"Pensar, todo mundo pensa", diz Bolsonaro sobre golpe de
estado: "coisa mais fácil que tem"
Jair Bolsonaro (PL) confirmou em entrevista à
Crusoé ter ‘pensado’ em dar um golpe de estado no Brasil: “pensar, todo mundo
pensa. De vez em quando alguém falava alguma coisa. Agora, ninguém tentou me
convencer”.
Apesar de ter espalhado por diversas vezes a
mentira de que o artigo 142 da Constituição Federal daria às Forças Armadas o
status de ‘poder moderador’ para intervir nos Três Poderes na República,
Bolsonaro negou ter cogitado invocá-lo.
“Quando você fala de Estado de Defesa, de Estado de
Sítio, de art. 142, são todos remédios previstos na Constituição. Se o
presidente decide acionar o art. 142, precisa enfrentar as condicionantes,
explicar o porquê de se fazer aquilo. Você tem que ouvir o Conselho da
República. Então, houve alguma assinatura em qualquer documento da minha parte?
Não houve nada. Eu convoquei os conselhos da República e da Defesa para tratar
desse assunto? Não”.
“Dar um golpe é a coisa mais fácil que tem. O duro
é o day after, o dia seguinte. Como é que o mundo vai se relacionar conosco?
Temos experiência de países que tomaram medidas de força e as consequências são
péssimas.
Você não vê uma ação minha fora das quatro linhas.
Na minha intimidade, eu fiquei revoltado quando o [Alexandre] Ramagem não pôde
assumir a PF. Busquei contornar sem uma medida drástica. Quem hoje é o diretor
da PF? Um amigo íntimo do Lula. Comigo não foi possível. Há uma diferença. Eu
fui discriminado durante todo o mandato”, declarou, em mais uma tentativa de se
vitimizar.
Questionado sobre as conversas de teor golpista
encontradas no celular de seu ex-ajudante de ordens, o tenente-coronel do
Exército Mauro Cid, que está preso, Bolsonaro minimizou: “o telefone do Mauro
Cid era um telefone público. Uma caixa de mensagens. Quando havia qualquer
problema, informação sobre agenda, questões de ministros, tudo era no telefone
dele. Se ele tivesse maldade, de três em três meses teria sumido com o telefone
e com as mensagens, mas ficou tudo aberto”.
Ainda segundo ele, “é comum você falar uma coisa
que não queria e, depois que acontece, você se arrepende. Jamais alguém ia
tratar de golpe por WhatsApp”.
Bolsonaro ainda tratou os terroristas do 8 de
janeiro como “pobres pessoas que se viram tentadas a entrar no Parlamento”.
“Não era para terem entrado. Os acampamentos já
estavam se esvaindo. Os mais de 100 ônibus que foram para a capital, a grande
maioria era bem-intencionada. Se a vontade de buscar a verdade viesse a
prevalecer, você rapidamente já teria colocado em liberdade as pessoas que
estão presas”.
<><> Inelegível, Bolsonaro vê
isolamento e rejeição aumentarem e relevância para 2024 cair
O alerta vermelho do PL começou a acender em
relação às eleições municipais de 2024, especialmente quando se trata de Jair
Bolsonaro. Com a aproximação do pleito, a legenda tem observado o aumento do
isolamento político e da rejeição a ele, agora inelegível, ao mesmo tempo que
lideranças experientes se afastam do bolsonarismo e buscam o centro político,
destaca a jornalista Bela Megale, do jornal O Globo.
Um dos movimentos que têm chamado a atenção no
partido foi protagonizado pelo prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), que
busca o apoio do PL e se posiciona como candidato da direita na disputa.
Durante um almoço com empresários que contou com a presença de Bolsonaro, Nunes
manteve uma distância calculada e declarou não ter proximidade com o capitão,
destaca a reportagem. Ainda que afirmasse que seria ótimo receber o apoio de
Bolsonaro, o prefeito tratou o encontro como um evento rotineiro, não algo
premeditado.
Integrantes do PL revelam que o partido recebeu
informações de que pesquisas contratadas por Nunes apontam que o apoio
declarado de Bolsonaro poderia resultar em uma perda de votos.
A postura adotada pelo recém-filiado Marcelo
Queiroga, ex-ministro da Saúde de Bolsonaro, também tem sido acompanhada de
perto pelo PL. Queiroga tem explorado mais sua atuação como médico do que seu
envolvimento político com Bolsonaro, buscando se afastar da imagem do antigo
chefe.
