quinta-feira, 26 de setembro de 2024

Possível vitória de Trump nas eleições será um desastre para o Ocidente, diz general polonês

A vitória do candidato republicano Donald Trump nas eleições dos EUA será um desastre para a Polônia devido à abordagem de seus assessores para resolver o conflito ucraniano, afirmou o ex-vice-ministro polonês da Defesa Nacional, general Waldemar Skrzypczak.

O candidato republicano à vice-presidência, J.D. Vance, disse anteriormente que o plano de Trump para resolver o conflito ucraniano pode envolver a desmilitarização da linha de demarcação entre os dois países e dar a Moscou garantias de que a Ucrânia não vai ser admitida na Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).

De acordo com o general Skrzypczak, se a ideia de Vance for implementada, isso vai significar que "a Ucrânia perdeu" o conflito.

"Além disso, em tal situação, o Ocidente também vai perder essa guerra, e nós também", disse ele em uma entrevista ao portal Fronda.pl.

O general considera essa perspectiva uma "catástrofe para todos" no Ocidente.

Em sua opinião, depois que a situação na Ucrânia se estabilizar, as autoridades russas poderiam supostamente exigir a desmilitarização do Leste Europeu, o que, na opinião de Skrzypczak, seria "o fim da Polônia soberana".

"Em tal situação, o Ocidente vai nos dar as costas e nos trair, como fez em 1939 [no início da Segunda Guerra Mundial]", previu ele.

Skrzypczak expressou a opinião de que "não vale a pena se envolver com Trump" e chamou seus apoiadores de "inimigos da Polônia".

Anteriormente, Zelensky disse em uma entrevista ao jornal The New Yorker que a possível ascensão ao poder do candidato à vice-presidência J.D. Vance é um "sinal perigoso" para Kiev, já que este último declarou que as esperanças da Ucrânia de retornar às suas fronteiras de 1991 com a Rússia são absurdas.

Ele disse que teme a chegada de Vance ao poder porque ele é muito radical na questão ucraniana, enquanto o ex-chefe da Casa Branca e candidato republicano Donald Trump supostamente prometeu apoio a Zelensky.

O presidente russo Vladimir Putin explicou detalhadamente em uma entrevista ao jornalista norte-americano Tucker Carlson que Moscou não tem a intenção de atacar os países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), pois isso não faz sentido.

O líder russo observou que os políticos ocidentais intimidam regularmente suas populações com uma imaginária ameaça russa a fim de desviar a atenção dos problemas domésticos, mas que as "pessoas inteligentes entendem perfeitamente bem que isso é fake".

Zelensky é suspeito de intervir nas eleições dos EUA, segundo mídia

O atual líder ucraniano Vladimir Zelensky teria usado recursos militares dos EUA para fazer campanha para a vice-presidente Kamala Harris durante uma visita a uma fábrica de munições na Pensilvânia, um dos estados indecisos, informou a revista The Federalist.

Ele visitou uma fábrica no estado indeciso com os apoiadores de Kamala Harris, o governador da Pensilvânia, Josh Shapiro, e outros democratas, e promoveu a visita com fotos e um discurso a bordo de um avião da Força Aérea dos EUA.

"Zelensky está na Pensilvânia hoje, assinando bombas com o governador Shapiro. Zelensky também está atacando J.D. Vance no maior e mais importante estado de campo de batalha do país durante um ano eleitora. Pessoal, se isso não é interferência eleitoral estrangeira, não sei o que é", escreveu Sean Parnell, ex-candidato republicano da Pensilvânia ao Senado [câmara baixa do parlamento] dos EUA, citado pelo artigo.

A revista também enfatiza que o Pentágono não negou que Zelensky tenha usado recursos militares dos EUA para a viagem, mas se recusou a comentar os possíveis esforços de Zelensky para apoiar um candidato específico.

