Eleições 2024 em Feira de Santana tem
disputa por eleitor evangélico. Ex pré-
candidata a vice nega apoio
Nesta segunda-feira
(23/04/2024), uma polêmica tomou conta das redes sociais após a divulgação de
uma notícia pela assessoria do candidato à prefeito Zé Neto (PT). A informação,
que tem vídeo com a presença da protestante, afirmava que a Mary Ângela Alves,
ex-pré-candidata a vice-prefeita de Feira de Santana, teria declarado apoio ao
petista em um evento realizado no domingo. A notícia foi publicada com o
título: “Em encontro de lideranças evangélicas, ex-candidata a vice-prefeita de
Pablo Roberto declara apoio a Zé Neto”, e gerou repercussão imediata. Em
resposta, Mary Ângela negou a informação.
Em um segundo vídeo,
Mary Ângela explicou que compareceu a um culto a convite de Sandro Nazireu,
candidato a vice-prefeito na chapa de Zé Neto, e que o encontro não teve
caráter político.
Segundo a protestante,
a participação no evento foi restrita a questões religiosas, e em nenhum
momento houve declarações de apoio a qualquer candidato.
“Fui convidada pelo
meu amigo e irmão em Cristo, Sandro Nazireu, para participar de um culto no
domingo. Estive lá como outros pastores, fui recebida muito bem, mas em nenhum
momento falei de política”, esclareceu.
Ela também aproveitou
a oportunidade para destacar a relevância da Lei 14.970, que homenageia
pastores e pastoras, e celebrou a conquista das mulheres no ministério
religioso. No entanto, deixou claro que sua fala durante o evento não envolveu
discussões políticas e foi mal interpretada pela assessoria do candidato Zé
Neto.
A apóstola expressou
indignação quanto ao uso indevido de sua imagem para fins eleitorais e reforçou
que não está envolvida em apoio a qualquer candidato.
“Não venham com
notícias errôneas sobre mim, nem tentem depreciar minha imagem. Para isso,
existe Justiça. Sou uma mulher de Deus, e meu compromisso é com Ele, não com
partidos políticos”, disse Mary Ângela.
Ela também alertou
sobre a gravidade da propagação de fake news e os impactos que essas
informações falsas podem gerar durante o período eleitoral.
O caso chama a atenção
para a crescente disseminação de notícias falsas no contexto das eleições, um
fenômeno que afeta a percepção pública e pode influenciar o comportamento do
eleitorado. A prática de desinformação, como observado neste episódio, é um problema
que desafia a integridade do processo democrático.
Mary Ângela encerrou o
pronunciamento pedindo que sua imagem não seja utilizada de forma inadequada e
ressaltou seu respeito por todos os candidatos, independentemente de suas
plataformas políticas.
Este episódio suscita
reflexões sobre a responsabilidade das campanhas eleitorais no compartilhamento
de informações e o papel das redes sociais na disseminação de conteúdos não
verificados. A crescente incidência de fake news no cenário político é preocupante,
exigindo que candidatos e eleitores mantenham vigilância para evitar a
manipulação de fatos, o que pode comprometer a integridade do processo
eleitoral. Todavia, o caso em si revela aspectos distinto do que seja
informação falsa (Fake News).
• Paradoxo da dissociação cognitiva
No caso específico,
observa-se um aparente paradoxo: a líder religiosa participou de um evento com
a presença de candidatos e fez um discurso que, embora revestido de linguagem
religiosa, possuía conotações políticas de apoio. O uso do nome de Deus em um
contexto que pode ser interpretado como político reforça essa ambiguidade. No
entanto, na segunda-feira (23), após a repercussão de sua presença ao lado dos
candidatos do PT e Podemos, Mary Ângela tratou o ocorrido como fake news,
desconsiderando o contexto político do evento realizado no domingo (22).
De acordo com
especialistas em política e religião, o comportamento de Mary Ângela pode ser
visto como um caso de dissociação cognitiva, em que a pessoa apresenta posições
contraditórias em momentos distintos, causando confusão sobre suas reais
intenções e seu nível de envolvimento no processo eleitoral. Tal postura também
levanta questionamentos sobre a utilização da religião em contextos políticos e
a dificuldade de separar fé e política em situações sensíveis como a campanha
eleitoral.
• "A eleição vai ser decidida na reta
final com uma vantagem para Zé Neto", diz Ângelo Almeida
Durante ato de entrega
e anúncios de obras em portos e aeroportos baianos na manhã desta segunda-feira
(23), em Salvador, com as presenças do governador Jerônimo Rodrigues (PT) e do
ministro Silvio Costa Filho, o deputado estadual licenciado e secretário de
Desenvolvimento Econômico da Bahia, Ângelo Almeida, falou sobre as eleições em
Feira de Santana. Segundo ele, a vantagem na reta final é de quem está
crescendo.
"Bom, eleição é
muito tendência. Quando na reta final existe um dos nomes com tendência de
crescimento e o outro, que já estava, seja assim, no seu topo, no máximo, com
tendência de recuo, eu diria que a vantagem passa a ser de quem está em
tendência de crescimento. E este nome hoje é Zé Neto", afirmou o
secretário.
Ângelo destacou ainda
que o cenário está favorável ao candidato petista, Zé Neto.
"Nós acreditamos,
sinceramente, que essa eleição em feira,
faço política há 30 anos lá, participo de eleições, e posso dizer a você
que existe todo um cenário de que a eleição vai ser decidida na reta final, para
mim, com uma vantagem, para Zé Neto. Eu acho que agora vai se tornar aí uma
disputa de Ayrton Senna com Alain Prost no final, mas com uma forte vantagem
para o nosso Ayrton Senna, que é Zé Neto", ressaltou.
Fonte: Jornal Grande
Bahia/BNews
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