Por que rimos
quando alguém cai?
Você
já se perguntou por que rimos
quando alguém cai? As Cassetadas do Faustão, que fizeram sucesso nos
anos 90, estão aí para provar. Cair sem se machucar gera risadas, ao menos em
algumas pessoas que assistem o acontecimento.
Mas
não deveríamos sentir empatia pela pessoa
envolvida, que está em uma situação vulnerável e humilhante?
Na
verdade, de acordo com especialistas, o motivo pelo qual rimos quando alguém cai ocorre
por causa das sensações de imprevisibilidade e incongruência.
Essa
foi a conclusão de um estudo publicado na
revista Elsevier, que investigou o porquê rimos
em situações características de vídeos de humor tipo pastelão.
Os
pesquisadores mediram a atividade bioelétrica do cérebro durante a percepção de imagens
engraçadas versus não engraçadas envolvendo circunstâncias
infelizes.
De
acordo com a pesquisa, o elemento que mais confere uma característica cômica em
uma situação infeliz é a expressão facial das vítimas: a reação do observador
geralmente será de riso apenas se as vítimas mostrarem uma expressão engraçada
de perplexidade e não uma expressão de dor ou
raiva, o que mostra, para o alívio dos culpados, a existência de empatia.
O
humor é a tendência de determinadas experiências cognitivas de provocar o riso
e proporcionar diversão, sendo uma adaptação evolutiva dos humanos para
“depurar” incongruências e erros nas representações mentais.
Como
o cérebro tem recursos
limitados, o humor atua como um mecanismo de autocorreção que filtra as
informações que atrapalham seu funcionamento ou levam o indivíduo a cometer
erros potencialmente custosos a partir de conclusões errôneas, direcionando os
recursos para funções mais frutíferas.
Assim,
ao perceber a perplexidade na expressão facial da vítima (olhar de
perplexidade, surpresa ou espanto), essa informação cria um contexto que
desencadeia o riso.
Por
outro lado, se o cérebro interpreta sofrimento ou raiva na expressão facial,
ele é inundado pela angústia da vítima e gera empatia, o que impede o
riso.
Os
circuitos neurais parecem ter a capacidade de reconhecer e apreciar os
elementos engraçados de situações infelizes e analisar o contexto como não
ameaçador.
Dessa
forma, a empatia ativa rapidamente a sensação de desconforto, impotência e
vergonha alheia. Mas, ao percebermos que está tudo bem, sentimos um alívio, que
é externado na forma de riso.
Fonte:
eCycle
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