Bolsonaro diz que
Lula terá ‘vantagem enorme’ nas eleições de 2026
O
ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse à
Rádio Itatiaia que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sairá em
vantagem caso tente se reeleger em 2026.
Durante
a entrevista que ocorreu na manhã desta sexta-feira (30), Bolsonaro, que pode se
tornar inelegível, declarou que a composição da chapa para as eleições de 2026
ainda não está definida e que ainda não há um grande nome na direita para
ocupar a candidatura.
“No momento, sou opção da direita. Tem muita
gente boa na direita, mas acho que não tem um lastro, ainda, não é conhecido
nacionalmente o suficiente para disputar uma eleição presidencial. Não vou
citar nomes para não termos ciúmes, pois posso esquecer de alguém. Fizemos boas
lideranças.”
Ele
chegou a elogiar os governadores de Minas Gerais e São Paulo, Romeu Zema
(Novo-MG) e Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP). Quando questionado sobre sua
esposa Michelle Bolsonaro, o ex-presidente se mostrou positivo sobre as
habilidades políticas dela, mas destacou a inexperiência:
“Ela
[Michelle] não tem uma experiência política, né como eu tive [...] E agora você
pode ver que um prefeito às vezes tem dificuldade para tratar com 9 vereadores,
agora imagina uma pessoa sem experiência tratar com 594 parlamentares.”
De
acordo com Bolsonaro, a vantagem de Lula nas próximas eleições é justificada
pelo presidente ser conhecido entre os mais pobres: “Nomes, têm bastante por
aí. Mas, no meu entender, se Lula disputar a reeleição com qualquer outro
candidato, a vantagem dele será enorme, pelo conhecimento que as pessoas mais
humildes têm dele”, disse.
·
Bolsonaro chama
celular de Cid de “caixa postal” e nega relação com mensagens
O
ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que
não há como relacionar as mensagens
encontradas no celular do ex-ajudante de ordens, tenente-coronel
Mauro Cid, com um plano para dar um golpe de Estado no Brasil. A declaração foi
feita em entrevista à Rádio Itatiaia, de Minas Gerais, nesta sexta-feira
(30/6).
Mauro Cid,
ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, depõe à PF nesta sexta
Entre
os assuntos abordados, Bolsonaro falou sobre a minuta do golpe, encontrada na
casa do ex-ministro Anderson Torres; e o julgamento de inelegibilidade no
Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que continua nesta
sexta.
“O
que é o telefone do Cid? Um muro das lamentações. É uma caixa postal. Tudo que
acontecia comigo, pelo Brasil, liga para o Cid. É tanta coisa que chegava,
então alguns lamentavam, xingavam, mas nem chegava a mim, ele respondia é com
emoji”, afirmou o ex-chefe do Executivo.
Mauro
Cid está preso desde 3 de maio, durante operação da Polícia Federal (PF) que apura a
inserção de dados falsos de vacinação contra a Covid-19 em sistema do
Ministério da Saúde para beneficiar familiares do ex-ajudante de ordens e do
ex-presidente.
·
Mensagens
golpistas
Desde
o início das investigações, diferentes mensagens do círculo bolsonarista
presente no celular de Cid têm vindo à tona e mostrado o interesse na
arquitetura de um golpe de Estado.
Parte
delas vieram de grupos de militares da ativa, enquanto outras foram trocadas
entre Gabriela Cid, esposa do tenente-coronel, e Adriana Villas Bôas, filha de
Eduardo Villas Bôas, ex-assessor do Gabinete de Segurança Institucional (GSI),
da Presidência da República.
Bolsonaro,
no entanto, negou qualquer relação com as mensagens enviadas a Cid. O
ex-presidente relembrou, durante a entrevista, um caso em que Ailton Gonçalves
Moraes Barros, militar candidato a deputado estadual pelo PL-RJ e conhecido
como “02 do Bolsonaro”, enviou cobranças por um golpe contra o presidente Luiz
Inácio Lula da Silva (PT).
“Tem
um cara que está preso, o Ailton, um afrodescendente, bastante afrodescendente,
que escreveu: ‘Tem que quebrar e convocar 1.500 homens’. Quem é esse cara? Foi
candidato várias vezes e não conseguiu nada. Foi expulso do Exército. Sempre
tratei bem, é paraquedista. Tem um áudio: é o 02 do Bolsonaro para golpe no
Rio. E mandei um áudio para ele: ‘Desejo boa sorte para você’. Esse foi meu
recado”, afirmou o ex-presidente.
