Reações de Lula e Bolsonaro ao tarifaço
confirmam que aqui só existem dois partidos: o de Tiradentes e o de Silvério
O
advogado, historiador e jornalista Barbosa Lima Sobrinho, um dos mais lúcidos
patriotas que o Brasil já teve, costumava dizer que, ao longo da história, só
existiram dois partidos no país: o de Tiradentes e o de Joaquim Silvério dos
Reis. O primeiro, defensor intransigente da soberania nacional. O segundo,
representante da traição aos interesses do povo brasileiro. Essa visão, que
atravessa os séculos, se manifesta de maneira cristalina nas reações de Luiz
Inácio Lula da Silva e Jair Bolsonaro ao tarifaço anunciado por Donald Trump,
presidente dos Estados Unidos no dia de ontem.
Enquanto
Lula se prepara para lançar a campanha “O Brasil é dos brasileiros”, num gesto claro de
afirmação da soberania nacional e de defesa da indústria brasileira diante da
agressão tarifária imposta por Washington, Bolsonaro fez o contrário: saiu em defesa das medidas de Trump e ainda
aproveitou para atacar o Brasil, acusando-o de estar contaminado por um “vírus
socialista”. A postura do ex-capitão que está prestes a ser condenado por
golpismo revela sua adesão cega a uma potência estrangeira, mesmo quando suas
decisões afetam diretamente o setor produtivo brasileiro, os empregos e o
desenvolvimento do país.
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O partido de Tiradentes
O
lançamento da campanha pelo presidente Lula foi mais do que um gesto político —
foi um ato simbólico. Ao afirmar que “o Brasil é dos brasileiros”, ele invocou
o sentimento de pertencimento, a ideia de que o país deve ser conduzido a
partir dos seus próprios interesses. A ofensiva de Trump, ao anunciar tarifas
generalizadas sobre produtos importados, ameaça exportadores brasileiros de
diversos setores, em especial o agronegócio, que hoje depende fortemente do
mercado externo e, paradoxalmente, é uma das bases de sustentação do
bolsonarismo.
A
reação de Lula mostra que o governo compreende a gravidade do cenário: tarifas
mais altas significam menos competitividade para os produtos nacionais, redução
de divisas, instabilidade no comércio internacional e, em última instância,
prejuízo direto ao trabalhador brasileiro. Herdeiro dos melhores ideais
patrióticos, o atual governo brasileiro não pode aceitar uma política que
prejudique o Brasil. E Lula, ao se posicionar contra o tarifaço, age como
representante legítimo do “partido de Tiradentes".
·
O partido de Silvério
Bolsonaro,
por outro lado, confirmou sua filiação histórica ao partido de Silvério. Ao
apoiar o tarifaço de Trump, ele não apenas renega os interesses da indústria
nacional, como também reforça a imagem de submissão que marcou seu governo
entre 2019 e 2022. Não por acaso, foi frequentemente chamado de “capacho de
Trump” nas redes sociais, em função de sua postura servil diante da Casa
Branca.
Seus
ataques ao “vírus socialista” não passam de retórica oca para disfarçar sua
falta de compromisso com o país. Em vez de defender o Brasil diante de um ato
hostil de uma potência estrangeira, Bolsonaro escolhe atacar seus próprios
compatriotas, como se fosse um porta-voz do governo norte-americano. É a versão
contemporânea do delator dos inconfidentes mineiros: a traição travestida de
ideologia.
·
A encruzilhada histórica
O
tarifaço de Trump representa mais do que uma crise comercial. Ele expõe uma
encruzilhada histórica: o Brasil pode optar por defender seus interesses com
coragem e altivez ou seguir curvado diante de potências estrangeiras. A reação
de Lula mostra que há um projeto nacional em curso, baseado na
reindustrialização, na valorização do trabalho e na soberania.
A
reação de Bolsonaro, por sua vez, confirma que, para ele e para a
extrema-direita brasileira, o país é apenas uma peça subordinada no tabuleiro
de outra nação. É o mesmo espírito entreguista que levou Silvério dos Reis a
denunciar Tiradentes à Coroa portuguesa — e que segue vivo, infelizmente, em
parte da elite política brasileira.