Outro nome importante no cenário político que tem
recebido atenção no partido é o senador e ex-ministro da Casa Civil de
Bolsonaro, Ciro Nogueira. Embora afirme ser contra a entrada do Progressistas
(PP) em um ministério liderado por Lula, Nogueira deu aval para que líderes de
seu partido negociem com o governo petista. Enquanto isso, o presidente do
Republicanos, deputado federal Marcos Pereira, não tem poupado críticas
públicas a Bolsonaro, enquanto lideranças da sigla negociam uma possível aliança
com o governo do PT.
<><> Apoio de Bolsonaro começa a virar
mico até mesmo dentro do seu partido
Ao contrário do que ocorreu em 2018, e mais
parcialmente em 2022, políticos de direita, sobretudo do PL, tentam desta vez
escapar do apoio de Jair Bolsonaro. A sucessão de denúncias e escândalos no
entorno do ex-presidente, bem como o seu processo de inelegibilidade, têm feito
despencar a sua popularidade.
Como resultado prático, para as eleições do próximo
ano, vários políticos até então aliados ou próximos, querem desta vez ver o
ex-presidente bem longe de suas campanhas.
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), que
pretende ir para a disputa ao lado do PL como nome da direita, se esquivou
claramente de Bolsonaro durante almoço com empresários na quarta-feira. Apesar
de comer ao lado do ex-presidente, Nunes afirmou à imprensa “não ter
proximidade” do capitão. Disse apenas que, se vier um apoio de Bolsonaro, “será
ótimo”, mas tratou a agenda como evento rotina.
Integrantes do PL informaram a coluna de Bela
Megale que pesquisas contratadas por Nunes mostrariam que ele pode perder votos
com apoio declarado do ex-presidente. Lula venceu na capital paulista em 2022,
lembra ainda a jornalista.
Ex-ministros
Nunes, no entanto, não é o único da legenda a se afastar
de Bolsonaro. O recém-filiado Marcelo Queiroga, ex-ministro da Saúde de
Bolsonaro, pretende concorrer à prefeitura de João Pessoa. Para tal, ele tem
explorado mais sua atuação como médico do que como político afilhado de
Bolsonaro.
O senador e ex-ministro da Casa Civil de Bolsonaro,
Ciro Nogueira, é outro exemplo. Ele afirma publicamente ser contra a entrada do
PP em um ministério de Lula, mas deu aval para que líderes de seu partido façam
a negociação.
O deputado federal Marcos Pereira, presidente do
Republicanos, não tem poupado críticas públicas a Bolsonaro, enquanto
lideranças de sua sigla negociam um ministério com o governo petista.
A impressão dentro (e também fora) da legenda é que
o bolsonarismo dá sinais claros de desgaste e o partido começa a se movimentar
da extrema-direita para a direita.
Bolsonaros
alegam 'crime' e 'perseguição' após relatório do Coaf apontar milhões em Pix do
ex-presidente
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o vereador
Carlos Bolsonaro (PL-RJ) reagiram com indignação à divulgação de um relatório
do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) que aponta supostas
transferências Pix totalizando R$ 17,2 milhões em 2023 para o ex-presidente
Jair Bolsonaro (PL). Na postagens em suas redes sociais, os filhos do
ex-mandatário qualificaram a publicação dos dados como um "assassinato de
reputação" e afirmaram que o Brasil está caminhando para se tornar uma
"Venezuela".
“Na democracia comunista relativa vale tudo! Já
vivemos na Venezuela!”, escreveu Carlos Bolsonaro no Twitter. "Um
assassinato de reputação sem precedentes contra o melhor presidente que o
Brasil já teve! Reviram tudo, não encontram nada e mais uma vez quebram a cara!
Nunca houve qualquer vazamento, quebra de sigilo ou exposição, sem embasamento,
de nenhum ex-presidente na história do país, mas contra Bolsonaro vale
tudo!", afirmou Flávio na mesma plataforma.
“Engana-se quem pensa que o Brasil está caminhando
a passos largos rumo à Venezuela, Cuba e Nicarágua. O país já está nos 100m
rasos e SEM BARREIRAS. Este crime terá que ser explicado”, disse Eduardo em um
outro trecho da postagem.
Os dados do Coaf, divulgados nesta sexta-feira (28)
pela Folha de S. Paulo, apontam que as transferências feitas por meio de 769
mil transações entre os dias 1 de janeiro e 4 de julho somam R$ 17,1 milhões,
quase a totalidade do valor que circulou nas contas de Bolsonaro em 2023: R$
18.498.532. Os registros bancários também indicam que parte desses recursos
teria sido convertida em aplicações financeiras.
Em junho, apoiadores de Bolsonaro promoveram uma
vaquinha via Pix pelas redes sociais para o ex-presidente. O objetivo era
arrecadar dinheiro para o pagamento de multas judiciais, sob a justificativa de
que ele era vítima de "assédio judicial" e precisava de ajuda para
quitar "diversas multas em processos absurdos".
