terça-feira, 8 de outubro de 2024

Para que serve a fisioterapia pélvica?

Poucas pessoas realmente sabem o que é a fisioterapia pélvica e quando ela pode ajudar. E a verdade é que ela trabalha uma variedade de condições, permitindo que os pacientes possam ter uma qualidade de vida melhor. Vamos juntos entender esse tratamento tão importante?

<><> O que é fisioterapia pélvica?

Marisa Marin, fisioterapeuta dermatofuncional e pélvica, explica que essa é uma especialidade da fisioterapia com foco exclusivo na região pélvica, uma área do corpo que inclui os músculos do assoalho pélvico, que desempenham um papel importante no suporte dos órgãos pélvicos, controle urinário e fecal, e funções sexuais.

<><> Quais queixas atende a fisioterapia pélvica?

"A fisioterapia pélvica utiliza uma combinação de técnicas, incluindo exercícios terapêuticos, biofeedback, eletroestimulação, massagem perineal, técnicas de relaxamento e conscientização da região para ajudar a restaurar a função normal da região pélvica. Esses tratamentos podem ser realizados tanto em homens quanto em mulheres, embora algumas condições sejam mais comuns em um sexo do que no outro", aponta Marisa.

<<<<< Confira algumas queixas tratadas pela fisioterapia pélvica:

<><> Incontinência urinária

Mulheres que sentem perda de urina, seja em uma tosse ou na atividade física, devido à falta de controle urinário por conta da gravidez, do envelhecimento ou de outros fatores, devem procurar a fisioterapia pélvica. "Os exercícios específicos poderão orientar na consciência e comando perineal."

<><> Gestação, parto e pós-parto

Durante a gestação, o objetivo é aliviar as dores, cuidar do corpo e das alterações fisiológicas, e preparar a mulher para o parto, fortalecendo a musculatura e ensinando técnicas de relaxamento do assoalho pélvico. "A fisioterapia pélvica auxilia a parturiente, podendo ajudar no controle das dores, no processo de dilatação, na descida do bebê e, após o parto, é fundamental que a paciente retorne para as sessões, a fim de receber atenção às alterações fisiológicas causadas pela gestação e parto, como diástase abdominal, fortalecimento e relaxamento muscular."

<><> Dor pélvica crônica

Esse quadro pode ter várias causas, como endometriose, síndrome do ovário policístico, entre outras disfunções do assoalho pélvico. "Na fisioterapia pélvica, conseguimos proporcionar um maior alívio da dor por meio de técnicas de relaxamento, mobilização, fortalecimento, exercícios que melhoram a consciência da região do assoalho pélvico", descreve.

<><> Disfunções sexuais

Existem diversos problemas sexuais femininos, como dor na relação sexual (dispareunia), dificuldade para atingir o orgasmo (anorgasmia), contrações involuntárias na região do canal vaginal durante o ato sexual, causando desconforto (vaginismo), e outros. "Cada situação deve ser tratada de uma forma e orientada por um profissional de fisioterapia pélvica, melhorando a função muscular e promovendo

o bem-estar sexual."

<><> Problemas menstruais

Algumas mulheres apresentam desconforto pélvico durante o ciclo menstrual, mas com exercícios e orientações, podemos oferecer grande alívio que visa relaxar a musculatura e melhorar o fluxo sanguíneo.

<><> Prevenção de prolapso pélvico

Mulheres com risco de prolapsos pélvicos, uma condição em que os órgãos pélvicos descem para a vagina, devem procurar a fisioterapia pélvica, que aborda exercícios de fortalecimento dos músculos de sustentação e ensina como prevenir essas situações.

"A fisioterapia pélvica é indicada tanto para mulheres, quanto para homens. Ambos podem se beneficiar dos tratamentos, e em diferentes idades e queixas", destaca Marisa.

<><> Quando podemos fazê-la?