Barbosa
Lima Sobrinho sempre esteve certo: no Brasil, só há dois partidos. E neste
momento, mais do que nunca, é preciso se posicionar do lado certo da História.
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Traição: Bolsonaro sai em defesa do "tarifaço"
de Trump contra o Brasil e fala em "vírus socialista"
Nesta
quarta-feira (2), Jair Bolsonaro (PL) usou suas redes sociais para defender as
novas tarifas que ainda serão impostas pelos Estados Unidos contra o Brasil e
outros parceiros comerciais, em uma postagem que minimiza os riscos de uma
guerra comercial e culpa o governo Lula (PL) pelo que chamou de "mentalidade
socialista". A declaração surge no mesmo dia em que o presidente
norte-americano, Donald Trump, anunciará um pacote de medidas protecionistas
que podem elevar custos para exportadores brasileiros e consumidores.
Em sua
publicação, Bolsonaro afirmou que "uma eventual guerra comercial com os
EUA não é uma estratégia inteligente" e que a única resposta
"razoável" seria o governo brasileiro reduzir suas próprias tarifas
sobre produtos americanos. A postagem de Bolsonaro ignora que as tarifas
brasileiras sobre produtos dos EUA são semelhantes às de outros países em
desenvolvimento e estão dentro das regras da Organização Mundial do Comércio
(OMC).
Bolsonaro
ainda elogiou Trump, dizendo que o mandatário norte-americano está
"protegendo os EUA deste vírus socialista" — termo que repete a
retórica do republicano, conhecido por atacar adversários políticos como
"socialistas" ou "comunistas".
A
postagem de Bolsonaro tenta justificar medidas que podem prejudicar a economia
brasileira. As novas tarifas de Trump fazem parte de uma escalada protecionista
que já vem sendo adotada desde o início de seu segundo mandato.
Especialistas
alertam que, ao invés de "corrigir injustiças comerciais", como alega
Trump, as tarifas podem desencadear retaliações e elevar preços para
consumidores em todo o mundo, inclusive nos Estados Unidos. No caso do Brasil,
setores como o agronegócio e a indústria de aço podem ser especialmente
impactados.
Enquanto
Bolsonaro alinha seu discurso ao de Trump, o governo Lula busca diversificar
parcerias e evitar uma guerra comercial aberta com os EUA. Nos últimos meses, o
Brasil reforçou acordos com China, União Europeia e países do Sul Global,
estratégia vista como contraponto ao unilateralismo americano.
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Gleisi celebra "rara unidade" do Brasil contra
tarifas de Trump e aponta traição de Bolsonaro: "nunca foi patriota"
“Todos
juntos pelo Brasil, exceto a turma de Jair Bolsonaro” - Na publicação,
Gleisi ressaltou a articulação conjunta entre Executivo, Legislativo e
entidades empresariais para reagir às ameaças externas. Segundo ela, esse
alinhamento institucional é um momento raro na política brasileira. “O Brasil
está vivendo um momento de rara unidade diante do tarifaço de Donald Trump, que
desequilibra o comércio global e afeta as exportações do nosso país”, afirmou.
A
ministra também destacou a aprovação da lei de reciprocidade, que permite ao
Brasil reagir a medidas unilaterais que afetem seu comércio exterior. Gleisi
denunciou que “a turma de Jair Bolsonaro” atuou para sabotar o projeto. “Eles
tentaram impedir que a Câmara votasse a lei de reciprocidade, que permitirá dar
respostas a medidas externas que prejudiquem o país”, escreveu.
Gleisi
ainda criticou o argumento bolsonarista de que o Brasil deveria, na verdade,
reduzir suas tarifas. “Ignoram que o maior déficit comercial do país é
exatamente com os EUA, nosso segundo parceiro comercial”, rebateu. Para a
ministra, tal posição revela uma submissão ideológica a Trump. “Nunca foi
patriota. O Brasil e nosso povo são maiores que os interesses de Bolsonaro”,
completou.
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Protecionismo une esquerda e direita com Lula para
fortalecer nacionalismo e desacelerar neoliberalismo. Por César Fonseca
A
unidade nacional em torno do presidente Lula no Congresso para reagir de forma
uníssona contra as medidas protecionistas do presidente Donald Trump cria novo
ambiente político que terá repercussões na sucessão presidencial de 2026.
