Viagens
do presidente Lula deixam vazio político no Brasil
Quem usa bicicletas elétricas sabe que umas
pedaladas ajudam a movimentar o engenho e a carregar mais as baterias, que vão
se realimentando ao longo do percurso. Nos veículos de quatro rodas, mais
evoluídos no processo de redução da carburação, há os modelos híbridos flex,
movidos a baterias elétricas que podem ser acionadas por motores à combustão,
com capacidade de queimar tanto o etanol quanto a gasolina. Uma inovação que
permite ser movido por três diferentes fontes de energia, reduzindo a emissão
de gases que intensificam o efeito estufa nas grandes cidades. No Japão e na
Europa (2035), já há datas marcadas para o fim da circulação dos veículos com
motor movimentado por combustíveis fosseis. O hidrogênio verde (gerado sem
qualquer interferência de combustíveis fósseis no processo) e as baterias
elétricas irão prevalecer. Isso exigirá um novo perfil industrial, com
acentuada valorização de determinados minerais, como o lítio, usado nas
baterias e eficiente planejamento na produção de energia elétrica que não
dependa do petróleo. O Brasil, que dispõe de uma matriz energética
majoritariamente sustentável (energia hídrica, solar e eólica), está bem
estruturado para cumprir os compromissos necessários às metas climáticas.
Mas estamos atrasados, pelo retrocesso de quatro
anos no governo Bolsonaro. Em vez de proteger o meio ambiente, o finado governo
abriu a “porteira para a boiada passar” no desmatamento da Amazônia, do Cerrado
e da Mata Atlântica. Na invasão pelo garimpo ilegal nas reservas indígenas. E
na demora para adotar medidas de transição no campo energético e nas
transformações do processo industrial. A pandemia da Covid-19, negligenciada na
sua dimensão pelo governo, não pode servir de desculpa para a inação da
administração passada. Fazia parte do negacionismo negar também as mudanças
climáticas. Numa visão tosca, o governo acreditava que só o agronegócio era
importante, e deixou a indústria definhando ao léu. Pagamos preço muito alto,
sobretudo pela ausência de política industrial lincada à transição energética.
A transição virou realidade na indústria automobilística, com a confirmação de
que um carro elétrico (o modelo Y, da Tesla, de Elon Musk) superou o
tradicional Corolla (da Toyota, de motor a gasolina) como o automóvel mais
vendido no mundo no 1º trimestre.
Dito isto, é bom ressalvar que o governo Lula está
retomando o tempo perdido. Mas não será por iniciativas como o incentivo ao
carro popular mais barato, que se avançará na modernização e transição
energética na política industrial. O maior incentivo à desova dos estoques será
a redução dos juros. E só o crescimento seguro e mais acelerado da economia vai
garantir que quem comprar automóvel terá condições de bancar os custos mensais
de seu uso. O próprio Tesouro Nacional, disse o ministro Fernando Haddad, não tem
como bancar por muito tempo incentivos ao carro popular. Por sinal, vale
recordar que Itamar Franco forçou o relançamento do “fusca”, mas a grande obra
do seu governo foi o Plano Real, idealizado pelo então ministro da Fazenda (e
equipe), Fernando Henrique Cardoso, que devolveu estabilidade à moeda e ao
país.
Para a indústria, o governo Bolsonaro, por excesso
de liberalismo de Paulo Guedes&cia, foi quase a famosa dieta do puro sangue
inglês do português: Um fazendeiro lusitano, exportador de vinho do Porto para
a Inglaterra, ganhou do parceiro comercial um belo puro-sangue inglês.
