Economia sob Lula mostra crescimento
consolidado e desmoraliza "mercado" e sua mídia
É difícil discernir
qual o evento mais notável, se o crescimento de 1,4% da economia brasileira no segundo
trimestre deste ano ou se a perplexidade parva da mídia hegemônica brasileira e
dos falsos gênios do mercado confrontados com eventos tão relevantes.
Um tal crescimento da
economia coloca o Brasil como a segunda economia no ranking de performance no
período entre os países membros e parceiros da Organização para a Cooperação
Econômico e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), atrás apenas da Polônia.
A notícia levou o
ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a prever um crescimento ao final de 2024
de no mínimo 2,8%, mas já há instituições financeiras prevendo até 3,3%.
Anualizado, o desempenho do segundo trimestre apontaria uma elevação de 5,7%.
Na mesma direção, o
ex-ministro Guido Mantega, mencionou em entrevista à TV 247, um crescimento de
3,5% em 2025 e de até 4% em 2026.
São números que
atestam a consolidação de uma tendência de crescimento sustentado da economia
sob o presidente Lula apesar das renitentes previsões em contrário realizadas
por "especialistas" e "sabidos" do "mercado",
como os definiu o próprio mandatário brasileiro em entrevista a emissoras de
Goiás.
Economistas de bancos
já haviam errado estrepitosamente no início do ano passado, primeiro ano de
Lula 3, ao vaticinar um crescimento de 0,8%, quando o apurado ao final de 2023
foi mais de três vezes superior a isso.
Igualmente neste ano
de 2024 os iluminados do sistema financeiro previam crescimento de apenas 1,5%.
A ministra Simone Tebet, do Planejamento, também em entrevista à TV 247,
afirmou não haver hipótese de crescimento abaixo dos 2,8% neste ano. Ou seja,
mais uma vez, os especialistas de 140 instituições que integram o boletim Focus
do Banco Central erraram redondamente. Suas previsões destrambelhadas não
apenas prejudicam os clientes de seus
bancos, mas ajudam a rebaixar artificialmente expectativas e investimentos no
país. Não se pode ignorar que previsões econômicas ocorrem num ambiente em que
psicologia tem muita importância por sua influência na tomada de decisões que
afetam o desenvolvimento.
Mesmo operando com o
"freio de mão puxado" pelos juros reais exorbitantemente altos
impostos pelo Banco Central, a economia sob Lula mostra solidez. Despontam os
números de crescimento da indústria e o do investimento. Deles decorre a
conclusão de que o pilar do crescimento agora não mais está no agronegócio como
no ano passado. O dinamismo transferiu-se para a indústria, que subiu 1,4% no
trimestre.
A taxa de investimento
no Brasil também acelerou, atingindo cerca de 18% do PIB, a maior em uma
década, e aproximando-se do ideal de 20%. O crescimento nos investimentos em
bens de capital, máquinas, equipamentos e construção civil é um sinal positivo.
A produção está ocupando a ociosidade anterior da capacidade instalada.
Em paralelo, o
desemprego segue em queda e apresenta a menor taxa em uma década, 6,9%.
Só neste ano o país
deve criar 2 milhões de vagas formais de trabalho. No comércio exterior, o
superávit da balança comercial segue forte, passando de US$ 80 bilhões em 2024.
Diante de números tão
auspiciosos, que certamente não caíram dos céus, mas da boa gestão econômica de
Lula, Haddad, Tebet e equipes, a reação dos luminares do mercado e da mídia
chinfrim que os segue varia da perplexidade à negação.
Uns se declaram
incapazes de explicar o que se passa.
Confessam basbaques não saber de onde vem o crescimento.
Outros rebaixam sua
relevância. Consideram a notícia relevante apenas quando negativa para os
planos do presidente Lula.
Nos bastidores e em
público, agentes do chamado mercado apressam-se a demandar elevação ainda maior
dos juros na próxima reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central.
Se acontecer, será um
contrassenso porque uma das virtudes desse ciclo de desenvolvimento é o fato de
que ele se dá justamente com inflação em queda.
A boa nova da economia
advém de uma gestão exemplar, baseada em
evidências, livre das amarras ideológicas que empesteiam o pensamento econômico
conservador brasileiro e a mídia que se ajoelha diante do mesmo credo.