No dia 13 de junho, a Justiça do estado de São
Paulo determinou o bloqueio de R$ 87,4 mil das contas de Bolsonaro pelo não
pagamento de multa por não ter usado máscara durante a pandemia do coronavírus.
Outra decisão desbloqueou mais de metade desse valor. Em 20 de junho, o
Tribunal Superior Eleitoral manteve uma multa de R$ 90 mil contra Bolsonaro por
propaganda irregular contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), então
candidato.
No começo do mês, Bolsonaro afirmou que tinha
recebido o suficiente para o pagamento de todas as multas que recebeu em
processos judiciais e eventuais novas punições. Na ocasião, ele disse que o
montante seria divulgado "brevemente", sem dar detalhes sobre como
isso seria feito.
Jandira
cita quantia milionária recebida por Bolsonaro: 'nem todo o pix do mundo vai
livrá-lo do seu destino, que é a cadeia'
A deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ)
criticou Jair Bolsonaro (PL) nesta quinta-feira (27) após a informação de que
ele recebeu R$ 17 milhões via PIX, o que, de acordo com relatório Conselho de
Controle de Atividades Financeiras (Coaf), "chamou a atenção o montante de
PIXs recebidos em situação atípica e incompatível". A parlamentar
mencionou também o tenente-coronel Mauro Cid, que foi ajudante de ordens do
ex-ocupante do Planalto e atualmente está preso por suspeita de fraudes em
cartões de vacina - também é investigado no inquérito sobre tentativas de
golpe.
"A turma do milhão. Os negócios em torno de
Bolsonaro vão de vento em popa. Mauro Cid movimenta R$ 3,7 milhões em 10 meses.
Bolsonaro agora, segundo Coaf, tocou o coração bolsonarista de empresários,
advogados, pecuaristas, militares e agricultores e captou nada menos que R$ 17
milhões em seis meses. Negócio promissor. E esse recurso, via campanha de Pix,
era para pagar dívida com o Estado de São Paulo de R$ 1 milhão por não usar
máscara. Mas nem todo o pix do mundo vai livrá-lo do seu destino: a
cadeia", escreveu a parlamentar no Twitter.
O Coaf também apontou que o tenente-coronel Mauro
Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, movimentou R$ 3,2 milhões em sete
meses (26 de junho de 2022 a 25 de janeiro de 2023). A defesa do militar alega
que "todas as movimentações financeiras" dele "são lícitas e já
foram esclarecidas para a Polícia Federal".
Governo
Bolsonaro escondeu casos e mortes na pandemia, diz jornal
Durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), agentes
de inteligência produziram mais de mil relatórios prevendo o aumento de casos e
óbitos por covid-19 no Brasil, mesmo em meio à resistência do ex-presidente em
adotar medidas de combate à pandemia e dificultar o acesso às vacinas. As
informações são da Folha de S. Paulo.
Os relatórios foram elaborados entre março de 2020
e julho de 2021 e até então eram mantidos em sigilo. Esses documentos de
inteligência traziam projeções sobre a pandemia, incluindo previsões de aumento
nos casos e óbitos por covid-19 no Brasil.
O material apresenta carimbos da Abin (Agência
Brasileira de Inteligência), GSI (Gabinete de Segurança Institucional) ou não
possui identificação de autor.
Os documentos evidenciam que o ex-presidente
Bolsonaro não apenas ignorou as recomendações do Ministério da Saúde, mas
também desconsiderou informações levantadas por agentes de inteligência,
inclusive dentro do próprio Palácio do Planalto.
Os relatórios produzidos pelos agentes da Abin e do
GSI destacam o distanciamento social e a vacinação como meios efetivos para
controlar a doença. Além disso, apresentam estudos que desaconselham o uso da
cloroquina e alertam sobre a possibilidade de colapso da rede de saúde e
funerária no Brasil.
Os pareceres também apontam a falta de
transparência do governo Bolsonaro na divulgação dos dados da pandemia, bem
como a lentidão do Ministério da Saúde para definir estratégias de testagem e
combate à doença. Essas questões foram reconhecidas pelos agentes da Abin e do
GSI em seus documentos.
De maneira geral, as estimativas elaboradas pela
Abin mostraram-se próximas dos dados efetivamente registrados. Em alguns casos,
o avanço da pandemia superou as expectativas dos agentes de inteligência.
• Colapso
Pelo menos 18 relatórios elaborados nos primeiros
meses da crise mencionam o risco de "colapso" em diversas regiões do
Brasil. Além disso, outros 12 documentos datados de maio de 2020 afirmam que o
país ainda não havia atingido o pico da doença.