As
forças políticas, de esquerda, direita e centro, articulam-se para agir com uma
só voz para se protegerem das investidas trumpistas contra a economia nacional,
ao atingir as classes produtivas e consequentemente as elites que a representam
no parlamento. As divisões políticas e partidárias, nesse momento, diante do
interesse nacional em causa, ameaçado por fatores externos, tendem,
momentaneamente, num primeiro momento, a ser superadas pela necessidade maior
de cerrar fileiras contra o inimigo externo que ameaça a estabilidade econômica
e social.
Nesse
sentido, a unidade nacional contra o protecionismo trumpista cria fato político
que põe em marcha defesa do interesse comum de todas as classes sociais,
ameaçadas de desagregação pela investida externa da nova estratégia
nacionalista imperialista americana, com repercussão global. Explica esse
comportamento tendente à unidade a rápida aprovação do projeto de lei nº
2088/2023, no Senado, por 16 votos, na Comissão de Assuntos Econômicos, de
caráter terminativo que busca formação de frente de interesses, tanto do
capital como do trabalho, na batalha antiprotecionista nacionalista. O que
estava adormecido, o discurso nacionalista, de repente, é despertado por Donald
Trump, quando as correntes políticas, que até agora estavam em choque
ideológico, deixam de lado suas diferenças para marchar juntas com o presidente
Lula visando o interesse nacional.
As
contradições político-partidárias caem por terra, circunstancialmente,
provisoriamente, diante das novas condições externas que ameaçam tanto a
infraestrutura econômica como a superestrutura jurídica, onde o assunto ganha
velocidade no Congresso Nacional. O projeto aprovado por unanimidade, no
Senado, sem precisar de ir a plenário, dirige-se, agora, à Câmara, onde,
certamente, ganhará celeridade semelhante por parte dos deputados. Afinal, as
classes produtivas, que dão sinal do seu poder dominante, ameaçado pelo
trumpismo nacionalista imperialista, sentiram o soar do alarme perigoso para
sua sobrevivência.
Da
mesma forma, as classes trabalhadoras, representadas por uma esquerda
minoritária no parlamento, rendida ao semipresidencialismo pragmático e
inconstitucional, que sufoca o presidencialismo constitucional, já estão sendo
convocadas, pela nova realidade contingente, a um novo pacto econômico e
social, capitaneado pelo presidente Lula. Vão todos de roldão num mesmo barco
confundindo interesses antagônicos em nome do nacionalismo redivivo.
SAI
NEOLIBERALISMO, ENTRA NACIONALISMO
Atuar
em torno do chefe da nação, nessa hora capital, torna-se imperativo categórico.
Evidencia-se composição política de classes sociais divergentes, politicamente,
para garantir, no discurso, a sobrevivência do capitalismo brasileiro,
estruturalmente, dependente das exportações de produtos primários e
semielaborados, isentas de tributação do ICMS. A defesa da industrialização, a
ser colocada na mesa pelos trabalhadores, ganha a sua hora.
O
neonacionalismo imperialista americano, sob Donald Trump, vira ameaça à
estrutura produtiva capitalista brasileira, antinacionalista atual, dependente,
responsável por conduzir a economia afetada por profunda desigualdade social.
É nessa
hora que os trabalhadores veem a chance histórica de cobrar o preço para se
juntar não de forma subjugada à burguesia nacional que historicamente a
explora, mas por meio de novo pacto político que caberá a Lula conduzir,
combinando interesses conflitantes. Como de vezes anteriores, o motor das
mudanças internas, no capitalismo tupiniquim, é dado pelas contradições
externas. Elas atuam negando a estrutura até agora seguida pelo imperialismo
americano com sua moeda forte a extrair riqueza das periferias capitalistas por
meio de estratégias econômicas neoliberais que aprofundam desigualdades
sociais. Essencialmente, o protecionismo trumpista visa não mais a sustentação
de moeda forte, como vem ocorrendo desde a segunda guerra mundial, em que
Washington sustentou déficits comerciais com seus aliados para garantir-lhes
sobrevivência por meio de exportações para a América por meio de moeda
desvalorizada.
