) comentou: “a ideia de que as iniciativas do Brics, das
quais a mais proeminente até agora tem sido o NDB, suplantarão as instituições
financeiras multilaterais dominadas pelo Ocidente é um sonho”.
E como Patrick Bond,
economista crítico da África do Sul, disse recentemente: “Tem-se um “fale à
esquerda, mas ande à direita” no que se refere ao papel dos BRICS nas finanças
globais. Isso foi visto não apenas em seu vigoroso apoio financeiro ao Fundo Monetário
Internacional durante a década de 2010, mas também, mais recentemente, na
decisão do Novo Banco de Desenvolvimento dos BRICS – supostamente uma
alternativa ao Banco Mundial – de declarar um congelamento em sua carteira
russa. Isso ocorreu em março último, pois, em caso contrário, ele não teria
mantido sua classificação de crédito ocidental de AA+. Ora, a Rússia é
acionista de 20% do NDB.
Os BRICS são um grupo
heterogêneo de nações com governos que não têm perspectiva internacionalista.
Eles certamente não compartilham um internacionalismo da classe trabalhadora;
ao contrário, alguns são liderados por regimes autocráticos onde os trabalhadores
têm pouca ou nenhuma voz. Ademais, há países aí liderados por governos que
ainda estão fortemente ligados aos interesses do bloco imperialista.
É preciso, pois,
voltar a Bretton Woods e à profecia de Franklin Roosevelt. Muitos keynesianos
modernos consideram o acordo de Bretton Woods como um dos grandes sucessos da
política keynesiana em fornecer o tipo de cooperação global que a economia
mundial precisa para sair de sua atual depressão. O que é necessário é que
todas as principais economias do mundo se reúnam para elaborar um novo acordo
sobre comércio e moedas com regras para garantir que todos os países trabalhem
para o bem global.
Dois keynesianos do
Partido Democrata nos EUA recentemente consideraram que “um tipo diferente de
visão de mundo nunca foi tão claro. Isso é revelado por um olhar sobre qualquer
um dos problemas de nossa época, do clima à desigualdade e à exclusão social…
Projetar uma nova estrutura econômica global requer uma conversa em escala
global.”
De fato, mas é
realmente possível em um mundo controlado por um bloco imperialista liderado
por um regime cada vez mais protecionista e militarista (com um Trump no
horizonte político) que possa ser enfrentado por um amálgama frouxo de governos
que muitas vezes exploram e reprimem seu próprio povo? Em tal situação,
as esperanças de uma nova ordem mundial coordenada nas esferas do dinheiro
mundial, comércio e finanças globais parecem descartadas. Um novo e justo
‘Bretton Woods’ não vai acontecer no século XXI – pelo contrário.
É preciso citar
novamente a chefe Cristina Lagarde: “o fator mais importante que influencia o
uso da moeda internacional é a “força dos fundamentos”. Em outras palavras, por
um lado, a tendência de enfraquecimento das economias do bloco imperialista,
que enfrenta um crescimento muito lento e quedas durante o resto de sua década;
e, por outro, a expansão contínua da China e até da Índia.
Isso significa que o
forte domínio militar e financeiro dos EUA e seus aliados se baseia em
produtividade, investimento e lucratividade relativamente baixos. Essa se
afigura como uma receita para a fragmentação e para o recrudescimento dos
conflitos globais.
Fonte: Michael Robert,
com tradução de Eleutério F. S. Prado, em A Terra é Redonda
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