segunda-feira, 7 de outubro de 2024

Moraes aponta elo do PCC com dono de clínica usada por Pablo Marçal

Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes citou ligação do PCC com a clínica usada por Pablo Marçal para associar Guilherme Boulos ao uso de cocaína. Donos da clínica Mais Consultas, Luiz Teixeira da Silva e sua esposa, Liliane Bernardo Rios da Silva, foram alvos de operação da Polícia Federal em 2019, por fraude e desvio cerca de R$ 20 milhões da área da Saúde, como mostrou a coluna neste sábado (5/10).

Candidato do PRTB à Prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal divulgou um laudo da Mais Consultas para acusar Boulos de consumir cocaína. A decisão de Moraes que cita o PCC ocorreu no julgamento de um recurso apresentado pelo casal, em 2018, na tentativa de reverter o decreto de prisão preventiva no âmbito da operação Pégasus, que investigou o esquema de corrupção. Na ocasião Luiz Teixeira e Liliane Bernardo eram considerados foragidos da Justiça.

Pontuou Alexandre de Moraes: “O decreto prisional encontra-se devidamente fundamentado em dados concretos extraídos dos autos, que evidenciam que a liberdade dos recorrentes acarretaria risco à ordem pública, notadamente se considerado os indícios de que os recorrentes integrariam estruturada organização criminosa, voltada para a prática de delitos relacionados ao desvio de verbas da saúde pública municipal, utilizando-se de empresas de fachada e entidade religiosa, causando prejuízos de ordem milionária e colocando em risco serviço público essencial, havendo, ainda, indícios de que a recorrente LILIANE BERNARDO teria ligação com o ‘PCC’, a revelar a probabilidade de repetição de condutas tidas por delituosas, sendo imperiosa a imposição da medida extrema”.

De acordo com a decisão, a ligação entre Liliane e o PCC teria sido descoberta por meio de conversas interceptadas pela PF, com autorização judicial, em outra investigação. A esposa de Luiz Teixeira estaria tramando a morte por encomenda de outra mulher. O vínculo também foi apontado em decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) em decisão que negou habeas corpus para Liliane Bernardo, citada por Moraes.

“A petição de fl. 731 traz aos autos documento, cuja juntada defiro, do qual se infere que pessoa identificada como ‘Kaio’ revela a pessoa identificada como ‘Toninho’ que a ré Liliane Bernardo Rios da Silva teria ligação com o PCC e estaria tramando o assassinato de pessoa identificada como ‘Leda’. Trata-se da ligação n° 20 de interceptação realizada pela Polícia Federal, em outro feito. Como se vê, os réus Luiz Teixeira da Silva Júnior e Liliane Bernardo Rios da Silva, se mantido soltos, representarão perigo à vida de testemunhas, inclusive de testemunha protegida, colocando em risco a ordem pública e a instrução criminal”, observa a decisão do STJ.

<><> STJ também cita elo com PCC

A decisão do STJ citou mais uma vez o suposto elo do casal com o PCC para justificar a necessidade da prisão preventiva decretada no âmbito da operação Pégasus. “A gravidade em concreto dos delitos imputados aos pacientes e demais denunciados, consistente em organização criminosa para a prática de outros delitos. Ressaltou ainda a existência de elementos indicativos de ligação da paciente a facção criminosa de elevada periculosidade (PCC), além das condições pessoais desfavoráveis dos denunciados, a demonstrar a necessidade da prisão preventiva como forma de garantia da ordem pública”, afirma o documento.

A publicação de Pablo Marçal sobre o laudo que aponta o suposto “surto psicótico grave” e uso de cocaína por Bulos foi tirado do ar pelo Instagram. O candidato do PSol se manifestou sobre a postagem e classificou o laudo como “falso e criminoso”. Boulos disse ainda que Marçal “responderá e arcará com as consequências em todas as instâncias da Justiça, eleitoral, cível e criminal”.

Em suas redes sociais, Luiz Teixeira se mostra amigo e admirador de Pablo Marçal. O esquema de corrupção, segundo as investigações, envolveu as cidades de Barueri, Cajamar, Campo Limpo e São Roque, em São Paulo. O médico era diretor da Organização Social Federação Nacional das Entidades Sociais e Comunitárias (Fenaesc), que cuidava da administração da Saúde Pública de Cajamar.

Os investigadores descobriram que recursos desviados da saúde pública dessas cidades foram investidos na compra da operadora de planos de saúde Medical Rio, em Niterói (RJ).

¨      Dono da clínica citada por Marçal contra Boulos foi preso por desvios

Dono da clínica citada por Pablo Marçal para tentar associar Guilherme Boulos ao uso de cocaína, Luiz Teixeira da Silva, de 44 anos, já foi preso sob a acusação de fraudar e desviar cerca de R$ 20 milhões da área da Saúde. Tanto o médico quanto a sua esposa, Liliane Bernardo Rios da Silva, foram alvos da Polícia Federal e da Polícia Civil em 2019, no âmbito da operação Pégaso, que ocorreu no Rio de Janeiro e em São Paulo.

