Para que
serve a fisioterapia pélvica?
Poucas
pessoas realmente sabem o que é a fisioterapia pélvica e quando ela pode
ajudar. E a verdade é que ela trabalha uma variedade de condições, permitindo
que os pacientes possam ter uma qualidade de vida melhor. Vamos juntos entender
esse tratamento tão importante?
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O que é fisioterapia pélvica?
Marisa
Marin, fisioterapeuta dermatofuncional e pélvica, explica que essa é uma
especialidade da fisioterapia com foco exclusivo na região pélvica, uma área do
corpo que inclui os músculos do assoalho pélvico, que desempenham um papel
importante no suporte dos órgãos pélvicos, controle urinário e fecal, e funções
sexuais.
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Quais queixas atende a fisioterapia pélvica?
"A
fisioterapia pélvica utiliza uma combinação de técnicas, incluindo exercícios
terapêuticos, biofeedback, eletroestimulação, massagem perineal, técnicas de
relaxamento e conscientização da região para ajudar a restaurar a função normal
da região pélvica. Esses tratamentos podem ser realizados tanto em homens
quanto em mulheres, embora algumas condições sejam mais comuns em um sexo do
que no outro", aponta Marisa.
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Confira algumas queixas tratadas pela fisioterapia pélvica:
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Incontinência urinária
Mulheres
que sentem perda de urina, seja em uma tosse ou na atividade física, devido à
falta de controle urinário por conta da gravidez, do envelhecimento ou de
outros fatores, devem procurar a fisioterapia pélvica. "Os exercícios
específicos poderão orientar na consciência e comando perineal."
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Gestação, parto e pós-parto
Durante
a gestação, o objetivo é aliviar as dores, cuidar do corpo e das alterações
fisiológicas, e preparar a mulher para o parto, fortalecendo a musculatura e
ensinando técnicas de relaxamento do assoalho pélvico. "A fisioterapia
pélvica auxilia a parturiente, podendo ajudar no controle das dores, no
processo de dilatação, na descida do bebê e, após o parto, é fundamental que a
paciente retorne para as sessões, a fim de receber atenção às alterações
fisiológicas causadas pela gestação e parto, como diástase abdominal,
fortalecimento e relaxamento muscular."
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Dor pélvica crônica
Esse
quadro pode ter várias causas, como endometriose, síndrome do ovário
policístico, entre outras disfunções do assoalho pélvico. "Na fisioterapia
pélvica, conseguimos proporcionar um maior alívio da dor por meio de técnicas
de relaxamento, mobilização, fortalecimento, exercícios que melhoram a
consciência da região do assoalho pélvico", descreve.
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Disfunções sexuais
Existem
diversos problemas sexuais femininos, como dor na relação sexual (dispareunia),
dificuldade para atingir o orgasmo (anorgasmia), contrações involuntárias na
região do canal vaginal durante o ato sexual, causando desconforto (vaginismo),
e outros. "Cada situação deve ser tratada de uma forma e orientada por um
profissional de fisioterapia pélvica, melhorando a função muscular e promovendo
o
bem-estar sexual."
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Problemas menstruais
Algumas
mulheres apresentam desconforto pélvico durante o ciclo menstrual, mas com
exercícios e orientações, podemos oferecer grande alívio que visa relaxar a
musculatura e melhorar o fluxo sanguíneo.
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Prevenção de prolapso pélvico
Mulheres
com risco de prolapsos pélvicos, uma condição em que os órgãos pélvicos descem
para a vagina, devem procurar a fisioterapia pélvica, que aborda exercícios de
fortalecimento dos músculos de sustentação e ensina como prevenir essas
situações.
"A
fisioterapia pélvica é indicada tanto para mulheres, quanto para homens. Ambos
podem se beneficiar dos tratamentos, e em diferentes idades e queixas",
destaca Marisa.
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Quando podemos fazê-la?
A
fisioterapia pélvica não precisa ser feita apenas no caso de algum problema de
saúde, mas também para prevenir qualquer futuro desconforto. "É como
pensarmos na prática de atividade física, que também serve como prevenção.