A fisioterapia pélvica não precisa ser feita apenas no caso de algum problema de saúde, mas também para prevenir qualquer futuro desconforto. "É como pensarmos na prática de atividade física, que também serve como prevenção. Conhecer a fisioterapia pélvica é ganhar consciência muscular da parte íntima, muitas vezes não vista, não orientada e até mesmo não avaliada", diz.

Marisa comenta que fazemos nossas necessidades fisiológicas e nos relacionamos sexualmente, mas não de forma orientada. "Devemos ter atenção na execução. Por que algumas pessoas sentem dificuldade para evacuar, desenvolvem hemorroidas? Será que é apenas por uma questão alimentar? E na relação sexual, algumas pessoas relatam que sentem dor, ou dificuldade para atingir o orgasmo. Ou desconforto em alguma posição sexual, será que deve ser assim ou pode melhorar? Será que tem alguma tensão muscular envolvida? Muitas vezes é isso que podemos melhorar tratando de forma preventiva."

A fisioterapeuta dermatofuncional e pélvica explica que, durante a menopausa, o canal vaginal costuma ressecar, o que pode até provocar uma atrofia vaginal. "Existem exercícios e orientações pélvicas que podem amenizar o surgimento dessas queixas. Além dos recursos de tratamento caso a paciente já tenha queixas quando procura a fisioterapia", completa.

<><>E por fim, quais os benefícios da fisioterapia pélvica?

"A fisioterapia pélvica oferece uma série de benefícios, como a melhora do controle da bexiga e do intestino, além do alívio da dor pélvica. Além disso, ela também contribui para a melhora da função sexual e pode ser essencial na preparação para o parto. Não só isso, mas o tratamento ainda ajuda a prevenir complicações pós-cirúrgicas e a promover uma significativa melhora na qualidade de vida. Portanto, qualquer queixa relacionada à região pélvica poderá encontrar solução ou, ao menos, benefícios ao se buscar o tratamento adequado na fisioterapia pélvica", finaliza.

 

•                                         Sinais de que suas fezes não estão normais: aprenda quais são eles

Você sabia que a frequência e até o formato das suas fezes podem indicar certas questões de saúde? Pois é, esses podem ser sinais até de problemas mais sérios, como o câncer colorretal, ou de doenças menos urgentes, mas que podem trazer consequências mais graves caso não tratadas.

Assim, é essencial sempre observar as suas fezes e como anda sua rotina em relação às idas ao banheiro. A seguir, veja as dicas do cirurgião do aparelho digestivo Dr. Rodrigo Barbosa, da capital paulista, sobre o que perceber:

<><> Frequência para evacuar

De acordo com o especialista, o mais ideal é evacuar todos os dias, contudo algumas pessoas podem fazer cocô a cada dois dias sem sentir qualquer desconforto. O importante é que não haja uma grande mudança nesse padrão.

"Se o período sem evacuar ultrapassar três dias, pode ser um sinal de alerta e indicar constipação que, se não tratada, pode causar complicações como fissuras anais, hemorroidas e até impactação fecal", explica o profissional.

<><> Sinais de que as fezes não estão normais

Segundo o Dr. Rodrigo, fezes saudáveis vão ter consistência macia, semelhante a uma banana. Além disso, devem ser eliminadas sem esforço. Você deve ficar de olho nas seguintes alterações que podem significar problemas:

# Fezes muito duras ou em forma de bolinhas: Sinal clássico de constipação, quando o intestino está retendo fezes por muito tempo

# Fezes líquidas ou pastosas: Podem indicar infecções ou má absorção de nutrientes

# Fezes muito escuras ou avermelhadas: Podem apontar a presença de sangue que deve ser investigado imediatamente

# Fezes esbranquiçadas ou amareladas: Podem indicar problemas no fígado ou na vesícula biliar

Além desses sinais, Dr. Rodrigo fala que os sintomas como dor abdominal, inchaço ou desconforto generalizado são indicações que pode haver alterações no hábito intestinal e ainda podem sinalizar condições mais graves, como doenças inflamatórias intestinais ou até câncer colorretal, por isso, a importância de ficar atento.

 

Fonte: Revista Malu/Alto Astral

 

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