Bolsonaro
inelegível é comemorado pelo PL, que pretende transformá-lo em vítima e usá-lo
nas eleições
Não
é só no campo progressista que a condenação que deixou Jair Bolsonaro (PL)
inelegível está sendo comemorada. O próprio partido do ex-presidente vê a
situação como "ideal" para usá-lo eleitoralmente, sem grandes
exigência por parte de seu clã.
Dirigentes
do PL ouvidos pela coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S.Paulo, acreditam que
Bolsonaro está "fraco politicamente" e pretendem usá-lo nas eleições
2024.
A
matemática do PL é simples: mesmo inelegível e fraco politicamente, Bolsonaro
ainda atrai muitos votos de apoiadores da direita.
Assim,
o partido pretende colocá-lo como cabo eleitoral para atrair uma votação
expressiva, sem o ônus de ter que arcar com imposições do ex-presidente.
O
fato de Bolsonaro estar no PL estaria atraindo muitos pré-candidatos a prefeito
para as próximas eleições.
Sem
força política, as únicas exigências de Bolsonaro ao PL ultimamente estão
relacionadas ao próprio conforto.
Segundo
Lauro Jardim, no jornal O Globo, Bolsonaro teria pedido ao partido uma casa
nova em Brasília - menos de seis meses após se mudar para um condomínio de alto
padrão -, além de reforma na cozinha do escritório em que ocupa ao lado da sede
do PL.
• Michelle Bolsonaro gera climão em evento
do PL: "Cadê os machos?"
A
vida do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não anda fácil. Depois de perder as
eleições para Lula (PT), hoje presidente do Brasil, condenado pelo Tribunal
Superior Eleitoral (TSE) e, dessa maneira, inelegível por oito anos, sofrer
traição de Tarcísio de Freitas (Republicanos), agora o ex-mandatário também
enfrenta o ostracismo político e acompanha a ascensão de sua esposa, Michelle
Bolsonaro, dentro do PL.
Jair
Bolsonaro já deu vários sinais de que não gosta da história de carreira
política da ex-primeira-dama e, principalmente, do fato de que ela pode vir a
disputar algum cargo em 2026, seja no Senado ou até mesmo a presidência da
República.
Derrotado,
traído e inelegível, Bolsonaro foi consolado por Michelle durante reunião do
PL. O ex-mandatário quase foi às lágrimas. "Você [Jair Bolsonaro] continua
a mesma pessoa. Te conheço, sei que você não tem nenhuma maldade, não tem
nenhum projeto de poder", disse Michelle Bolsonaro, levando o
ex-presidente à emoção.
• Imbrochável?
Caiu
nas redes, na tarde deste domingo (9), um vídeo cujas imagens levam a crer que
foram realizadas em algum encontro do PL Mulher, porém, não foi possível
especificar a data.
No
evento em questão, em determinado momento, quando Michelle inicia uma interação
direta com o público, a ex-primeira-dama lança o seguinte questionamento:
"Cadê os machos?" Climão geral.
Como
se sabe, Michelle Bolsonaro atualmente preside o PL Mulher e tem circulado pelo
Brasil para atrair novas filiadas à legenda de extrema direita. O objetivo
dela, juntamente com outras lideranças do PL, é conquistar o maior número
possível de prefeituras na eleição de 2024.
Torres diz ao TSE que "nem
lembrava" da minuta golpista: "Tudo loucura"
Investigado
por suposta omissão ante os atos golpistas de 8 de janeiro, o ex-ministro da
Justiça Anderson Torres afirmou ao Tribunal Superior Eleitoral que nem lembrava
da minuta golpista encontrada em sua casa após o 8 de janeiro, sob um
porta-retrato seu ao lado da mulher. Segundo Torres, o local onde estava o
documento não teve a menor importância. "É tudo uma loucura o que está
escrito nessa pseudominuta", afirmou.
