Gilberto
Lopes: “A desordem do mundo”
Com
o aumento das tensões em praticamente todo o mundo, as despesas da OTAN
atingiram no ano passado 1,34 trilhão de dólares, dos quais os Estados Unidos
foram responsáveis por mais de dois terços
- Guerras e dívidas
Com
a dívida mundial aproximando-se dos 100 trilhões de dólares, o Fundo Monetário
Internacional (FMI) recomenda aos governos que reduzam os déficits e constituam
novas reservas para enfrentar a crise que se avizinha, provavelmente mais cedo
do que pensamos, advertiu sua diretora, Kristalina Georgieva, no mês passado.
Os
números deram o que pensar. David Dodwell, diretor executivo do Hong Kong-APEC
Trade Policy Study Group, observou que em Washington se preocupam com o fato de
que, pela primeira vez, o serviço da dívida ultrapassará o orçamento militar:
870 bilhões de dólares contra 822 bilhões. Com uma dívida de mais de 36
trilhões de dólares, os Estados Unidos pagam cerca de três bilhões de dólares
por dia só em juros.
As
consequências econômicas da guerra israelense em Gaza também são
impressionantes: os danos em infraestrutura são estimados por instituições
financeiras internacionais em 18,5 bilhões de dólares. A remoção de 37 milhões
de toneladas de escombros pode levar 14 anos (ou mais), enquanto a restauração
da economia levará sete décadas.
Em
meio à tragédia humana, com mais de 40.000 mortos, a maioria de mulheres e
crianças, a economia de Gaza se afundará 14% este ano em comparação com o ano
passado. Nos territórios palestinos ocupados, a economia cairá 35%.
A
outra guerra, na Ucrânia, fez com que as despesas militares do país aumentassem
para 37% do Produto Interno Bruto (PIB) e 58% dos gastos governamentais. Na
Rússia, essas despesas representam quase 6% e 16%, respectivamente.
Com
o aumento das tensões em praticamente todo o mundo, as despesas da OTAN
atingiram no ano passado 1,34 trilhão de dólares, dos quais os Estados Unidos
foram responsáveis por mais de dois terços. De acordo com o Instituto
Internacional de Investigação sobre a Paz de Estocolmo (SIPRI), elas
representaram 55% dos gastos militares mundiais.
- A desordem do mundo
Para
ilustrar este mundo, talvez seja útil a ideia de Richard Haass, ex-presidente
do Council on Foreign Relations – um prestigiado think tank norte-americano
sobre política internacional – exposta em seu livro A world in disarray,
publicado em 2017, que pode ser traduzido como “Um mundo desordenado”.
Richard
Haass – que, entre outros cargos, foi diretor da equipe de planejamento
político do secretário de estado Colin Powell, durante a primeira administração
de George W. Bush – analisa a deterioração das relações entre os Estados Unidos
e a então União Soviética, no final da Guerra Fria. As coisas complicaram-se
desde o início, afirma ele.
Com
os russos derrotados no Afeganistão – suas tropas abandonaram o país em
fevereiro de 1989 –, os Estados Unidos contribuíram para “aumentar os problemas
e humilhar” o país, diz Richard Haass. Mais importante ainda, acrescenta, foi a
decisão de expandir a OTAN nos anos 90, durante a administração Clinton. Uma
política que acabou sendo “uma das mais consistentes e controversas do período
pós-Guerra Fria”.
As
consequências de tal decisão têm sido analisadas de diferentes perspectivas. Se
a OTAN deve continuar sendo um pacto militar e os Estados Unidos continuarem
sendo um membro ativo, disse o notável diplomata norte-americano George Kennan,
falecido em 2005, “espero que consigamos encontrar uma forma de não lhe dar a
aparência de uma aliança orientada contra um país específico, mas sim como
expressão de um interesse mais duradouro na segurança e prosperidade de todos
os países europeus do que é atualmente”.
Não
tem sido assim. A OTAN expandiu-se para leste em várias ondas, com um caráter
cada vez mais ofensivo, dirigidas contra a Rússia, até que esse avanço ameaçou
atingir suas fronteiras com a Ucrânia.
- Um mundo unipolar
O
presidente russo Vladimir Putin expressou repetidamente suas opiniões sobre as
consequências desta decisão, que agora são bem conhecidas. Seu discurso na
Conferência de Segurança de Munique, em 2007, é frequentemente citado. Naquele
tempo, o presidente russo era convidado para a conferência. Hoje não é mais.
Mas o retorno a esse discurso deve ajudar-nos a encontrar uma saída para o
labirinto em que nos encontramos.