Vladimir Zelensky começou sua visita aos Estados Unidos no domingo (22) visitando uma fábrica de munição que produz para as Forças Armadas da Ucrânia na cidade de Scranton, Pensilvânia, e imediatamente pediu mais projéteis.

Anteriormente, Zelensky disse em uma entrevista ao jornal The New Yorker que a possível ascensão ao poder do candidato à vice-presidência J.D. Vance é um "sinal perigoso" para Kiev, já que este último declarou que as esperanças da Ucrânia de retornar às suas fronteiras de 1991 com a Rússia são absurdas.

Ele disse que teme a chegada de Vance ao poder porque ele é muito radical na questão ucraniana, enquanto o ex-chefe da Casa Branca e candidato republicano Donald Trump supostamente prometeu apoio a Zelensky.

<><> Zelensky quer vitória dos democratas para obter bilhões de dólares de assistência, diz Trump

O candidato do Partido Republicano à presidência dos EUA, Donald Trump, afirmou que Vladimir Zelensky quer a vitória dos democratas por causa dos bilhões de dólares de assistência estadunidense.

"Acho que Zelensky é o maior comerciante da história. Toda vez que ele vem ao país, ele sai com US$ 60 bilhões (R$ 330,7 bilhões). Bilhões!", disse o ex-presidente em um comício em Indiana.

Trump observou que o "comerciante Zelensky" quer que os democratas ganhem a eleição presidencial dos EUA por causa dos bilhões de dólares em ajuda a Kiev.

Ele mais uma vez promoveu negociações de paz como um plano alternativo.

"Como presidente eleito, se eu ganhar esta eleição, a primeira coisa que vou fazer é ligar para Zelensky e para o presidente [russo Vladimir] Putin, e eu vou dizer, 'vocês têm que fazer um acordo. Isso é uma loucura'", enfatizou Trump.

O candidato republicano criticou a atual administração dos EUA, liderada por Joe Biden, pela ausência de contato com a liderança russa.

Especialista explica por que plano de vitória de Zelensky é na verdade um plano de sobrevivência

Vladimir Zelensky espera que seu "plano de paz" para a Ucrânia o ajude a garantir a sua proteção por parte dos EUA, sugeriu o especialista britânico Alexander Mercouris em seu canal no YouTube.

"Pode-se supor que este plano de vitória seja, na verdade, um plano de sobrevivência de Zelensky [...] os russos continuam avançando, e eu acho que ele entende isso, mas ainda quer manter sua influência política na Ucrânia. Por isso, ele propôs um plano de vitória que provavelmente não é um plano do apoio ocidental para a Ucrânia, mas um plano de confirmação do apoio ocidental para Zelensky. Isso significará que ele não terá mais de se preocupar com um golpe potencial em Kiev, porque ninguém vai começar um golpe se souber que o Ocidente estará contra isso", sugeriu o analista.

De acordo com Mercouris, tal proteção permitirá que o chefe do regime de Kiev deixe a Ucrânia em segurança em caso de derrota total das Forças Armadas ucranianas.

"Zelensky espera que o Ocidente ainda o veja como um aliado, se as coisas chegarem à fase final, quando o Exército russo estiver praticamente assaltando Kiev. Assim, ele terá um caminho para escapar", concluiu o especialista.

Anteriormente, Zelensky havia anunciado o "plano de vitória" da Ucrânia em seu canal de Telegram.


Ocidente reduz em metade a ajuda financeira à Ucrânia, revela mídia

O fluxo de fundos ocidentais para o orçamento de Estado da Ucrânia quase se reduziu pela metade em relação ao ano passado, calculou o jornal russo Vedomosti depois de analisar dados do Ministério das Finanças ucraniano.

Entre janeiro e junho deste ano, os EUA e seus aliados, que têm apoiado Kiev durante todo o seu conflito com Moscou, financiaram apenas 27% das despesas orçamentais do país, em comparação com 50% no primeiro semestre de 2023, escreveu o jornal em um artigo na segunda-feira (23).