O esquema de corrupção, segundo as investigações, envolveu as cidades de Barueri, Cajamar, Campo Limpo e São Roque, em São Paulo. Luiz Teixeira e Liliane estavam hospedados em um apart hotel de luxo em São José dos Campos quando foram presos. O casal chegou a ficar dois anos foragido da Justiça. Nas redes sociais, Luiz Teixeira se mostra amigo e admirador de Pablo Marçal.

O médico era diretor da Organização Social Federação Nacional das Entidades Sociais e Comunitárias (Fenaesc), que cuidava da administração da Saúde Pública de Cajamar. Os investigadores descobriram que recursos desviados da saúde pública dessas cidades foram investidos na compra da operadora de planos de saúde Medical Rio, em Niterói (RJ).

Para esconder os responsáveis pela transação financeira, o casal colocou a empresa em nome da empregada doméstica e do motorista da família. Luiz Teixeira da Silva também é dono da clínica Mais Consultas, a qual produziu o laudo que atesta suposto consumo de cocaína por Guilherme Boulos. O candidato do PSol afirma que o documento é fraudado e que pedirá a prisão de Pablo Marçal.

A coluna teve acesso ao decreto de prisão expedido pela Justiça contra Luiz Teixeira e sua esposa: “Ao que tudo indica, os Réus Luiz Teixeira da Silva Júnior e Liliane Bernardo Rios da Silva fazem do crime um hábito de vida. Conforme já referido, o Réu Luiz Teixeira da Silva Júnior é reincidente em crime doloso. Já a Ré Liliane Bernardo Rios da Silva, embora aparente não ser reincidente, já teve passagem por solo policial”, diz trecho do documento.

“Mais grave que isto, no entanto, é o fato de que ambos vêm praticando crimes de maneira seriada, em detrimento do erário e do sistema de saúde pública municipal, causando prejuízos de ordem milionária e colocando em risco serviço público essencial”.

A polícia também apontou que Luiz Teixeira sacava constantemente valores da Medical Rio, fazendo a emissão de notas fiscais frias de prestação de serviços, em benefício da empresa de fachada Pratice Administradora de Cartões LTDA, sediada em Mairiporã. Essas operações falsas, de acordo com os investigadores, permitiam a volta do dinheiro para Teixeira.

O caso chegou ao Supremo Tribunal Federal (STF). Em 2018, o ministro Alexandre de Moraes negou pedido da defesa de Liliane Bernardo, mulher de Luiz Teixeira, para que a prisão preventiva fosse convertida em domiciliar.

<><> Caso chegou ao STF

Diz a decisão judicial de Alexandre de Moraes:

“Por fim, o decreto prisional também encontra-se suficientemente fundamentado para a garantia da ordem pública, haja vista o recorrente LUIZ TEIXEIRA ser reincidente e a recorrente LILIANE BERNARDO possuir passagens policiais anteriores, a justificar a imposição da segregação cautelar em virtude do fundado receio de reiteração delitiva”.

“A agravante [Liliane] foi apontada como integrante de organização criminosa voltada para prática de crimes contra recursos da saúde pública municipal. A prisão preventiva também se justifica para conveniência da instrução criminal, em razão do fundado receio de que possa constranger pessoas relevantes para a apuração dos fatos. Na espécie, os graves fatos imputados à agravante não revelam quadro apto a justificar a substituição da prisão preventiva pela domiciliar.”

Nesta sexta-feira (4/10), Pablo Marçal divulgou um laudo com data de 2021 produzido pela clínica Mais Consultas, de Luiz Teixeira, no qual aparece a assinatura de um médico já falecido atestando o suposto consumo de cocaína por Guilherme Boulos. O Instagram removeu a publicação de Marçal.

¨      Nikolas se pronuncia sobre laudo falso de Boulos divulgado por Marçal

O deputado federal bolsonarista Nikolas Ferreira (PL-MG) se pronunciou sobre o laudo falso divulgado por Pablo Marçal (PRTB) para tentar colar uma narrativa de que Guilherme Boulos (PSol) seria usuário de cocaína.

Nikolas foi um dos parlamentares bolsonaristas que declarou apoio a Marçal na disputa pela Prefeitura de São Paulo em detrimento do atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB), nome oficialmente apoiado pelo PL e por Jair Bolsonaro.

À coluna, Nikolas evitou condenar o ex-coach por conta do laudo, já declarado como falso pela Polícia Civil paulista. O deputado mineiro limitou-se a dizer que, “se for mentira, ele (Marçal) irá responder por isso”.