“O
que está acontecendo hoje”, disse Vladimir Putin na altura, “é uma tentativa de
introduzir o conceito de um mundo unipolar. Com que resultados? Com o abuso da
força militar nas relações internacionais, com o desrespeito aos princípios
básicos do direito internacional, com um Estado – os Estados Unidos –
ultrapassando suas fronteiras nacionais, tentando impor um modelo econômico,
político e cultural. Isto é extremamente perigoso. O resultado é que ninguém se
sente seguro, avisou Vladimir Putin.
A
expansão da OTAN para o leste não considerou a sugestão de Kennan, que foi
embaixador na Rússia em 1952 (onde foi declarado “persona non grata” por
Stalin). Os líderes políticos ocidentais em Washington ou na Europa também não
deram ouvidos às advertências russas sobre os limites desses avanços, nem
consideraram suas preocupações de segurança. Com o fim da Guerra Fria, não foi
Moscou que avançou para oeste, mas o Ocidente que levou suas tropas para as
fronteiras da Rússia. Com que objetivo?
Olga
Khvostunova, do Programa Eurásia do Foreign Policy Research Institute,
por exemplo, referiu-se às “linhas vermelhas” estabelecidas pelo Kremlin, cuja
violação implicaria uma retaliação massiva, incluindo um ataque nuclear.
Analisou-as em termos menores. Olga Khvostunova estimou – num artigo publicado
em setembro passado na Foreign Policy – que, à medida que a
guerra avançava, várias “linhas vermelhas” foram ultrapassadas “sem
repercussões significativas”.
Na
perspectiva dela, parece que nem a invasão da Ucrânia em fevereiro de 2022 nem
a utilização do novo míssil balístico hipersônico contra um complexo industrial
na cidade de Dnepropetrovsk, na sequência da utilização pela Ucrânia de mísseis
ocidentais para atacar o território russo, devem ser vistas como uma resposta
aos novos avanços ocidentais no cenário da guerra.
Os
analistas do Institute for the Study of War (ISW) – uma
instituição alinhada com os interesses ocidentais – acreditam que Vladimir
Putin está tentando inflar artificialmente as expectativas sobre suas
capacidades militares, destacando as caraterísticas de seu novo míssil. Eles
acreditam que a arma é apenas uma adaptação do míssil Kedr, que a Rússia vinha
desenvolvendo desde 2018-2019, e não representa um novo recurso militar.
- A balcanização da Europa
Esta
não é a opinião de líderes como o primeiro-ministro polonês Donald Tusk, uma
das vozes antirrussas mais agressivas da Europa, para quem “a ameaça de um
conflito global é realmente séria e real”. Ou a chanceler alemã, que fala de
uma “escalada terrível”.
Um
artigo do diário espanhol El País de 22 de novembro – “A OTAN
convoca uma reunião urgente com as autoridades de Kiev após o lançamento de um
míssil russo de nova geração” –, explica os acontecimentos como uma escalada
russa.
Os
russos têm uma visão diferente. Afirmam que os mísseis estadunidenses, ingleses
e franceses, que a Ucrânia começou a utilizar para atacar seu território, não
podem ser utilizados sem a participação de militares ocidentais. “Os próprios
ucranianos não podem fazer isso”, disse o porta-voz oficial do Kremlin, Dmitry
Peskov. A utilização do novo míssil de alcance intermediário “não é uma
escalada, mas uma resposta à escalada provocada pelo Ocidente”, afirmou.
Em
1 de dezembro, a Europa voltou-se um pouco mais para a direita, na opinião da
jornalista Ella Joyner, da agência alemã DW. Nesse dia, assumiu uma
nova Comissão Europeia, mais uma vez chefiada pela democrata-cristã alemã
Ursula von der Leyen, com a ex-primeira-ministra da Estônia Kaja Kallas
responsável pela política externa e o ex-primeiro-ministro da Lituânia Andrius
Kubilius responsável pela defesa, ambos particularmente agressivos contra a
Rússia.
Em
sua apresentação diante do Parlamento Europeu – que também se inclinou mais
para a direita nas últimas eleições –, Kaja Kallas reiterou a importância da
vitória da Ucrânia e apelou para sanções contra a China – que considera um
“rival sistêmico” – por seu apoio à Rússia. “A China deve pagar por suas
relações com a Rússia”, afirmou.
Com
pouco menos de 1,4 milhão de habitantes, cerca de 20% da população da Estônia
está em risco de pobreza, de acordo com as estatísticas oficiais. O Produto
Interno Bruto (PIB) registrou uma queda de 3% no ano passado. O país entrou em
recessão em 2024 e as previsões são de um crescimento fraco nos próximos anos,
devido a uma série de fatores, incluindo a perda contínua de insumos baratos da
Rússia.
Em
outra pasta fundamental da nova Comissão Europeia, a da Defesa, criada
especificamente para esta ocasião, o lituano Andrius Kubilius também
caracteriza-se por sua posição particularmente agressiva em relação à Rússia,
que descreve como um Estado patrocinador do terrorismo. É a favor da apreensão
das centenas de bilhões de dólares russos congelados na Europa, uma medida
controversa, que os outros países europeus encaram com mais cautela.
