terça-feira, 24 de setembro de 2024

Alimentação: a escolha errada pode interferir na saúde

Uma alimentação equilibrada e rica em nutrientes é importante para funções corporais essenciais, como a renovação celular, manutenção do sistema imunológico e prevenção de doenças

Gisele Bündchen, uma das modelos mais aclamadas do mundo, já disse publicamente que se alimentava mal, bebia muito café e era fumante. Ela buscou ajuda profissional, largou o cigarro e passou a consumir mais frutas, legumes, proteínas e a evitar ultraprocessados.

A médica Ana Gabriela de Magalhães (CRM-MG 69.456 e RQE 56.186 e 56.588), pós-graduada em Medicina e Estilo de Vida, comenta que dietas pobres em nutrientes, ricas em açúcares, gorduras saturadas e alimentos ultraprocessados ruins podem acelerar processos inflamatórios, contribuir para o ganho de peso, aumentar o risco de doenças crônicas e piorar a qualidade de vida.

Segundo a especialista, os alimentos ultraprocessados ricos em açúcares refinados, gorduras saturadas e aditivos químicos são os mais prejudiciais. "Eles têm pouco valor nutricional e contribuem para o aumento de doenças metabólicas, como obesidade, diabetes e hipertensão, além de promoverem inflamação sistêmica. O consumo excessivo de alimentos ricos em sal, como embutidos, também pode elevar o risco de problemas cardiovasculares", aponta.

•        Os alimentos e o envelhecimento do corpo

Conforme a médica, para a saúde do coração são importantes os alimentos ricos em ácidos graxos, ômega-3, como peixes, nozes e sementes que ajudam a reduzir o risco de doenças cardiovasculares, inflamação e melhorando os níveis de colesterol.

Já para massa muscular e força, as proteínas, presentes em carnes magras, como peixes, ovos, frango e leguminosas, são essenciais para manter a massa muscular. Carnes vermelhas também podem ser consumidas com moderação. Os alimentos ricos em cálcio, como leite e derivados, ajudam na saúde óssea, assim como magnésio, oleaginosas e folhas verdes, vitamina D, presente em peixes e ovos.

Os alimentos ricos em antioxidantes, como frutas vermelhas e vegetais verde- escuros, castanhas, auxiliam na saúde cerebral, protegendo contra o estresse oxidativo. "Quando pensamos em defesa do corpo, alimentos ricos em zinco, vitamina C e outros antioxidantes, como frutas cítricas, castanhas e sementes, apoiam o sistema imunológico", enfatiza.

•        Dieta mais adequada para cada fase da vida

De acordo com a especialista, em cada fase da vida há necessidades nutricionais específicas, como, por exemplo, um recém-nascido de até 6 meses, que precisa de aleitamento materno exclusivo. À medida que é feita a introdução alimentar, essa criança até a adolescência precisará de uma dieta rica em nutrientes, com proteínas, carboidratos complexos, gorduras saudáveis e micronutrientes, para crescimento e desenvolvimento adequados.

A médica reforça que na vida adulta temos que pensar em saúde cardiovascular, controle de peso e prevenção de doenças crônicas, com uma alimentação balanceada e rica em fibras, proteínas magras, gorduras saudáveis, como poli-insaturadas, evitando gorduras saturadas, alimentos industrializados, ricos em alimentos adicionais e sal.

Já na senilidade, a prioridade é a preservação da massa muscular e óssea, além de prevenir déficits nutricionais que também se atinge com uma alimentação equilibrada. Portanto, como lembra Ana Gabriela, para pessoas isentas de doenças, o que vale é o equilíbrio.

•        Pirâmide alimentar

Alimentos diários: devem ser consumidos entre 5 a 7 porções de frutas, vegetais, legumes e cereais; tubérculos e raízes são 6 porções diárias; leite e derivados, carnes, feijões, ovos e nozes entre 2 a 3 porções diárias.

Açúcares, doces, óleos e gorduras: esses alimentos devem ser consumidos com moderação.

A médica recomenda que as pessoas evitem o consumo frequente de álcool, bebidas açucaradas. "A ideia sempre será descascar mais e desembalar menos", ressalta.

•        Alimentação natural sem hormônios e agrotóxicos

Ana Gabriela conta que para fugir da exposição dos hormônios e agrotóxicos, os indivíduos precisam escolher alimentos orgânicos e de produtores locais que utilizam práticas de agricultura sustentável. Além disso, é primordial lavar bem as frutas, vegetais e descascar certos alimentos. "Optar por carnes e produtos lácteos de fontes confiáveis, que seguem práticas de criação sem hormônios artificiais, também podem ajudar", finaliza.

