Boris
Johnson reconhece que conflito na Ucrânia é uma 'guerra por procuração' contra
Rússia
O
reconhecimento pelo ex-primeiro-ministro britânico Boris Johnson da organização
de uma guerra por procuração contra a Rússia foi extremamente desavergonhado,
escreve o portal Strategic Culture.
"Isso
não fez Johnson pensar ou sentir vergonha. Ele encorajou os europeus a enviar
mais armas para a Ucrânia. Sua sinceridade bruta também não causou qualquer
ressentimento ou condenação. O imbecil Johnson confirmou o fato sobre o qual a
Rússia alertava, sobre a essência do conflito na Ucrânia – uma guerra liderada
pelos EUA usando bucha de canhão ucraniana", aponta o artigo.
Ele
também observa que a Europa está "sendo submetida à violência como um
brinquedo escravo de Washington e das elites europeias" no confronto com a
Rússia, o que poderia levar a um "armagedon nuclear".
"Tem
sido patético, vamos encarar isso: estamos travando uma guerra por procuração,
mas não estamos dando aos nossos representantes a capacidade de fazer o
trabalho. Há anos que tem sido permitido que eles lutem com uma mão amarrada
nas costas, e tem sido cruel", disse Johnson ao jornal The Telegraph.
O
ex-premiê britânico disse também que a responsabilidade de proteger qualquer
possível futura linha de cessar-fogo na Ucrânia deve ser colocada em um grupo multinacional
de forças europeias de manutenção da paz.
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Ministro da Defesa russo destaca o desejo de Moscou e Pyongyang de fortalecer
os laços
Ao
ratificar o Tratado de Parceria Estratégica Abrangente, Moscou e Pyongyang
confirmaram sua disposição de desenvolver relações bilaterais de forma
extensiva, declarou o ministro da Defesa russo, Andrei Belousov.
"A
ratificação do Tratado de Parceria Estratégica Abrangente dos nossos países
confirma o interesse bilateral no desenvolvimento abrangente das relações
aliadas. Agradecemos o seu compromisso no caminho do aprofundamento dos laços
com a Rússia", disse Belousov em uma reunião com o líder da República
Popular Democrática da Coreia (RPDC), Kim Jong-un.
O
ministro russo destacou que a RPDC "é um dos poucos países que leva a cabo
uma política externa absolutamente independente" e atribuiu isso ao mérito
de Kim.
Belousov
também transmitiu ao líder norte-coreano uma saudação cordial e votos positivos
enviados pelo presidente da Federação da Rússia, Vladimir Putin.
O
ministro da Defesa russo chegou nesta sexta-feira (29) a Pyongyang, onde tem
agendadas várias reuniões bilaterais com representantes da liderança militar e
político-militar da República Popular Democrática da Coreia.
O
acordo entre os dois países foi ratificado no dia 9 de novembro, com assinatura
do presidente Putin, reforçando o compromisso firmado entre as nações.
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Jornalista polonês
indica 5 razões para o colapso próximo da frente ucraniana
A
frente ucraniana está a desfazer-se aos poucos, e há cinco razões principais
para isso, aponta o jornalista do portal polonês Onet Marcin Wyrwal, que
regressou de uma viagem ao Donbass.
A
primeira razão que ele citou foi a escassez de efetivos nas Forças Armadas da
Ucrânia e problemas com a mobilização, observando que a criação dos centros de
recrutamento não teve o efeito esperado: juntamente com a corrupção e
"caos do tempo de guerra", o Exército ucraniano simplesmente perde
muitos recrutas potenciais.
A
segunda razão é a falta de equipamentos e munições. Segundo as avaliações do
autor do artigo, a "terrível crise" com armas nas forças ucranianas
começou no outono europeu de 2023 quando, após uma contraofensiva ucraniana
fracassada, a alocação de ajuda dos EUA para Kiev foi paralisada. Desde então,
o Exército de Kiev tem sofrido com a falta de equipamentos e munições.
