Irã liga atual
status do acordo nuclear a 'erro de cálculo dos Estados Unidos'
O
atual status do Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês),
relativo ao programa nuclear do Irã, é resultado da política e dos erros de
cálculo dos EUA.
Mas
há uma chance de resolver as últimas questões ditas em uma entrevista com o
representante permanente do Irã na ONU e a Agência Internacional de Energia
Atômica em Viena, Mohsen Naziri Asl.
"O
status atual do JCPOA é o resultado da política e do erro de cálculo dos EUA. A
nossa experiência passada nos ensinou a participar em uma nova rodada de
negociações com maior cautela e sensibilidade. As poucas questões deixadas após
a última rodada de negociações podem ser resolvidas", disse o
representante permanente iraniano.
Anteriormente,
o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, declarou que seria um
erro não retomar um acordo nuclear com o Irã agora. Ao mesmo tempo, de acordo
com o chanceler russo, a retomada do acordo nuclear depende da Rússia, China ou
Irã.
Como
observou o ministro, "aqueles que o [um acordo] destruíram devem trazê-lo
de volta a vida". Lavrov também destacou que as tentativas de impor novos
requisitos, que não existiam no texto original do JCPOA, complicam o processo.
O
acordo proposto seria semelhante ao criado pela administração de Barack Obama
(2009-2017), que assinou em 2015 com o Irã o Plano de Ação Conjunto Global
(JCPOA, na sigla em inglês), que incluiu um congelamento a curto prazo de parte
do programa nuclear do Irã em troca de alívio parcial das sanções.
Autoridades
iranianas rejeitaram até agora a nova abordagem, citando a queda do acordo
nuclear após a eleição nos EUA de Donald Trump (2017-2021). O novo acordo quase
regressou em setembro de 2022, antes de o Irã recuar depois que os países
ocidentais rejeitaram a exigência do país de cessar as investigações sobre
instalações nucleares não declaradas, segundo o portal Axios.
·
Chanceler
do Irã e Hezbollah visitam cidade perto da fronteira com Israel: 'Colapso está
próximo'
Em
passeio com membros do Hezbollah pela cidade libanesa de Maroun al-Ras, que
fica a um quilômetro da fronteira israelense, ministro diz que
"resistência" no Líbano está em sua melhor condição e que
"sionistas entendem apenas pela força".
Nesta
sexta-feira (28), o ministro das Relações Exteriores do Irã, o ministro das
Relações Exteriores do Irã, Hossein Amirabdollahian, encontrou no Líbano com o
secretário-geral do Hezbollah, Sayyid Hassan Nasrallah. A reunião também contou
com a presença do embaixador iraniano no Líbano, Mojtaba Amani.
Amirabdollahian
disse que Nasrallah assegurou-lhe que "a resistência libanesa e palestina
[a Israel] está em sua melhor condição".
De
acordo com a agência Tasnim, na reunião, as duas autoridades falaram sobre os
últimos desenvolvimentos regionais em uma reunião em Beirute, a situação no
Líbano e na Palestina, e o recente acordo sobre a restauração das relações
diplomáticas entre Irã e Arábia Saudita e seu impacto nos países da região.
Amirabdollahian
também se encontrou com o premiê libanês, Najib Mikati, e disse que Teerã está
pronto para trabalhar com Beirute afim de resolver sua crise de energia e
eletricidade, escreve a mídia. Em meio à visita, o chanceler iraniano visitou a
fronteira do Líbano com Israel.
No
mirante, na direção israelense da cidade de Maroun al-Ras, Amirabdollahian
disse que "desenvolvimentos positivos na região levarão ao colapso da
entidade sionista", acrescentando que "os sionistas só entendem a
força", segundo o The Times of Israel.
O
ministro disse que o Irã continua a "apoiar a resistência diante do
inimigo sionista" e apoiará o Líbano "mesmo em dias difíceis".
Ele também plantou uma árvore na área.
De
acordo com a mídia israelense, a visita do chanceler iraniano pode ser vista
como uma espécie de resposta à viagem do ministro das Relações Exteriores de
Israel, Eli Cohen, ao Turcomenistão na semana passada, onde o mesmo inaugurou
uma embaixada a poucos quilômetros da fronteira com o Irã.
Ø
Moscou:
planos nucleares dos EUA e Coreia do Sul têm caráter desestabilizador
A
Rússia pede que Washington abandone as medidas que prejudicam a estabilidade
estratégica, em relação ao planejamento nuclear dos EUA e da Coreia do Sul,
disse a representante oficial do Ministério das Relações Exteriores russo,
Maria Zakharova.
