terça-feira, 24 de setembro de 2024

Economia sob Lula mostra crescimento consolidado e desmoraliza "mercado" e sua mídia

É difícil discernir qual o evento mais notável, se o crescimento de 1,4% da economia brasileira no segundo trimestre deste ano ou se a perplexidade parva da mídia hegemônica brasileira e dos falsos gênios do mercado confrontados com eventos tão relevantes.

Um tal crescimento da economia coloca o Brasil como a segunda economia no ranking de performance no período entre os países membros e parceiros da Organização para a Cooperação Econômico e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), atrás apenas da Polônia.

A notícia levou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a prever um crescimento ao final de 2024 de no mínimo 2,8%, mas já há instituições financeiras prevendo até 3,3%. Anualizado, o desempenho do segundo trimestre apontaria uma elevação de 5,7%.

Na mesma direção, o ex-ministro Guido Mantega, mencionou em entrevista à TV 247, um crescimento de 3,5% em 2025 e de até 4% em 2026.

São números que atestam a consolidação de uma tendência de crescimento sustentado da economia sob o presidente Lula apesar das renitentes previsões em contrário realizadas por "especialistas" e "sabidos" do "mercado", como os definiu o próprio mandatário brasileiro em entrevista a emissoras de Goiás.

Economistas de bancos já haviam errado estrepitosamente no início do ano passado, primeiro ano de Lula 3, ao vaticinar um crescimento de 0,8%, quando o apurado ao final de 2023 foi mais de três vezes superior a isso.

Igualmente neste ano de 2024 os iluminados do sistema financeiro previam crescimento de apenas 1,5%. A ministra Simone Tebet, do Planejamento, também em entrevista à TV 247, afirmou não haver hipótese de crescimento abaixo dos 2,8% neste ano. Ou seja, mais uma vez, os especialistas de 140 instituições que integram o boletim Focus do Banco Central erraram redondamente. Suas previsões destrambelhadas não apenas prejudicam os  clientes de seus bancos, mas ajudam a rebaixar artificialmente expectativas e investimentos no país. Não se pode ignorar que previsões econômicas ocorrem num ambiente em que psicologia tem muita importância por sua influência na tomada de decisões que afetam o desenvolvimento.

Mesmo operando com o "freio de mão puxado" pelos juros reais exorbitantemente altos impostos pelo Banco Central, a economia sob Lula mostra solidez. Despontam os números de crescimento da indústria e o do investimento. Deles decorre a conclusão de que o pilar do crescimento agora não mais está no agronegócio como no ano passado. O dinamismo transferiu-se para a indústria, que subiu 1,4% no trimestre.

A taxa de investimento no Brasil também acelerou, atingindo cerca de 18% do PIB, a maior em uma década, e aproximando-se do ideal de 20%. O crescimento nos investimentos em bens de capital, máquinas, equipamentos e construção civil é um sinal positivo. A produção está ocupando a ociosidade anterior da capacidade instalada.

Em paralelo, o desemprego segue em queda e apresenta a menor taxa em uma década, 6,9%.

Só neste ano o país deve criar 2 milhões de vagas formais de trabalho. No comércio exterior, o superávit da balança comercial segue forte, passando de US$ 80 bilhões em 2024.

Diante de números tão auspiciosos, que certamente não caíram dos céus, mas da boa gestão econômica de Lula, Haddad, Tebet e equipes, a reação dos luminares do mercado e da mídia chinfrim que os segue varia da perplexidade à negação.

Uns se declaram incapazes de explicar o que se passa.  Confessam basbaques não saber de onde vem o crescimento.

Outros rebaixam sua relevância. Consideram a notícia relevante apenas quando negativa para os planos do presidente Lula.

Nos bastidores e em público, agentes do chamado mercado apressam-se a demandar elevação ainda maior dos juros na próxima reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central.

Se acontecer, será um contrassenso porque uma das virtudes desse ciclo de desenvolvimento é o fato de que ele se dá justamente com inflação em queda.

A boa nova da economia advém de uma gestão exemplar,  baseada em evidências, livre das amarras ideológicas que empesteiam o pensamento econômico conservador brasileiro e a mídia que se ajoelha diante do mesmo credo.

