Ocidente revela
projeto para desintegrar território russo: 'Inimigo está à espreita', diz
analista
Revista
norte-americana admite esforço de EUA e Europa para desintegrar o território
russo. Para professor ouvido pela Sputnik Brasil, Rússia aprendeu com a sua
história e sabe enfrentar projeto ocidental de dividir o seu território.
Neste
mês, a revista norte-americana Foreign Policy revelou o empenho de EUA e Europa
em planejar a desintegração do território russo em diversos países de pequeno
porte.
De
acordo com a reportagem, a Comissão de Segurança e Cooperação na Europa, uma
agência do governo dos EUA, composta por parlamentares e membros dos
Departamentos de Defesa, de Estado e Comércio dos EUA, declarou que a
"descolonização" da Rússia deve ser um "objetivo moral e
estratégico".
Do
outro lado do Atlântico, no Parlamento Europeu em Bruxelas, eventos realizados
neste ano apresentaram novos mapas da Rússia, que atendem aos interesses
geopolíticos ocidentais. A matéria não esconde a ambição ocidental pelas
riquezas do território russo, afirmando que o Ocidente "deve se preparar
para retirar benefícios [...] e atrair essas ricas nações sucessoras para a sua
esfera".
De
acordo com o professor doutor da Universidade Federal de Santa Catarina, Fred
Leite Siqueira Campos, o desejo ocidental de dividir a Rússia não é uma
novidade.
"Essa
ameaça de desintegração é crível e algo que os inimigos da Rússia sempre
desejaram", disse Siqueira Campos à Sputnik Brasil. "Não é algo novo.
A Rússia tem sobrevivido a esse processo por mais de mil anos."
"Não
é à toa que a história da Rússia tem sido, ao longo de mais de mil anos, a
história de invasões e de tentativas de saques e escravidão de seu povo e de
seu território", revelou Siqueira Campos. "Esse parece ser o carma da
Rússia: construiu um império extraordinariamente rico e, portanto, defendê-lo
tem sido sua história."
O
professor nota que a ameaça de desintegração da Rússia não é infundada, uma vez
que o Ocidente agiu nesse sentido para lograr a dissolução da União Soviética.
"Mas
'gato escaldado tem medo de água fria'. A Rússia aprendeu e aprende com a sua
história", destacou Siqueira Campos. "A defesa de suas fronteiras é,
sem dúvida, um pilar central da política atual do país."
"O
uso do termo 'descolonização' nesse contexto é pura panfletagem e tem fins
propagandísticos", disse Siqueira Campos. "A Rússia sempre foi um
país multiétnico, de origens culturais tanto europeias quanto asiáticas."
Outro
fator relevante no novo contexto é a relação próxima entre Rússia e China. De
acordo com o professor, não interessa a Pequim que o Ocidente logre a
desintegração russa, que traria instabilidade para a Eurásia.
"A
existência de uma Rússia soberana garantirá à China um aliado contra a
hegemonia dos EUA", considerou o professor. "A aliança sino-russa,
caso construída de uma forma nova – baseada na real amizade e nos interesses
recíprocos – poderá ser importante para a existência soberana e sem pressão da
Rússia e da China."
Segundo
ele, a peça-chave para a Rússia será manter sua coesão popular, fundamental
para coibir mais essa ameaça. Para atingir esse objetivo, são necessários
investimentos em educação e tecnologia.
"Isso
não é tarefa fácil, porque o inimigo é poderoso e está à espreita",
concluiu Siqueira Campos.
Em
17 de abril, a revista norte-americana Foreign Policy publicou artigo no qual
revela esforços de EUA e Europa para promover projetos de desintegração do
território russo. De acordo com o artigo, organizações governamentais dos EUA e
da União Europeia promovem eventos para debater a reorganização do território
russo, de forma a atender os interesses ocidentais.
·
Moscou:
países ocidentais estão efetuando todo planejamento militar na Ucrânia, não
apenas tático
Os
países ocidentais estão efetuando o planejamento militar completo na Ucrânia,
não apenas tático, declarou a representante oficial do Ministério das Relações
Exteriores, Maria Zakharova.
"Os
ocidentais declaram abertamente que farão todo o possível para garantir que a
ofensiva anunciada das Forças Armadas da Ucrânia ocorra em breve. Então eles
nem sequer escondem que estão por trás de todo esse planejamento militar. Não
apenas a orientação tática, o que temos dito repetidamente. Agora, eles estão
construindo toda a disposição [das tropas] no plano estratégico", disse
Zakharova na reunião.