"Prestamos
atenção aos relatos de um acordo entre os EUA e a Coreia do Sul sobre o
planejamento conjunto para o uso de armas nucleares. Esse desenvolvimento dos
eventos tem um caráter claramente desestabilizador e terá sérias implicações
negativas para a segurança regional, com uma projeção na estabilidade
global", diz o comunicado do ministério.
O
Ministério das Relações Exteriores comparou as ações dos EUA e de seus aliados
na Ásia com as das forças da OTAN, acrescentando que o desenvolvimento de tais
planos não levará a um resultado positivo.
"Apelamos
aos EUA e seus aliados, que, na busca de uma superioridade militar definitiva,
estão implementando toda uma gama de programas militares que prejudicam a
estabilidade estratégica global, que parem de agitar a situação e abandonem as
medidas que levam ao enfraquecimento do nível geral de segurança de todos os
Estados", enfatizou o Ministério das Relações Exteriores da Rússia.
Na
quarta-feira (26), Estados Unidos e a Coreia do Sul divulgaram o texto da
"Declaração de Washington", assinada por ambos os países para
"fortalecer a dissuasão e a resposta ao comportamento escalonado da Coreia
do Norte", segundo o presidente Joe Biden.
Biden
também disse que um ataque nuclear de Pyongyang "contra os EUA ou seus
aliados ou parceiros é inaceitável e resultará no fim de qualquer regime que
tome tal ação", conforme noticiado.
Ø
China
diz ter vigiado voo de avião de reconhecimento dos EUA sobre o estreito de
Taiwan
Segundo
o Exército de Libertação Popular da China, uma aeronave de reconhecimento
marítimo dos EUA atravessou o estreito de Taiwan. Taipé também falou de
atividade militar chinesa.
A
Força Aérea do Exército de Libertação Popular (ELP) da China vigiou um voo de aeronave
de patrulha e reconhecimento marítimo Boeing P-8 Poseidon dos EUA sobre o
estreito de Taiwan na sexta-feira (28), disse Shi Yi, porta-voz do Comando do
Teatro Oriental do ELP.
"Os
caças da zona leste do comando de combate do ELP observaram todo o voo da
aeronave dos EUA", apontou Shi em um comunicado publicado na rede social
WeChat.
Embarcações
norte-americanas têm feito provocações recentes que "minam a paz e a
estabilidade" no estreito de Taiwan e representam ameaças à segurança
regional, acrescentou o porta-voz, mencionando que as tropas chinesas sempre
mantêm um alto nível de prontidão de combate e defendem a soberania e a
integridade territorial da China.
·
Ações
da China
O
Ministério da Defesa de Taiwan também relatou na sexta-feira (28) ter detectado
38 caças e outros aviões de guerra perto da ilha autogovernada, no que foi o
maior evento de tal tipo desde os grandes exercícios militares da China no
início de abril.
O
ministério ainda contou terem sido vistos seis navios da Marinha na área das 06h00,
horário local (19h00, horário de Brasília), de quinta-feira (27) às 06h00,
horário local (19h00, horário de Brasília), de sexta-feira (28).
Dezenove
das aeronaves sobrevoaram a linha média do estreito de Taiwan, que separa a
ilha do continente, continuou o ministério, acrescentando que entre elas
estavam cinco aviões Su-30 e dois J-16, havendo também um drone TB-001 que
circulou a ilha, segundo o Ministério da Defesa.
Ø
Alemanha
pondera limitar exportação de produtos químicos usados em chips para a China
Segundo
a Bloomberg, o governo alemão está trabalhando em medidas para reduzir as
exportações no setor para o país asiático, e ao mesmo tempo continuar relações
com Pequim em outras áreas.
A
Alemanha está em negociações para limitar a exportação de produtos químicos
usados na fabricação de semicondutores para a China como parte de sua
estratégia de desacoplagem parcial, de acordo com a agência norte-americana
Bloomberg.
Robert
Habeck, ministro da Economia e vice-chanceler sob Olaf Scholz, aconselhou as autoridades
de seu departamento a trabalhar em uma série de ferramentas de medidas para
fortalecer a resistência econômica da Alemanha em determinadas áreas e reduzir
as "dependências unilaterais" da China. A ideia de impor controles de
exportação de produtos químicos para chips faria parte dessas medidas.
Os
controles de exportação restringem o comércio de produtos que podem ser usados
tanto no contexto civil quanto no militar. O objetivo dessas listas de dupla
utilização é impedir o desenvolvimento e a proliferação de armas químicas,
biológicas e nucleares, e também a produção oculta de armas militares
convencionais.