 

•        "Teorias usadas para aumentar juros são absolutamente malucas', critica economista

Em entrevista ao programa Boa Noite 247, o economista Fábio Sobral criticou duramente a recente elevação da taxa de juros pelo Banco Central, destacando a incongruência dessa medida frente ao cenário econômico atual. “Você tem juros nos Estados Unidos baixando, uma inflação sob controle, uma elevação da produção nacional sem processo inflacionário, e aqui se aumenta juros para controlar a inflação futura. É impressionante”, declarou Sobral.

Segundo o economista, as grandes corporações no Brasil, especialmente em setores como supermercados, energia e combustíveis, são blindadas contra essas altas. “Às vezes você pode até ganhar mais vendendo menos, porque, ao aumentar o preço, pode reduzir o mercado consumidor e obter uma taxa de lucro maior”, afirmou ele, explicando como o oligopólio econômico brasileiro se beneficia dessas distorções.

Sobral também abordou a concentração de renda no país, afirmando que grande parte da população é excluída do mercado consumidor. Ele citou um estudo que mostrou como as grandes empresas brasileiras obtêm metade de seus lucros de rendimentos financeiros, tornando-se menos dependentes do consumo interno. Para o economista, o atual modelo econômico brasileiro perpetua privilégios e é difícil de ser alterado por qualquer governo.

Ao final, Fábio Sobral destacou que essas estruturas estão ligadas a interesses internacionais, e que a luta por uma economia mais justa se depara com uma oposição que visa à destruição do país.

•        "Não havia razão técnica para a alta dos juros", diz Mantega

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), o Banco Central decidiu aumentar a Selic em 0,25 ponto porcentual, elevando a taxa básica de juros para 10,75%. Em entrevista ao programa Boa Noite 247, o economista e ex-ministro Guido Mantega brincou com a decisão, afirmando que o mercado já esperava o aumento e que, portanto, a medida não trouxe surpresa. "Eu tinha tomado Rivotril, porque já esperava que os juros iam subir. O mercado todo já tinha precificado isso," declarou Mantega.

O ex-ministro questionou a necessidade da alta, argumentando que a inflação está sob controle no Brasil. "Os últimos indicadores de agosto mostraram uma deflação leve, e o IPCA registrou uma pequena redução. Não há razões técnicas para justificar o aumento dos juros," afirmou. Ele comparou a situação com a política monetária de outros países, observando que a maioria, incluindo o Federal Reserve dos EUA, está reduzindo as taxas de juros.

Mantega também criticou a justificativa dos defensores da alta, que alegam que a economia está aquecida. "Os ortodoxos sempre acham que o produto potencial é baixo e que qualquer crescimento acima de dois por cento gera inflação. Mas a economia brasileira está crescendo a um ritmo de três por cento, o que é excelente", explicou. Ele sugeriu que a decisão do Copom pode ter uma motivação política, ressaltando que a desaceleração da economia está prevista e a inflação deve continuar em baixa.

O economista prevê que, com a queda do dólar e possíveis reduções adicionais na taxa de juros americana, o Banco Central brasileiro pode precisar revisar sua política. "Se o câmbio se desvalorizar e houver mais uma redução na taxa de juros americana, o Banco Central terá que reconsiderar a situação", concluiu Mantega.

<><> “Uma das grandes distorções da economia brasileira é o juro elevado há muito tempo”, diz Guido Mantega

O economista Guido Mantega, ex-ministro da Fazenda dos governos Lula e Dilma, concedeu entrevista ao programa 30 Minutos, da TV 247, onde abordou a questão dos juros altos no Brasil e sua visão sobre a atuação do Banco Central.  Mantega destacou o impacto negativo das taxas de juros elevadas na economia brasileira. “Uma das grandes distorções da economia brasileira é o juro elevado há muito tempo”, afirmou. Ele relembrou que o governo Dilma enfrentou dificuldades quando tentou reduzir os juros. “O governo Dilma entrou em crise quando baixamos os juros para um patamar razoável”, comentou.