A
chancelaria russa sublinhou que os países ocidentais "confirmam em voz
alta a sua participação no conflito".
O
primeiro-ministro ucraniano, Denis Shmygal, disse no início de abril que o
contra-ataque poderia começar na primavera ou no verão (no Hemisfério Norte).
Mais tarde, ele afirmou que começaria "em breve". A mídia americana
informou que a contraofensiva da Ucrânia está supostamente programada para 30
de abril.
Especialistas
entrevistados pela Sputnik observaram que é impossível acreditar nas
declarações contraditórias de Kiev e Washington: isso pode ser parte de uma
campanha de desinformação.
Por
sua vez, o porta-voz do presidente russo, Dmitry Peskov, observou que todas as
declarações sobre a planejada contraofensiva dos militares ucranianos são
cuidadosamente monitoradas e levadas em conta no planejamento da operação
militar especial.
Ø
Conselheiro
de Zelensky culpa EUA por conflito na Ucrânia e reforça aspiração nuclear de
Kiev
Mikhail
Podolyak, conselheiro do presidente ucraniano, elogiou uma resolução sobre a
Ucrânia proposta por legisladores dos EUA na quarta-feira (26).
Segundo
o conselheiro, Washington pretende emendar um "erro histórico",
admitindo Kiev na OTAN e elevando seu apoio com armas.
"A
resolução da Câmara dos Representantes é inequívoca: os EUA, infelizmente,
juntamente com outros países ocidentais, encorajaram a Ucrânia a abdicar das
armas nucleares e de outras armas para garantir a segurança e a estabilidade na
região sob garantias. Isso foi um erro político que foi mal interpretado pelo
agressor e responsável por uma grande guerra na Europa", afirmou Podolyak.
As
declarações de Podolyak surgem em resposta a uma resolução proposta pela Câmara
dos Representantes dos EUA que não foi revelada publicamente.
Contudo,
os especialistas apontam que a resolução inclui a restauração das fronteiras
ucranianas de 1991, com a Rússia tendo que pagar pelos reparos e "crimes
de guerra".
"Talvez
a mais importante característica da cultura da civilização Ocidental seja a
capacidade de analisar a experiência passada e aprender com os erros",
afirmou Podolyak.
A
Ucrânia segue pressionando os EUA e se mostrando disposta a abrigar e produzir
armas nucleares, o que justifica a operação russa em seu território.
Ø
Lula
abre o jogo e revela motivo de não atender pedido de Scholz para fornecer
munições à Ucrânia
O
presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, explicou a razão de ter negado
ao chanceler alemão, Olaf Scholz, o fornecimento de armas para a Ucrânia, bem
como de ter sido contra a "participação do Brasil na guerra".
No
final de janeiro de 2023, Lula negou a solicitação das autoridades alemãs de
fornecer munições para os tanques Leopard.
Na
ocasião, Lula afirmou que o Brasil não estava interessado em enviar munições
para serem usadas no conflito na Ucrânia.
"Quando
[o chanceler] da Alemanha visitou o Brasil ele nos pediu que enviássemos
mísseis de tanques comprados da Alemanha para a guerra. Eu disse a [Olaf]
Scholz que não venderíamos, por que se lançam um míssil e a Rússia descobre que
foi vendido pelo Brasil, [então] o Brasil entrou na guerra. E quando entra,
você não pode falar de paz", declarou Lula.
Anteriormente,
a Rússia enviou uma nota à OTAN sobre o fornecimento de armas à Ucrânia, onde
alertou que qualquer carga contendo armas e munições à Ucrânia seria um alvo
legítimo do Exército russo.
Ø
Fala
de Xi Jinping sobre 'objetivos narcisistas' no conflito na Ucrânia deixa EUA
perplexos
O
jornal The Washington Post relatou que a fala do líder chinês, Xi Jinping,
durante conversa com seu homólogo ucraniano, Vladimir Zelensky, causou
apreensão nos EUA.
"A
China sugeriu uma proposta de paz na Ucrânia de 12 pontos e declarou que não
vai explorar a situação com objetivos narcisistas", relatou o jornal,
ressaltando que a fala chinesa sobre os objetivos do conflito atingiu e deixou
os Estados Unidos perplexos.
Além
disso, o jornal destaca que Zelensky e outros funcionários de alto escalão se
negaram a excluir Pequim como intermediadora, para que uma resolução pacífica
para o conflito possa ser alcançada.