• "Teorias usadas para aumentar juros
são absolutamente malucas', critica economista
Em entrevista ao
programa Boa Noite 247, o economista Fábio Sobral criticou duramente a recente
elevação da taxa de juros pelo Banco Central, destacando a incongruência dessa
medida frente ao cenário econômico atual. “Você tem juros nos Estados Unidos baixando,
uma inflação sob controle, uma elevação da produção nacional sem processo
inflacionário, e aqui se aumenta juros para controlar a inflação futura. É
impressionante”, declarou Sobral.
Segundo o economista,
as grandes corporações no Brasil, especialmente em setores como supermercados,
energia e combustíveis, são blindadas contra essas altas. “Às vezes você pode
até ganhar mais vendendo menos, porque, ao aumentar o preço, pode reduzir o
mercado consumidor e obter uma taxa de lucro maior”, afirmou ele, explicando
como o oligopólio econômico brasileiro se beneficia dessas distorções.
Sobral também abordou
a concentração de renda no país, afirmando que grande parte da população é
excluída do mercado consumidor. Ele citou um estudo que mostrou como as grandes
empresas brasileiras obtêm metade de seus lucros de rendimentos financeiros, tornando-se
menos dependentes do consumo interno. Para o economista, o atual modelo
econômico brasileiro perpetua privilégios e é difícil de ser alterado por
qualquer governo.
Ao final, Fábio Sobral
destacou que essas estruturas estão ligadas a interesses internacionais, e que
a luta por uma economia mais justa se depara com uma oposição que visa à
destruição do país.
• "Não havia razão técnica para a
alta dos juros", diz Mantega
Na última reunião do
Comitê de Política Monetária (Copom), o Banco Central decidiu aumentar a Selic
em 0,25 ponto porcentual, elevando a taxa básica de juros para 10,75%. Em
entrevista ao programa Boa Noite 247, o economista e ex-ministro Guido Mantega
brincou com a decisão, afirmando que o mercado já esperava o aumento e que,
portanto, a medida não trouxe surpresa. "Eu tinha tomado Rivotril, porque
já esperava que os juros iam subir. O mercado todo já tinha precificado
isso," declarou Mantega.
O ex-ministro
questionou a necessidade da alta, argumentando que a inflação está sob controle
no Brasil. "Os últimos indicadores de agosto mostraram uma deflação leve,
e o IPCA registrou uma pequena redução. Não há razões técnicas para justificar
o aumento dos juros," afirmou. Ele comparou a situação com a política
monetária de outros países, observando que a maioria, incluindo o Federal
Reserve dos EUA, está reduzindo as taxas de juros.
Mantega também
criticou a justificativa dos defensores da alta, que alegam que a economia está
aquecida. "Os ortodoxos sempre acham que o produto potencial é baixo e que
qualquer crescimento acima de dois por cento gera inflação. Mas a economia brasileira
está crescendo a um ritmo de três por cento, o que é excelente", explicou.
Ele sugeriu que a decisão do Copom pode ter uma motivação política, ressaltando
que a desaceleração da economia está prevista e a inflação deve continuar em
baixa.
O economista prevê
que, com a queda do dólar e possíveis reduções adicionais na taxa de juros
americana, o Banco Central brasileiro pode precisar revisar sua política.
"Se o câmbio se desvalorizar e houver mais uma redução na taxa de juros
americana, o Banco Central terá que reconsiderar a situação", concluiu
Mantega.
<><> “Uma
das grandes distorções da economia brasileira é o juro elevado há muito tempo”,
diz Guido Mantega
O economista Guido
Mantega, ex-ministro da Fazenda dos governos Lula e Dilma, concedeu entrevista
ao programa 30 Minutos, da TV 247, onde abordou a questão dos juros altos no
Brasil e sua visão sobre a atuação do Banco Central. Mantega destacou o impacto negativo das taxas
de juros elevadas na economia brasileira. “Uma das grandes distorções da
economia brasileira é o juro elevado há muito tempo”, afirmou. Ele relembrou
que o governo Dilma enfrentou dificuldades quando tentou reduzir os juros. “O
governo Dilma entrou em crise quando baixamos os juros para um patamar
razoável”, comentou.