“Se for mentira, ele irá responder por isso. Se for condenado, tem muitos que precisam ser também, como Janones que acusou Bolsonaro e eu de pedófilos”, afirmou Nikolas à coluna.

Na noite da sexta-feira (4/10), Marçal publicou um laudo médico falso com a informação de que Boulos teria sido internado em 2021 por suposto uso de cocaína. A publicação foi excluída pelo Instagram horas depois.

Com o pai inelegível, Flávio aparece com camiseta “Bolsonaro 2026”

O laudo falsificado traz o nome da clínica “Mais Consulta”, que tem o biomédico Luiz Teixeira da Silva Júnior, amigo de Marçal, como um dos sócios desde agosto de 2016, quando a empresa foi aberta.

Dono da clínica se vangloria por elogio do ministro de Lula

Mais cedo, a coluna noticiou que Luiz Teixeira, que já foi preso por desvios e condenado por falsificar diploma de médico, se vangloria de ter sido elogiado por um atual ministro do governo Lula.

Em seu site, Luiz coloca em destaque uma visita do atual ministro da Microempresa do governo Lula, Márcio França (PSB), a um hospital municipal na cidade de Cajamar (SP), na qual o biomédico diz ter atuado como diretor-geral.

 

¨      DE VOLTA À CADEIA?: Quais as chances de Marçal ser preso por laudo forjado contra Boulos

Guilherme Boulos (PSOL) anunciou, na madrugada deste sábado (5), que pedirá à Justiça a prisão de Pablo Marçal (PRTB) por conta do laudo forjado que o ex-coach publicou no Instagram para o associar ao uso de cocaína. A publicação já foi removida pela rede social. 

O laudo, toscamente falsificado, afirmava que Boulos teria sido internado em 2021 após um surto psicótico causado pelo uso de drogas. 

No entanto, o documento apresenta vários erros que comprovam sua falsidade: o nome do médico que supostamente o assina é de um profissional já falecido, o RG de Boulos está incorreto, e o papel timbrado pertence a uma clínica cujo dono é apoiador de Marçal, já condenado por falsificação de diploma de medicina.

Além disso, na data indicada no laudo, Boulos estava na favela do Vietnam, em São Paulo, distribuindo cestas básicas — fato comprovado por vídeos, fotos e publicações em redes sociais.

"O documento publicado por Pablo Marçal é falso e criminoso e ele responderá e arcará com as consequências em todas as instâncias da Justiça – eleitoral, cível e criminal. Uma atitude inaceitável de quem prova não ter limites em sua capacidade de mentir (...) Marçal pagará pelos seus crimes", diz nota oficial da campanha de Guilherme Boulos. 

Marçal teria cometido ao menos 4 crimes e pode pegar até 5 anos de cadeia

Pablo Marçal, ao divulgar um laudo médico falso associando Guilherme Boulos ao uso de cocaína, pode estar cometendo vários crimes, que podem lhe render até 5 anos de prisão, e infrações eleitorais. Confira abaixo. 

Crimes:

  • Falsificação de documento particular (art. 298 do Código Penal): A criação ou divulgação de um laudo médico falso pode configurar falsificação de documento, um crime punido com reclusão de um a cinco anos e multa.
  • Calúnia (art. 138 do Código Penal): Acusar falsamente alguém de um crime, como o uso de drogas, é considerado calúnia. A pena prevista é de seis meses a dois anos de detenção, além de multa.
  • Difamação (art. 139 do Código Penal): A difamação ocorre quando se divulga informação que ofende a reputação de outra pessoa, mesmo que seja falsa. A pena é de três meses a um ano de detenção, mais multa.
  • Falsidade ideológica (art. 299 do Código Penal): A inclusão de informações falsas em documento, como o uso do CRM de um médico falecido, também pode ser enquadrada como falsidade ideológica, com pena de um a cinco anos de reclusão.

<><> Crimes na esfera eleitoral:

  • Divulgação de fatos sabidamente inverídicos (art. 323 do Código Eleitoral): A divulgação de informações falsas para influenciar o eleitorado, como a alegação de que Boulos teria usado cocaína, pode configurar crime eleitoral. A pena para esse crime é de dois meses a um ano de detenção, ou pagamento de 120 a 150 dias-multa.
  • Propaganda eleitoral falsa (Lei nº 9.504/1997, art. 57-H): A divulgação de fatos inverídicos nas redes sociais para atingir adversários políticos também pode configurar crime de propaganda eleitoral falsa, sujeitando o infrator a multas e sanções.

<><> Quais as chances de Pablo Marçal ser preso  

Em entrevista à Fórum, Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, considerado um dos maiores advogados criminalistas do país, avaliou que o fato de Pablo Marçal ter forjado um laudo contra Guilherme Boulos é um fato "gravíssimo", mas ponderou que as chances do ex-coach ser preso durante o período eleitoral são pequenas. 

