Putin permite fornecimento
de petróleo a países amigáveis a preços fora do teto
O
presidente russo, Vladimir Putin, retirou da proibição da exportação de
petróleo e produtos petrolíferos nos termos do limite máximo de preços as
entregas por contratos já concluídos com países amigáveis. As alterações entram
em vigor na data da sua publicação oficial, em 28 de abril.
Assim,
de acordo com o novo decreto, a proibição não se aplica às entregas realizadas
em conformidade com os contratos celebrados nos termos dos acordos internacionais
da Federação da Rússia no domínio do fornecimento de petróleo, vigentes no dia
da entrada em vigor deste decreto, a países não incluídos na lista de Estados
hostis.
"O
presente decreto não se aplica ao fornecimento de petróleo russo em conformidade
com os contratos celebrados nos termos dos acordos internacionais da Federação
da Rússia no domínio do fornecimento de petróleo, vigentes na data de entrada
em vigor do presente decreto, a países não incluídos na lista de Estados e
territórios estrangeiros que realizam ações hostis contra a Rússia e pessoas
jurídicas e físicas russas", referidas no documento.
Estão
a ser feitas alterações relevantes ao decreto presidencial sobre medidas para
responder à imposição por alguns Estados estrangeiros de um limite aos preços
do petróleo e dos produtos petrolíferos russos, que entrou em vigor em 1º de
fevereiro deste ano.
Em
dezembro de 2022, o presidente russo assinou um decreto proibindo o
fornecimento de petróleo e produtos petrolíferos russos a compradores sob os
termos do teto de preços, reservando o direito de tomar decisões especiais para
excluir uma série de suprimentos da ação do decreto.
Em
5 de dezembro do ano passado, simultaneamente com o embargo da União Europeia
ao fornecimento de petróleo russo por mar, entrou em vigor o teto de preços –
uma proibição do G7, da UE e da Austrália da prestação de serviços de
transporte por mar de petróleo acima de um determinado preço, que agora é de
US$ 60 (R$ 300,53) por barril.
Desde
5 de fevereiro de 2023, restrições semelhantes começaram a se aplicar ao
fornecimento de produtos petrolíferos da Rússia. O limite foi fixado em US$ 100
(R$ 500,89) e US$ 45 (225,40) por barril, dependendo da categoria dos produtos
petrolíferos.
·
Mudando
a rota: Rússia vai desviar 140 milhões de toneladas de petróleo da Europa para
Ásia
Em
2023, a Rússia redirecionará 140 milhões de toneladas das exportações de
petróleo e produtos petrolíferos para a Ásia das 220 milhões de toneladas antes
destinadas à Europa, disse o vice-primeiro-ministro Aleksandr Novak à margem da
reunião do Conselho da Administração do Instituto de Energia de Moscou.
"Neste
ano serão tomados 140 milhões de toneladas de petróleo e derivados. Haverá
cerca de 80 a 90 milhões de toneladas no Ocidente", disse ele.
Em
2022, cerca de 40 milhões de toneladas foram dos mercados europeus para o
Oriente. Assim, a Rússia em 2023 planeja redirecionar para a Ásia mais de 60%
das exportações de petróleo e produtos petrolíferos anteriormente destinadas
para a Europa.
Em
fevereiro, o vice-primeiro-ministro russo informou que as exportações de
petróleo da Rússia em 2022 atingiram 242 milhões de toneladas, um aumento de
7,6%. De acordo com o Serviço Federal Alfandegário, em termos monetários, os
exportadores aumentaram as exportações de combustíveis minerais, petróleo e
produtos de destilação em 42,8% em comparação com 2021, até US$ 383,7 bilhões
(R$ 1,935 trilhão).
Ao
mesmo tempo, os ganhos do orçamento de petróleo e gás para o primeiro trimestre
deste ano diminuíram 45% ao ano, que, de acordo com o Ministério das Finanças,
"é principalmente devido ao declínio nas cotações de preço do petróleo da
marca russa Urals e uma diminuição no volume de exportações de gás
natural".
