quinta-feira, 10 de outubro de 2024

7 mitos e verdades sobre o câncer de mama

Marcado pela cor rosa, outubro virou símbolo global de conscientização à saúde ativa e preventiva contra o câncer de mama, tumor com maior taxa de mortalidade entre as brasileiras. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), mais de 73 mil mulheres devem ser diagnosticadas com a doença até o final do ano.

"O Outubro Rosa nos permite incentivar a realização de exames de rotina e a atenção a qualquer mudança nas mamas. Muitas pessoas ainda têm medo ou falta de informação, e a campanha ajuda a quebrar esses tabus", destaca Thiago Nóbrega, ginecologista do Hospital e Maternidade São Luiz São Caetano do Sul, no ABC paulista.

A Sociedade Brasileira de Mastologia estima que, historicamente, a campanha tenha aumentado em até 30% o número de mamografias realizadas no mês de outubro. Para orientar corretamente e desmistificar o tema, confira abaixo sete mitos e verdades sobre o câncer de mama e o exame.

1. Silicone impede a realização da mamografia

Mito. Ao contrário do que muitas pensam, silicone nos seios não atrapalha a avaliação realizada pelo mamógrafo, que também não perfura ou danifica a prótese. Basta avisar ao médico sobre a prótese para, preventivamente, ele poder afastá-los se forem necessárias mais imagens que descartem o tumor, evitando distorções nos resultados.

2. Traumas ou pancadas na região causam câncer de mama

Mito. Eventuais pancadas ou traumas na região das mamas podem fazer aparecer nódulos já existentes, mas não são responsáveis pelo surgimento deles. Entre os fatores de risco do câncer de mama, estão idade, estilo de vida e hereditariedade.

"Cerca de 5 a 10% dos registros estão relacionados a gatilhos genéticos e hereditários, sendo a idade o principal fator. Por isso, mulheres entre 20 e 39 anos devem fazer o exame das mamas a cada três anos. A partir dos 40, ele deve ser anual. Dos 55 anos em diante, a frequência pode ser bienal", orienta Thiago Nóbrega.

3. É importante conhecer o próprio corpo

Verdade. Testes de toque nas mamas têm sua função. Caso a mulher encontre em seu busto e axilas alterações, elas devem ser analisadas por um mastologista, oncologista ou ginecologista.

"Mudanças repentinas no aspecto das mamas podem apontar a aparição de nódulos. Manchas cutâneas, vermelhidões ou secreções nos mamilos, também são sinais de alerta que devem ser analisados por um especialista", destaca o ginecologista.

4. Período menstrual interfere na realização do exame

Mito. De baixa radiação e sem preparos prévios, a mamografia pode ser realizada sem medo. Porém, o médico explica que "o ciclo menstrual não interfere na realização do exame, mas o período que antecede a menstruação pode causar mais desconforto na mulher, já que as mamas ficam mais sensíveis". Por isso, é recomendável ser feita alguns dias após a menstruação.

5. Não pode usar desodorante no dia da mamografia

Verdade. A orientação é para suspender o uso de desodorantes, hidratantes e outros produtos cosméticos nas axilas apenas no dia do exame, a fim de não comprometer a acurácia do diagnóstico. "Produtos de higiene pessoal não geram câncer de mama. Sugerimos somente que as pacientes não os utilizem no dia da análise por causa da concentração de substâncias capazes de deturpar a localização e definição do nódulo", alerta o profissional.

6. Gestante ou lactante não pode fazer mamografia

Verdade. Nestes cenários, é possível solicitar outras verificações menos invasivas a mãe e bebê. "A mamografia é contraindicada durante a gravidez em decorrência da radiação (mesmo que baixa), que pode prejudicar o feto. Além disso, na gestação os seios ficam mais rijos e densos, o que dificulta a interpretação do mamógrafo. O ultrassom da mama substitui perfeitamente o procedimento", explica Thiago Nóbrega.

7. Prevenção está no dia a dia

Verdade. A prevenção do câncer de mama está diretamente relacionada com a adoção de hábitos saudáveis. Manter uma alimentação equilibrada, praticar atividades físicas, evitar o consumo excessivo de álcool e não fumar são medidas eficazes para prevenção dessa e outras doenças.

•        Sintomas e tratamentos

O câncer de mama é um tumor maligno que pode se manifestar de diferentes formas. Os principais sintomas incluem nódulos indolores, alterações na pele da mama (vermelhidão ou retração), secreção anormal nos mamilos e mudanças no formato ou tamanho das mamas.

"Quando descoberto precocemente, as chances de cura chegam a 95%. Além disso, o tratamento em fases iniciais é menos invasivo e mais eficaz; por isso, a conscientização é tão importante e salva vidas", afirma Thiago Nóbrega.