NOVO
JOGO IMPERIALISTA
Essa
estratégia sustentada pelo superávit financeiro capaz de bancar déficits
comerciais chegou ao fim, com Trump, porque acelerou a desindustrialização
americana e produziu dívida pública na casa dos 37 trilhões de dólares,
situação não mais suportáveis pela sociedade americana que se empobrece
aceleradamente. Trump quer colocar em prática o oposto: trabalhar com superávit
comercial encarecendo os produtos dos concorrentes, para abrir mercado nos seus
espaços econômicos. A estratégia trumpista, portanto, é a de ter moeda
desvalorizada para que a indústria americana se torne mais competitiva e busque
escapar da derrota comercial relativamente à China.
Os
chineses, que não caíram no conto do vigário do neoliberalismo americano,
trabalham com moeda desvalorizada pela força da ação conjugada de Estado forte,
bancos públicos, intervenção econômica e organização política coordenada pelo
Partido Comunista. Soberania chinesa para o mundo entender a força da China.
O que
acontecerá, então, com os países capitalistas aliados dos Estados Unidos que
até agora aceitaram o jogo americano, submetendo-se às regras de Washington, às
quais os chineses nunca aceitaram?
TRIPÉ
ECONÔMICO AMEAÇADO
Terão
ou não de resistir ao modelo neoliberal – câmbio flutuante, metas
inflacionárias e superávits primários – que não deixa suas economias crescerem
sustentavelmente?
Aceitarão
continuar esvaziando o poder estatal, como vem acontecendo, no Brasil, desde o
golpe neoliberal de 2016, que tirou do poder o nacionalismo econômico, para
colocar em seu lugar o neoliberalismo antinacionalista?
Novo
horizonte econômico se abre diante do protecionismo imperialista, que ameaça as
classes dominantes que estão conformadas com o tripé econômico neoliberal que
deixa de ser funcional?
As
bancadas do agronegócio, dos produtores de minérios, associados à
financeirização econômica especulativa, que vive do rentismo e da exportação de
commodities, sentem o perigo das novas circunstâncias que os ameaçam. A
superestrutura do Estado nacional, condicionada a uma institucionalidade
burguesa que dá sustentação à infraestrutura econômica capitalista totalmente
dependente da demanda externa de produtos primários e semielaborados –
alimentos, minérios – no cenário do financismo especulativo, entra em crise.
Balançam
incontrolavelmente as placas tectônicas anunciando terremotos. Tudo que era
sólido se desmancha no ar.
O
mercado financeiro, que está vivendo de ajustes fiscais impostos ao Estado para
extrair poupança forçada do orçamento público primário – programas sociais que
representam renda disponível para o consumo –, sente o baque. Os rentistas veem
a terra fugir-lhes dos pés, no cenário trumpista protecionista, oposto ao que
lhes garantia a estratégia do governo Biden, de apostar na financeirização de
forma absoluta, alavancando guerras, garantidas pelo modelo econômico
keynesiano, que entra em crise. É nesse contexto que o Senado e Câmara, sob
pressão dos setores primários exportadores, apressam-se em produzir nova
legislação de proteção aos seus interesses econômicos, ancorando no discurso
não mais de um estado ultraneoliberal, mas nacionalista.
Diante
de Trump, não interessa mais à burguesia tupiniquim a estratégia entreguista,
antinacionalista, bolsonarista, temerista, pauloguedesiana, voltado aos
interesses rentistas. Para ela, passa ser funcional proteger e ampliar os
gastos sociais primários, voltados ao fortalecimento do mercado interno,
promotores da industrialização, que puxam a economia com visão nacionalista. De
repente, a burguesia nacional, sempre entreguista, sente que render-se a Trump
não é negócio, porque perderá não, apenas, os anéis, mas, também, os dedos.
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Trump taxa exportações brasileiras: cadê o boné,
Tarcísio? Por Aquiles Lins
O
presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, detalhou nesta quarta-feira (2)
quais serão as tarifas recíprocas que pretende cobrar de produtos importados a
partir de abril. O republicano afirmou que o país cobrará 10% de todas as
importações feitas do Brasil, e as demais tarifas que serão cobradas dos países
que taxam produtos norte-americanos serão ao menos metade da alíquota cobrada
dos EUA.