A
agência espera uma "redução gradual nos descontos de preços" da Urals
e a recuperação das receitas fiscais no segundo semestre de 2023.
·
Putin:
Rússia não está isolada, construirá relações com quem valoriza a reputação e a
cooperação
O
presidente russo avaliou a situação internacional da Rússia em meio às sanções,
garantindo que o país seguirá em frente, apesar de todas as dificuldades.
A
Rússia seguirá consistentemente apenas em frente aos seus objetivos, disse
nesta sexta-feira (28) Vladimir Putin, presidente russo.
"Os
valores do serviço dedicado ao povo e à pátria determinam a força e a
sustentabilidade do poder do Estado. Eles confirmam a unidade e a coesão de
nosso povo, são a garantia fundamental e imutável de que superaremos juntos
todas as provações. Avançaremos de forma consistente e firme rumo às metas
grandiosas e ambiciosas que estabelecemos", disse Putin na reunião do
Conselho de Legisladores russo.
O
mandatário rejeitou a narrativa de "isolamento" da Rússia.
"Nós
não vamos nos isolar, pelo contrário, expandiremos as relações pragmáticas,
igualitárias, mutuamente benéficas e exclusivamente de parceria com países
amigos da Eurásia, África e América Latina", disse Putin, acrescentando
que, apesar do sentimento entre as "elites" nos EUA e na Europa, suas
políticas nem sempre condizem com os interesses de seus povos.
"No
entanto, apesar de todos esses esforços, a intensidade dos contatos
internacionais, incluindo aqueles por meio do nosso parlamento, não só não está
diminuindo, como até está aumentando, o que é uma tendência muito boa, correta
e indicativa", sublinhou o presidente da Rússia.
A
Rússia está pronta para trabalhar com os parceiros estrangeiros, com empresas e
corporações globais que valorizam sua reputação comercial e querem cooperar com
a Rússia, apontou.
Segundo
ele, os países ocidentais, que "estão destruindo maniacamente a estrutura
jurídica e os canais de diálogo, tentam impor suas opiniões e as chamadas
'regras' a todos. Que regras? Ninguém as viu, quem escreveu essas
regras?".
"Vejam
as previsões das organizações internacionais, as previsões de crescimento da
economia russa. Tudo lá está mais ou menos estável para nós. Mesmo aqueles que
não gostariam de mostrar essas perspectivas são forçados a mostrá-las. E olhem
para aqueles que estão criando problemas para nós. Eles parecem estar
criando-os para si mesmos", assinalou Vladimir Putin.
O
alto responsável ainda sugeriu a necessidade de defender os cidadãos russos nas
novas regiões russas.
Ø
FMI
explica inesperada 'resiliência' da economia russa às sanções ocidentais
A
Rússia lidou com a pressão das sanções externas melhor do que o esperado, diz o
relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre a situação econômica na
Europa.
"A
economia russa se mostrou mais resistente às sanções do que muitos
especialistas esperavam inicialmente. Depois de uma queda acentuada no segundo
trimestre do ano passado, a economia se recuperou de forma significativa no
terceiro e quarto trimestres, reduzindo o declínio da produção em 2022 para 2,1
por cento", disseram os autores do documento.
Os
"resultados inesperadamente fortes" do ano passado são atribuídos à
sustentabilidade das exportações de petróleo. Além disso, a indústria russa de
petróleo e gás conseguiu manter seus volumes de fornecimento em meio ao aumento
dos preços.
No
entanto, o FMI espera uma queda acentuada nas receitas fiscais em 2023 devido à
queda nos preços do petróleo e do gás.
Ao
mesmo tempo, o produto interno bruto (PIB) deve crescer 0,7%. Segundo Maksim
Oreshkin, assessor do presidente russo, o PIB da Rússia crescerá em 1% - 2%
neste ano.
O
Ocidente intensificou as sanções contra a Rússia por causa de sua operação
militar especial na Ucrânia, o que fez disparar os preços da eletricidade, do
combustível e dos alimentos na Europa e nos Estados Unidos.