Durante a entrevista, Mantega também negou rumores de que seu nome havia sido cotado para assumir a presidência do Banco Central. “Nunca houve indicação do meu nome para o Banco Central. Isso foi para jogar lenha na fogueira e facilitar a especulação”, explicou. Mantega expressou apoio ao atual secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, como possível futuro presidente do Banco Central. “Galípolo é um ótimo quadro e tem todas as condições para ser o próximo presidente do BC. Ele entende de macroeconomia”, afirmou.

O ex-ministro fez críticas à atual gestão do Banco Central, questionando sua suposta independência. “O Banco Central que está aí não é independente. Roberto Campos Neto era ligado ao ex-presidente Bolsonaro e o ajudava. E apoia Tarcísio”, afirmou Mantega, referindo-se ao governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas. “Ele tem uma posição política antagônica ao governo Lula”, concluiu.

•        "O governo Lula imprimiu um dinamismo ímpar à economia", afirma Guido Mantega

Em entrevista ao programa Boa Noite 247, o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega afirmou que, apesar das adversidades enfrentadas, o governo federal tem conseguido impulsionar a economia. “Foi muito bom o crescimento de 1,4% no trimestre. Você poderia multiplicar por quatro para ter o ritmo anualizado. Isso significa que a economia brasileira está ganhando dinamismo, que ela não tinha, por exemplo, no ano passado”, afirmou Mantega.

De acordo com o ex-ministro, o atual crescimento é sustentado por uma série de fatores. “O crescimento que está ocorrendo agora é puxado por industrialização, investimento e um boom de consumo, principalmente das famílias. O crescimento da indústria foi maior do que o consumo das famílias. É assim que a economia vai ganhando dinamismo”, aponta.

Mantega destacou que o momento é de um crescimento com qualidade, principalmente por estar gerando empregos. “Está aumentando a renda, gerando emprego e melhorando a situação das famílias. Tem aumento de salário. Esse aumento de emprego é muito bom, ele é extraordinário. Estamos chegando ao nível de desemprego que tínhamos em 2014, que era muito baixo”, relembra.

O ex-ministro também ressaltou que, mesmo com desafios, o governo está conseguindo melhorar a situação econômica do país: “A renda per capita, que tinha caído nos últimos 10 anos, está alcançando o nível de 2013, que foi o ponto mais alto. Eu diria que, apesar das dificuldades que o governo tem enfrentado, ele conseguiu dar um dinamismo para a economia”.

<><> A restrição dos juros

Mantega lembrou que o país ainda enfrenta problemas como os altos juros e a restrição de crédito: “Os juros brasileiros continuam sendo os segundos ou terceiros mais altos do mundo, o crédito é restrito e o investimento do governo está limitado pela questão fiscal. O governo está tendo que fazer cortes para cumprir o arcabouço fiscal a que se comprometeu”.

Apesar dessas limitações, o ex-ministro vê o cenário com otimismo: “Foi importante o aumento do emprego, pois isso gera mais demanda, uma massa salarial mais forte, e o varejo está se movendo. A indústria de capital também está se movendo, o que significa modernização e aumento de produtividade”.

Por fim, Mantega concluiu que o desempenho econômico do governo Lula incomoda alguns setores: “O resultado foi muito bom, mas eu acho que não agradou a todos. Pelo contrário, acho que teve gente que ficou chateada com esse bom desempenho. Dizem que é sorte do Lula”. Mantega refutou essa ideia, afirmando que o governo está se equilibrando em um cenário adverso e que uma alta de juros poderia ameaçar o crescimento. Segundo ele, o Brasil está mostrando um dinamismo ímpar, e Lula poderá chegar ao fim de seu mandato em 2026 com um crescimento de 4%.

 

•        "Não podemos soltar fogos por crescimento de 3%", diz Paulo Nogueira Batista Júnior

Em entrevista concedida ao jornalista Leonardo Attuch, editor da TV 247, o economista Paulo Nogueira Batista Júnior destacou que o crescimento do PIB brasileiro em torno de 3% não deve ser motivo de comemoração exagerada. Para ele, embora o número represente um avanço, o Brasil tem potencial para crescer muito mais e não deve se contentar com esse desempenho. "Os dados da economia brasileira demonstraram mais uma vez a incapacidade dos economistas liberais de prever o desempenho do PIB", afirmou Batista Júnior. "Os economistas estão errando há três anos", completou, referindo-se à discrepância entre as previsões de crescimento e o resultado efetivo da economia nacional.

