Observador
critica apelos ocidentais para não temer guerra nuclear para salvar Ucrânia da
derrota
O observador Pawel Lisicki, em um artigo para a
revista polonesa Do Rzeczy, chamou de absurdos os apelos de especialistas
ocidentais para que não se tema uma guerra nuclear para salvar a Ucrânia da
derrota.
Anteriormente, ex-funcionário do Ministério da
Defesa da Austrália Malcolm Davis, em outra mídia polonesa, Wyborcza, sugeriu
correr o risco, mesmo que isso provoque o uso de armas nucleares. Ele também
chamou o medo de um ataque nuclear de covarde.
"Gostaria que esse especialista me falasse
sobre a escala de vítimas humanas causadas por essas táticas", disse
Lisicki.
De acordo com o jornalista, o Ocidente está falando
cada vez mais sobre a inaceitabilidade do congelamento do conflito e da vitória
de Moscou, mas não está pensando nas consequências dessa retórica.
O autor observou que tal cenário seria desastroso
não apenas para Kiev, mas também para toda a Europa.
"Será correto promover narrativas cujas
consequências podem ser mortes em massa enquanto se está em segurança no outro
lado do oceano?", se pergunta o jornalista.
Esses analistas reconhecem abertamente que uma
estratégia de confronto com a Rússia pode levar ao uso de armas nucleares
táticas na Europa, mas continuam a insistir na escalada para devolver à Ucrânia
suas fronteiras de 1991, acrescentou Lisicki.
Há pouco tempo, o presidente russo Vladimir Putin
disse que Moscou e Minsk haviam concordado em implantar armas nucleares táticas
em Belarus, que faz fronteira com a Polônia, sem violar os compromissos
internacionais.
Putin explicou que a Rússia não está entregando suas
armas nucleares para Belarus, mas está fazendo o que os EUA vêm fazendo há
décadas.
Os EUA mantêm 100 ogivas nucleares táticas perto da
Rússia em seis bases de cinco países da OTAN – Bélgica, Alemanha, Itália,
Países Baixos e Turquia.
Anteriormente, o Reino Unido anunciou seus planos de
entregar projéteis com núcleo de urânio empobrecido à Ucrânia junto com os
tanques Challenger.
Putin, falando sobre a iniciativa, disse que o
Ocidente decidiu lutar contra a Rússia até o último ucraniano, não em palavras,
mas em ações.
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Kremlin: ataque de drones a Moscou é resposta de
Kiev a ataques eficazes russos em 28 de maio
O Ministério da Defesa da Rússia, sistema de defesa
antiaérea e autoridades regionais, durante o ataque de drones em Moscou e na
região de Moscou, funcionaram corretamente e bem, afirmou o porta-voz do
presidente russo, Dmitry Peskov.
"Tudo funcionou corretamente. Funcionou bem. O
sistema de defesa antiaérea funcionou bem", disse ele aos jornalistas.
Peskov acrescentou que o presidente russo, Vladimir
Putin, recebeu toda a informação sobre a situação com o ataque de drones
diretamente do Ministério da Defesa, do Ministério para Situações de Emergência
e das lideranças de Moscou e da região de Moscou.
Além disso, Dmitry Peskov, comentando o ataque de
drones a Moscou, disse que isso confirma a necessidade de realizar a operação
militar especial e alcançar as metas estabelecidas pela Rússia.
O ataque de drones em Moscou e na região de Moscou é
uma resposta do regime de Kiev aos ataques eficazes da Federação da Rússia no
domingo (28) em um dos centros de tomada de decisão na zona da operação militar
especial, acrescentou o porta-voz do presidente russo.
"Obviamente, isso foi um ataque do regime de
Kiev, e isso deve ser entendido de maneira absolutamente clara", disse
Peskov aos jornalistas, respondendo ao pedido de comentários do Kremlin às
mensagens nas redes sociais dizendo que os drones, que apareceram em Moscou,
apontavam para a rodovia Rublyovskoe (sudoeste da capital russa).
Peskov se recusou a responder à pergunta sobre o
local de lançamento dos drones.
"Eu não posso dizer, isso é informação para
especialistas, para os militares, para os serviços especiais [...] Eu não tenho
essa informação", concluiu ele.
O especialista militar Ivan Konovalov comentou esta
situação em entrevista à Rádio Sputnik.