O
presidente russo, Vladimir Putin, disse que a política de conter e enfraquecer
a Rússia é uma estratégia de longo prazo do Ocidente, e as sanções foram um
duro golpe para toda a economia mundial. As autoridades russas insistiram
repetidamente que Moscou vai resolver todos os problemas ocasionados pelo Ocidente.
Ø
UE
diz que acordo foi alcançado para retomar trânsito de grãos da Ucrânia com 5
países do bloco
A
Comissão Europeia disse nesta sexta-feira (28) que, a princípio, chegou a um
acordo para permitir que o trânsito de grãos ucranianos seja retomado através
de cinco países da União Europeia que impuseram restrições.
Os
países que impuseram as medidas foram Bulgária, Hungria, Polônia, Romênia e
Eslováquia, citando preocupações de que grãos da Ucrânia destinados a serem
exportados para outros países tivessem acabado em seus mercados locais, o que
estava derrubando os preços para os agricultores locais.
O
vice-presidente da Comissão Europeia, Valdis Dombrovskis, disse que o executivo
da UE havia alcançado "um acordo de princípio" com os cinco países
"para atender às preocupações dos agricultores dos países vizinhos da UE e
da Ucrânia", relata a Reuters.
A
autoridade disse que o acordo inclui "medidas de proteção" para
quatro produtos – trigo, milho, colza e semente de girassol. Ele também disse
que o acordo inclui um pacote de apoio no valor de € 100 milhões (R$ 549
milhões) para agricultores locais, disse Dombrovskis.
Os
cinco países se tornaram rotas de trânsito para grãos ucranianos que não podiam
ser exportados pelos portos do país pelo conflito entre Rússia e Ucrânia.
Os
gargalos prenderam milhões de toneladas de grãos nos países que fazem fronteira
com a Ucrânia, forçando os agricultores locais a competir com um influxo de
importações ucranianas baratas que, segundo eles, distorceram os preços e a
demanda.
·
Erdogan
fala a Putin sobre necessidade de estender acordo de grãos, segundo mídia turca
O
presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, disse durante as conversações
telefônicas na quinta-feira (27) com seu homólogo russo, Vladimir Putin, que o
acordo de grãos deve ser estendido, segundo fontes do jornal Sabah.
Anteriormente,
o gabinete do líder turco informou que, durante as conversações, os líderes
também discutiram a situação na Ucrânia. Erdogan disse que novas iniciativas
podem ser desenvolvidas por grupos de trabalho.
"Durante
as conversas, o presidente Erdogan declarou a necessidade de estender o
corredor de grãos, e Putin respondeu dizendo que 'damos importância à proposta
da Turquia'", escreveu o jornal.
Anteriormente,
o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que a mensagem do secretário-geral
da ONU, António Guterres, ao presidente russo Vladimir Putin sobre o acordo de
grãos inclui um conjunto detalhado de argumentos sobre os esforços em
andamento, mas o assunto não avançou.
·
Iniciativa
de Grãos do Mar Negro
Em
22 de julho de 2022, Rússia, Ucrânia, Turquia e as Nações Unidas fecharam um
pacote de acordos, chamado a Iniciativa de Grãos do Mar Negro, para fornecer um
corredor marítimo humanitário para navios com alimentos e fertilizantes para o
mercado internacional.
Um
deles aprovou um mecanismo para exportar grãos dos portos do mar Negro
controlados pela Ucrânia. Outra parte dos acordos diz respeito ao acesso aos
mercados globais de alimentos russos.
As
autoridades russas têm repetidamente apontado que a segunda parte não está de
fato implementada.
Inicialmente,
os acordos foram assinados por 120 dias e mais tarde, em novembro, foram
prorrogados pelo mesmo período.
Em
18 de março, a Rússia anunciou uma prorrogação de 60 dias do acordo, alertando
que esse seria o tempo suficiente para avaliar a implementação do memorando
assinado com a ONU.
Ø
Lockheed
ganha contrato de US$ 4,8 bilhões de produção de foguetes para sistemas Himars
A
montadora norte-americana recebeu autorização para produzir maiores quantidades
dos Sistemas de Foguete de Lançamento Múltiplo Guiado até 2026.