Em um documento da Abin datado de março de 2020,
foi afirmado que "medidas como essas [distanciamento social] podem reduzir
o tempo para que a epidemia alcance o pico do número de casos de
contágio".
Esses documentos foram originalmente elaborados
para subsidiar as discussões do comitê liderado pela Casa Civil sobre as ações
governamentais durante a pandemia, conforme relatado por membros da gestão
anterior.
No entanto, eles não eram compartilhados com todos
os integrantes do comitê, chegando apenas às mãos de assessores de poucos
ministros, de acordo com as mesmas autoridades.
<><> Mais de 3.500 crianças indígenas
morreram no governo Bolsonaro; 800 adultos foram assassinados
A tragédia humanitária na Terra Indígena Yanomami é
o exemplo mais escancarado do abandono dos Povos Indígenas promovido pelo
governo do inominável. Mas o descaso genocida foi muito maior, como mostra o
novo relatório anual Violência Contra os Povos Indígenas, do Conselho
Indigenista Missionário (CIMI).
Entre 2019 e 2022, 3.552 crianças indígenas de 0 a
4 anos morreram – um aumento de 35% em relação aos quatro anos anteriores.
Foram pelo menos 1.504 óbitos por causas evitáveis. Segundo os dados da
Secretaria de Saúde Indígena (SESAI), somente em 2022, 835 crianças indígenas
desta faixa etária morreram, detalham Carta Capital, UOL e Brasil de Fato.
Os estados com mais mortes infantis estão na
Amazônia Legal. Foram 2.958 óbitos (83% do total de 0 a 4 anos) na região.
Amazonas, Mato Grosso e Roraima registraram, juntos, 59,3% do total de mortes
nos quatro anos passados. E 17,5% de todos os óbitos ocorreram na TI Yanomami:
621 casos.
Além das mortes infantis, houve 795 assassinatos de
indígenas durante o governo Bolsonaro, informam Agência Pública, Congresso em
Foco, Correio Braziliense, DW, Colabora, Agência Brasil e Metrópoles. Só no ano
passado, foram 180 indígenas mortos em situações de violência.
Em Roraima e Amazonas houve 208 e 163 assassinatos
de indígenas no período, respectivamente. Em terceiro lugar no ranking de
mortes violentas contra indígenas aparece Mato Grosso do Sul, com 146 casos.
Juntos, os três estados foram responsáveis por 65% dos assassinatos no período.
O CIMI também observou o crescimento da violência
patrimonial ao longo desses anos, principalmente na forma das invasões às
Terras Indígenas, constantemente ameaçadas pela grilagem e pelo garimpo ilegal.
Vale lembrar também que nenhum centímetro de TI foi demarcado no (des)governo
passado.
Especificamente em 2022, houve 467 casos de
violência contra o patrimônio, informa o UOL. Foram 158 casos de conflitos
territoriais e 309 registros de invasões possessórias, exploração ilegal de
recursos e danos ao patrimônio – em ambos, os números registrados no ano
passado foram recorde.
Gleisi
critica Bolsonaro por ignorar relatórios da pandemia: "precisa pagar por
crime contra a saúde do povo"
A deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR) criticou
Jair Bolsonaro (PL) por ter ignorado e escondido mais de 1.100 relatórios de
inteligência que previam o caos no Brasil na pandemia de Covid-19. Em
publicação feita no Twitter, a presidente nacional do PT destacou que "o
genocida boicotava as medidas de proteção e a vacina" contra o novo
coronavírus e relembrou o desprezo do ex-presidente pelos mais de 700 mil
mortos em decorrência da doença.
"Bolsonaro ignorou os mais de mil relatórios
sobre a pandemia, projetando aumento no número de casos e mortes, que foram
feitos por setores de inteligência. Enquanto o povo morria sem ar, o genocida
boicotava as medidas de proteção e a vacina. Não dá pra esquecer os mortos da
covid e o desprezo de Bolsonaro, ainda precisa pagar por crime contra a saúde
do povo", escreveu Gleisi.
Em notícia publicada na manhã desta sexta-feira
(28) pela Folha de S. Paulo, o jornal revelou que agentes de inteligência
vinculados ao governo Bolsonaro produziram mais de mil relatórios sobre a
pandemia, projetando um aumento nos números de casos e mortes no Brasil, mas
tais documentos foram desprezados pelo então mandatário, que promoveu
aglomerações, recomendou o uso de remédios sem eficácia para a doença e
minimizou os efeitos do contágio pela Covid-19. O resultado de tal política
negacionista foi o colapso do sistema de saúde nacional, a morte de centenas de
milhares de pessoas e o atraso na retomada da normalidade no Brasil.
Fonte: Brasil 247/Forum/Terra/ClimaInfo
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