Durante a entrevista,
Mantega também negou rumores de que seu nome havia sido cotado para assumir a
presidência do Banco Central. “Nunca houve indicação do meu nome para o Banco
Central. Isso foi para jogar lenha na fogueira e facilitar a especulação”, explicou.
Mantega expressou apoio ao atual secretário-executivo do Ministério da Fazenda,
Gabriel Galípolo, como possível futuro presidente do Banco Central. “Galípolo é
um ótimo quadro e tem todas as condições para ser o próximo presidente do BC.
Ele entende de macroeconomia”, afirmou.
O ex-ministro fez
críticas à atual gestão do Banco Central, questionando sua suposta
independência. “O Banco Central que está aí não é independente. Roberto Campos
Neto era ligado ao ex-presidente Bolsonaro e o ajudava. E apoia Tarcísio”,
afirmou Mantega, referindo-se ao governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas.
“Ele tem uma posição política antagônica ao governo Lula”, concluiu.
• "O governo Lula imprimiu um
dinamismo ímpar à economia", afirma Guido Mantega
Em entrevista ao
programa Boa Noite 247, o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega afirmou que,
apesar das adversidades enfrentadas, o governo federal tem conseguido
impulsionar a economia. “Foi muito bom o crescimento de 1,4% no trimestre. Você
poderia multiplicar por quatro para ter o ritmo anualizado. Isso significa que
a economia brasileira está ganhando dinamismo, que ela não tinha, por exemplo,
no ano passado”, afirmou Mantega.
De acordo com o
ex-ministro, o atual crescimento é sustentado por uma série de fatores. “O
crescimento que está ocorrendo agora é puxado por industrialização,
investimento e um boom de consumo, principalmente das famílias. O crescimento
da indústria foi maior do que o consumo das famílias. É assim que a economia
vai ganhando dinamismo”, aponta.
Mantega destacou que o
momento é de um crescimento com qualidade, principalmente por estar gerando
empregos. “Está aumentando a renda, gerando emprego e melhorando a situação das
famílias. Tem aumento de salário. Esse aumento de emprego é muito bom, ele é
extraordinário. Estamos chegando ao nível de desemprego que tínhamos em 2014,
que era muito baixo”, relembra.
O ex-ministro também
ressaltou que, mesmo com desafios, o governo está conseguindo melhorar a
situação econômica do país: “A renda per capita, que tinha caído nos últimos 10
anos, está alcançando o nível de 2013, que foi o ponto mais alto. Eu diria que,
apesar das dificuldades que o governo tem enfrentado, ele conseguiu dar um
dinamismo para a economia”.
<><> A
restrição dos juros
Mantega lembrou que o
país ainda enfrenta problemas como os altos juros e a restrição de crédito: “Os
juros brasileiros continuam sendo os segundos ou terceiros mais altos do mundo,
o crédito é restrito e o investimento do governo está limitado pela questão
fiscal. O governo está tendo que fazer cortes para cumprir o arcabouço fiscal a
que se comprometeu”.
Apesar dessas
limitações, o ex-ministro vê o cenário com otimismo: “Foi importante o aumento
do emprego, pois isso gera mais demanda, uma massa salarial mais forte, e o
varejo está se movendo. A indústria de capital também está se movendo, o que
significa modernização e aumento de produtividade”.
Por fim, Mantega
concluiu que o desempenho econômico do governo Lula incomoda alguns setores: “O
resultado foi muito bom, mas eu acho que não agradou a todos. Pelo contrário,
acho que teve gente que ficou chateada com esse bom desempenho. Dizem que é sorte
do Lula”. Mantega refutou essa ideia, afirmando que o governo está se
equilibrando em um cenário adverso e que uma alta de juros poderia ameaçar o
crescimento. Segundo ele, o Brasil está mostrando um dinamismo ímpar, e Lula
poderá chegar ao fim de seu mandato em 2026 com um crescimento de 4%.
• "Não podemos soltar fogos por
crescimento de 3%", diz Paulo Nogueira Batista Júnior
Em entrevista
concedida ao jornalista Leonardo Attuch, editor da TV 247, o economista Paulo
Nogueira Batista Júnior destacou que o crescimento do PIB brasileiro em torno
de 3% não deve ser motivo de comemoração exagerada. Para ele, embora o número
represente um avanço, o Brasil tem potencial para crescer muito mais e não deve
se contentar com esse desempenho. "Os dados da economia brasileira
demonstraram mais uma vez a incapacidade dos economistas liberais de prever o
desempenho do PIB", afirmou Batista Júnior. "Os economistas estão
errando há três anos", completou, referindo-se à discrepância entre as
previsões de crescimento e o resultado efetivo da economia nacional.
