Longevidade:
cientistas conseguem aumentar vida útil de células em 82%
Usando edições de DNA, pesquisadores americanos
conseguiram criar um método para dar um tempo de vida 82% maior às células. A
técnica, chamada de engenharia de longevidade, pode embasar investigações
futuras sobre o combate ao envelhecimento.
A descoberta foi publicada pelos pesquisadores da
Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, na revista
Science nessa quinta-feira (27/4). Os biólogos
moleculares afirmam que é a primeira vez que a mudança genética consegue retardar o envelhecimento celular
nesse nível.
Na pesquisa, foram usadas células de levedura, muito
usadas em pesquisa por sua intensa multiplicação, mas os pesquisadores afirmam
que o método poderia ser replicado em células humanas. “A técnica de
reprogramação celular pode ser usada em organismos mais complexos”, explicam os
pesquisadores no estudo.
Para conseguir reverter o envelhecimento celular, os
cientistas criaram circuitos genéticos que permitiram que tanto o núcleo da
célula como suas mitocôndrias tivessem seus processos de transcrição de DNA aperfeiçoados
— a “reciclagem” impede o acúmulo de toxinas.
“Esses resultados representam um avanço no uso da
engenharia biológica para planejar circuitos genéticos sintéticos que consigam
controlar complexos biológicos como o envelhecimento”, afirma o editor da
revista Science, L. Bryan Ray.
Ø Longevidade: expectativa de vida pode superar os 140 anos, diz estudo
Cientistas dos Estados Unidos acreditam que um dia
a expectativa de vida poderá ultrapassar aos
140 anos. Embora pareça uma estimativa ousada, os pesquisadores da Universidade
da Geórgia afirmam que ainda não chegamos ao limite máximo da longevidade humana.
Em um artigo publicado na quarta-feira (29/3)
na revista PLOS One, o professor David McCarthy
conta que as pessoas nascidas entre 1900 e 1950 estão experimentando um
adiamento da mortalidade sem precedentes. Mas elas ainda são jovens demais para
quebrar recordes de longevidade.
O grupo de estudo de McCarthy analisou a expectativa
de vida ao longo dos séculos em 19 países para tentar determinar quanto tempo
as pessoas podem viver, e entender se a população está vivendo mais, menos, ou
se a longevidade está estagnada.
Eles acreditam que a idade máxima aumentará
drasticamente entre as pessoas nascidas na primeira metade do século 20 em
comparação às dos séculos anteriores. Uma pessoa nascida entre 1910 e 1950
poderia, por exemplo, viver tranquilamente até os 120 anos.
“Nossas estimativas indicam que há 95% de chance de
que a última mulher sueca nascida em 1950 só morra com idade entre 117 e 125
anos. Portanto, em algum momento entre 2067 e 2075”, diz.
Os homens nascidos em 1970, por sua vez, poderiam
chegar aos 141 anos. E as mulheres do mesmo ano viveriam até os 131 anos se as
projeções se concretizarem. “À medida que esses grupos atingem idades avançadas
nas próximas décadas, os recordes de longevidade podem aumentar
significativamente”, afirma McCarthy.
Recorde de longevidade
O recorde de longevidade é da francesa Jeanne Louise
Calment. Os registros mostram que Jeanne viveu até os 122 anos e 164 dias. Ela
faleceu em agosto de 1997, em uma casa de repouso no sul da França.
Fonte: Metrópoles
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