segunda-feira, 3 de julho de 2023

Profissão TikToker: criadores derrubam mitos e revelam caminhos (e dificuldades) para ganhar dinheiro na rede social

A popularidade do TikTok, que já tem mais de 1 bilhão de usuários em todo o mundo, fez da rede social um terreno cobiçado para se ganhar dinheiro com vídeos que já vão bem além das "dancinhas".

Para entender os segredos (e desafios) de monetizar na plataforma, o g1 ouviu 8 criadores, com idades entre 21 a 36 anos, que têm entre 20 mil a 29 milhões de seguidores (mais do que a Anitta) e que fazem vídeos sobre temas diversos. Veja o que eles revelaram:

QUEM GANHA DINHEIRO NO TIKTOK: um dos mitos derrubados pelos entrevistados — e a própria plataforma — é o de que só quem tem um número gigantesco de seguidores consegue ganhar dinheiro com vídeos.

Aqueles que têm a partir de mil seguidores já podem faturar em lives (as famosas transmissões ao vivo) e vídeos por meio de "presentes” enviados pelos usuários, que serão convertidos em dinheiro.

Além desses meios, os brasileiros têm outras possibilidades de ganhar com a rede social: produzir vídeos para os programas Marketplace de Criadores e Criativo Beta.

Mas, para se candidatar a esse novo "mundo" de oportunidades, é preciso ter ao menos 10 mil seguidores e acumular, no mínimo, 100 mil visualizações de vídeos nos últimos 30 dias.

🎬 O QUE PRODUZIR: com o passar do tempo, os formatos de vídeos que são mais bem distribuídos pelo TikTok foram diversificando. Primeiro, foram os curtos e, agora, também existe espaço para conteúdos mais longos e séries.

Os entrevistados explicaram que só quem participa dos programas de monetização consegue ficar a par das regras vigentes, uma vez que elas mudam sem aviso.

Já o critério criatividade é relativo... Enquanto existem vídeos mais elaborados e originais, outros perfis faturam em lives onde dormem, descascam ovos ou fazem uma pintinha de caneta na cara a cada "presente" enviado pela "plateia".

💰 QUANTO DÁ PARA FATURAR: esta é uma resposta com muuuuitas variáveis.

O TikTok não divulga quanto paga por vídeo.

O app tem algumas formas de monetização que permitem que o criador negocie o valor com a marca que encomenda um conteúdo.

E outras modalidades que podem pagar até abaixo do mínimo estabelecido pelo criador, mas permitem ganhos adicionais se o conteúdo viralizar.

Os poucos criadores que toparam dizer o quanto tiram por mês, em média, citam valores entre R$ 3.000 e R$ 6.000 — caso de Vanessa Lopes, que é quem reúne quase 30 milhões de seguidores na rede.

Achou que essa conta não fecha? É que, apesar de bombarem no TikTok, os vídeos de dança nem sempre viram renda.

Isso porque o programa de monetização que Vanessa usa, Criadores Beta, não aceita conteúdos com menos de 1 minuto — caso típico de vídeos com trechos de músicas tirados da biblioteca do app, que variam entre 15 e 30 segundos.

Mas, assim como praticamente todos os entrevistados, Vanessa não vive só do TikTok: ela produz para o Youtube e outras redes sociais. E fatura principalmente com oportunidades que surgem no mundo real, a partir dessa "vitrine" virtual. Desde 2020, uma agência gerencia o trabalho dela nas redes.

💸 NÃO TEM 'SALÁRIO': outro ponto é que não existe renda constante, como se fosse um salário fixo, que "caia" todo mês para o criador.

O ator Danny Lima conta que ganhou R$ 508 com o primeiro conteúdo monetizado, em abril de 2022. Depois, chegou a faturar R$ 8 mil com outro vídeo, encomendado por uma marca e pago em agosto.

"Foi o máximo que eu consegui. E, depois, fiquei 3 meses sem ter nenhum vídeo selecionado (no programa de monetização que rendeu o seu valor recorde)", lembra Danny.

SEM FÉRIAS, SEM FERIADO... Os criadores também reclamam de ter que postar com alta frequência para conquistar e manter o engajamento do público.

“O algoritmo do TikTok quer constância. Ele quer que você esteja lá e que prove que quer estar lá. Todos os dias”, explica Vanessa Lopes, que não posta.

Além de marcar presença, quem quer ganhar dinheiro no TikTok "tem que surfar a 'trend' e ter consistência de volume [publicação de vídeos]" como explica Alfredo Soares, que faz vídeos voltados para capacitação de executivos.

O ator Pedro Daher, que ficou famoso em 2022 com vídeos onde mapinhas "falantes" trocam ideia sobre seus países, reconhece a pressão pelo conteúdo original.

"Isso entra na cabeça e fica aquela ansiedade. É uma dificuldade que pega, porque é um trabalho que demanda criatividade o tempo todo e o vídeo tem que prender a pessoa até o fim", desabafa.

 

       Após críticas, Musk aumenta limite de leitura no Twitter para 1 mil posts

 

O bilionário Elon Musk, dono do Twitter, anunciou uma mudança no limite temporário de leitura na rede social. Segundo ele, usuários não verificados poderão ler até 1.000 posts por dia na plataforma – 400 a mais do que o limite divulgado inicialmente.

Com a nova atualização, os limites de leitura informados pela plataforma são os seguintes:

•        Contas verificadas: leitura de até 10.000 posts por dia;

•        Contas não verificadas: leitura de até 1.000 posts por dia;

•        Contas novas não verificadas: leitura de até 500 posts por dia.

A nova barreira foi a terceira anunciada por Musk em menos de 24 horas. O limite temporário de leitura para contas não verificadas que não são consideradas novas começou em 600 posts por dia. Depois, subiu para 800 e, agora, está em 1.000.

Musk publicou os novos limites sem detalhar por quanto tempo eles vão durar, nem adiantar se eles voltarão a ser ampliados.

Para ter direito a visualizar 10.000 tuítes por dia, as contas devem ser verificadas por conta de sua relevância ou assinar o Twitter Blue, versão paga da rede social que custa R$ 42 por mês.

•        'Briga' contra robôs como ChatGPT

Ao anunciar o limite, o bilionário afirmou que a ideia era lidar com os "níveis extremos" de extração de dados. Ele se referiu a robôs como o ChatGPT, que são treinados a partir da coleta de informações na internet, uma técnica que consome a capacidade dos sites.

Cada acesso, seja de uma pessoa ou de um robô, exige que o site use a capacidade de servidores para exibir a página. No caso da raspagem de dados, esses acessos costumam ser feitos em uma escala muito maior, o que aumenta os custos das plataformas com infraestrutura.

Nos últimos meses, Musk tem aumentado as críticas contra as empresas que criam os robôs. Em dezembro, ele acusou a OpenAI, criadora do ChatGPT, de usar dados do Twitter para treinar seus modelos de inteligência artificial.

"Nós tomaremos medidas legais contra aqueles que roubaram nossos dados e esperamos vê-los no tribunal, o que (de forma otimista) será daqui a 2 ou 3 anos", afrimou em outra ocasião, de acordo com a Reuters.

 

Fonte: g1

 

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