Ø
Inelegível,
Bolsonaro diz a aliados que não vai transferir seu espólio agora
Tornado inelegível até 2030
pelo TSE nesta
sexta-feira (30/6), Jair Bolsonaro deixou claro
a aliados e interlocutores que não pretende transferir seu espólio eleitoral
agora.
A
avaliação é de que, se fizesse isso agora, o ex-presidente estaria admitindo de
vez a derrota e queimando aquele que ungirá em 2026 como candidato da direita
ao Palácio do Planalto.
Mais
do que não querer anunciar seu sucessor agora, Bolsonaro tem dito que observará
com “lupa” “oportunistas” que se precipitarem para tomar seu lugar no campo da
direita.
Para
o ex-presidente, os oportunistas seriam não só aqueles que se colocam
publicamente como opção, como aqueles aliados que silenciam sobre o julgamento
do TSE que o tornou inelegível.
Por
ora, Bolsonaro manterá o discurso de vítima e de que tem uma “bala de
prata” para 2026,
como afirmou em entrevista nesta semana à colunista Mônica Bergamo, do jornal
Folha de S. Paulo.
·
Passado
de Michelle preocupa Bolsonaro e político quer esposa longe da disputa para
presidência. Entenda!
Após
a derrota histórica de Jair Bolsonaro nas últimas eleições, surgiram inúmeros
boatos de que a ex-primeira-dama, Michelle, poderia vir candidata à presidência
na disputa de 2026. No entanto, segundo o site Na Telinha, a informação não
agrada nada o político.
De
acordo com a publicação, Bolsonaro teme que o passado de Michelle venha à tona
e seja usado contra ela durante a disputa eleitoral. Fontes consultadas pelo
portal relatam que o ex-presidente não suportaria ver os comentários sobre a
vida íntima da esposa antes de se casar com ele.
No
entanto, ainda não se tem informações sobre quais fatos causariam tanto temor
em Bolsonaro. Segundo o Na Telinha, há rumores, em Brasília, da existência de
um dossiê sobre o passado de Michelle.
Com
grandes chances de Bolsonaro se tornar inelegível até 2030, estuda-se uma chapa
feminina com a senadora Tereza Cristina (PP-MS) como candidata a presidente e
Michelle como vice, segundo informações publicadas pela jornalista Andréia
Sadi. Mas, de acordo com o Na Telinha, sem o apoio do ex-presidente, a
possibilidade se torna inviável.
·
Michelle
apoia Bolsonaro após inelegibilidade: “Às suas ordens, meu capitão”
A
ex-primeira dama Michelle Bolsonaro saiu em
defesa do marido Jair Bolsonaro (PL) após a
decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de torná-lo inelegível até 2030, nesta sexta-feira
(30/6). Em publicação, demonstrou apoio ao ex-presidente “Estou às suas ordens,
meu CAPITÃO”.
“Eu
continuo confiando, acreditando e ao seu lado, meu amor, escreveu.
Michelle
afirmou que tem fé e que “Deus não perdeu e nunca perderá o controle de nada”.
“Somente Deus conhece os corações dos homens. A minha fé continua
inabalável em Ti, Pai!”.
Com
fotos de Bolsonaro, a esposa destacou um versículo da bíblia falando sobre
injustiça.
“Pois
quem agir de forma injusta receberá o devido pagamento da injustiça cometida; e
nisto não há exceção para pessoa alguma. Colossenses 3:5”, escreveu.
·
Valdemar
apoia Bolsonaro após inelegibilidade: “É hora de superação”
Valdemar Costa Neto, presidente
do Partido Liberal (PL), legenda
de Jair Bolsonaro, prestou apoio ao ex-presidente após a decisão do
Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de torná-lo inelegível por oito
anos, nesta sexta-feira (30/6). Segundo o chefe do partido, os aliados vão
“trabalhar dobrado e mostrar lealdade” a Bolsonaro.
“Podem
acreditar que a injustiça de hoje será capaz de revelar o eleitor mais forte da
nação. E o resultado disso será registrado nas eleições de 2024 e 2026. Mais do
que nunca, o Brasil precisa de força. É hora de superação. Bolsonaro é o maior
líder popular desde a redemocratização e vai continuar sendo”, escreveu Costa
Neto, nas redes sociais.
Ø
Nunes
Marques nega “simpatia política” ao votar contra condenação de Bolsonaro no TSE
O
ministro Nunes Marques, do Tribunal Superior
Eleitoral (TSE),
votou nesta sexta-feira (30/6), contra a inelegibilidade do ex-presidente Jair
Bolsonaro (PL). O magistrado, indicado pelo ex-mandatário ao cargo de ministro
do Supremo Tribunal Federal (STF) e como substituto para o TSE, considerou
improcedente Ação de Investigação
Judicial Eleitoral (Aije) movida pelo PDT, que acusa Bolsonaro de cometer
abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação em uma reunião
com embaixadores, em julho de 2022.
