sexta-feira, 10 de janeiro de 2025

Como debate sobre imigração cresceu no Canadá e selou destino de Trudeau

O tema da imigração tem polarizado debates e mobilizado eleitores já há algum tempo em diversos países ricos do Ocidente. O Canadá até recentemente havia conseguido se esquivar dessa onda, mas agora a questão não só ganhou protagonismo como foi apontada como uma das razões que levaram à erosão da popularidade do primeiro-ministro Justin Trudeau e à sua renúncia no último dia 6 de janeiro.

O percentual de canadenses que dizia acreditar que o país estava recebendo imigrantes demais dobrou entre 2022 e 2024, de 27% para 58%, de acordo com uma pesquisa da empresa Environics. Nos últimos anos, grupos de ativistas se organizaram pelo país e realizaram protestos contra a imigração em locais como Ottawa, Vancouver e Calgary. "Eu diria que era muito tabu, como se ninguém realmente falasse sobre isso", diz Peter Kratzar, engenheiro de software e fundador do Cost of Living Canada, grupo ativista formado em 2024. "[Mas] as coisas realmente desbloquearam."

Um dos fatores que alimentaram esse novo momento foi o aumento expressivo do custo de vida nos últimos anos, com escassez de moradias e salto no valor dos aluguéis. Cerca de 2,4 milhões de famílias canadenses estão amontoadas em casas minúsculas, com necessidade urgente de grandes reparos ou que lhes são financeiramente inacessíveis, conforme um relatório de fiscalização do governo divulgado em dezembro. Esse cenário se desenrola ao mesmo tempo em que a inflação atinge duramente e de forma disseminada o bolso dos canadenses, fazendo com que alguns passassem a questionar se o país tem capacidade para continuar recebendo imigrantes.

·        Cama no banheiro

À primeira vista, o quarto individual para alugar em Brampton, Ontário, parece uma pechincha. É verdade que a área útil é mínima, mas o valor pedido é de apenas C$ 550 ( R$ 2.332) por mês em um subúrbio de Toronto, onde o aluguel médio mensal de um apartamento de um quarto é de C$ 2.261 (R$ 9.588). Quem olhar com mais atenção, no entanto, vai percebe que o local anunciado é, na verdade, um pequeno banheiro convertido em dormitório. Há um colchão preso ao lado da pia, próximo ao vaso sanitário. O anúncio, postado originalmente no Facebook Marketplace, gerou centenas de comentários online. "Nojento", escreveu um usuário do Reddit. "Ei, pessoas de 20 e poucos anos, vocês estão olhando para o seu futuro", diz outro.

Mas há outros anúncios como esse - outro quarto para alugar em Brampton mostra uma cama esmagada perto de uma escada no que parece ser uma área de lavanderia. Outro imóvel para aluguel em Scarborough, um distrito em Ontário, oferece uma cama de casal no canto de uma cozinha. Embora o Canadá possa ter muito espaço disponível, devido à sua ampla extensão, não há imóveis suficientes para atender à demanda. Nos últimos três anos, os aluguéis cresceram em média quase 20%, de acordo com a consultoria imobiliária Urbanation.

Histórias como a do quarto-banheiro em Brampton alimentaram a discussão sobre imigração, afirma Kratzar, do grupo Cost of Living Canada: "As pessoas podem dizer, tipo, isso é tudo evidência anedótica. Mas a evidência continua aparecendo.

Você vê isso repetidamente. As pessoas começaram a ficar preocupadas com a forma como o sistema de imigração vinha sendo administrado", acrescenta Keith Neuman, diretor executivo da Environics. "Acreditamos que é a primeira vez que as pessoas realmente pensam sobre a gestão do sistema."

