sábado, 29 de julho de 2023

Meditação infantil: cinco técnicas para crianças

Não consegue nem imaginar aquelas crianças que parecem ligadas na tomada sentadinhas de olhos fechados e completamente imóveis por mais de cinco segundos? Pois saiba que isso é possível.

Claro que não é de um dia para o outro. A meditação guiada para crianças é um aprendizado que exige treino, mas vale a pena. O exemplo é muito importante na hora de ensinar meditação infantil, e cada vez que ela for repetida, se tornará mais fácil e habitual.

<><><> Qual a importância da meditação para as crianças?

A meditação ajuda a reduzir a hiperatividade e melhorar a concentração, o foco e o desempenho escolar. Além disso, a prática de meditar pode ser feita para diminuir o estresse, o nervosismo e a ansiedade.

Deborah Rozman, autora do livro Meditação para Crianças, dá três regras básicas para conseguir isso:

“A primeira delas é que a criança não deve se sentir obrigada a praticá-la. A segunda é que o baixinho deve meditar por pouco tempo, alguns minutos apenas. As crianças se distraem muito. A terceira dica é que toda meditação deve seguir uma orientação de adultos, pelo menos no início.”

Comece com um minuto apenas. Vendo que as crianças conseguem se concentrar, vá aumentando o tempo de prática gradativamente.

Algumas técnicas podem ajudar as crianças a entrarem no estado meditativo:

<><><> Como fazer a primeira meditação?

·         1) Concentrar na respiração

Essa técnica de meditação, baseada no “mindfulness“, é bem simples. Peça para a criança se sentar confortavelmente e se concentrar no ar que entra e no ar que sai. Pode ser algo como: “Feche seus olhos e se concentre na sensação: o ar que entra friozinho pelo seu nariz e enche o seu peito. Depois sai, esvaziando o peito, e passa quentinho, saindo do nariz”.

“Ar entra. Um, dois, três. Ar sai. Um, dois, três”.

Outra técnica interessante de meditação infantil é usar uma pedrinha, um cristal ou qualquer objeto pequeno e não chamativo em cima da barriga da criança deitada. Peça para ela olhar para a pedrinha que sobe quando o ar entra e desce quando o ar sai.

·         2) Focar o olhar em um ponto

Pode ser a chama de uma vela, um catavento que gira, um pêndulo, a fumacinha de um incenso. A intenção dessa técnica de meditação é que as crianças consigam ficar só olhando a imagem por um tempo determinado.

·         3) Ouvir o sino

Um som que se estende e silencia lentamente é também um jeito bem fácil de ensinar meditação para crianças – isso as ajuda a se concentrarem, principalmente as pequenas. Pode ser um sino, a corda de um violão, a nota de um violino, até um tambor. Peça para que fechem os olhinhos e escutem o som até ele acabar e o silêncio aparecer. Faça um número de repetições que não canse as crianças.

·         4) Repetir palavras ou frases

A simples repetição, desde que não seja entediante para a criança, já conduz a um estado meditativo. Podem ser palavras simples como amor, saúde, paz, alegria. Ou frases com um sentido bonito: “Quero tornar-me aquilo que sou: uma criança feita de luz” ou “Do meu coração brotam o amor e a luz que enchem o mundo de paz”.

·         5) Imagens mentais

O adulto pode conduzir uma meditação para crianças com uma historinha de fácil entendimento. Assim, a prática da meditação infantil será guiada e relaxante. Por exemplo: “Deite-se e feche os olhos. Imagine que agora você é uma bonequinha de pano, bem molinha, que se esparrama pelo chão”.

“Sinta os pés molinhos, as pernas, a barriga, as mãos, os braços, os ombros, o pescoço e a cabeça. Tudo está molinho e esparramado”.

Pode ser a água de uma praia que molha os pés, pernas e braços. Pode ser uma rede que balança para lá e para cá. O tom de voz tem que ser suave. Você também pode usar um fundo musical e um incenso calmante para ajudar na meditação infantil.

 

Ø  O que é a mente humana e como funciona?