Conhecer a fisioterapia pélvica é ganhar consciência muscular da parte íntima,
muitas vezes não vista, não orientada e até mesmo não avaliada", diz.
Marisa
comenta que fazemos nossas necessidades fisiológicas e nos relacionamos
sexualmente, mas não de forma orientada. "Devemos ter atenção na execução.
Por que algumas pessoas sentem dificuldade para evacuar, desenvolvem
hemorroidas? Será que é apenas por uma questão alimentar? E na relação sexual,
algumas pessoas relatam que sentem dor, ou dificuldade para atingir o orgasmo.
Ou desconforto em alguma posição sexual, será que deve ser assim ou pode
melhorar? Será que tem alguma tensão muscular envolvida? Muitas vezes é isso
que podemos melhorar tratando de forma preventiva."
A
fisioterapeuta dermatofuncional e pélvica explica que, durante a menopausa, o
canal vaginal costuma ressecar, o que pode até provocar uma atrofia vaginal.
"Existem exercícios e orientações pélvicas que podem amenizar o surgimento
dessas queixas. Além dos recursos de tratamento caso a paciente já tenha
queixas quando procura a fisioterapia", completa.
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por fim, quais os benefícios da fisioterapia pélvica?
"A
fisioterapia pélvica oferece uma série de benefícios, como a melhora do
controle da bexiga e do intestino, além do alívio da dor pélvica. Além disso,
ela também contribui para a melhora da função sexual e pode ser essencial na
preparação para o parto. Não só isso, mas o tratamento ainda ajuda a prevenir
complicações pós-cirúrgicas e a promover uma significativa melhora na qualidade
de vida. Portanto, qualquer queixa relacionada à região pélvica poderá
encontrar solução ou, ao menos, benefícios ao se buscar o tratamento adequado
na fisioterapia pélvica", finaliza.
• Sinais
de que suas fezes não estão normais: aprenda quais são eles
Você
sabia que a frequência e até o formato das suas fezes podem indicar certas
questões de saúde? Pois é, esses podem ser sinais até de problemas mais sérios,
como o câncer colorretal, ou de doenças menos urgentes, mas que podem trazer
consequências mais graves caso não tratadas.
Assim,
é essencial sempre observar as suas fezes e como anda sua rotina em relação às
idas ao banheiro. A seguir, veja as dicas do cirurgião do aparelho digestivo
Dr. Rodrigo Barbosa, da capital paulista, sobre o que perceber:
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Frequência para evacuar
De
acordo com o especialista, o mais ideal é evacuar todos os dias, contudo
algumas pessoas podem fazer cocô a cada dois dias sem sentir qualquer
desconforto. O importante é que não haja uma grande mudança nesse padrão.
"Se
o período sem evacuar ultrapassar três dias, pode ser um sinal de alerta e
indicar constipação que, se não tratada, pode causar complicações como fissuras
anais, hemorroidas e até impactação fecal", explica o profissional.
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Sinais de que as fezes não estão normais
Segundo
o Dr. Rodrigo, fezes saudáveis vão ter consistência macia, semelhante a uma
banana. Além disso, devem ser eliminadas sem esforço. Você deve ficar de olho
nas seguintes alterações que podem significar problemas:
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Fezes muito duras ou em forma de bolinhas: Sinal clássico de constipação,
quando o intestino está retendo fezes por muito tempo
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Fezes líquidas ou pastosas: Podem indicar infecções ou má absorção de
nutrientes
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Fezes muito escuras ou avermelhadas: Podem apontar a presença de sangue que
deve ser investigado imediatamente
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Fezes esbranquiçadas ou amareladas: Podem indicar problemas no fígado ou na
vesícula biliar
Além
desses sinais, Dr. Rodrigo fala que os sintomas como dor abdominal, inchaço ou desconforto
generalizado são indicações que pode haver alterações no hábito intestinal e
ainda podem sinalizar condições mais graves, como doenças inflamatórias
intestinais ou até câncer colorretal, por isso, a importância de ficar atento.
Fonte:
Revista Malu/Alto Astral
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