Segundo
uma das fontes, a maneira mais rápida e prática de implementar tais controles
de exportação seria colocar os respectivos produtos e serviços na lista
nacional de uso duplo da Alemanha.
A
proposta faz parte de um pacote de medidas que o governo do chanceler Olaf
Scholz está discutindo para cortar o acesso da China a bens e serviços
necessários para a produção de semicondutores avançados, indicam as fontes da
mídia.
As
conversas dentro da coalizão governista alemã sobre tais controles de
exportação ainda estão em um estágio inicial, estando as autoridades
conscientes de que qualquer decisão nesse sentido poderia prejudicar os laços
comerciais com a China, que se tornou o maior parceiro comercial da Alemanha,
disseram as fontes citadas pela mídia.
Ao
mesmo tempo, escreve a Bloomberg, apesar de tentar reduzir a exposição à China,
e estabelecer "linhas vermelhas" no que toca a Taiwan, Scholz está
buscando manter relações abertas com Pequim, particularmente nas áreas da
promoção da paz global e nas mudanças climáticas.
Ø
EUA
preocupados com relutância de Abu Dhabi em compartilhar dados sobre laços com
aliados
A
suspeita dos Estados Unidos de que seu principal parceiro no golfo Pérsico, os
Emirados Árabes Unidos, esteja planejando sediar uma base militar chinesa pode
ser o resultado de uma avaliação equivocada de Washington sobre as atividades
da China na região, diz o South China Morning Post.
"De
acordo com documentos ultrassecretos vistos pelo The Washington Post, os
Estados Unidos detectaram, em dezembro, supostamente atividades suspeitas de
construção em um terminal de contêineres no Porto de Khalifa, nos Emirados
Árabes Unidos", diz o artigo.
O
jornal indica que o porto tem sido operado em conjunto desde o final de 2018
por duas empresas estatais, a Abu Dhabi Ports Group e a COSCO Shipping Ports da
China.
De
acordo com os EUA, as obras mencionadas incluíram a construção de muros no
perímetro de um depósito de logística das Forças Armadas chinesas.
E
embora as autoridades do país árabe tenham confirmado que não encontraram
nenhuma evidência que apoiasse as alegações de Washington, Abu Dabi encerrou as
obras depois das reclamações norte-americanas.
No
entanto, relatórios da inteligência dos EUA afirmam que os trabalhos de
construção no Porto de Khalifa foram retomados, diz o jornal.
De
acordo com eles, essas obras fazem parte dos planos da China de construir uma
rede de pelo menos cinco bases militares no exterior e dez instalações
logísticas até 2030, como parte de uma iniciativa chamada Projeto 141.
O
artigo observa que analistas acham que os dados dos EUA podem ser uma
superestimação da influência da China no Oriente Médio, já que a maioria dos portos
suspeitos pelos Estados Unidos são comerciais, não adequados para serem portos
militares.
De
acordo com o artigo, a preocupação de Washington não é tanto que a China esteja
intensificando sua presença, mas que os aliados do Oriente Médio, nesse caso os
Emirados Árabes Unidos, estejam relutantes em compartilhar todas as informações
com os Estados Unidos, especialmente sobre a cooperação com outros países.
Atualmente,
o Exército chinês opera sua única base no exterior no porto de Doraleh,
Djibuti, no leste da África, localizado próximo ao estratégico estreito de Bab
al-Mandeb, que liga o oceano Índico ao mar Vermelho e ao canal de Suez.
Djibuti
também abriga instalações militares operadas por sete outros países, inclusive
a maior força permanente dos EUA na África.
·
Legisladores
dos EUA aprovam resolução obrigando a divulgação do número de tropas do país na
Ucrânia
A
Comissão dos Assuntos Exteriores da Câmara dos Representantes dos EUA
apresentou na sexta-feira (28) uma resolução que solicita informações ao
governo de Biden sobre a ajuda à Ucrânia, bem como o número de militares dos
EUA que operam no país.
O
painel aprovou a legislação favoravelmente para apresentação à Câmara em uma
votação de 22-20, avançando-a para consideração por toda a Câmara.
A
resolução, apresentada pelo congressista republicano Matt Gaetz, solicita
informações ao presidente dos EUA, Joe Biden, e ao secretário de Defesa, Lloyd
Austin, sobre os planos de assistência militar atual ou futura para a Ucrânia.
Além
disso, a resolução solicita informações sobre se algum pessoal militar dos EUA,
incluindo forças especiais, está atualmente operando na Ucrânia.
A
resolução solicita que a administração Biden forneça as informações no prazo de
14 dias após sua adoção.
Fonte:
Sputnik Brasil
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