Num
sinal do clima antirrusso que prevalece nos países bálticos, a estatal Rádio
e Televisão da Lituânia (LRT) demitiu o jornalista Aigis Ramanauskas
em meados de novembro. Aigis Ramanauskas tinha sugerido matar os que
assistissem a filmes russos ou ouvissem música russa no país. Na opinião dele,
era essencial manter as crianças afastadas dessas pessoas. Em resposta às
reações, explicou: “É isto o que eu quero dizer aos nossos falantes de russo:
Não, caros concidadãos, eu não incitei a morte de vocês. Não se tratava de
vocês, embora seja evidente que odeio sinceramente o que conhecemos como ‘mundo
russo’”.
Com
a política externa europeia nas mãos de representantes do leste europeu; com a
Inglaterra em franca decadência, fora da União Europeia; com a França e a
Alemanha submersas em crise política e econômica, e uma inevitável
terceiro-mundialização da Europa, com uma extrema direita controlando o
Parlamento e a Comissão, com uma visão cada vez mais provinciana da política
externa, a Europa é, mais uma vez, uma ameaça renovada para o mundo.
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Democracia sul-coreana
está em seu 'momento mais crítico', afirma líder da oposição
A democracia
da Coreia do Sul está em seu "momento mais crítico", com a votação
iminente do processo de impeachment do presidente e o risco de que ele tente declarar lei marcial novamente,
afirmou o líder da oposição Lee Jae-myung à agência de notícias AFP.
"Com
a votação de impeachment programada para amanhã, as horas que antecedem o
processo são extremamente delicadas", disse Lee, antes de acrescentar que
"esta noite será o momento mais crítico" e que os legisladores planejam
permanecer no Parlamento até o fim da votação.
A
votação está programada para este sábado (7), às 19h do horário local - 7h de
Brasília -, quase quatro dias após o presidente Yoon Suk Yeol decretar a lei marcial, medida que
chocou os sul-coreanos e a comunidade
internacional.
Seis
horas após o anúncio, o chefe de Estado recuou, sob pressão da Assembleia Nacional, onde a oposição tem maioria, e das ruas.
Lee
Jae-myung, no entanto, acredita que o país continua vulnerável a uma "nova tentativa de lei
marcial".
"As
pessoas podem acreditar que o Exército e a polícia hesitariam em apoiar uma
segunda tentativa, mas Yoon poderia aproveitar brechas legais para tentar
novamente", afirmou o líder da oposição.
Além
do fechamento da instituição, a lei implicava a suspensão da vida política e o controle militar
dos meios de comunicação. Foi a primeira
declaração de lei marcial no país em mais de 40 anos, desde que foi ativada em
1980 após o golpe militar de 1979.
O
ministro interino da Defesa afirma que tal cenário não acontecerá.
O
Partido Democrata de Lee, principal força de oposição ao Partido do Poder
Popular (PPP) de Yoon, pediu a seus 170 deputados que acampem no plenário
até a votação de sábado para evitar a repetição dos eventos da noite de
terça-feira.
"Vamos
acabar juntos com esta situação lamentável", disse Lee ao presidente, a
quem fez um apelo de renúncia. "A cada minuto que permanece no cargo, sua
culpa e responsabilidade aumentam", afirmou.
A
oposição precisará do apoio de apenas oito integrantes do partido do presidente
no sábado para alcançar a maioria de dois terços, ou seja, os 200 votos
necessários para aprovar a moção.
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Presidente perde apoio
do próprio partido em processo de impeachment
O
líder do partido governista na Coreia
do Sul pediu nesta sexta-feira (6) a
"rápida suspensão" do presidente Yoon Suk Yeol por sua tentativa
de impor a lei marcial e assegurou que sua permanência no poder é um
"grande perigo" para o país.
As
declarações de Han Dong-hoon, líder do Partido do Poder Popular (PPP), o mesmo
de Yoon, deixam o presidente praticamente sozinho horas antes da votação de uma
moção de destituição na Assembleia Nacional. O voto do impeachment
foi antecipado para as 5h deste sábado, no horário de Brasília --tarde de
sábado na Coreia do Sul--,
segundo o jornal Dong-A com base em um membro sênior do partido de oposição.
"Levando
em consideração os novos fatos, acho que é necessária uma rápida suspensão de
funções do presidente Yoon Suk Yeol para proteger a República da Coreia e sua
população", disse Han.
A mudança de posição de Han em relação ao processo de impeachment ocorre após relatos de que Yoon poderia tentar uma nova
lei marcial para tentar permanecer no poder, o que deixou partidos sul-coreanos em estado de alerta novamente.