Justin Trudeau renunciou em 6 de janeiro em meio a esse descontentamento crescente em relação à imigração. O premiê foi acusado de agir tarde demais ao lidar com a crescente ansiedade sobre inflação e moradia que muitos atribuíram, em parte, à imigração. A taxa de aprovação de seu governo antes do anúncio havia chegado a apenas 22% - muito longe do primeiro ano de seu mandato, quando 65% dos eleitores disseram aprovar sua gestão. "Embora a imigração talvez não tenha sido a causa imediata da renúncia, pode ter sido a cereja do bolo", diz o professor Jonathan Rose, chefe do departamento de estudos políticos da Queen's University em Kingston, Ontário.

Na saída da pandemia, a administração de Trudeau optou deliberadamente por incentivar a entrada de imigrantes no país, apostando que aumentar as cotas para estudantes estrangeiros e trabalhadores temporários, além de imigrantes qualificados, daria um impulso à economia. A população, que era de 35 milhões há 10 anos, agora ultrapassa 40 milhões. A imigração foi responsável pela maior parte desse aumento – dados da agência nacional de estatísticas do Canadá mostram que, em 2024, mais de 90% do crescimento populacional veio da imigração.

Além do aumento geral nos níveis de migração, o número de refugiados também cresceu. Em 2013, havia 10.365 solicitações de refúgio no Canadá; em 2023, esse número saltou para 143.770. A insatisfação dos eleitores com a imigração foi "mais um sintoma do que uma causa" da queda de Trudeau, argumenta a professora Rose. "Ela reflete sua aparente incapacidade de captar o clima da opinião pública."

Ainda não está claro quem pode substituir Trudeau dentro do Partido Liberal, mas, com as eleições se aproximando, as pesquisas atualmente favorecem o Partido Conservador. Seu líder, Pierre Poilievre, defende que o número de novos imigrantes seja limitado ao total de novas habitações em construção.

Desde que Donald Trump venceu as eleições presidenciais nos EUA, em novembro, Poilievre "tem falado muito mais sobre imigração", afirma a professora Rose – "tanto que o tema se tornou uma prioridade na mente dos eleitores". Certamente, a chegada de Trump para um segundo mandato está prestes a intensificar ainda mais uma questão já delicada no Canadá, independentemente de quem seja o novo primeiro-ministro. Trump venceu as eleições nos EUA, em parte, com a promessa de realizar deportações em massa de migrantes sem documentação. Desde sua vitória, ele declarou que pretende mobilizar as forças armadas e decretar emergência nacional para cumprir essa promessa. Ele também anunciou planos de impor tarifas de 25% sobre produtos canadenses, caso a segurança na fronteira não seja reforçada.

·        Drones, câmeras e policiamento na fronteira

O Canadá e os Estados Unidos compartilham a maior fronteira não defendida do mundo. Com quase 9 mil km, grande parte dela atravessa áreas de floresta densa e é marcada pelo que é conhecido como The Slash, uma faixa de terra desmatada com seis metros de largura. Diferentemente da fronteira sul dos EUA, não há muros. Isso sempre foi motivo de orgulho para Ottawa e Washington, simbolizando os laços estreitos entre os dois países. Após Trump assumir a presidência pela primeira vez, em 2017, o número de pedidos de asilo disparou, com milhares de pessoas cruzando a fronteira a pé para o Canadá. Segundo o governo canadense, o número de pedidos saltou de pouco menos de 24 mil em 2016 para 55 mil por ano até 2018. Quase todos atravessaram do estado de Nova York para a província canadense de Quebec.

Em 2023, Canadá e Estados Unidos firmaram um acordo mais rígido sobre a fronteira, que impediu a maioria dos migrantes de cruzar por terra de um país para o outro. Pelo acordo, migrantes que entrarem em contato com as autoridades dentro de 14 dias após atravessarem qualquer parte da fronteira devem retornar ao país onde entraram primeiro para solicitar asilo lá. O acordo, revisado por Trudeau e Joe Biden, baseia-se na premissa de que tanto os EUA quanto o Canadá são países seguros para solicitantes de asilo.

Desta vez, a polícia nacional do Canadá – a Real Polícia Montada do Canadá (RCMP) – afirmou ter iniciado a preparação de um plano de contingência para o aumento de cruzamentos de migrantes na fronteira muito antes de Trump assumir o cargo.

