Bolsonaro começa a
trabalhar como cabo eleitoral do PL
Agora
inelegível, o ex-presidente Jair Bolsonaro vai começar nesta semana a
desempenhar o papel que os seus empregadores querem. As semanas que antecederam
o julgamento no Tribunal Superior Eleitoral serviram de teste para calcular o
potencial do ex-presidente como cabo eleitoral de luxo.
Os
eventos não mostraram grandes resultados. Em São Paulo, a pedido de Valdemar
Costa Neto, Bolsonaro conversou com Ricardo Nunes para possivelmente apoiá-lo
na disputa pela capital paulista. A visita foi discreta e não houve atos com a
militância.
Já
no Rio Grande do Sul, voltou a questionar o processo eleitoral e foi recebido
por meia dúzia de apoiadores.
Nesta
semana, Bolsonaro continua no Rio de Janeiro, na casa do filho Carlos, e vai se
encontrar oficialmente com colegas do PL. Deve ser recepcionado pelos deputados
estaduais Alan Lopes e Rodrigo Bacellar, presidente da Alerj.
O
PL quer eleger até 1000 prefeitos em 2024. Mais que isso, precisa de dinheiro
para bancar as campanhas e o salário de Bolsonaro e Michelle. Por isso, o apoio
do ex-presidente é considerado crucial para conquistar mais filiados.
·
PL
convoca reunião emergencial sobre Bolsonaro inelegível
O
presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, convocou uma reunião geral do
partido para a próxima quinta-feira 6, em Brasília. O encontro será o primeira
após Jair Bolsonaro, presidente de honra da sigla, se tornar inelegível. Na
sexta-feira, o Tribunal Superior Eleitoral considerou que Bolsonaro abusou do
poder político ao reunir embaixadores para um encontro em que atacou o sistema
eleitoral brasileiro. Por 5 votos a 2, o ex-capitão estará fora das urnas até
2030.
Segundo
o convite encaminhado por Valdemar aos membros do PL, o encontro desta
quinta-feira irá tratar de ‘interesses do partido com os governadores e
bancadas federais’. É da reunião que deve sair o plano de usar o ex-presidente
inelegível para o pleito de 2024. Integrantes da extrema-direita têm visto em
Bolsonaro condenado uma espécie de cabo eleitoral. Não há confirmação de que
Bolsonaro estará presente. Michelle, ex-primeira-dama e responsável pela ala
feminina da sigla também deve comparecer.
Ø
Partidos
da base de Lula assinaram anistia a Bolsonaro
Entre
os 65 deputados que aderiram ao projeto de lei para anistiar o ex-presidente
Jair Bolsonaro (PL) após condenação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), doze
deles são de partidos da base aliada do presidente Luiz Inácio Lula da Silva
(PT).
Os
parlamentares em questão são das legendas PSD, União Brasil e MDB, que juntos,
controlam oito ministérios na Esplanada.
O
PSD comanda as pastas da Agricultura, com o ministro por Carlos Fávaro; da
Pesca, sob a liderança de André de Paula; e Minas e Energia, com o ministro
Alexandre Silveira.
O
União Brasil controla o Turismo, sob a gestão de Daniela Carneiro e o
Ministério das Comunicações, com Juscelino Filho.
Já
as pastas dos Transportes, Planejamento e Cidades são lideradas pelo MDB,
geridos pelos ministros Renan Filho, Simone Tebet e Jader Filho,
respectivamente.
O
texto do projeto, que possui autoria do deputado federal Ubiratan Sanderson
(PL-RS), oferece anulação da inelegibilidade para pessoas que foram condenadas
por ilícitos eleitorais desde outubro de 2016.
Bolsonaro
foi condenado pelo TSE a inelegibilidade de oito anos por abuso de poder
político e uso indevido dos meios de comunicação nesta sexta-feira (30).