 

A mente é um conceito que define o estado de consciência ou subconsciência humana, ou seja, está diretamente atrelada ao ato de pensar. Apesar disso, a mente não pode ser tida como um sinônimo do cérebro. Afinal, em tese, o órgão é definido como a parte física da mente — termo que determina todas as suas funções.

De forma simplificada, a mente descreve as funções do cérebro humano, principalmente quando se trata de funções cognitivas e humanas e potência intelectual. A palavra “mente” vem do latim “méntem”, que pode ser traduzido como “pensar, conhecer, entender”, mas também pode significar “medir”. Isso porque, em teoria, uma pessoa que pensa e tem consciência “mede e pondera suas ideias”.

A mente costuma ser atribuída às funções cerebrais como: interpretação, desejos, temperamento, imaginação, linguagem e os sentidos. No entanto, ela também tem relação com ações inconscientes, como o pensamento, a razão, a memória, intuição, inteligência, sonho, sentimento, ego e superego. 

A conduta de uma pessoa também é comumente atrelada à mente, sendo assim, a forma como ela funciona determinará como esse indivíduo lida com o mundo. Por exemplo: alguém mente aberta tem mais facilidade de obter informações externas não vistas antes, processá-las e aceitá-las. 

·         Qual é a função da mente?

Uma hipótese, criada pelo estudioso Karl Friston, é a Mente Hierarquicamente Mecanizada (HMM). De acordo com o pesquisador, a mente funciona como uma máquina de previsões que busca melhorar o seu modelo de mundo através de ciclos adaptativos de percepção e ação, que trabalham sinergicamente para reduzir a incerteza do ambiente em que vivemos. 

Por exemplo, quando uma criança vê um cachorro latindo pela primeira vez, ela vai achar estranho e pode até mesmo acabar chorando. Porém, com o passar do tempo, essa criança pode perceber que o animal late sempre que vê um gato passando na janela. Sendo assim, ela vai internalizar isso em seu cérebro, e se tiver boas experiências com cachorros, vai deixar de se assustar e até mesmo procurar pelo gato que alarmou seu bicho de estimação. 

O conceito é construído a partir da ideia de que o cérebro é composto de componentes com diferentes funções, que se comunicam e trocam informações de maneira hierárquica e integrada. Enquanto algumas partes do órgão servem para processar estímulos e gerar movimentos, outras, como o córtex pré-frontal, são responsáveis pelo processamento de informações e tomada de decisões. 

Os pensamentos humanos, sentimentos e ações, tudo o que forma a mente, são determinados por um complexo processo de integração a longa distância. Ele é criado por populações de células especializadas, conectadas a outras regiões do corpo, que desempenham diferentes funções.  

Existem diversos estudos que comprovam que o cérebro funciona como uma grande estrutura hierárquica que está conectada de ponta a ponta. Essa estrutura complexa do órgão permite a ele otimizar o equilíbrio entre o processamento local e a função cerebral global. Algumas pesquisas apontam que essa característica é comum em mamíferos.

·         Divisão da mente

Alguns especialistas dividem a mente da seguinte forma:

Consciente: a parte do pensamento que as pessoas estão cientes e que pode ser alterada caso entre em contato com um argumento pertinente. Geralmente é o que as pessoas pensam quando se referem à mente.

Inconsciente: trabalha em organizar as diversas informações no cérebro. Como um comodo grande repleto de gavetas com dados, que são armazenados para serem lembrados futuramente;

Subconsciente: detector de padrões, responsável por perceber que uma situação já aconteceu antes. De forma exemplificada: uma pessoa ouve seu estômago fazendo barulho, e por já ter passado por isso anteriormente, sabe que está com fome. 

·         Quem estuda a mente?

As principais áreas de estudo da mente são a neurociência e a psicologia. A primeira é responsável por compreender o seu funcionamento, por meio da atividade cerebral. Enquanto a segunda estuda o comportamento da mente, levando em consideração práticas psicoterápicas que provocam alterações na atividade neural do cérebro. 

 

Fonte: eCycle

 

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