Nos últimos anos, o tratamento do câncer de mama evoluiu significativamente. Inovações como as terapias-alvo, que atacam diretamente as células cancerígenas, e a imunoterapia, que estimula o sistema imunológico a combater o câncer, oferecem novas esperanças, especialmente para casos mais complexos, como o câncer de mama triplo-negativo. "Esses avanços, somados ao suporte de equipes multidisciplinares, garantem um atendimento mais eficaz e completo", destaca o especialista do São Luiz São Caetano do Sul.

 

•        Câncer no aparelho digestivo: descubra quais são e como identificar

O diagnóstico precoce do câncer é fundamental para que o tratamento seja assertivo e tenha maiores chances de sucesso. Dessa forma, detectar a doença no início torna implica em uma maior chance de cura. Além disso, é possível evitar uma série de tumores malignos quando se detecta a doença logo no início.

No Brasil, grande parte dos cânceres mais incidentes se relacionam com o sistema digestivo. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o tipo mais comum nesse aparelho é o câncer de cólon e reto, e o câncer de estômago. Essas manifestações representam 6% e 3% do total de notificações no país, respectivamente.

O câncer do aparelho digestivo engloba o aparecimento de tumores em órgãos ao longo de todo o sistema digestivo, da boca até o ânus. Alguns dos tipos de câncer mais comuns nesta região do corpo são os de boca, esôfago, faringe, estômago, intestino grosso, intestino delgado, fígado, pâncreas, reto e ânus.

<><> Sintomas

O câncer no aparelho digestivo pode ser assintomático no início, o que resulta em uma ausência de queixas específicas pelo paciente. Dessa forma, identificar o desenvolvimento da doença é mais difícil.

<<<< Os sinais de alerta podem variar de pessoa para pessoa. Por isso, ao apresentar algum sintoma de maneira recorrente, o ideal é procurar um especialista. 

# Perda de peso repentina e sem motivo aparente

# Dor para engolir

# Náuseas e vômitos

# Anemia e fraqueza

# Presença de sangue nas fezes

# Dores abdominais

<><> Fatores de risco

O aparecimento do câncer não se condiciona a fatores externos. No entanto, adotar hábitos nocivos e contar com histórico hereditário pode influenciar nas chances de manifestação da doença.

Nesse sentido, o fator hereditário se torna um ponto de alerta para o câncer no aparelho digestivo. Nesses casos, é essencial se consultar periodicamente e realizar exames de rotina para monitorar e detectar qualquer anormalidade. Vale lembrar que quanto antes o câncer for diagnosticado, maiores as chances de cura.

Além disso, fatores como o tabagismo, o alcoolismo, a má alimentação e a obesidade também podem contribuir para o aparecimento do câncer. Para pessoas que têm refluxo, esôfago de Barrett e outras doenças gástricas se aconselha o tratamento da disfunção e a consulta regular com um médico. Isso porque essas doenças podem agravar o risco de desenvolver câncer.

<><> Prevenção do câncer no aparelho digestivo

O câncer pode se desenvolver sem qualquer motivo aparente. No entanto, manter uma vida saudável auxilia a evitar o surgimento da doença. Por isso, se indica a adoção de uma alimentação balanceada, rica em fibras e com baixo consumo de açúcares ultra processados. Ademais, praticar exercícios físicos com regularidade e consumir álcool com moderação são medidas essenciais. 

Na maioria das vezes, quando a doença começa a apresentar sintomas os tumores já estão mais avançados. Esse cenário diminui as perspectivas de um tratamento curativo. Por isso, a prevenção por meio de um estilo de vida saudável e do acompanhamento médico é fundamental. 

No caso do câncer de estômago, por exemplo, se indica evitar o consumo excessivo de álcool e cigarro. Ademais, se faz necessária a avaliação de uma endoscopia digestiva. Já para o câncer colorretal, o principal exame preventivo é a colonoscopia. Ela permite a visualização direta de lesões suspeitas e a realização de biópsias e remoção de lesões em estágios iniciais.

Segundo o cirurgião do aparelho digestivo, Dr. Andre Augusto Pinto, a colonoscopia é recomendada a partir dos 45 anos de idade ou 10 anos antes da idade de um parente de primeiro grau que foi diagnosticado com câncer colorretal. "Por exemplo, se um dos pais foi diagnosticado aos 52 anos, os filhos devem realizar a colonoscopia aos 42 anos", explica o médico.

De acordo com o Dr. Álvaro Faria, cirurgião geral e do aparelho digestivo, "em ambos os casos, os tratamentos podem variar desde a necessidade de cirurgia até a combinação de quimioterapia ou radioterapia, sendo individualizados de acordo com o tipo e o estágio do câncer."

 

Fonte: Portal EdiCase/Saúde em Dia

 

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