>>>>
CONFIRA QUEM SÃO OS PARLAMENTARES QUE APOIARAM O PROJETO:
1-
Sanderson (PL-RS)
2-
Abilio Brunini (PL-MT)
3-
Alfredo Gaspar (União-AL)
4-
Amalia Barros (PL-MT)
5-
André Fernandes (PL-CE)
6-
Bia Kicis (PL-DF)
7-
Bibo Nunes (PL-RS)
8-
Capitão Alberto Neto (PL-AM)
9-
Capitão Alden (PL-BA)
10-
Capitão Augusto (PL-SP)
11- Carlos Jordy
(PL-RJ)
12- Chris Tonietto
(PL-RJ)
13-
Coronel Assis (União-MT)
14-
Coronel Chrisóstomo (PL-RO)
15-
Coronel Fernanda (PL-MT)
16-
Coronel Telhada (PP-SP)
17-
Coronel Ulysses (União-AC)
18-
Daniela Reinehr (PL-SC)
19-
Delegado Caveira (PL-PA)
20-
Delegado Paulo Bilynskyj (PL-SP)
21-
Delegado Ramagem (PL-RJ)
22-
Diego Garcia (Republicanos-PR)
23-
Dr. Frederico (Patriota-MG)
24-
Evair de Melo (PP-ES)
25-
Felipe Francischini (União-PR)
26-
Fernando Rodolfo (PL-PE)
27-
Filipe Barros (PL-PR)
28-
General Girão (PL-RN)
29-
General Pazuello (PL-RJ)
30-
Gilberto Silva (PL-PB)
31-
Gilvan da Federal (PL-ES)
32-
Giovani Cherini (PL-RS)
33-
Gustavo Gayer (PL-GO)
34-
Hélio Lopes (PL-RJ)
35-
José Medeiros (PL-MT)
36-
Júlia Zanatta (PL-SC)
37-
Junio Amaral (PL-MG)
38-
Luiz Lima (PL-RJ)
39-
Luiz Phillipe (PL-RJ)
40-
Marcelo A. Antônio (PL-MG)
41-
Marcelo Moraes (PL-RS)
42-
Mário Frias (PL-SP)
43-
Maurício do Vôlei (PL-MG)
44-
Maurício Marcon (Podemos-RS)
45-
Nikolas Ferreira (PL-MG)
46-
Osmar Terra (MDB-RS)
47-
Otoni de Paula (MDB-RJ)
48-
Pedro Lupion (PP-PR)
49-
Pedro Westphalen (PP-RS)
50-
Pezenti (MDB-SC)
51-
Pastor Marco Feliciano (PL-SP)
52- Reinhold
Stephanes Júnior (PSD-PR)
53-
Rodrigo Valadares (União-SE)
54-
Rosangela Moro (União-SP)
55-
Sargento Fahrur (PSD-PR)
56-
Sargento Gonçalves (PL-RN)
57-
Silvia Cristina (PL-RO)
58-
Silvia Waiapi (PL-AP)
59-
Sóstenes Cavalcante (PL-RJ)
60-
Thiago Flores (MDB-RO)
61-
Vermelho (PL-PR)
62-
Vicentinho Júnior (PP-TO)
63-
Zé Trovão (PL-SC)
64-
Zé Victor (PL-MG)
65-
Coronel Zucco (Republicanos-RS)
Ø
Tarcísio
de Freitas vê com cautela “herança política” de Jair Bolsonaro
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos),
afirmou a aliados que não tem pressa para se candidatar à Presidência da
República,
preferindo tentar a reeleição em 2026. As informações são de Raquel Landim,
âncora da CNN.
Pessoas
próximas a Tarcísio disseram à reportagem que o governador afirma que gostaria
de deixar um legado para São Paulo, sendo necessário mais do que um mandato
para fazer entregas em diversas áreas, como habitação e saúde, por exemplo.
Ele
também teria explicado que a sua família se adaptou bem à capital paulista e
que teria chegado mais longe do que imaginava na vida pública.
Conforme
Raquel Landim, Tarcísio irá a Brasília nesta semana para “defender os
interesses do estado na reforma tributária”.
Ainda
sobre a disputa para a Presidência, aliados avaliam que a escolha do “herdeiro
político” de Jair Bolsonaro (PL) passará
pelo ex-presidente, mas que ele teria mais dificuldade dessa vez de convencer o
ex-ministro da Infraestrutura a se candidatar.
O ex-presidente
Bolsonaro foi condenado à inelegibilidade por oito anos pelo Tribunal
Superior Eleitoral (TSE) por abuso de poder político e uso indevido dos meios
de comunicação pela reunião com embaixadores no Palácio da Alvorada, em julho
de 2022.
Segundo
a analista de Política da CNN Renata
Agostini, tanto os postulantes a uma possível candidatura à Presidência em
2026 quanto o ex-chefe de Estado atuam com cautela nos momentos seguintes após
a decisão do TSE.
