Meditação infantil: cinco técnicas para crianças
Não consegue nem imaginar aquelas crianças que
parecem ligadas na tomada sentadinhas de olhos fechados e completamente imóveis
por mais de cinco segundos? Pois saiba que isso é possível.
Claro que não é de um dia para o outro. A meditação guiada
para crianças é um aprendizado que exige treino, mas vale a
pena. O exemplo é muito importante na hora de ensinar meditação infantil, e cada vez que ela
for repetida, se tornará mais fácil e habitual.
<><><> Qual
a importância da meditação para as crianças?
A meditação ajuda
a reduzir a hiperatividade e melhorar a concentração, o foco e o desempenho
escolar. Além disso, a prática de meditar pode ser feita para diminuir o
estresse, o nervosismo e a ansiedade.
Deborah Rozman, autora do livro Meditação para Crianças, dá três
regras básicas para conseguir isso:
“A primeira delas é que a criança não deve se
sentir obrigada a praticá-la. A segunda é que o baixinho deve meditar por pouco tempo, alguns
minutos apenas. As crianças se distraem muito. A terceira dica é que toda meditação deve seguir uma
orientação de adultos, pelo menos no início.”
Comece com um minuto apenas. Vendo que as crianças conseguem se concentrar,
vá aumentando o tempo de prática gradativamente.
Algumas técnicas podem ajudar as crianças a entrarem no estado meditativo:
<><><> Como
fazer a primeira meditação?
·
1) Concentrar na
respiração
Essa técnica de meditação, baseada no “mindfulness“, é bem simples. Peça para a criança se sentar confortavelmente e se
concentrar no ar que entra e no ar que sai. Pode ser algo como: “Feche seus
olhos e se concentre na sensação: o ar que entra friozinho pelo seu nariz e
enche o seu peito. Depois sai, esvaziando o peito, e passa quentinho, saindo do
nariz”.
“Ar entra. Um, dois, três. Ar sai. Um, dois, três”.
Outra técnica interessante de meditação infantil é usar uma
pedrinha, um cristal ou qualquer objeto pequeno e não chamativo em cima da
barriga da criança deitada. Peça para ela olhar para a pedrinha que sobe quando
o ar entra e desce quando o ar sai.
·
2) Focar o olhar em um
ponto
Pode ser a chama de uma vela, um catavento que
gira, um pêndulo, a fumacinha de um incenso. A intenção dessa técnica de meditação é que
as crianças consigam
ficar só olhando a imagem por um tempo determinado.
·
3) Ouvir o sino
Um som que se estende e silencia lentamente é
também um jeito bem fácil de ensinar meditação para crianças – isso as ajuda a se concentrarem,
principalmente as pequenas. Pode ser um sino, a corda de um violão, a nota de
um violino, até um tambor. Peça para que fechem os olhinhos e escutem o som até
ele acabar e o silêncio aparecer. Faça um número de repetições que não canse
as crianças.
·
4) Repetir palavras ou
frases
A simples repetição, desde que não seja entediante
para a criança, já conduz a
um estado meditativo. Podem
ser palavras simples como amor, saúde, paz, alegria. Ou frases com um sentido
bonito: “Quero tornar-me aquilo que sou: uma criança feita de luz” ou “Do meu
coração brotam o amor e a luz que enchem o mundo de paz”.
·
5) Imagens mentais
O adulto pode conduzir uma meditação para crianças com uma
historinha de fácil entendimento. Assim, a prática da meditação
infantil será guiada e relaxante. Por exemplo: “Deite-se e feche os
olhos. Imagine que agora você é uma bonequinha de pano, bem molinha, que se
esparrama pelo chão”.
“Sinta os pés molinhos, as pernas, a barriga, as
mãos, os braços, os ombros, o pescoço e a cabeça. Tudo está molinho e esparramado”.
Pode ser a água de uma praia que molha os pés,
pernas e braços. Pode ser uma rede que balança para lá e para cá. O tom de voz
tem que ser suave. Você também pode usar um fundo musical e um incenso calmante
para ajudar na meditação infantil.
Ø O que é a mente humana e como funciona?