Nos
últimos meses, o Exército russo conseguiu "esticar" a linha de
frente, colocando pressão sobre o leste e sul do país, que, com uma escassez de
pessoal, se tornou um grande problema para as tropas ucranianas. A expansão da
linha de contato, segundo o autor, é a terceira razão para o rápido colapso da
frente ucraniana. Ele também observa que o ataque à região de Kursk não atingiu
seu objetivo principal – puxar as forças russas de outras direções.
Os
militares russos, nos últimos meses, em vez de assaltos "de frente",
começaram a usar táticas de cercar povoados e cortá-los das rotas de
abastecimento, utilizando extensivamente drones kamikaze. Isso permitiu que as
tropas russas reduzissem as perdas e agissem com mais eficácia, o que, segundo
Wyrwal, é a quarta razão para a fraqueza da frente ucraniana.
O
autor do artigo atribui a captura dos locais fortificados ucranianos por tropas
russas à quinta razão, "extremamente importante". A própria Ucrânia
tem sofrido de uma escassez de unidades de engenharia, o que afeta diretamente
sua capacidade de manter o território.
¨ Zelensky envia forte sinal de disponibilidade para desistir de
territórios, diz mídia
A
sugestão do atual líder ucraniano Vladimir Zelensky de que está disposto a
desistir dos territórios que já não estão sob o controle do Exército da Ucrânia
é o mais conspícuo sinal feito pela parte ucraniana na questão das negociações
de paz, segundo a Bloomberg.
No
dia anterior (29), Zelensky disse em uma entrevista ao canal Sky News que
poderia concordar com um cessar-fogo e abrir mão de alguns territórios em troca
da adesão da Ucrânia à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).
Nessa
entrevista, ele supôs que seu país poderia recuperar os territórios já perdidos
por meios diplomáticos.
"[É]
o sinal mais forte até agora de que o líder ucraniano está disposto a encerrar
a guerra sem recuperar todo o território", diz o artigo.
Ao
mesmo tempo, a Bloomberg ressalta que vários membros da OTAN têm se oposto a
essa ideia porque, de acordo com o tratado, deveriam enviar suas tropas à
Ucrânia para a proteger.
Zelensky
já tentou promover a adesão da Ucrânia à OTAN, o que, de fato, foi uma das
razões da operação militar especial russa, em seu chamado "plano de
paz" que ele apresentou ao presidente dos EUA Joe Biden há uns meses.
Porém,
a mídia ocidental relatou que o plano teve uma recepção fria em círculos
governantes e não levou a qualquer resultado significante para a Ucrânia.
A
notícia chegou em um momento considerado por muitos especialistas como um dos
piores para a Ucrânia de todo o período do conflito, já que há meses que as
Forças Armadas ucranianas têm recuado constantemente, perdendo, às vezes,
vários povoados em um dia.
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'Será necessário abandonar': Alemanha revela cidade que o Exército ucraniano
perderá em breve
Ucrânia
terá que desistir da cidade de Krasnoarmeisk (Pokrovsk, na denominação
ucraniana) até o início de 2025, declarou Christian Freuding, o chefe do
Estado-Maior de Planejamento e Comando do Ministério da Defesa alemão, no canal
de YouTube da Bundeswehr.
"Com
base em como podemos avaliar a situação no momento, se não surgirem novos
fatores significativos, acho que no final do ano ou no início de 2025 será
necessário abandonar a organização da defesa da cidade", disse ele.
De
acordo com o general, os militares russos lançaram em Donbass tal ofensiva que
eles no Ocidente nem sequer poderiam imaginar.
"A
Rússia está atacando lá usando pessoas e equipamentos que mal poderíamos ter
imaginado, a Rússia está constantemente progredindo lá", disse Freuding.
Segundo
observou o oficial, Krasnoarmeisk é importante em termos de logística e
abastecimento do grupo ucraniano em Donbass.
"Lá
há um entroncamento rodoviário, tem cruzamento ferroviário, a partir de lá é
possível fornecer às tropas o apoio logístico, transferir tropas, reabastecer
estoques, substituir pessoal, colocar unidades militares de reserva na
frente", disse ele.