Acreditou que poderia confiar na alimentação frugal que dava aos cavalos e
asnos sem pedigree de sua chácara. Mas o animal, de alta linhagem, veio com uma
caríssima dieta prescrita. Ao fim do 1º mês, o fazendeiro, assustado com a
despesa, mandou o tratador cortar as maçãs e as cenouras. Mas cobrava informes
sobre o estado do animal. No 2º mês reduziu à metade a cota de aveia e feno. No
3º mês foi a vez do corte do milho. No 4º mês indagou como ele ia. O tratador
foi sucinto: “Seu doutoire, quando estava se acostumando a deixar de comeire,
morreu!”.
·
A CPI da 'Terra Brasilis'
O agronegócio, como modelo de exploração predatória
da “Terra Brasilis”, está prestes a completar, em 2030, cinco séculos de adoção
do regime de doações de terras das Capitanias Hereditárias e sesmarias. Durante
quatro séculos, as exportações agrícolas, isoladamente, não permitiram a virada
para o azul na balança comercial brasileira. Isso ocorreu neste 3º milênio,
após longo processo. Tivemos os ciclos da cana de açúcar e do café, movidos à
escravidão dos índios e africanos. Só nas últimas cinco décadas, a agricultura,
antes tão dependente do café, deu um salto, com a forte mecanização no campo,
após a ruína do regime do colonato, que entrou no campo enquanto a escravidão
dos negros era refreada pelas leis da Inglaterra, mais interessada em vender
suas manufaturas. O colonato, no qual as famílias de agricultores europeias
tiveram acesso à terra dos grandes fazendeiros de café em São Paulo e Paraná,
em troca do cultivo de milho, feijão e mandioca, principalmente, em regime de
“meia” ou “terça”, nas “ruas” do café, teve fim com as geadas que destruíram os
cafezais e as lavouras de algodão nos dois estados, em 1975. Uma onda de
migração do campo inchou as cidades entre os censos de 1970 e 1980, quando o
Brasil passou a ter predominância da população urbana. A mecanização ainda
incipiente nas lavouras de cana e laranja (que ocuparam terras liberadas pelo
café em São Paulo) foi completada pelos boias-frias. E o plantio mecanizado na
lavoura da soja fazia mudanças no Paraná, ambos com menos acesso à terra para
as populações rurais.
E o desequilíbrio na produção de alimentos básicos,
antes a cargo das famílias dos colonos, gerou ondas inflacionárias a partir da
2ª metade dos anos 70 até meados dos anos 90. Ao lado das pesquisas da Embrapa
para o desenvolvimento de sementes apropriadas de soja, milho, algodão,
girassol e sorgo para plantio no cerrado, o uso intensivo de modernas máquinas
fez a agricultura prosperar no cerrado. Muitas vezes, era um membro de uma
família de fazendeiros dos estados do Sul que vendia sua parte (50 hectares,
por exemplo). Era suficiente para gerar capital para o desafio do cultivo de
1.000ha no Centro-Oeste. O paradoxo é que enquanto a mecanização avançava nas
terras do cerrado em grandes propriedades, com inovações sucessivas pela
indústria de máquinas, a pequena lavoura dos agricultores familiares continuou
sem o apoio oficial em assistência técnica e, sobretudo, no desenvolvimento de
micromáquinas agrícolas versáteis para reduzir o esforço braçal do trabalhador
do campo e aumentar a produtividade de legumes, verduras e frutas. Quem
acompanha os preços do IBGE percebe que os produtos agrícolas que mais sobem de
preço e pressionam as despesas das famílias são os que dependem da desassistida
agricultura familiar.