A mente é
um conceito que define o estado de consciência ou subconsciência humana, ou
seja, está diretamente atrelada ao ato de pensar. Apesar disso, a mente não pode ser tida como um
sinônimo do cérebro. Afinal, em tese, o órgão é definido como a parte física da mente — termo que determina todas
as suas funções.
De forma simplificada, a mente descreve as funções do
cérebro humano, principalmente quando se trata de funções cognitivas e humanas
e potência intelectual. A palavra “mente”
vem do latim “méntem”, que pode ser traduzido como “pensar, conhecer,
entender”, mas também pode significar “medir”. Isso porque, em teoria, uma
pessoa que pensa e tem consciência “mede e pondera suas ideias”.
A mente costuma
ser atribuída às funções cerebrais como: interpretação, desejos, temperamento,
imaginação, linguagem e os sentidos. No entanto, ela também tem relação com
ações inconscientes, como o pensamento, a razão, a memória, intuição, inteligência, sonho, sentimento, ego e superego.
A conduta de uma pessoa também é comumente atrelada
à mente, sendo assim, a
forma como ela funciona determinará como esse indivíduo lida com o mundo. Por
exemplo: alguém mente aberta
tem mais facilidade de obter informações externas não vistas antes,
processá-las e aceitá-las.
·
Qual é a função da mente?
Uma hipótese, criada pelo estudioso Karl Friston, é a Mente
Hierarquicamente Mecanizada (HMM). De acordo com o pesquisador,
a mente funciona como
uma máquina de previsões que busca melhorar o seu modelo de mundo através de
ciclos adaptativos de percepção e ação, que trabalham sinergicamente para
reduzir a incerteza do ambiente em que vivemos.
Por exemplo, quando uma criança vê um cachorro latindo
pela primeira vez, ela vai achar estranho e pode até mesmo acabar chorando.
Porém, com o passar do tempo, essa criança pode perceber que o animal late
sempre que vê um gato passando na janela. Sendo assim, ela vai internalizar
isso em seu cérebro, e se tiver boas experiências com cachorros, vai deixar de
se assustar e até mesmo procurar pelo gato que alarmou seu bicho de
estimação.
O conceito é construído a partir da ideia de que o
cérebro é composto de componentes com diferentes funções, que se comunicam e
trocam informações de maneira hierárquica e integrada. Enquanto algumas partes
do órgão servem para processar estímulos e gerar movimentos, outras, como o
córtex pré-frontal, são responsáveis pelo processamento de informações e tomada
de decisões.
Os pensamentos humanos, sentimentos e ações, tudo o
que forma a mente, são
determinados por um complexo processo de integração a longa distância. Ele é
criado por populações de células especializadas, conectadas a outras regiões do
corpo, que desempenham diferentes funções.
Existem diversos estudos que comprovam que o
cérebro funciona como uma grande estrutura hierárquica que está conectada de
ponta a ponta. Essa estrutura complexa do órgão permite a ele otimizar o
equilíbrio entre o processamento local e a função cerebral global. Algumas
pesquisas apontam que essa característica é comum em mamíferos.
·
Divisão da mente
Alguns especialistas dividem a mente da seguinte forma:
Consciente: a parte do pensamento que as pessoas estão cientes e que pode ser
alterada caso entre em contato com um argumento pertinente. Geralmente é o que
as pessoas pensam quando se referem à mente.
Inconsciente: trabalha em organizar as diversas informações no cérebro. Como um
comodo grande repleto de gavetas com dados, que são armazenados para serem
lembrados futuramente;
Subconsciente: detector de padrões, responsável por perceber que uma situação já
aconteceu antes. De forma exemplificada: uma pessoa ouve seu estômago fazendo barulho, e por já ter passado por isso anteriormente,
sabe que está com fome.
·
Quem estuda a mente?
As principais áreas de estudo da mente são a neurociência e a
psicologia. A primeira é responsável por compreender o seu funcionamento, por
meio da atividade cerebral. Enquanto a segunda estuda o comportamento da mente, levando em consideração
práticas psicoterápicas que provocam alterações na atividade neural do
cérebro.
Fonte: eCycle
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