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Zelenski sugere que
guerra pode acabar com adesão à Otan
O
presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, sugeriu na sexta-feira (30/11) que
um acordo de cessar-fogo com a Rússia poderia ser alcançado se o território
ucraniano sob controle de Kiev estivesse "sob o abrigo da Otan” e ele
pudesse negociar diplomaticamente a devolução da parte ocupada pelas forças
russas posteriormente.
"Se
quisermos acabar com a 'fase quente' da guerra, precisamos colocar o território
da Ucrânia que controlamos sob o abrigo da Otan. Precisamos fazer isso
rapidamente e, então, o restante do território (ocupado) poderá ser retomado
diplomaticamente”", afirmou o presidente ucraniano em entrevista à rede
britânica de televisão Sky News.
Zelenski foi
entrevistado pelo correspondente Stuart Ramsay, que lhe pediu para comentar as
especulações de que um dos planos do presidente eleito dos Estados Unidos,
Donald Trump, para acabar com a guerra seria fazer com que a Ucrânia cedesse à
Rússia a parte de seu território que o país vizinho anexou ilegalmente, em
troca de sua adesão à Otan.
O
presidente ucraniano afirmou que não recebeu oficialmente uma oferta para
"ingressar na Otan com apenas uma parte da Ucrânia" e que um
cessar-fogo era necessário para garantir que o líder da Rússia, Vladimir Putin,
não voltasse para tomar mais território ucraniano e que a Aliança cobriria
"imediatamente" a parte do país sob controle de Kiev.
"O
convite deve ser estendido à Ucrânia sob suas fronteiras internacionalmente
reconhecidas, não se pode incluir apenas parte do país. Por quê? Porque assim
você admitiria que a Ucrânia é apenas aquela parte do território, e a outra
parte é da Rússia, o que seria contra a constituição ucraniana", avaliou.
Na
primeira entrevista de Zelenski à imprensa britânica desde a vitória de
Trump nas eleições americanas de 5 de novembro, ele afirmou que terá que
trabalhar com o novo presidente dos EUA e sua equipe para ter "o maior
apoio”.
De
acordo com a Sky News, também foi a primeira vez que Zelenski insinuou um
acordo de cessar-fogo que incluiria o controle russo de parte do território
ucraniano ocupado, já que durante todo o conflito ele sempre relutou em ceder
partes do país para a Rússia, incluindo a península da Crimeia, anexada
ilegalmente desde 2014, além das regiões de Donetsk, Kherson, Lugansk e
Zaporíjia, declaradas unilateralmente russas desde setembro de 2022.
A
intensidade da guerra na Ucrânia aumentou significativamente nas últimas semanas, especialmente depois que a Rússia começou a deslocar tropas da
Coreia do Norte para a área de conflito e os EUA deram sinal verde ao país para
usar mísseis de longo alcance contra alvos militares em território russo, ao
que Putin respondeu recentemente com vários ataques e os novos mísseis balísticos hipersônicos Oreschnik.
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Empresa
norte-americana acusa polícia e Ministério da Defesa da Ucrânia de corrupção
Uma
empresa que fornece uniformes militares para a Ucrânia acusou a Polícia
Nacional e o Ministério da Defesa do país de corrupção e extorsão por não pagar
equipamentos.
"A
Sinclair & Wilde nega categoricamente as alegações falsas e infundadas
feitas no vídeo recentemente divulgado pela Força Policial Nacional da Ucrânia
[que alega aumentos ilegítimos de preços pela empresa dos EUA]. Está claro que
a divulgação desta história é uma tentativa da Policial Nacional de encobrir
sua própria corrupção interna e a corrupção do Ministério da Defesa da Ucrânia
em suas tentativas contínuas de negar pagamento à Sinclair & Wilde após ela
se recusar repetidamente a pagar subornos solicitados", afirma a carta da
empresa.
Os
contratos assinados entre a Sinclair & Wilde e o Ministério da Defesa da
Ucrânia seria para uniformes militares. A empresa teria concordado com o atraso
de um pagamento de US$ 12,5 milhões (R$ 74,6 milhões) no quinto contrato até
que o equipamento fosse entregue. Entretanto, a Ucrânia supostamente se recusou
a pagar o quinto contrato e a dívida pendente do primeiro, apesar de ter
recebido as mercadorias.