Batista Júnior
enfatizou que, mesmo diante de adversidades, como as enchentes no Rio Grande do
Sul e a seca que afetou diversas regiões do país, o Brasil ainda consegue
atingir o crescimento de 3%. "O Brasil vai crescer 3% apesar dos choques
de oferta", disse. Porém, ele adverte que esse número deve ser visto como
o mínimo aceitável para o país. "Não vamos soltar fogos por crescimento de
3%. Esses 3% devem ser o nosso piso, e não o nosso teto. O Brasil pode e deve
crescer mais", afirmou, reforçando que o potencial do país está muito além
das metas atualmente alcançadas.
<><> O
papel do Banco Central e a economia sob nova direção
Outro ponto levantado
por Paulo Nogueira Batista Júnior foi a condução da política monetária e o
impacto das decisões do Banco Central no crescimento econômico. Para o
economista, um dos principais erros foi a fixação de uma meta de inflação
"ambiciosa demais", o que teria prejudicado a dinâmica do
crescimento. "O erro foi fixar a meta de inflação ambiciosa demais",
criticou, referindo-se à gestão de Roberto Campos Neto, atual presidente do
Banco Central.
Com a saída de Campos
Neto prevista para breve, Batista Júnior vê a possibilidade de mudanças
significativas na condução da política econômica. Ele considera que a nova
gestão do Banco Central, sob a liderança de Gabriel Galípolo, tem uma grande
responsabilidade pela frente. "Sem Roberto Campos Neto, é chegada a hora
da mudança", afirmou o economista, prevendo uma nova fase para o controle
monetário no Brasil. "A partir de janeiro, o governo Lula terá a
presidência do Banco Central, com Gabriel Galípolo, e a maioria dos
diretores", comentou. Para Batista Júnior, o governo tem a obrigação de
iniciar uma mudança estrutural na política econômica já no próximo ano.
<><> O
primeiro teste de Gabriel Galípolo
Entre os desafios que
aguardam Galípolo, Batista Júnior destacou a questão da PEC/65, que, segundo
ele, representa um risco ao País. "Teste número um do Galípolo: como vai
lidar com a PEC/65, que é tão nociva?", questionou. A PEC, que amplia a independência
do Banco Central, tem sido amplamente criticada por economistas que a
consideram prejudicial por facilitar a captura da autoridade monetária pelo
sistema financeiro.
O economista argumenta
que, com a mudança no comando do Banco Central, há uma oportunidade única para
corrigir rumos e ajustar as políticas econômicas. "O governo tem a
obrigação de iniciar uma mudança a partir de janeiro", reforçou, apostando
em uma virada de chave na gestão econômica do país.
<><>
Projeções e desafios para o futuro
O comentário de
Batista Júnior vem no contexto das mais recentes projeções econômicas
divulgadas pelo Ministério da Fazenda. Segundo o novo boletim da Secretaria de
Política Econômica (SPE), a expectativa de crescimento do PIB brasileiro em
2024 foi elevada de 2,5% para 3,2%. No entanto, as previsões para 2025 foram
revistas para baixo, com uma expectativa de crescimento de 2,5%. Apesar da
revisão positiva para o próximo ano, Batista Júnior alerta que o Brasil pode e
deve almejar mais. Para ele, o crescimento econômico de 3% é apenas um ponto de
partida e não deve ser visto como o limite do que o país pode alcançar.
Assista:
O desafio, portanto,
será manter a trajetória de crescimento em um cenário de ajustes fiscais e
controle da inflação, ao mesmo tempo em que se lida com as pressões externas e
os impactos climáticos, que têm afetado setores importantes da economia, como a
agricultura. O economista acredita que, com uma política econômica mais
alinhada ao crescimento sustentável, o Brasil tem condições de superar esses
obstáculos e atingir taxas de crescimento mais robustas nos próximos anos.
Fonte: Brasil 247
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