Esse plano inclui uma série de novas tecnologias, como drones, óculos de visão noturna e câmeras de vigilância escondidas na floresta. "O pior cenário seria pessoas cruzando em grande número por todo o território", alertou o porta-voz da RCMP, Charles Poirier, em novembro. "Se tivermos 100 pessoas entrando por dia pela fronteira, será muito difícil, porque nossos oficiais terão que cobrir distâncias enormes para deter todos." Agora, o governo nacional destinou mais C$ 1,3 bilhão (R$ 5,512 bilhões) para reforçar seu plano de segurança na fronteira.

Nem todos atribuem a crise habitacional ao recente aumento na imigração. Segundo a prefeita de Toronto, Olivia Chow, o problema "vem sendo construído ao longo de 30 anos" devido à incapacidade dos políticos de criar moradias acessíveis.

Sem dúvida, o país tem uma longa tradição de acolher novos moradores. "Quase 50% da população do Canadá é de primeira ou segunda geração", explica Neuman.

"Isso significa que essas pessoas vieram de outro país ou que um ou ambos os pais delas vieram de outro país. Em cidades como Toronto e Vancouver, esse número supera 80%." Isso torna o Canadá "um lugar muito diferente de um país com uma população homogênea", ele argumenta.

Neuman está envolvido há 40 anos em pesquisas sobre as atitudes dos canadenses em relação aos recém-chegados. "Se você perguntar aos canadenses qual é a característica mais importante ou distintiva do Canadá, ou o que torna o país único, a resposta mais comum é 'multiculturalismo' ou 'diversidade'", ele destaca. Ainda assim, ele reconhece que houve uma mudança significativa na opinião pública – e um aumento nas preocupações relacionadas à imigração. "Agora, não apenas há uma preocupação mais ampla, mas também discussões muito mais abertas", ele observa. "Mais perguntas estão sendo feitas, como: o sistema está funcionando? Por que ele não está funcionando?"

Em um dos protestos em Toronto, uma multidão reuniu-se com cartazes pintados à mão, alguns com os dizeres: "Queremos nosso futuro de volta!" e "Fim da imigração em massa". "Precisamos implementar uma moratória na imigração", argumenta o Sr. Kratzar, cujo grupo participou de alguns desses protestos. "É necessário pausar isso para que os salários possam acompanhar o custo dos aluguéis." Acusações contra os recém-chegados também estão se espalhando nas redes sociais. No verão passado, Natasha White, que se descreve como residente de Wasaga Beach, em Ontário, afirmou no TikTok que alguns recém-chegados estavam cavando buracos na praia e defecando neles. A publicação gerou centenas de milhares de visualizações e uma onda de ódio contra estrangeiros, com muitos comentando que os recém-chegados deveriam "voltar para casa".

·        Cidades de barracas e abrigos lotados

Pessoas que entrevistei e que trabalham diretamente com solicitantes de asilo no Canadá afirmam que as crescentes preocupações em relação à necessidade de mais segurança na fronteira estão deixando esses migrantes inquietos e temerosos.

Abdulla Daoud, diretor-executivo do Refugee Center (centro de refugiados, em tradução para o português), em Montreal, acredita que os solicitantes de asilo vulneráveis com quem trabalha sentem-se marcados pelo foco no número de migrantes desde a eleição nos Estados Unidos "Eles estão, sem dúvida, mais ansiosos", ele diz. "Acho que chegam aqui se perguntando: 'Serei bem-recebido? Estou no lugar certo ou não?'" Aqueles que esperam permanecer no Canadá como refugiados não têm acesso aos serviços oficiais de integração até que se decida que realmente precisam de asilo. Esse processo, que costumava levar duas semanas, agora pode demorar até três anos.