O
ex-ministro ainda disse à Corte eleitoral, que teve de se defender da série de
ataques perpetrados pelo ex-presidente, que não via nenhuma consequência das
condutas do ex-presidente à Constituição ou ao processo eleitoral. "O
presidente sempre foi muito claro em relação às dúvidas que ele tinha",
indicou. A ponderação, no entanto, vai de encontro à avaliação do TSE sobre o
caso.
Bolsonaro
foi condenado por abuso de poder político e uso indevido dos meios de
comunicação em razão da reunião em que, diante de embaixadores, ele atacou as
urnas eletrônicas. No julgamento concluído no último dia 30, a Corte destacou a
influência das declarações do ex-presidente sobre uma escalada de eventos que
culminou na intentona golpista registrada no dia 8 de janeiro.
As
declarações de Torres constam de depoimento prestado por ele no bojo da ação de
investigação judicial eleitoral que deixou o ex-presidente Jair Bolsonaro
inelegível até 2030. Parte das oitivas realizadas no bojo da apuração foram
mantidas em sigilo até o desfecho do processo, que ocorreu na semana passada.
O
aliado de Bolsonaro foi perguntado sucessivamente sobre a live em que, em 2021,
o ex-chefe do Executivo, a seu lado, atacou às urnas eletrônicas. Na ocasião,
Bolsonaro começou a divulgar um inquérito da Polícia Federal sobre um ataque
hacker aos sistemas internos do Tribunal Superior Eleitoral, em 2018, sem
impacto no pleito daquele ano. Bolsonaro usou o documento para atacar as urnas
eletrônicas.
A
PF chegou a ver crime do ex-presidente Jair Bolsonaro e do deputado Filipe
Barros, que presidiu Comissão sobre o voto impresso na Câmara, em razão de
divulgação de investigação sigilosa. Ao TSE, Torres disse que Barros foi até o
Ministério da Justiça para reclamar do inquérito, no sentido que ele tinha que
ter andado, ter progredido.
Torres
disse que participou da live apenas lendo trechos de um relatório do TSE sobre
o sistema eletrônico de votação. O ex-ministro afirmou que não tinha documentos
da Polícia Federal sobre denúncia de fraude à eleição. "A Polícia Federal
nunca apresentou o resultado de alguma investigação que concluísse que existia
fraude na eleição", indicou
O
documento voltou a ser citado por Bolsonaro na reunião em que o ex-presidente,
diante de embaixadores, reiterou as alegações sem provas sobre a urna eletrônica.
O encontrou foi pivô da condenação do ex-presidente por abuso de poder político
e uso indevido dos meios de comunicação.
Torres
também falou sobre seu relacionamento com Bolsonaro. Disse que, no período da
eleição, era praticamente impossível encontrar o então presidente. "Ele
ficou por conta da eleição. A gente tinha grande dificuldade até de despachar
os temas do governo, porque era difícil encontra-lo", indicou.
Depois
de sair derrotado das urnas, o ex-presidente entrou em um processo introspectivo,
sustentou o ex-ministro da Justiça. "Ele ficou bastante isolado, fazendo
esse tratamento. Acho que passando por um processo ali até de, eu diria, de
aceitação do processo, de recuperação dessa doença", registrou. Parte do
teor da fala de Torres sobre a doença de Bolsonaro foi suprimida do depoimento,
por estar sob segredo de justiça.
Bolsonaro perde mais um aliado, que
dispara contra o ex-presidente: "Frouxo. Só serve pra meme"
A
vida do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) fora do poder vai de mal a pior:
condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por abuso de poder político e,
portanto, inelegível por oito anos; ofuscado pela ascensão de sua mulher,
Michelle Bolsonaro, no PL; e vendo aliados, como Tarcísio de Freitas e Marcos
Pereira, o traírem e migrarem para a base do governo Lula (PT), que o derrotou
no pleito de 2022.
