Profissão TikToker:
criadores derrubam mitos e revelam caminhos (e dificuldades) para ganhar
dinheiro na rede social
A
popularidade do TikTok, que já tem mais de 1 bilhão de usuários em todo o
mundo, fez da rede social um terreno cobiçado para se ganhar dinheiro com
vídeos que já vão bem além das "dancinhas".
Para
entender os segredos (e desafios) de monetizar na plataforma, o g1 ouviu 8
criadores, com idades entre 21 a 36 anos, que têm entre 20 mil a 29 milhões de
seguidores (mais do que a Anitta) e que fazem vídeos sobre temas diversos. Veja
o que eles revelaram:
✔️ QUEM GANHA
DINHEIRO NO TIKTOK: um dos mitos derrubados pelos entrevistados — e a própria
plataforma — é o de que só quem tem um número gigantesco de seguidores consegue
ganhar dinheiro com vídeos.
Aqueles
que têm a partir de mil seguidores já podem faturar em lives (as famosas
transmissões ao vivo) e vídeos por meio de "presentes” enviados pelos
usuários, que serão convertidos em dinheiro.
Além
desses meios, os brasileiros têm outras possibilidades de ganhar com a rede
social: produzir vídeos para os programas Marketplace de Criadores e Criativo
Beta.
Mas,
para se candidatar a esse novo "mundo" de oportunidades, é preciso
ter ao menos 10 mil seguidores e acumular, no mínimo, 100 mil visualizações de
vídeos nos últimos 30 dias.
🎬 O QUE PRODUZIR: com o passar do tempo, os
formatos de vídeos que são mais bem distribuídos pelo TikTok foram
diversificando. Primeiro, foram os curtos e, agora, também existe espaço para
conteúdos mais longos e séries.
Os
entrevistados explicaram que só quem participa dos programas de monetização
consegue ficar a par das regras vigentes, uma vez que elas mudam sem aviso.
Já
o critério criatividade é relativo... Enquanto existem vídeos mais elaborados e
originais, outros perfis faturam em lives onde dormem, descascam ovos ou fazem
uma pintinha de caneta na cara a cada "presente" enviado pela
"plateia".
💰 QUANTO DÁ PARA FATURAR: esta é uma
resposta com muuuuitas variáveis.
O
TikTok não divulga quanto paga por vídeo.
O
app tem algumas formas de monetização que permitem que o criador negocie o
valor com a marca que encomenda um conteúdo.
E
outras modalidades que podem pagar até abaixo do mínimo estabelecido pelo
criador, mas permitem ganhos adicionais se o conteúdo viralizar.
Os
poucos criadores que toparam dizer o quanto tiram por mês, em média, citam
valores entre R$ 3.000 e R$ 6.000 — caso de Vanessa Lopes, que é quem reúne
quase 30 milhões de seguidores na rede.
Achou
que essa conta não fecha? É que, apesar de bombarem no TikTok, os vídeos de
dança nem sempre viram renda.
Isso
porque o programa de monetização que Vanessa usa, Criadores Beta, não aceita
conteúdos com menos de 1 minuto — caso típico de vídeos com trechos de músicas
tirados da biblioteca do app, que variam entre 15 e 30 segundos.
Mas,
assim como praticamente todos os entrevistados, Vanessa não vive só do TikTok:
ela produz para o Youtube e outras redes sociais. E fatura principalmente com
oportunidades que surgem no mundo real, a partir dessa "vitrine"
virtual. Desde 2020, uma agência gerencia o trabalho dela nas redes.
💸 NÃO TEM 'SALÁRIO': outro ponto é que não
existe renda constante, como se fosse um salário fixo, que "caia"
todo mês para o criador.
O
ator Danny Lima conta que ganhou R$ 508 com o primeiro conteúdo monetizado, em
abril de 2022. Depois, chegou a faturar R$ 8 mil com outro vídeo, encomendado
por uma marca e pago em agosto.
"Foi
o máximo que eu consegui. E, depois, fiquei 3 meses sem ter nenhum vídeo
selecionado (no programa de monetização que rendeu o seu valor recorde)",
lembra Danny.
⏰ SEM FÉRIAS, SEM FERIADO... Os criadores também
reclamam de ter que postar com alta frequência para conquistar e manter o
engajamento do público.
“O
algoritmo do TikTok quer constância. Ele quer que você esteja lá e que prove
que quer estar lá. Todos os dias”, explica Vanessa Lopes, que não posta.
Além
de marcar presença, quem quer ganhar dinheiro no TikTok "tem que surfar a
'trend' e ter consistência de volume [publicação de vídeos]" como explica
Alfredo Soares, que faz vídeos voltados para capacitação de executivos.
O
ator Pedro Daher, que ficou famoso em 2022 com vídeos onde mapinhas
"falantes" trocam ideia sobre seus países, reconhece a pressão pelo
conteúdo original.
"Isso
entra na cabeça e fica aquela ansiedade. É uma dificuldade que pega, porque é
um trabalho que demanda criatividade o tempo todo e o vídeo tem que prender a
pessoa até o fim", desabafa.
Após críticas, Musk aumenta limite de
leitura no Twitter para 1 mil posts
O
bilionário Elon Musk, dono do Twitter, anunciou uma mudança no limite
temporário de leitura na rede social. Segundo ele, usuários não verificados
poderão ler até 1.000 posts por dia na plataforma – 400 a mais do que o limite
divulgado inicialmente.
Com
a nova atualização, os limites de leitura informados pela plataforma são os
seguintes:
• Contas verificadas: leitura de até
10.000 posts por dia;
• Contas não verificadas: leitura de até
1.000 posts por dia;
• Contas novas não verificadas: leitura de
até 500 posts por dia.
A
nova barreira foi a terceira anunciada por Musk em menos de 24 horas. O limite
temporário de leitura para contas não verificadas que não são consideradas
novas começou em 600 posts por dia. Depois, subiu para 800 e, agora, está em
1.000.
Musk
publicou os novos limites sem detalhar por quanto tempo eles vão durar, nem
adiantar se eles voltarão a ser ampliados.
Para
ter direito a visualizar 10.000 tuítes por dia, as contas devem ser verificadas
por conta de sua relevância ou assinar o Twitter Blue, versão paga da rede
social que custa R$ 42 por mês.
• 'Briga' contra robôs como ChatGPT
Ao
anunciar o limite, o bilionário afirmou que a ideia era lidar com os
"níveis extremos" de extração de dados. Ele se referiu a robôs como o
ChatGPT, que são treinados a partir da coleta de informações na internet, uma
técnica que consome a capacidade dos sites.
Cada
acesso, seja de uma pessoa ou de um robô, exige que o site use a capacidade de
servidores para exibir a página. No caso da raspagem de dados, esses acessos
costumam ser feitos em uma escala muito maior, o que aumenta os custos das
plataformas com infraestrutura.
Nos
últimos meses, Musk tem aumentado as críticas contra as empresas que criam os
robôs. Em dezembro, ele acusou a OpenAI, criadora do ChatGPT, de usar dados do
Twitter para treinar seus modelos de inteligência artificial.
"Nós
tomaremos medidas legais contra aqueles que roubaram nossos dados e esperamos
vê-los no tribunal, o que (de forma otimista) será daqui a 2 ou 3 anos",
afrimou em outra ocasião, de acordo com a Reuters.
Fonte:
g1
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