O
Exército dos EUA na quinta-feira (27) atribuiu à montadora norte-americana
Lockheed Martin um contrato de US$ 4,8 bilhões (R$ 24 bilhões) para sistemas de
foguetes de lançamento múltiplo guiados, que os EUA enviaram em grande número
para a Ucrânia, escreve na sexta-feira (28) o portal Defense News.
O
ramo militar planeja aumentar a produção do Sistema de Foguete de Lançamento
Múltiplo Guiado (GMLRS, na sigla em inglês), usado nos lança-foguetes Himars,
de 6.000 foguetes por ano para 14.000, e espera assinar um contrato plurianual
para eles no ano fiscal de 2024, graças a uma autoridade do Congresso aprovada
em dezembro de 2022. Os contratos plurianuais, geralmente reservados para programas
grandes e caros, oferecem certeza de longo prazo que pode reduzir o custo, de
acordo com o Defense News.
Espera-se
que o trabalho no contrato seja concluído até 30 de outubro de 2026, conforme
comunicado pelo Pentágono.
Além
de aumentar a produção do GMLRS, a Lockheed Martin também está trabalhando em
uma versão de maior alcance do foguete e planeja realizar outro teste de voo do
sistema atualizado ainda em 2023, contou na quinta-feira (27) Becky Withrow,
gestor sênior de desenvolvimento de negócios da área de mísseis da montadora,
ao Defense News, durante a conferência anual da Associação de Aviação do
Exército da América (AAAA, na sigla em inglês).
A
Lockheed espera que o Exército dos EUA tome uma decisão em 2024 sobre a
possibilidade de fabricar a versão de maior alcance, acrescentou Withrow.
Os
EUA têm fornecido GMLRS, juntamente com os lançadores do Sistema de Foguetes de
Artilharia de Alta Mobilidade usados para dispará-los, para a Ucrânia desde o
verão passado para ajudá-la a se defender da invasão russa. (O Pentágono não
divulgou o número de GMLRS enviados ao país).
Ø
Reino
Unido vai entregar sistemas de defesa antiaérea para Polônia no valor de £ 1,9
bilhão
A
empresa britânica MBDA fornecerá à Polônia mísseis antiaéreos e lançadores no
valor de £ 1,9 bilhão (R$ 11,8 bilhões) como parte da modernização de sua força
de defesa antiaérea, informa o comunicado da MBDA.
"No
total, a MBDA fornecerá mísseis e lançadores de mísseis avaliados em £ 1,9
bilhão para apoiar a modernização e a criação pela Polônia de um total de 22
baterias de defesa antiaérea do [programa] PILICA+, tornando-o o maior programa
europeu da OTAN de aquisição de defesa antiaérea de curto alcance", diz o
comunicado.
Também
o ministro da Defesa Nacional da Polônia, Mariusz Blaszczak, confirma no
Twitter o fechamento do contrato.
"Mais
um passo no programa PILICA+. Foram assinados contratos para a entrega de
lançadores Launcher e mísseis CAMM, bem como sistemas de mísseis antiaéreos e
artilharia PSR-A PILICA. Isso representa um grande salto na capacidade de
abater alvos aéreos e o aumento das capacidades da defesa antiaérea
polonesa", escreveu ele.
O
Ministério da Defesa do Reino Unido descreveu o custo do acordo como
"recorde", destacando que é "um dos maiores acordos bilaterais
europeus de defesa antiaérea na OTAN".
"Os
mísseis sofisticados podem ser utilizados para proteger ativos de alto valor,
como forças militares instaladas ou infraestruturas nacionais essenciais [...]
O sistema pode atacar alvos aéreos e mísseis avançados a até 25 km de distância
e é capaz de atingir um objeto do tamanho de uma bola de tênis que viaja além
da velocidade do som", afirma o comunicado do ministério sobre o acordo.
O
acordo tem como objetivo fortalecer as capacidades de defesa antiaérea da
Polônia e aumentar a cooperação entre as indústrias de defesa dos dois países,
informou o Ministério da Defesa britânico.
Fonte:
Sputnik Brasil
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