Como dono de sítio, que abandonou há mais de 20 anos
a criação de cavalos, vacas e a horta, reduzindo as áreas a uma casa de campo,
fico maravilhado com as pequenas e modernas máquinas agrícolas chinesas
expostas nas redes sociais. Microtratores de esteiras fazem tudo o que antes só
era possível com máquinas agrícolas grandes e caras, inacessíveis. Um dos
objetivos do presidente Lula quando levou o líder do MST, João Pedro Stédile, à
China foi apresentar a uma das lideranças da agricultura familiar o modelo de
cooperativas que funciona na China, com ajuda de máquinas e tecnologia, para
produzir arroz, frutas, tubérculos e legumes. Meu antigo empregado lá do sítio
exclamou quando viu a capacidade das máquinas: “Assim é fácil plantar e
colher”, para imediatamente deduzir “mas não vai sobrar trabalho para muita
gente”. Tem razão. A produtividade agrícola do grande agronegócio empresarial
deve-se ao uso intensivo de colheitadeiras/plantadeiras com crescentes linhas
de operação. Com a tecnologia 5G, há máquinas que fazem a colheita sem operador
na cabine. Drones substituem com precisão as pulverizações por aviões que
espalham agrotóxicos além dos alvos. Quando não é o uso criminoso de
desfolhantes que visam matar florestas de áreas griladas na Amazônia e atingem
lavouras de pequenos assentados em projetos de reforma agrária do Incra. Para
escoar a produção das grandes lavouras, que contam com vasto crédito bancário
(oficial e privado), o governo investe em grandes estradas, ferrovias, silos e
portos para embarque em grandes navios graneleiros. Já os pequenos agricultores
ficam ao “Deus dará”. E o consumidor paga caro nas cidades.
Uma Comissão Parlamentar de Inquérito da Câmara dos
Deputados para investigar a ação do MST, que se pretendesse séria e isenta,
deveria ir a fundo e revisitar 300 a 400 anos de escravidão dos
afrodescendentes que jamais tiveram acesso à terra. Por isso ficaram em escala
social inferior aos migrantes italianos, alemães, espanhóis, suíços,
ucranianos, poloneses, austríacos e japoneses, atraídos e contemplados com
acesso à terra para colonizar e desbravar o interior do país. Mas a CPI, pela
sua composição, nitidamente criada para dar um troco ao governo Lula pela CPMI
(Câmara e Senado) do frustrado golpe do 8 de janeiro, prefere sancionar a
abertura das porteiras às boiadas e fechar a tronqueira às famílias de
agricultores sem-terra.
De volta a mais um périplo para relançar o Brasil
como grande “player” mundial e plantar as sementes da Paz entre Rússia e
Ucrânia, como benéfica à humanidade, sobretudo às nações mais pobres, ameaçadas
em sua segurança alimentar, numa importante guinada, após a opção de ser pária
na gestão Bolsonaro, o presidente Lula percebeu que sua ausência deixa um vazio
político, sobretudo por falta de coordenação, da qual se aproveitou a oposição
radical para tentar desmontar a estrutura ministerial do seu governo, com 37
pastas. Lula foi eleito para governar o Brasil. Seu poder para semear a Paz no
mundo é limitado. Mas é insubstituível no país. Os avanços que a economia vai
fazendo (com a queda da inflação, que o Banco Central está demorando, pois
aumentar a taxa de juro real, ao manter a Selic estática em 13,75% ao ano)
terão maior velocidade e benefícios para todos se a coordenação política for
capaz de fazer andar as reformas, ajustes e cuidados aos mais carentes, dos
quais, o país, que estava desgovernado há quatro anos, tanto precisa.
·
O papel do petróleo
Sempre tive implicância com números que inflam o
papel tanto do agronegócio quando da indústria do petróleo ou da indústria
automobilística na formação do Produto Interno Bruto. O olhar nostálgico para o
tempo em que a indústria chegou a representar mais de 30% do PIB não cabe mais.
A evolução da economia no mundo caminha para a predominância no setor de
serviços. Salvo as nações menos desenvolvidas na África, em todas, o setor de
serviços (que inclui atividades financeiras e de seguros, transporte e
armazenagem, comunicações, imobiliárias e o comércio) predomina com folgas. No
Brasil, até o século XIX a lavoura prevalecia. Mas à custa da mão de obra
escrava.