Cidades de tendas para abrigar refugiados recém-chegados e bancos de alimentos com prateleiras vazias surgiram em Toronto. Os abrigos para moradores de rua da cidade frequentemente estão lotados. No inverno passado, dois solicitantes de refúgio morreram congelados após dormirem nas ruas de Toronto. A prefeita de Toronto, Olivia Chow, uma imigrante que se mudou de Hong Kong para o Canadá aos 13 anos, afirma: "As pessoas estão vendo que, mesmo trabalhando em dois ou três empregos, não conseguem dinheiro suficiente para pagar o aluguel e alimentar os filhos. "Eu entendo a dificuldade de viver em um lugar onde a vida não é acessível e o medo de ser despejado, absolutamente, eu entendo. Mas culpar isso no sistema de imigração é injusto."

·        Trudeau acrescentou: "Não encontramos o equilíbrio certo"

Com as frustrações crescendo, Trudeau anunciou uma grande mudança em outubro: uma redução de 20% nas metas de imigração ao longo de três anos. "Ao sairmos da pandemia, entre atender às necessidades de mão de obra e manter o crescimento populacional, não encontramos o equilíbrio certo", admitiu. Ele acrescentou que queria dar tempo para que todos os níveis de governo se ajustassem – para acomodar mais pessoas.

Mas, considerando que ele renunciou desde então, será isso suficiente? E o governo Trump e o crescente sentimento anti-imigrante do lado de lá da fronteira correm o risco de se espalhar mais para o Canadá?

O Sr. Daoud tem sua própria opinião. "Infelizmente, acho que a presidência de Trump teve impacto na política canadense", diz ele. "Acho que muitos políticos estão usando isso como uma maneira de semear o medo." Outros estão menos convencidos de que terá grande impacto. "Os canadenses são melhores do que isso", diz Olivia Chow. "Lembramos que ondas sucessivas de refugiados ajudaram a criar Toronto e o Canadá." Políticos envolvidos no debate sobre o crescimento populacional antes da próxima eleição estarão conscientes de que metade dos canadenses são imigrantes de primeira e segunda geração. "Se os conservadores vencerem a próxima eleição, podemos esperar uma redução na imigração", diz o professor Jonathan Rose. Mas ele acrescenta que Poilievre terá que caminhar "uma linha fina".

O professor Rose afirma: "Como as circunscrições com grande número de imigrantes em Toronto e Vancouver serão importantes para qualquer vitória eleitoral, ele não pode ser visto como anti-imigração, mas sim como alguém que está apenas recalibrando a imigração para adequá-la à política econômica e habitacional." E há um grande número de canadenses, incluindo líderes empresariais e acadêmicos, que acreditam que o país deve continuar a perseguir uma política de crescimento assertiva para combater a queda da taxa de natalidade no Canadá. "Tenho grandes esperanças nos canadenses", acrescenta Lisa Lalande, da Century Initiative, que defende políticas para aumentar a população do Canadá para 100 milhões até 2100. "Na verdade, acredito que vamos superar onde estamos agora."Acho que estamos realmente preocupados com a acessibilidade [e] o custo de vida - não com os imigrantes em si. Reconhecemos que eles são muito importantes para a nossa cultura."

¨      O que acontece com o Canadá após renuncia do Premiê

O primeiro-ministro canadense Justin Trudeau comunicou sua renúncia ao cargo de primeiro-ministro e à liderança de seu partido. "O país merece uma escolha real" na próxima eleição, afirmou em pronunciamento, emendando que, para ele, ficou claro que, se tiver que lutar "batalhas internas", não tem como ser a melhor opção na cédula de voto para os canadenses. O anúncio foi feito em meio a um cenário de crise política no Canadá, aprofundado com a renúncia, em dezembro, da vice-premiê e ministra de Finanças Chrystia Freeland. Ela e Trudeau vinham tendo uma série de desentendimentos em relação à condução da economia do país, em especial à estratégia para reagir à ameaça representada pela agenda protecionista do presidente eleito dos Estados Unidos, Donaldo Trump, que toma posse no próximo dia 20 de janeiro.