Nunes
Marques iniciou seu voto logo após a Corte formar maioria pela condenação. Com
4 votos a 1, o TSE considerou que Bolsonaro cometeu as infrações apontadas pelo
PDT e deve ficar inelegível por 8 anos, a contar de 2022.
A
maioria foi formada com o voto da ministra Cármen Lúcia. Os ministros também
optaram por excluir Walter Braga Netto,
vice de Bolsonaro nas eleições de 2022,das acusações.
Ao
Nunes Marques votar contra a inelegibilidade, o placar do julgamento ficou em 4
a 2, ainda faltando o voto de Alexandre de Moraes. Nunes Marques ressaltou em
suas justificativas que não votou por “simpatia política”. Não está em
julgamento simpatia política com qualquer dos candidatos, mas a materialidade
dos fatos”, disse.
“Tenho
como irrefutável a integridade do sistema eletrônico de votação. Nada obstante,
retornando ao objeto desta ação, considero que a atuação de Jair Messias
Bolsonaro no evento sob investigação não se voltou a obter vantagem sobre os
demais contendores do pleito presidencial de 2022, tampouco faz parte de
tentativa concreta de desacreditar o resultado da eleição”, considerou o
ministro.
Ø
PL
não entrará em guerra por Bolsonaro
O
presidente do PL, Valdemar Costa Neto, afirmou que o partido não vai levar “um
tiro” pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (RJ). A ordem
dada pelo cacique político é de apoiar publicamente o capitão da reserva, dar
todo o apoio jurídico para que ele possa recorrer da decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), mas não entrar
em nenhuma guerra contra o judiciário.
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Valdemar
relembrou aos seus aliados que a sigla entrou na onda bolsonarista ao fim das
eleições de 2022 e ganhou uma multa de R$ 22 milhões. Ele ainda destacou que
muitos parlamentares ficaram na mira da justiça por conta dos questionamentos
feitos em relação ao processo eleitoral do país.
O
presidente do PL pediu que as principais lideranças da agremiação demonstrem
indignação pela provável inelegibilidade de Bolsonaro, mas que evitem
ataques ao poder judiciário.
A
ideia é criar a narrativa que o ex-presidente foi injustiçado, no entanto, o PL
respeitará a decisão judicial e buscará uma revisão do processo por vias
legais.
Valdemar
não quer que representantes do partido entrem na onda dos bolsonaristas. Na sua
opinião, haverá tentativa de uma nova radicalização. “O presidente não quer
entrar numa nova guerra”, falou um interlocutor.
Ø
Em documento
sigiloso, Lindôra Araújo faz acusações contra Moraes e sai em defesa de
Bolsonaro e aliados
Um
documento confidencial, obtido pela revista Veja, revela um embate
interno entre o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal
(STF), e a vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo. No relatório,
Lindôra insinua que Moraes teria autorizado procedimentos ilegais, decretado
prisões sem fundamentos sólidos e buscado obter provas sem justificativa
legítima, caracterizando o que é conhecido como "pesca
probatória".
As
acusações envolvem a prisão do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens
de Jair Bolsonaro (PL), e a apreensão de telefones relacionados ao caso. “Os
elementos apontados são por demais incipientes a recomendar quaisquer
diligências ou medidas em face dos investigados, sob pena de se validar a pesca
probatória, à semelhança de outras investigações em curso no âmbito do Supremo
Tribunal Federal”, escreveu Lindôra.
Lindôra
Araújo, responsável pelo documento, argumenta que não havia justificativa
plausível para a prisão preventiva de Mauro Cid e outros envolvidos no caso.
Ela expressa preocupação com o uso da "pesca probatória" e ressalta a
falta de elementos concretos para sustentar tais medidas.
O
relatório também questiona a forma como o ministro Alexandre de Moraes conduziu
as investigações, alegando falta de formalização de atos processuais e
precipitação na atribuição de responsabilidades golpistas a pessoas ligadas a
Bolsonaro. Lindôra Araújo argumenta que as conclusões tiradas das mensagens
encontradas no celular do tenente-coronel não representam uma ameaça real à
democracia, mas sim "mero diálogo entre pessoas comuns, desprovidas de
conhecimento jurídico ou político suficiente para arquitetar um golpe de
Estado".
Para
ela, as trocas de mensagens não passam de “uma simples troca de informações
apenas e tão somente entre os interlocutores, sem contato com qualquer pessoa
com condições de executar”.
Fonte:
iG/Brasil 247/Terra/Metrópoles
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