Nos tempos modernos, os produtos da lavoura e da
pecuária, quando atravessam as porteiras, passam a ter um peso maior que o
valor original de sua produção. A parte primária, segundo o IBGE, não chega a
8% do PIB, mas o agronegócio diz que representa mais de 25% do PIB, avançando
pela área de serviços e a indústria de transformação. Estão neste caso as etapas
industriais de beneficiamento da cana de açúcar, de café e da pasta de celulose
decorrente das florestas plantadas de eucalipto. O mesmo ocorre com engorda com
rações à base de soja e milho, para as carnes de aves e suínos, processadas em
frigoríficos, que também desossam as carnes bovinas, cada vez mais cevados em
confinamentos, com subprodutos das lavouras). A história sempre nos ensinou,
amargamente, que os produtos manufaturados (que tivemos de importar
crescentemente desde que D. Maria I, “a louca”, mandou destruir as manufaturas
incipientes no Brasil, como retaliação ao movimento emancipacionista de
Tiradentes), sempre nos deixavam no vermelho, ou com baixa capacidade para ter
uma economia autonomia, baseada três séculos no café. Quando o petróleo do qual
produzíamos só 15% quando do 1º choque, em 1973, triplicou de preços, nos
deixou vulneráveis.
Como jornalista que cobria diariamente, no velho
JORNAL DO BRASIL, a inflação e as contas externas (cujo colapso nos levou, em
1982, à renegociação da dívida externa, com perda de uma década de crescimento,
no mínimo), posso garantir: foi a diversificação da pauta de exportação, com a
soja tomando o lugar do café como a principal “commodity” agrícola, e a entrada
na pauta das vendas de automóveis, caminhões, ônibus e tratores e aviões da
Embraer, que, juntamente com a exploração do petróleo da Bacia de Campos
(descoberto em 1974, começou a produzir na década seguinte), garantiu o
equilíbrio das contas externas a partir do final dos anos 80.
A turma do agronegócio faz “marketing” de suas
conquistas (muitas vezes com sacrifício do meio ambiente) e esquece que não
está em campo sozinha. Outros atores tiveram papel importante no reequilíbrio
das contas externas do país. E a Petrobras merece destaque. A Bacia de Campos,
velha de guerra, teve importância fundamental para reequilibrar a balança
comercial. Milhões de dólares foram poupados com a redução das importações de
petróleo. Quando o petróleo pesado de Campos não era refinado nas refinarias da
Petrobras, concebidas para o refino do óleo importado, mais leve e com menor
teor de enxofre, sua venda, com desconto no exterior, ajudava a reduzir gastos.
O pré-sal foi descoberto em boa hora, em 2009,
quando a extração em Campos estava em declínio. As imensas colunas do pré-sal,
a 200/300 kms da costa, extraídas abaixo de 2 mil metros de lâmina d’água e com
perfuração de três a cinco mil metros através da camada de pós-sal, garantem
sobrevida ao petróleo no mundo e em especial no Brasil. Em nome da transição
climática, para fazer retroceder o aquecimento da Terra, o mundo caminha para a
substituição dos combustíveis fósseis. O 1º a ser barrado (em especial na
Europa e Japão) foi o carvão mineral. Apesar dos esforços para a redução do
consumo de petróleo, na transição energética, haverá espaço para o uso do
combustível, com gradação entre os principais derivados. Assim como, lá atrás,
a adição de álcool anidro à gasolina reduziu o teor nocivo das emissões de sua
queima, o mesmo ocorreu com a adição de óleos vegetais e de gordura animal
(sebo de boi, suínos e aves) ao diesel. Entre os próprios derivados, pode-se
dizer que os menos nocivos são o gás natural e o GLP.