"Três drones foram parados por sistemas de
guerra eletrônica, enquanto cinco foram abatidos por um sistema antiaéreo de
mísseis e artilharia Pantsir-S1. De fato, isso mostra que nosso sistema de
defesa antiaérea como um todo está preparado para tais situações. Como se está
esclarecendo agora, esses drones eram do tipo avião, que podem ser lançados em
uma distância bastante grande. Obviamente, eles foram lançados com a
expectativa de que os drones acertassem em edifícios civis", disse Ivan
Konovalov.
Nesta terça-feira (30) o regime de Kiev atacou a
capital da Rússia com oito drones, todos foram destruídos, informou o
Ministério da Defesa da Rússia.
No início da manhã desta terça-feira vários prédios
residenciais em Moscou foram danificados na sequência de um ataque de drones,
informou o prefeito da cidade, Sergei Sobyanin. O Ministério da Defesa da
Rússia afirmou se tratar de um ataque terrorista.
Ø MRE russo: KFOR da OTAN se tornou fator de escalada no Kosovo,
demonstrando pouco profissionalismo
O presidente da Sérvia, Aleksandar Vucic, diante das
tensões no Kosovo, disse ao embaixador russo na terça-feira (30) que Belgrado
tentará manter a paz e a estabilidade na região e exigirá garantias de
segurança para os sérvios na província que o país considera sua, chamando-a
Kosovo e Metóquia.
Ontem, segunda-feira (29), as forças da KFOR (missão
da OTAN no Kosovo) entraram em duro confronto com sérvios. O confronto,
ocorrido na cidade de Zvecan, no norte do Kosovo, começou quando sérvios
protestavam em frente à administração da cidade.
Sua reclamação é o resultado das últimas eleições
locais boicotadas por sérvios, em mais um capítulo de tensões com os albaneses
kosovares.
Segundo o presidente sérvio Aleksandar Vucic, 52
sérvios ficaram feridos e pediram ajuda médica, três ficaram gravemente feridos
e as forças de segurança detiveram mais quatro sérvios.
Além disso, segundo ele, 41 combatentes da KFOR
ficaram feridos, a maioria deles húngaros e italianos, e três soldados da OTAN
ficaram gravemente feridos.
"Eu informei o embaixador [da Rússia]
Botsan-Kharchenko sobre a escalada da violência e a grave discriminação contra
os sérvios na [região de] Kosovo e Metóquia. A Sérvia, apesar da violação
flagrante de todos os acordos internacionais, trabalhará para preservar a paz e
a estabilidade, exigindo medidas urgentes para garantir a segurança dos sérvios
no Kosovo e Metóquia, que é uma condição para qualquer outra conversa com
representantes das estruturas interinas em Pristina [capital do Kosovo]",
disse Vucic.
Mais cedo, ele se reuniu com os embaixadores dos
EUA, Reino Unido, Alemanha, França, Itália e com o chefe da delegação
permanente da União Europeia (UE) na Sérvia e instou que eles influenciem
Pristina a retirar os prefeitos albaneses e as forças especiais da polícia do
norte da província.
A representante oficial do Ministério das Relações
Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, disse que o contingente da força de paz
KFOR da OTAN se tornou um fator de agravamento da situação no Kosovo,
demonstrando seu pouco profissionalismo.
"A situação de crise [...] que era bastante
passível de uma tranquila solução de compromisso, acabou ficando fora do
alcance das 'forças de paz' da Força do Kosovo [KFOR] da OTAN. Eles não só
mostraram sua falta de profissionalismo, como também se tornaram uma fonte de
violência desnecessária e um fator de escalada", diz o comentário oficial
de Zakharova.
Segundo ela, as forças da OTAN não compreendem
adequadamente suas funções na região e não abordam a situação de modo neutro.
"Na prática, o contingente da OTAN nunca
protegeu realmente os sérvios da província, mas, em vez disso, serve ao status
quo defeituoso – com o extremismo albanês do Kosovo desenfreado e a limpeza
étnica antissérvia. Não pode haver qualquer confiança, muito menos lealdade,
dos sérvios sob tais condições", enfatizou.
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Ocidente quer agravar situação no Kosovo devido aos
laços da Sérvia com Moscou, diz especialista
Ao fomentar o conflito no Kosovo, Washington procura
influenciar Belgrado por causa de seus estreitos laços com Moscou, afirmou o
professor e doutor em ciências políticas, Aleksandr Gusev, em entrevista à
Sputnik.