A
mídia norte-americana ainda enfatizou que a China, segunda economia mundial,
talvez seja poderosa demais para ser ignorada".
"Se
os EUA e seus aliados não puderem sugerir alternativas, a Ucrânia não terá
outra escolha a não ser arriscar [um acordo com a China]", destacou o
jornal.
Na
quarta-feira (26), o presidente da China, Xi Jinping, conversou ao telefone com
seu homólogo ucraniano, Vladimir Zelensky. Pequim comunicou que um enviado
especial da Eurásia irá a Kiev em breve e a chancelaria russa disse "notar
a prontidão chinesa".
·
Conversa
entre Xi Jinping e Zelensky é um passo importante para resolver a crise, diz
MRE chinês
A
conversa telefônica entre o presidente chinês, Xi Jinping, e o presidente
ucraniano, Vladimir Zelensky, é um passo importante para a China promover uma
solução política da crise na Ucrânia, disse o ministro das Relações Exteriores
chinês, Qin Gang, durante a reunião dos ministros das Relações Exteriores da
Ásia Central e da China em Xian.
"O
presidente da China, Xi Jinping, conversou ao telefone com seu homólogo
ucraniano, Vladimir Zelensky. Isso é um passo importante dado pela China para
ajudar a resolver a crise ucraniana, que mais uma vez mostra a posição da China
voltada para a realização de negociações", disse Qin Gang, citado pelo
Ministério das Relações Exteriores chinês.
Segundo
Qin, o fato de a crise ucraniana se ter desenvolvido até o estado atual tem
premissas históricas profundas e razões complexas.
"Mas
por mais complexa que seja a crise, ela no final deve ser resolvida por meio de
negociações. Por mais complexo que seja o conflito, ele deve ser resolvido
apenas por meios políticos", ressaltou o chefe do Ministério das Relações
Exteriores chinês.
Nesta
quarta-feira (26), o presidente da China, Xi Jinping, conversou ao telefone com
seu homólogo ucraniano, Vladimir Zelensky. Pequim comunicou que um enviado
especial para os assuntos da Eurásia irá a Kiev em breve e a chancelaria russa
disse "notar a prontidão chinesa".
Ø
Biden
diz que ataque nuclear da Coreia do Norte contra EUA e aliados resultará no fim
do governo
Presidente
fez a afirmação durante coletiva conjunta com líder sul-coreano hoje (26) na
capital americana enquanto divulgava a "Declaração de Washington",
documento assinado pelos dois países em resposta "à crescente ameaça
nuclear da Coreia do Norte".
O
presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, alertou o líder norte-coreano, Kim
Jong-un, que seu governo terminaria se ele lançasse um ataque nuclear contra os
EUA ou seus aliados, segundo a agência Yonhap.
"Um
ataque nuclear da Coreia do Norte contra os Estados Unidos ou seus aliados ou
parceiros é inaceitável e resultará no fim de qualquer regime que tome tal
ação", disse Biden em entrevista coletiva conjunta com o presidente
sul-coreano, Yoon Suk Yeol, nesta quarta-feira (26) em Washington.
Biden
também destacou que a "Declaração de Washington", texto assinado
entre Coreia de Sul e EUA, foi uma resposta à crescente ameaça nuclear da
Coreia do Norte.
"Trata-se
de fortalecer a dissuasão e a resposta ao comportamento escalonado da Coreia do
Norte", disse ele sobre a declaração.
Yoon
complementou a declaração do mandatário estadunidense afirmando que a paz na
península virá pela força, e que as armas nucleares norte-americanas
desempenharão seu papel em um contra-ataque caso Pyongyang use suas armas
nucleares contra Seul.
Contudo,
Biden disse que o compromisso não levará ao estacionamento de nenhum ativo
nuclear dos EUA na Coreia do Sul.
"O
que a declaração significa é que faremos todos os esforços para consultar nossos
aliados quando for apropriado. O ponto principal aqui é uma cooperação ainda
mais estreita, consultas mais estreitas, e não vamos posicionar armas nucleares
na península, mas teremos visitas, visitas a portos de submarinos nucleares e
coisas assim", afirmou o líder norte-americano citado pela agência.
Hoje
(26) mais cedo, antes da "Declaração de Washington" ser oficialmente
divulgada, já havia sido ventilada a visita de um submarino balístico nuclear
dos EUA à Coreia do Sul, o que não acontecia desde o início da década de 1980,
conforme noticiado.
Fonte:
Sputnik Brasil
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