A renúncia de Trudeau ocorre dois dias antes da reunião nacional do Partido Liberal, à sigla da qual ele é filiado, e encerra quase uma década em que ele permaneceu como primeiro-ministro do Canadá. A decisão marca o fim de semanas de especulação sobre o futuro político de Trudeau, que viu sua popularidade entre seus pares e o eleitorado canadense despencar. O momento de instabilidade política ocorre enquanto o país enfrenta uma série de desafios, entre eles o segundo mandato de Trump na Casa Branca. O "grave desafio" representado pela mudança de comando nos Estados Unidos foi mencionado na carta de renúncia de Freeland, que deixou o cargo repentinamente em meados de dezembro, dizendo que não tinha certeza se Trudeau havia levado a ameaça a sério o suficiente.

O premiê estava sob pressão de membros de seu próprio partido para renunciar desde o meio do ano passado, depois que os liberais sofreram uma derrota histórica para seus rivais conservadores.

Em dezembro, apenas 22% dos canadenses disseram aprovar seu governo, o menor número desde que ele assumiu o poder, em 2015. Enquanto isso, Pierre Poilievre, o líder do Partido Conservador do Canadá, tem aparecido quase 24 pontos à frente de Trudeau, sinalizando a possibilidade de uma grande derrota para os liberais na próxima eleição, marcada para outubro. Embora o Canadá tenha um sistema multipartidário, apenas os conservadores e os liberais conseguiram historicamente formar governos.

Trudeau já havia indicado sua intenção de concorrer novamente, mas, após a renúncia de Freeland em dezembro, a pressão sobre o primeiro-ministro cresceu dentro de seu próprio partido para renunciar. "Ele está delirando se acha que podemos continuar assim", disse o deputado de New Brunswick Wayne Long a repórteres antes do feriado de Natal.

<><> O que acontece agora?

De acordo com a constituição do Partido Liberal, o líder pode apresentar sua renúncia a qualquer momento, desencadeando uma disputa pela liderança. Esse processo normalmente leva alguns meses. Não está claro se os membros do Partido Liberal tentarão acelerar esse processo, dado o fato de que 2025 é um ano eleitoral no Canadá. Trudeau esclareceu durante o pronunciamento que permaneceria no cargo até que um substituto fosse definido.

<><> Quem pode suceder Trudeau?

Antes da renúncia do primeiro-ministro, alguns nomes já vinham sido apontados como possíveis sucessores. A ex-vice-primeira-ministra Chrystia Freeland tem sido considerada há muito tempo como uma possível sucessora de Trudeau. Ela é uma deputada de Toronto e trabalhou como jornalista antes de entrar na política. Freeland foi a primeira mulher ministra das finanças do Canadá antes de renunciar abruptamente em dezembro do ano passado, devido a uma rixa entre ela e Trudeau em torno dos gastos do governo e como lidar com a ameaça de tarifas de importações anunciadas pelo presidente eleito dos EUA, Donald Trump.

O ex-banqueiro Mark Carney, que já foi chefe do Banco do Canadá e do Banco da Inglaterra, é um liberal de carteirinha que tem servido nos últimos meses como conselheiro especial de Trudeau. Ele estaria disputando o cargo de liderança do partido há algum tempo.

Mélanie Joly, a ministra das relações exteriores, é uma política de Quebec que, como Trudeau, representa um distrito da área de Montreal. Advogada formada em Oxford, Joly é um rosto conhecido para muitos, tendo representado o Canadá no cenário mundial desde 2021. Ela foi escolhida diretamente por Trudeau para concorrer como política na esfera federal.

Dominic Leblanc, ministro das finanças e assuntos intergovernamentais, é um amigo de longa data de Trudeau e um de seus aliados mais próximos, em quem se confia para assumir pastas em dificuldades políticas ou em crises. Ele é parlamentar há mais de duas décadas e já havia demonstrado ambições de liderar o Partido Liberal, fazendo campanha em 2008, mas perdendo para Michael Ignatieff.

Christy Clark, ex-primeira-ministra da Colúmbia Britânica, havia se afastado do cenário político federal, mas expressou nos últimos meses seu interesse em jogar seu chapéu no ringue de liderança liberal

 

Fonte: BBC News

 

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