Odontofobia: veja dicas para superar o medo
de ir ao dentista
O desconforto em ir ao
dentista se liga à odontofobia, um medo que pode prejudicar a saúde bucal. O
que muitas pessoas acreditam ser apenas uma ansiedade ao ouvir o famoso barulho
dos equipamentos odontológicos, é capaz de impedir a finalização de um tratamento
dentário. Essa realidade afeta diretamente a saúde bucal de milhares de
pacientes.
Nesse sentido, pessoas
com odontofobia podem estar sujeitas a uma saúde vulnerável e a uma menor
expectativa de vida. Isso porque a saúde bucal precária tem relação com algumas
condições que apresentam risco de vida, como doenças cardíacas e infecções pulmonares.
Além disso, essa condição pode resultar no desenvolvimento da doença
periodontal e na perda precoce dos dentes.
Impactos emocionais
também são recorrentes nesses casos. Além da dificuldade de lidar com o
desconforto, a negligência com a saúde bucal implica na danificação ou
coloração alterada dos dentes, promovendo a insegurança. Essas consequências
influenciam diretamente no processo de socialização, já que muitas pessoas
evitam sorrir, diminuindo também a autoestima.
• Causas
Segundo a dentista
Anna Karolina Ximenes, da clínica IGM Odontopediatria, esse receio muitas vezes
se relaciona a experiências negativas e traumáticas anteriores. É o caso, por
exemplo, de quando o paciente já adulto passou por procedimentos sem anestesia
adequada, o que permitiu sentir dor e desconforto.
"Quando o
paciente é bem anestesiado, ele pode ter uma experiência mais tranquila. O tipo
de técnica anestésica e o equipamento usado influenciam. A anestesia
convencional requer grande habilidade do profissional para ser indolor. Já
aparelhos como o Morpheus, que proporcionam uma anestesia computadorizada, são
alternativas seguras e praticamente indolores, mas ainda pouco
acessíveis", explica a especialista.
Para as crianças que
ainda não frequentaram o dentista, o medo provém da nova experiência.
"Hoje, os odontopediatras estão muito bem preparados para oferecer
condicionamento psicológico e tratamentos humanizados que facilitam a aceitação
da criança na rotina odontológica", afirma a dentista.
• Sintomas da odontofobia:
Durante situações
novas ou desconhecidas é comum sentir medo ou ansiedade. Porém, a possibilidade
de submissão a uma consulta ou tratamento odontológico não deve despertar pavor
e impedir os cuidados com a saúde bucal.
Alguns sinais podem
indicar odontofobia, veja os principais:
# Ansiedade ou
problemas para dormir na noite anterior a consulta
# Nervosismo crescente
enquanto aguarda na sala de espera
# Vontade de chorar
quando pensa em ir ao dentista ou vê os instrumentos odontológicos do dentista
# Adoecimento ao
pensar em ir ao dentista
# Pânico ou
dificuldade para respirar quando objetos são colocados na sua boca durante uma
consulta regular
Caso alguns desses
sinais sejam recorrentes em sua rotina, é fundamental comunicar ao dentista.
Isso porque o acolhimento profissional é primordial para auxiliar na superação
dos medos. Dessa forma, é possível tratar corretamente os dentes, sem prejuízos
para a saúde bucal e desconfortos emocionais.
• Prevenção
A odontologia oferece
métodos para casos mais graves de ansiedade, como a sedação inalatória com
óxido nitroso. "Alguns profissionais também oferecem fones de ouvido e
programas de TV para distrair o paciente, reduzindo a percepção do barulho e da
dor, que são os principais fatores desse trauma", esclarece a dentista.
Para prevenir a
odontofobia, se recomenda que os procedimentos sejam explicados, reduzindo
assim o medo do desconhecido. No caso de pacientes que apresentem fobia aguda
ou síndrome do pânico, estratégias específicas e a experiência profissional
devem auxiliar na condução do tratamento. "Até que o paciente se sinta
seguro e confortável, ele não conseguirá se submeter aos procedimentos
bucais", alerta Anna Karolina.
Já na odontopediatria,
o trabalho lúdico com as crianças se mostra eficaz. O objetivo é focar na
prevenção, reduzindo a necessidade de procedimentos dolorosos e criando
confiança nas crianças. "Esse cuidado tem formado uma geração de adultos
que não tem receio de ir ao dentista", conclui a especialista.
<><> Dicas para driblar a odontofobia:
1. Escolha um dentista
de confiança:
- Busque por um
profissional que tenha experiência em lidar com pacientes ansiosos. A empatia e
a comunicação fazem toda a diferença.
2. Agende consultas em
horários tranquilos:
- Evite marcar a
consulta em um momento do dia em que você normalmente se encontra mais
estressado ou cansado.
3. Verifique a
possibilidade de sedação:
- Buscar por
consultórios que ofereçam sedação com óxido nitroso pode ser uma via para
tornar a consulta mais leve.
4. Leve um
acompanhante:
- A presença de uma
rede de apoio auxilia na confiança e no conforto do paciente durante o
procedimento.
5. Converse com seu
dentista sobre o medo:
- Compartilhar as
preocupações com o profissional possibilita que os atendimentos sejam mais
cuidadosos e humanizados, adotando melhores condutas e abordagens.
Fonte: Saúde em Dia
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