Isso porque segundo o artigo 236 do Código Eleitoral (Lei nº 4.737/1965), candidatos não podem ser presos nos 15 dias que antecedem o primeiro e o segundo turnos das eleições, a menos que sejam pegos em flagrante, tenham sido condenados por crime inafiançável ou cometam desrespeito a salvo-conduto. Essa regra busca proteger o processo eleitoral de interferências indevidas e garantir a igualdade entre os candidatos. A imunidade termina logo após a conclusão de cada turno, momento em que as normas penais comuns voltam a ser aplicadas.

Segundo Kakay, Pablo Marçal sequer deveria ter sido autorizado a disputar a eleição e, diante do crime cometido contra Boulos, o advogado considera que o coach de extrema direita deveria ter sua candidatura impugnada pela Justiça Eleitoral. 

"O fato é gravíssimo. Como eu tenho dito, a Justiça Eleitoral tem que começar a tomar atitudes mais drásticas, porque cidadão como Pablo Marçal não tem condição de disputar a eleição, ele não segue nenhum tipo de critério, ele vai contra todas as regras do direito eleitoral, regras da democracia. Ele deveria ter sido excluído da possibilidade de participar da eleição", pontua Kakay.

Sobre prisão, entretanto, o advogado criminalista se mostra cético.

"Eu não acredito que ele possa ser preso nesse momento. Existe uma lei clara que diz que nesse período sequer o eleitor pode ser preso, quanto mais o candidato, a não ser que fosse alguma coisa em flagrante.  Não acredito que vá ocorrer a prisão e penso mais: eu acho que o pedido de prisão do Boulos é um fato político que pode ter repercussão na cabeça das pessoas que já votam nele, porque naqueles que votam no Pablo Marçal não terá nenhuma repercussão. Penso que a prisão do Pablo Marçal agora seria um desastre eleitoral. Ele talvez tenha forçado imaginando um ato mais drástico, porque se fosse preso teria uma repercussão muito favorável a ele. Infelizmente, o que tem que fazer é um trabalho dentro da justiça eleitoral para que ele não possa, se ganhar, tomar posse. Isto sim seria o correto para fazer juridicamente", pontua. 

"Após as eleições, evidentemente, se o Bolos tiver feito algum tipo de representação, isso será convertido, seguramente, numa investigação criminal e ele poderá ser responsabilizado por esse ato irresponsável e criminoso", complementa o advogado. 

 

¨      Pablo Marçal, o farsante, é fruto de uma árvore envenenada. Por Mario Sabino

Pablo Marçal é um farsante em todas as acepções da palavra. Não bastasse a sua ficha policial pregressa, não bastasse ter degradado os debates entre candidatos à prefeitura de São Paulo ao nível do esgoto in natura, ele forjou um laudo falso, com a ajuda de um picareta, para provar a sua acusação de que Guilherme Boulos seria viciado em cocaína.

Ao divulgá-lo praticamente na véspera da votação do primeiro turno, Pablo Marçal pretendeu que a mentira tosca tivesse o efeito de fato consumado para prejudicar eleitoralmente Guilherme Boulos, que o venceria no segundo turno, de acordo com as pesquisas. Quis também minimizar ainda mais o risco de ser retirado da disputa ou até mesmo de ser preso por causa da falsificação, visto que a legislação não permite a prisão de candidatos a partir de 15 dias antes do primeiro turno.

A ver o tamanho do estrago que ele causará na candidatura de Guilherme Boulos ou se o golpe sujo se voltará nas urnas contra quem o perpetrou. A Justiça Eleitoral determinou a retirada do laudo falso das redes sociais, mas não a suspensão das contas de Pablo Marçal.

O farsante não é exceção, embora a sua ousadia seja espantosa mesmo para os largos padrões nacionais. Ele é outro produto do processo de aviltamento da política brasileira. Aviltamento do qual os partidos são a raiz, o tronco, os galhos.

Os partidos, que supostamente representam os interesses das diversas parcelas da população, deveriam ser o filtro para impedir que gentalha como Pablo Marçal pudesse ser candidata a qualquer cargo eletivo. Mas eles passaram a ser organizações especializadas em sugar dinheiro público dentro ou fora da legalidade. Representam somente os interesses escusos de si próprios. É mandatório, portanto, que os piores sejam selecionados para integrá-los como quadros ou para adentrá-los por atalhos reservados a vigaristas de ocasião que se apresentam como bons parceiros comerciais.

O processo de apodrecimento é geral, não é exclusivamente de direita ou de esquerda. Pablo Marçal é fruto de uma árvore envenenada: a dos partidos brasileiros.

 

Fonte: Metrópoles/Fórum

 

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