Para
Han, Yoon não tomou nenhuma ação contra os oficiais do Exército que
"intervieram ilegalmente" nem tampouco reconhece que "sua lei
marcial ilegal foi um erro".
"Por
isso, se o presidente Yoon continuar no cargo de presidente, há risco
significativo de que ações extremas similares à emergência atual se repitam, o
que colocaria a República da Coreia e seus cidadãos em grande perigo",
afirmou o líder do partido.
O
partido governista realizou uma reunião de emergência na manhã desta sexta,
pelo horário local, na qual o presidente Yoon não participou. Após a reunião, o
líder do PPP também citou "indícios confiáveis" de que Yoon
ordenou a prisão de "políticos importantes" durante as horas de
vigência da lei.
Algumas
horas depois, o Ministério da Defesa da Coreia
do Sul anunciou a suspensão de três oficiais
de alto escalão do Exército por sua participação na aplicação da efêmera lei
marcial. Os três militares punidos são o comandante militar de Seul, o
comandante das forças especiais e o comandante de contraespionagem.
Um
deputado da oposição, Jo Seung-lae, disse nesta sexta-feira que as imagens das
câmeras de segurança mostram que os soldados tentaram deter o líder da oposição
Lee Jae-myung, o presidente do Parlamento, Woo Won-shik, e o próprio Han
Dong-hoon.
O
gabinete da presidência, no entanto, negou que tenha ordenado a detenção de
deputados, segundo a agência de notícias Yonhap.
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Segunda lei marcial?
Yoon
suspendeu a ordem civil na noite de terça-feira e enviou tropas e helicópteros
para o Parlamento, onde, em meio a protestos da população, deputados opositores
conseguiram entrar para votar contra a lei marcial.
Horas
depois, diante da indignação gerada na Coreia
do Sul e do espanto de seus aliados
internacionais com a surpreendente medida, o presidente recuou e retirou o
Exército em um discurso de madrugada.
Acusando
Yoon de "violar gravemente a Constituição e a lei", a oposição
apresentou a moção de destituição que a Assembleia Nacional votará no sábado às
19H00 (7H00 de Brasília).
A
aprovação do processo de impeachment não estava clara porque, embora a oposição
tenha 192 dos 300 deputados no Parlamento, precisava de alguns votos do PPP
para alcançar a maioria de dois terços necessária, o que, após a mudança de
postura do partido, parece algo garantido.
"Parece
que Han e os membros do partido concluíram que há uma possibilidade
significativa de que o presidente Yoon declare uma segunda lei marcial",
afirma à AFP o professor de Ciência Política Shin Yul, da Universidade Myongji.
Diante
do cenário, um porta-voz da principal legenda de oposição, o Partido Democrata,
disse que todos os seus deputados permanecerão dentro da Assembleia Nacional
até que a moção seja votada.
Caso
o processo siga adiante, Yoon, um ex-promotor de Justiça que virou presidente
em 2022, ficará suspenso de maneira provisória, enquanto aguarda um veredicto
da Corte Constitucional.
Uma
pesquisa publicada na quinta-feira pelo instituto Realmeter indica que 73,6%
dos entrevistados apoiam a destituição. E outro levantamento divulgado nesta
sexta-feira aponta que o índice de aprovação do presidente despencou para 13%.
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'Insurreição'
O
caso está sendo investigado por uma equipe de 120 policiais, que examinam a
denúncia de insurreição apresentada pela oposição contra Yoon e outros
funcionários de alto escalão.
"Se
surgirem evidências durante a investigação sobre os preparativos para uma
segunda lei marcial, nós vamos perseguir", disse Kim San-ho, que
supervisiona a investigação, à AFP.
A
denúncia também envolve o ex-ministro da Defesa Kim Yong-hyun, que renunciou ao
cargo na quinta-feira e está proibido de deixar o país.
Esta
foi a primeira declaração de lei marcial na Coreia
do Sul em mais de 40 anos e provocou
recordações dolorosas da ditadura que governou o país até 1987.
O
presidente, que enfrenta uma dura oposição parlamentar devido aos orçamentos do
próximo ano, justificou a medida pelas "ameaças que representam as forças
comunistas da Coreia do Norte" e devido aos "elementos antiestatais
que roubam a liberdade e a felicidade do povo".
A
oposição diz que Yoon queria "evitar investigações iminentes sobre
supostos atos ilegais que envolvem ele e sua família".
Os
eventos surpreenderam e provocaram preocupação no principal aliado do país, os
Estados Unidos, que mantêm quase 30 mil soldados no país.
Em
uma ligação para o ministro sul-coreano das Relações Exteriores, o secretário
de Estado dos EUA, Antony Blinken, celebrou a suspensão da lei marcial e
"expressou confiança na resistência democrática do país", informou
seu porta-voz Matthew Miller.
Fonte:
A Terra é Redonda/France-Press
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