O especialista também acredita que o presidente
sérvio, Aleksandar Vucic, precisa "fazer uma declaração pública"
sobre a política pró-russa e iniciar a adesão à Organização do Tratado de
Segurança Coletiva (OTSC).
Ele também observou que o Ocidente não gosta da
tendência para a Rússia, e é claro que o Ocidente fará tudo para a situação
escalar.
"Ocidente está agora à procura de qualquer
pretexto, para o Ocidente, para os EUA, estes conflitos crescentes são
fundamentalmente importantes. Assim como o conflito na Ucrânia", disse
Gusev.
O especialista acrescentou que "se os Bálcãs
inflamarem agora - para os americanos - é muito bom, eles vão 'cortar cupons',
todo mundo sabe disso [...]. É claro que o Ocidente tomou um curso de total
obediência a todos".
Gusev também destacou que, em oposição à pressão do
Ocidente coletivo, a Sérvia poderia levantar a questão de sua adesão tanto à
OTSC quanto ao BRICS e à Organização para Cooperação de Xangai (SCO, na sigla
em iglês).
"O Ocidente está constantemente provocando,
constantemente [...]. Propusemos que a Sérvia se juntasse à OTSC, ao BRICS e à
OCS - as estruturas onde a Rússia tem uma forte influência - há alguns
anos", notou ele, acrescentando que o presidente sérvio poderia levantar
essas questões durante sua reunião com o embaixador russo.
O presidente sérvio, Aleksandar Vucic, se encontrará
com embaixadores de Rússia e China, nesta terça-feira (30), para discutir a
situação no Kosovo.
Ontem, segunda-feira (29), as forças da KFOR (missão
da OTAN no Kosovo) entraram em duro confronto com sérvios no norte do Kosovo. O
confronto, ocorrido na cidade de Zvecan, no norte do Kosovo, começou quando
sérvios protestavam em frente à administração da cidade. Sua reclamação é o
resultado das últimas eleições locais boicotadas por sérvios em mais um
capítulo de tensões com os albaneses kosovares.
Segundo Vucic, apenas 52 sérvios ficaram feridos e
pediram ajuda médica, três ficaram gravemente feridos e as forças de segurança
detiveram mais quatro sérvios. Além disso, segundo ele, 41 combatentes da KFOR
ficaram feridos, a maioria deles húngaros e italianos, e três soldados da OTAN
ficaram gravemente feridos.
O conflito entre a Sérvia e o Kosovo se agravou nos
meados de 2022. As autoridades de Pristina decidiram então substituir as placas
de carros e documentos pessoais emitidos na Sérvia para residentes do norte do
Kosovo, o que provocou protestos. Em novembro, a União Europeia anunciou que
houve acordos entre a Sérvia e o Kosovo sobre a questão das placas dos
automóveis.
Ø Síria é eficaz no combate ao terrorismo e à hegemonia dos EUA, diz
acadêmico tcheco
Síria e seu povo devem ser apoiados, inclusive
através de políticas que levem à retirada das forças estrangeiras e das sanções
do país árabe, defendeu um pesquisador da República Tcheca.
Vlasta Havelka, professor e pesquisador tcheco,
afirmou que a Síria tem um papel eficaz e decisivo no combate ao terrorismo e
no combate à hegemonia dos EUA.
"O papel efetivo da Síria no combate ao
terrorismo tem servido a todos os povos do mundo e às forças que defendem sua
soberania e aspiram à libertação da dominação e da injustiça", disse
Havelka à agência síria SANA em Praga, República Tcheca, citado no domingo
(28).
Havelka exortou a comunidade internacional a exercer
mais pressão para suspender imediatamente as sanções e as pressões ocidentais
impostas à Síria, e a trabalhar para expulsar "as forças estrangeiras
ilegítimas destacadas no território sírio", em aparente referência aos EUA
e à Turquia, ambos Estados-membros da OTAN, apesar de a Rússia ser a única
cujas Forças Armadas foram permitidas no país árabe por Damasco.
O pesquisador acrescentou que "a guerra travada
contra a Síria e o cerco injusto imposto a ela" só aumentaram a firmeza
dos sírios e sua adesão às questões nacionais.
Havelka destacou ainda a importância do retorno da
Síria à Liga Árabe devido ao seu papel influente e fundamental na história da
região e do mundo inteiro.
Fonte: Sputnik Brasil
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