As
medidas protecionistas de Trump, numa tentativa desesperada de estancar o
declínio do império estadunidense, prejudicam diretamente a economia e os
interesses do Brasil. No entanto, contam com o apoio tácito do governador de
São Paulo, Tarcísio de Freitas. Em janeiro deste ano, Tarcísio publicou uma
foto usando o boné com o lema de campanha de Trump, "Faça a América grande
novamente”.
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Tarcísio,
que governa o estado mais rico do país e é visto como um possível candidato à
Presidência, deveria ser o primeiro a condenar esse tarifaço. Afinal, São Paulo
é o estado que mais exporta para os Estados Unidos, sendo responsável por 33,6%
do que o Brasil vendeu ao mercado norte-americano em 2024. Além disso, dois
terços das exportações brasileiras para os EUA provêm de estados governados por
políticos que, em 2022, se alinharam ao bolsonarismo, corrente política que
idolatra Trump sem qualquer senso crítico.
O
tarifaço de Trump é um ataque direto ao setor produtivo brasileiro. O impacto
será sentido na indústria paulista, no agronegócio e em diversos setores que
dependem do mercado norte-americano para escoar suas exportações. Como um
governador que se apresenta como defensor do desenvolvimento econômico
compactuar com um projeto que restringe o comércio exterior e prejudica
diretamente empresas e trabalhadores brasileiros?
Felizmente,
o Brasil hoje é governado por um presidente que coloca os interesses nacionais
em primeiro lugar. O Congresso Nacional aprovou, nesta quarta-feira (2), o
Projeto de Lei 2.088/2023, que cria a Lei da Reciprocidade Comercial. Essa
legislação permite ao Brasil adotar medidas comerciais contra países e blocos
que imponham barreiras aos produtos brasileiros no mercado global. Com isso, o
governo brasileiro passa a ter um instrumento legal para reagir a iniciativas
como as de Trump, protegendo a economia nacional e garantindo condições justas
para as exportações do país.
Enquanto
Tarcísio insiste em defender uma agenda que vai contra os interesses do Brasil,
o governo federal age para fortalecer a soberania comercial do país. A história
cobrará a conta dos que traem a economia nacional em nome de alianças
ideológicas. O futuro do Brasil não pode estar nas mãos de quem defende quem
nos prejudica. O Brasil é dos brasileiros.
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Tarcísio se cala sobre tarifas de Trump contra exportações brasileiras
Nesta
quarta-feira (2), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou
tarifas sobre produtos exportados por diversos países, entre eles o Brasil. A
tarifa sobre o Brasil será de 10%. Diferentemente do que fez em janeiro, quando
usou um boné com o slogan da campanha de Trump para celebrar o início de seu
segundo mandato à frente da Casa Branca, desta vez Tarcísio silenciou sobre a
guerra comercial estadunidense. O Brasil 247 questionou a assessoria
do governador sobre seu posicionamento diante da medida anunciada por Donald
Trump e não teve retorno.
São
Paulo é o estado que mais exporta para os Estados Unidos, sendo responsável por
33,6% do que o Brasil vendeu ao mercado norte-americano em 2024. A imposição da
nova tarifa pelo governo estadunidense poderá afetar diretamente as exportações
de etanol e prejudicar o agronegócio paulista, uma vez que São Paulo lidera a
produção nacional do biocombustível.
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O
silêncio vai na contramão de posições anteriores adotadas pelo governador
paulista. Em janeiro, Tarcísio celebrou a posse de Donald Trump por meio de uma
mensagem nas redes sociais, afirmando que a data era um "grande dia".
Já em seu discurso de posse, Trump ameaçou impor uma guerra comercial contra
diversos países, incluindo aliados ou parceiros, como o Brasil.
Em uma
outra manifestação, também em janeiro, Tarcísio publicou uma foto no X, antigo
Twitter, usando um boné com o slogan da campanha de Trump: “Make America Great
Again (MAGA)”, "Tornar a América Grande Novamente", em português, em
sinal de apoio à eleição do Republicano à Casa Branca.
Fonte: Por Leonardo Attuch, no Brasil 247
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