Em termos monetário, a ajuda financeira ocidental a Kiev diminuiu de US$ 19,1 bilhões (R$ 105,2 bilhões) para US$ 10,6 bilhões (R$ 58,4 bilhões) durante esse período, observou Vedomosti.

De acordo com o artigo, espera-se que as autoridades em Kiev atraiam US$ 37 bilhões (R$ 203,9 bilhões) em empréstimos externos em 2024 para cobrir quase todo o orçamento, mas no primeiro semestre eles conseguiram receber apenas um quarto dessa quantia.

Ao mesmo tempo, o fardo sobre o orçamento ucraniano está aumentando, já que o custo de serviço da dívida previamente acumulada subiu de US$ 900 milhões no primeiro semestre deste ano para US$ 5,2 bilhões para o segundo trimestre, disse o jornal. Isto é mais do que o total de despesas com educação, saúde e apoio à economia combinados, enfatizou o artigo.

Analistas entrevistados pelo jornal sugeriram que adiar prazos de pagamento e a reestruturação da dívida só permitiria que Kiev atrasasse uma inadimplência, mas não a evitaria. A Ucrânia é insolvente e não será capaz de pagar seus empréstimos externos, afirmaram especialistas.

Polêmica sobre suspensão das restrições de uso das armas fornecidas à Ucrânia divide Ocidente

Diferentes posicionamentos sobre a suspensão das restrições de uso de armas ocidentais fornecidas à Ucrânia para atacar territórios russos dividem cada vez mais os políticos no Ocidente e na Ucrânia, segundo o jornal The Washington Post.

A Ucrânia já tentou várias vezes conseguir a permissão de usar mísseis de longo alcance como ATACMS e Storm Shadow de fabricação ocidental para atingir alvos nos territórios russos que estão longe da zona de conflito.

Porém, segundo o jornal, essa questão encontra respostas opostas nos Estados Unidos, que não querem que o conflito toque os próprios, e na Europa e Ucrânia que pedem para não levar a sério advertências da Rússia sobre as consequências de tais ações.

"A recusa persistente dos Estados Unidos em relaxar as restrições ao uso de mísseis ocidentais pela Ucrânia para ataques mais profundos em território russo exacerbou uma divisão crescente entre os aliados, com Kiev irritada com mais um retrocesso na desaceleração do avanço russo em todo o país", diz o artigo.

Os oficiais norte-americanos, entrevistados em anonimato pelo The Washington Post, dizem ter frustração de que o lado ucraniano não quer compreender sua "abordagem cautelosa".

As fontes do jornal também afirmam que ainda não receberam "um argumento convincente dos líderes ucranianos" de que os possíveis ataques a territórios da Rússia longe da zona de conflito fizessem qualquer impacto importante.

Por sua vez, oficiais europeus e ucranianos, também entrevistados pelo jornal, defendem a suspensão das restrições.

"Achamos que a permissão deve ser concedida ontem, não hoje ou amanhã. Caso contrário, a frase 'Queremos ver a Ucrânia o mais forte possível para qualquer cenário' parece uma besteira total", disse uma fonte ucraniana.

Um oficial da Ucrânia supôs também que o argumento sobre a pouca eficácia de tais ataques surgisse "porque a desculpa anterior [para não dar a permissão] não está mais funcionando".

Anteriormente, o presidente russo Vladimir Putin declarou que ataques com mísseis de longo alcance ocidentais aos territórios russos que estão longe da zona de conflito significarão o envolvimento direto da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) no conflito na Ucrânia, já que somente os militares da OTAN, não os ucranianos, têm a capacidade de operar essas armas.

Ele acrescentou que o envolvimento direto dos países ocidentais no conflito ucraniano muda a natureza das hostilidades e que a Rússia vai ser forçada a tomar decisões de acordo com essas ameaças.


Fonte: Sputnik Brasil


 

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