No
entanto, o declínio e a perda de aliados do ex-presidente não param em Tarcísio
de Freitas e ele deve enfrentar muitas outras debandadas. A mais nova ex-aliada
de Jair chama-se Cristiane Brasil, sim, ela, a filha de Roberto Jefferson, que
está preso após atirar e lançar granadas em agentes da Polícia Federal.
Em
entrevista à revista Veja, Cristiane Brasil detonou o ex-presidente Bolsonaro e
afirmou que ele serve apenas "para fazer meme".
"Bolsonaro
fez por merecer tudo o que está passando. Ele é um frouxo, um bravateiro. Só é
bom para fazer meme, mas nunca para ser presidente do Brasil. Se Lula está aí,
a culpa é dele", afirmou Cristiane Brasil.
• Tarcísio de Freitas fala pela 1ª vez
sobre “desobediência” a Jair Bolsonaro
Tarcísio
de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo, não vem tendo dias muito
calmos da última semana para cá. Após anunciar seu apoio à reforma tributária
pautada pelo governo Lula (PT), discordando apenas do que definiu como
“questões pontuais”, e de ir na mão contrária das ordens do “líder divino” da
extrema direita, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o que lhe rendeu até
grosserias e críticas públicas por parte do “radical supremo”, o carioca que
chegou ao Executivo do estado mais rico e populoso do país precisou enfrentar a
violência e o destempero da matilha ultrarreacionária do seu próprio grupo
político.
As
fotos sorridentes ao lado do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e a
insistência em manter a posição pró-reforma na frente de toda a bancada do PL
na Câmara, numa reunião de contornos selvagens, trouxeram-lhe problemas e o
fizeram ficar mudo nos últimos quatro dias. Mas o silêncio foi rompido.
“Sempre
tive uma lealdade muito grande (a Bolsonaro). Os pontos sobre reforma eu tinha
colocado antes para ele e tá tudo bem. Conversamos e sempre serei leal ao
presidente, sempre serei grato ao presidente. Se eu estou aqui, eu devo a ele”,
disse Tarcísio durante uma solenidade que celebrou a Revolução de 1932,
chamando ainda Bolsonaro de “grande amigo”.
“Não
é possível que a gente vá concordar sempre em tudo, já era assim quando eu era
ministro. Tinha situações que eu discordava dele, mas procurava assessorá-lo da
maneira mais respeitosa, da maneira mais leal possível”, ainda completou o
governador.
Valdemar Costa Neto diz quem é o mais e o
menos trabalhador da família Bolsonaro
O
presidente do PL, Valdemar Costa Neto tem elogiado o deputado federal Eduardo
Bolsonaro. De acordo com ele, o deputado é o “mais trabalhador” da família.
A
cúpula do PL tem elogiado muito o desempenho do Dudão durante a aprovação da
Reforma Tributária. Ele fez várias críticas nas redes, mas evitou entrar no
grupo que confrontou diretamente e hostilizou o governador Tarcísio de Freitas
na reunião com o PL.
Além
disso, o filho 03 do ex-presidente Jair Bolsonaro trouxe de volta o velho
estilo do pai ao comparar em uma manifestação pró-armas professores e
traficantes:
"Não
tem diferença de um professor doutrinador para um traficante de drogas que
tenta sequestrar e levar os nossos filhos para o mundo do crime", disse.
Os
“afagos” entre Valdemar e Eduardo Bolsonaro começaram no ano passado, durante a
campanha eleitoral, quando o deputado fez campanhas para parlamentares em
viagens pelo país, a pedido do próprio Valdemar.
Nem
tudo são flores
Nem
tudo, no entanto, são flores entre o presidente do PL e a família. O senador
Flávio Bolsonaro tem sido alvo de críticas a portas fechadas de membros do PL.
De acordo com eles, ele poderia trabalhar mais pela legenda. A principal queixa
é que ele poderia levar mensagens a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF)
nomeados pelo pai.