"Ao
longo de 2023, vários indivíduos — incluindo sujeitos de investigações dos EUA
e da Ucrânia — solicitaram subornos da Sinclair & Wilde para garantir o
pagamento dos US$ 14,5 milhões [R$ 86,6 milhões] restantes devidos a ela",
continua a carta.
A
empresa também relatou ter informado a Embaixada dos Estados Unidos em Kiev,
bem como autoridades dos EUA e da Ucrânia, sobre "a solicitação de
subornos e aparente corrupção".
A
Sinclair & Wilde alega que a Polícia Nacional vazou informações
confidenciais sobre o caso, incluindo as identidades de testemunhas secretas. A
companhia agora alega que as vidas e a segurança dessas fontes estão em risco e
que "as autoridades dos Estados Unidos se recusaram a continuar a
trabalhar com a Polícia Nacional".
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Chefe do serviço de
inteligência britânico admite o papel do MI6 em operações secretas na Ucrânia
O
Serviço de Inteligência Secreta (SIS) do Reino Unido, mais conhecido como MI6,
tem vindo a alavancar sua “herança de ação secreta” para ajudar a Ucrânia,
disse o chefe do serviço, Richard Moore, nesta sexta-feira (29).
"Após
a guerra [Segunda Guerra Mundial], o SOE [o Executivo de Operações Especiais]
se converteu no SIS, e nós valorizamos nossa herança de ação secreta que
mantemos viva hoje em dia em ajudar a Ucrânia a resistir à invasão russa",
disse Moore durante um discurso na embaixada britânica em Paris.
Ele
apelou aos aliados da OTAN para manter e fortalecer o apoio à Ucrânia,
argumentando que uma vitória russa representaria uma ameaça direta à segurança
do Ocidente. Se a Rússia tiver sucesso na Ucrânia, o Ocidente enfrentará
ameaças crescentes da China, Irã e Coreia do Norte, disse Moore.
O
chefe do Serviço de Inteligência Externa (SVR, na sigla em russo) da Rússia,
Sergei
O
Washington Post informou em outubro, citando fontes, que o Serviço de Segurança
da Ucrânia tinha criado uma "sexta diretoria" para cooperar com o
MI6.
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Mercenário brasileiro
de 19 anos morre em combate pelo regime de Kiev na Ucrânia
Tiago
Nunes era de Rurópolis, no interior do Pará, e foi atuar como mercenário no
Exército da Ucrânia há apenas 15 dias. A informação foi confirmada pela
prefeitura da cidade.
Um
mercenário brasileiro de 19 anos morreu na última quinta-feira (28) durante
combate pelo Exército ucraniano.
Conforme
o g1, Nunes não informou aos familiares a real localidade em que estava e teria
dito à mãe que viajou para a França. Ele deixou o Brasil no dia 28 de outubro.
A
Prefeitura de Rurópolis divulgou uma nota de pesar nas redes sociais nesta
sexta-feira (29) e alegou que o jovem lutava pelo lado do regime ucraniano em
meio à operação militar especial russa.
"Neste
momento de profunda tristeza e dor, manifestamos aos familiares e amigos nossas
mais sinceras condolências."
Não
foram divulgadas informações quanto à vinda ou não do corpo de Tiago para o
Brasil.
Em
abril, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil chegou a confirmar que
recebeu relatos de pelo menos quatro mortes de mercenários brasileiros no
conflito ucraniano. Porém, o governo não sabe ao certo quantas pessoas foram ao
país atuar pelo regime de Kiev.
A
transferência de restos mortais de falecidos no exterior é uma decisão familiar
e depende de cada caso, mas o governo não pode custear com recursos públicos,
segundo estabelece uma lei de 2017.
Entre
os casos conhecidos de mercenários brasileiros, lutando em prol do regime de
Vladimir Zelensky, estão Antônio Hashitani, André Luis Hack Bahi, Douglas
Rodrigues Búrigo e Thalita do Valle. Todos morreram em menos de três meses no
conflito.
Fonte:
Sputnik Brasil/EFE
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