Ø
Cid Gomes quer Ciro
senador para parar de importunar
O
senador Cid Gomes (PDT-CE) afirmou, nesta segunda-feira, em reunião da
executiva nacional do PDT em Brasília, que está disposto a abrir mão da
reeleição ao Senado em 2026 em prol do irmão, o ex-ministro e presidenciável em
2022 Ciro Gomes, com quem vem protagonizando um racha no Ceará.
A
declaração de Cid, relatada ao GLOBO por participantes da reunião, foi uma
tentativa do senador de apaziguar uma briga familiar com Ciro, que vem
respingando no PDT. Nesta segunda, Ciro e aliados aprovaram uma intervenção do
diretório nacional no estado — que não é reconhecida, contudo, por Cid e seus
correligionários.
Cid,
que compareceu à reunião da executiva nacional acompanhado por um grupo de
deputados estaduais e prefeitos do Ceará, declarou que deseja assumir o comando
estadual do PDT para evitar um encolhimento do partido e fortalecê-lo de olho
nas eleições municipais de 2024. No entanto, o deputado federal André
Figueiredo, presidente estadual do PDT no Ceará e que atualmente acumula a
presidência nacional do partido, resiste à troca — ele tem mandato no diretório
cearense até dezembro.
Cid
defende a retomada de uma aliança com o PT no estado. O movimento é rechaçado
por Ciro, que é próximo a Figueiredo.
Na
reunião, Cid argumentou que não está movido por “fisiologismo” e, para
sinalizar sua postura, disse “abrir mão da vaga no Senado” em 2026 para o irmão
concorrer. Na avaliação de aliados de Cid, uma eleição como senador poderia
devolver protagonismo nacional a Ciro, que anunciou sua aposentadoria das urnas
após registrar, em 2022, seu pior desempenho em disputas presidenciais.
Ciro,
que já acusou o irmão publicamente de ter lhe dado uma “facada nas costas” ao
se distanciar da campanha do PDT ao governo do Ceará no ano passado, também tem
reiterado em entrevistas que abriu caminho para Cid se eleger governador em
2006. Ele se reelegeu em 2010, emplacou Camilo Santana (PT) como sucessor em
2014 e chegou ao Senado em 2018, período em que vigorou uma aliança entre a
família Gomes e o PT no Ceará, rompida após movimentos de Ciro no ano passado.
Cid
se referiu ao rompimento da aliança como “equívoco estratégico” do irmão e
sugeriu que a postura vem fazendo o PDT encolher no Ceará, reduto da família.
—
Eu mantenho o seguinte: gosto do PDT e me identifico, ajudei a ser o maior
partido no estado. Tudo que eu puder fazer para o PDT ser um partido bem
representado, eu farei. Não aceito a carapuça de fisiologismo. (Em 2022) Ciro
tinha uma visão de que a candidatura do PDT ao governo (com o ex-prefeito de
Fortaleza, Roberto Cláudio) poderia ajudar na candidatura (presidencial) dele,
enquanto eu achava que um candidato com apoio mais amplo poderia ter um papel
melhor — declarou o senador, em entrevista coletiva em seu gabinete no Senado.
Ciro
participou por videoconferência da reunião do PDT e, segundo participantes, não
respondeu a sugestão de Cid sobre a vaga ao Senado. Em sua fala durante a
reunião, o presidenciável pedetista de 2022 reiterou suas críticas ao governo
Lula (PT) e disse que se alinha “à minoria” do PDT que defende uma postura de
oposição à gestão petista no Ceará, do governador Elmano de Freitas.
O
tom de Ciro foi bem recebido por aliados de Cid, que enxergaram uma tentativa
mútua de diminuir a fervura da briga familiar.
A
disputa pelo comando do PDT no Ceará, contudo, teve um recrudescimento nesta
segunda-feira por conta do anúncio de uma intervenção da executiva nacional. Na
prática, a resolução mantém a ascendência de André Figueiredo no diretório
cearense e busca inviabilizar uma reunião, convocada por Cid para esta
sexta-feira com apoio de dois terços dos membros no estado, para que o senador
pudesse assumir o comando local.
O
grupo de Cid interpreta a resolução como uma “faca no pescoço”, já que ficariam
sujeitos a processos disciplinares tocados pela executiva nacional se
mantiverem o plano de destituir Figueiredo do diretório estadual. Parlamentares
avaliam que a intervenção, realizada com anuência do presidente licenciado do
PDT e atual ministro da Previdência, Carlos Lupi, abre caminho para uma briga
judicial e mergulha o partido em um clima de insegurança.
Fonte:
Metrópoles/Carta Capital/Pleno News/CNN Brasil/O Globo
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