FASCISMO EM PANE: Carlos Bolsonaro
compartilha tuite de Roger com frase de socialista russo e apaga
A
situação da extrema-direita no Brasil não está nada fácil e tem afetado
duramente o processo cognitivo de próceres da ideologia no país - que,
convenhamos, nunca tiveram no conhecimento e na ciência seu ponto forte.
Em
meio à implosão da extrema-direita e a evasão de antigos apoiadores do pai,
Carlos Bolsonaro, que atacou o presidente do próprio partido, Republicanos, foi
às redes na manhã desta segunda-feira (10) para compartilhar um tuite do Roger
Moreira, do Ultraje a Rigor.
Até
ai, nada demais, visto que ambos compartilham da mesma ideologia fascistas. No
entanto, a publicação do roqueiro é de uma frase de Fiódor Dostoiévski,
escritor e pensador russo que, em 1847, antes da revolução contra o império,
passou a integrar o Círculo Petrashevski, formado por intelectuais socialistas.
"A
tolerância chegará a tal ponto que as pessoas inteligentes serão proibidas de
fazer qualquer reflexão para não ofender os imbecis", diz a frase
atribuída ao pensador socialista.
"Bem
vindo 2023. O ano que não se pode nem dizer o óbvio, quanto mais buscar
reflexões. Viva a democracia relativa", comentou o filho 02 de Jair
Bolsonaro (PL), buscando se passar por intelectual.
Avisado
da gafe, Carlos Bolsonaro apagou a publicação e compartilhou uma outra de
Roger, com ferase semelhante, mas sem assinatura. "A tolerância chegará a
tal ponto que as pessoas inteligentes serão proibidas de fazer qualquer
reflexão para não ofender os imbecis", diz a nova publicação do roqueiro,
que teve o mesmo comentário de Carlos Bolsonaro.
DISCURSO DE ÓDIO: Desesperado, Nikolas
Ferreira faz ataque inacreditável contra Anitta e Felipe Neto
O
deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) está desesperado após ele e seu grupo
político sofrerem uma derrota acachapante na Câmara dos Deputados ao tentarem
derrubar a Reforma Tributária.
Dessa
maneira, o parlamentar, que também é um líder religioso fundamentalista
vinculado à Comunidade Evangélica Graça e Paz de Belo Horizonte, desferiu uma
série de ataques contra a cantora Anitta e o comunicador Felipe Neto durante
culto religioso.
Durante
uma pregação realizada na Igreja Lagoinha Alphaville, Nikolas Ferreira afirmou
que Anitta e Felipe Neto "são artimanhas do Diabo". "Não sei se
vocês conhecem uma cantora chamada Anitta. Ela tem um cargo político? Não, mas
ela exerce influência, ou seja, ela acaba fazendo política, porque acaba
influenciando", disse Ferreira.
Em
seguida, Nikolas Ferreira ataca Felipe Neto. "Vocês conhecem um cara
chamado Felipe Neto? Ele existe. Felipe Neto é deputado? Não. É vereador? Não.
É presidente? Não. Mas ele influencia, ele está fazendo política",
analisa.
Posteriormente,
Nikolas Ferreira usa imagens bíblicas para afirmar que Anitta e Felipe Neto são
artimanhas do Diabo para chegar até as pessoas.
"A
política nem sempre vai aparecer para você como um político de fato, vai
aparecer de outras formas e como forma de influência, e quando olhamos para o
campo bíblico em Efésios, a Bíblia fala que existem artimanhas do Diabo. O
Diabo tem artimanhas até chegar em você. Então, se existe um inimigo, nós
estamos em guerra. Surpresa! Se você não sabia que está em guerra e que existe
um inimigo, você ainda não entendeu o que é o cristianismo. Uma guerra
constante contra o mal", concluiu.
Fonte:
Fórum/Correio Braziliense
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