Há ainda horizonte de 20 a 30 anos para a exploração
da riqueza do pré-sal na costa brasileira, que se estende da dobra do Nordeste
(Rio Grande do Norte) até o Oiapoque, na Margem Equatorial do Amapá. As
reservas petrolíferas da Venezuela seguem as maiores do mundo. Entretanto, com
as hostilidades de Hugo Chaves às “majors”, as grandes multinacionais
abandonaram o país. Sem a competência técnica da Petrobras - que domina, como
poucas, a tecnologia de perfuração em águas profundas, desde a jornada da Bacia
de Campos (1974) às recentes inovações no pré-sal, da Bacia de Santos, que se
estende do RJ à costa do Rio Grande do Sul/Santa Catarina -, a PDVESA não
conseguiu sustentar a produção da Venezuela, que definhou à metade do que era
(invertendo a posição com o Brasil), empobrecendo o país. Alijadas, as “majors”
deslocaram plataformas de extração e demais equipamentos à vizinha Guiana
(antiga Guiana Inglesa), ao Suriname (que se tornou independente da Holanda) e
à Guiana Francesa, ainda sujeita a Paris. A Margem Equatorial seria extensão do
potencial, que a Petrobras vem investindo para prospectar desde 2020, na gestão
de Roberto Castello Branco.
Por tudo isso, temos neste momento um Fla X Flu no
país, envolvendo de um lado os defensores da proteção ambiental e, de outra
parte, os que veem uma oportunidade para a junção da tecnologia dominada pela
Petrobras em águas profundas com a sua responsabilidade social na prospecção e
produção de petróleo e gás há cinco décadas na plataforma marítima brasileira.
O manual ambientalista reza prioridade ao isolamento de povos indígenas no
litoral do Amapá e a proteção à fauna e flora continentais e marítimas. Mas há
muito exagero quando se segue o manual e se deixa de examinar locais e
personagens envolvidos. A Foz do Amazonas está a 540 km do local a ser
pesquisado, que, por sua vez, fica, mar adentro, a 175 km da costa. Isso me
lembra o auê que se fez quando se noticiou que o lago da usina hidroelétrica de
Itaipu, no rio Paraná, ia cobrir as cataratas de Sete Quedas. Houve uma grita
geral. Mas, a maioria das pessoas estava pensando nas Cataratas do Iguaçu (no
rio do mesmo nome, distante da barragem). A menção à Foz do Amazonas se refere
à Bacia Sedimentar, não ao local geográfico.
O cuidado com o meio ambiente é inerente aos
princípios de responsabilidade socioambiental e de governança (ESG, na sigla em
inglês) da Petrobras, uma empresa que já atuou em E&P em vários continentes
e tem ações na B3, a bolsa brasileira, e na Bolsa de Nova Iorque. Não se trata
de uma empresa aventureira. Ou de uma atividade clandestina como a dos
garimpeiros que levaram miséria e doenças às aldeias e reservas indígenas, onde
suas operações descuidadas deixaram um rastro de destruição e morte, pela fome,
com a contaminação das águas dos rios e dos peixes, devido ao uso desenfreado
de mercúrio, para aglutinar as partículas de ouro.
Uma negociação, com espíritos desarmados, pode
garantir a preservação do meio ambiente sem afastar a oportunidade de geração
de empregos e renda em região quase apartada do Brasil. O Amapá entrou em
decadência após a exploração de manganês na Serra do Navio cessar no século
passado, com o fim das reservas. Lideranças políticas responsáveis, como o
senador Randolfe Rodrigues (eleito pela Rede-AP), que anunciou seu desligamento
do partido que tem a ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Marina
Silva, como uma das maiores lideranças, já marcaram posição. Comprometido com a
preservação da Amazônia, o que motivou o recebimento de doações das nações
europeias, Estados Unidos e do Japão, para a preservação da floresta,
responsável pela absorção e “limpeza” do gás carbônico emitido pelas ricas
nações industriais, cabe ao presidente Lula mostrar que é possível conciliar a
preservação ambiental com o progresso na exploração de riquezas minerais e da
biodiversidade da Amazônia.
Fonte: Pot Gilberto Menezes Côrtes, no Jornal do
Brasil
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