 

•        7 dicas para incluir o cuscuz na dieta de maneira saudável

O  cuscuz é um prato tradicional de diversas culturas. No Brasil, ele é amplamente apreciado no Nordeste, onde é preparado com farinha ou flocos de milho e cozido no vapor, geralmente em cuscuzeiras. Extremamente versátil, pode ser consumido no café da manhã ou como acompanhamento em refeições principais, tanto em preparações salgadas quanto doces. Com algumas adaptações, é possível incluir o cuscuz na dieta de forma saudável, garantindo uma refeição saborosa, nutritiva e equilibrada. Veja!

<><> 1. Use como base para outros pratos

Utilize o cuscuz como base para saladas coloridas e nutritivas, acrescentando uma variedade de  vegetais frescos ou grelhados, como cenoura, abobrinha, espinafre, tomate e pepino. Os vegetais fornecem fibras, vitaminas e minerais essenciais, além de adicionarem sabor e textura ao prato.

<><> 2. Consuma com proteínas magras

Enriquecer o cuscuz com fontes de proteínas magras é uma excelente forma de criar um prato equilibrado e nutritivo. O frango acrescenta proteínas de alta qualidade sem excesso de gorduras, enquanto o atum, rico em ômega 3, promove a saúde cardiovascular. Ovos cozidos são uma opção prática e versátil, além de fornecer aminoácidos essenciais. Para uma alternativa vegetariana, o grão-de-bico é uma ótima escolha, sendo rico em fibras e proteínas vegetais.

"A recomendação é que uma pessoa sedentária consuma cerca de 0,8 gramas de proteína por quilo. Já pessoas que buscam hipertrofia e massa muscular podem consumir de 1,2 até, no máximo, 2 gramas de proteína por quilo, dependendo das necessidades individuais […]", diz a endocrinologista Dra. Deborah Beranger.

<><> 3. Adicione ervas frescas e especiarias

Ao incluir o cuscuz na dieta, para dar mais sem adicionar calorias extras, aposte em ervas frescas como salsinha, coentro, hortelã e manjericão, que realçam o sabor e oferecem antioxidantes. Especiarias como açafrão, cúrcuma e pimenta-do-reino não só acrescentam um toque aromático, mas também possuem propriedades anti-inflamatórias e digestivas.

<><> 4. Misture com oleaginosas

Adicionar nozes, castanhas ou amêndoas ao cuscuz é uma ótima maneira de aumentar o teor de gorduras saudáveis, como os ácidos graxos ômega 3, que beneficiam o coração e ajudam a controlar os níveis de colesterol. Além de enriquecer o prato com nutrientes essenciais, como vitamina E, magnésio e antioxidantes, as oleaginosas também trazem uma textura crocante e um sabor levemente adocicado ou amendoado.

"[As oleaginosas] possuem grande quantidade de nutrientes que provocam saciedade, são antioxidantes e ajudam a manter o nível de glicose estável, auxiliando o processo da queima de gordura", explica a nutricionista Nathalia Bungenstab Sales.

<><> 5. Use cuscuz integral

O cuscuz integral é uma opção mais nutritiva, pois preserva o farelo e o gérmen do grão, oferecendo uma maior quantidade de fibras, vitaminas e minerais, como ferro e magnésio. As fibras ajudam a regular o trânsito intestinal, promovendo uma digestão mais eficiente e prolongando a sensação de saciedade. "[As fibras] favorecem o trânsito do intestino, já que eles exercem função importante na formação do bolo fecal e na manutenção da flora intestinal", acrescenta a nutricionista Ronimara Santos

<><> 6. Use como recheio

O  cuscuz é uma excelente opção para rechear wraps de alface, folhas de couve ou legumes assados, como abobrinha, pimentão e berinjela. Usá-lo como recheio não só adiciona uma textura leve, mas também enriquece o prato com fibras e carboidratos complexos.

<><> 7. Controle as porções

Embora o cuscuz seja uma opção saudável e nutritiva, é importante moderar as quantidades para evitar o consumo excessivo de calorias. Uma porção adequada geralmente varia entre 1/2 e 1 xícara de chá por refeição, dependendo das suas necessidades nutricionais. O controle das porções é fundamental, principalmente se o cuscuz for combinado com ingredientes calóricos, como oleaginosas ou molhos.

 

Fonte: Terra/Portal EdiCase

 

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