Batista Júnior enfatizou que, mesmo diante de adversidades, como as enchentes no Rio Grande do Sul e a seca que afetou diversas regiões do país, o Brasil ainda consegue atingir o crescimento de 3%. "O Brasil vai crescer 3% apesar dos choques de oferta", disse. Porém, ele adverte que esse número deve ser visto como o mínimo aceitável para o país. "Não vamos soltar fogos por crescimento de 3%. Esses 3% devem ser o nosso piso, e não o nosso teto. O Brasil pode e deve crescer mais", afirmou, reforçando que o potencial do país está muito além das metas atualmente alcançadas.

<><> O papel do Banco Central e a economia sob nova direção

Outro ponto levantado por Paulo Nogueira Batista Júnior foi a condução da política monetária e o impacto das decisões do Banco Central no crescimento econômico. Para o economista, um dos principais erros foi a fixação de uma meta de inflação "ambiciosa demais", o que teria prejudicado a dinâmica do crescimento. "O erro foi fixar a meta de inflação ambiciosa demais", criticou, referindo-se à gestão de Roberto Campos Neto, atual presidente do Banco Central.

Com a saída de Campos Neto prevista para breve, Batista Júnior vê a possibilidade de mudanças significativas na condução da política econômica. Ele considera que a nova gestão do Banco Central, sob a liderança de Gabriel Galípolo, tem uma grande responsabilidade pela frente. "Sem Roberto Campos Neto, é chegada a hora da mudança", afirmou o economista, prevendo uma nova fase para o controle monetário no Brasil. "A partir de janeiro, o governo Lula terá a presidência do Banco Central, com Gabriel Galípolo, e a maioria dos diretores", comentou. Para Batista Júnior, o governo tem a obrigação de iniciar uma mudança estrutural na política econômica já no próximo ano.

<><> O primeiro teste de Gabriel Galípolo

Entre os desafios que aguardam Galípolo, Batista Júnior destacou a questão da PEC/65, que, segundo ele, representa um risco ao País. "Teste número um do Galípolo: como vai lidar com a PEC/65, que é tão nociva?", questionou. A PEC, que amplia a independência do Banco Central, tem sido amplamente criticada por economistas que a consideram prejudicial por facilitar a captura da autoridade monetária pelo sistema financeiro.

O economista argumenta que, com a mudança no comando do Banco Central, há uma oportunidade única para corrigir rumos e ajustar as políticas econômicas. "O governo tem a obrigação de iniciar uma mudança a partir de janeiro", reforçou, apostando em uma virada de chave na gestão econômica do país.

<><> Projeções e desafios para o futuro

O comentário de Batista Júnior vem no contexto das mais recentes projeções econômicas divulgadas pelo Ministério da Fazenda. Segundo o novo boletim da Secretaria de Política Econômica (SPE), a expectativa de crescimento do PIB brasileiro em 2024 foi elevada de 2,5% para 3,2%. No entanto, as previsões para 2025 foram revistas para baixo, com uma expectativa de crescimento de 2,5%. Apesar da revisão positiva para o próximo ano, Batista Júnior alerta que o Brasil pode e deve almejar mais. Para ele, o crescimento econômico de 3% é apenas um ponto de partida e não deve ser visto como o limite do que o país pode alcançar. Assista:

O desafio, portanto, será manter a trajetória de crescimento em um cenário de ajustes fiscais e controle da inflação, ao mesmo tempo em que se lida com as pressões externas e os impactos climáticos, que têm afetado setores importantes da economia, como a agricultura. O economista acredita que, com uma política econômica mais alinhada ao crescimento sustentável, o Brasil tem condições de superar esses obstáculos e atingir taxas de crescimento mais robustas nos próximos anos.

 

Fonte: Brasil 247

 

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