sexta-feira, 4 de abril de 2025

Reações de Lula e Bolsonaro ao tarifaço confirmam que aqui só existem dois partidos: o de Tiradentes e o de Silvério

O advogado, historiador e jornalista Barbosa Lima Sobrinho, um dos mais lúcidos patriotas que o Brasil já teve, costumava dizer que, ao longo da história, só existiram dois partidos no país: o de Tiradentes e o de Joaquim Silvério dos Reis. O primeiro, defensor intransigente da soberania nacional. O segundo, representante da traição aos interesses do povo brasileiro. Essa visão, que atravessa os séculos, se manifesta de maneira cristalina nas reações de Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Bolsonaro ao tarifaço anunciado por Donald Trump, presidente dos Estados Unidos no dia de ontem.

Enquanto Lula se prepara para lançar a campanha “O Brasil é dos brasileiros”, num gesto claro de afirmação da soberania nacional e de defesa da indústria brasileira diante da agressão tarifária imposta por Washington, Bolsonaro fez o contrário: saiu em defesa das medidas de Trump e ainda aproveitou para atacar o Brasil, acusando-o de estar contaminado por um “vírus socialista”. A postura do ex-capitão que está prestes a ser condenado por golpismo revela sua adesão cega a uma potência estrangeira, mesmo quando suas decisões afetam diretamente o setor produtivo brasileiro, os empregos e o desenvolvimento do país.

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·        O partido de Tiradentes

O lançamento da campanha pelo presidente Lula foi mais do que um gesto político — foi um ato simbólico. Ao afirmar que “o Brasil é dos brasileiros”, ele invocou o sentimento de pertencimento, a ideia de que o país deve ser conduzido a partir dos seus próprios interesses. A ofensiva de Trump, ao anunciar tarifas generalizadas sobre produtos importados, ameaça exportadores brasileiros de diversos setores, em especial o agronegócio, que hoje depende fortemente do mercado externo e, paradoxalmente, é uma das bases de sustentação do bolsonarismo.

A reação de Lula mostra que o governo compreende a gravidade do cenário: tarifas mais altas significam menos competitividade para os produtos nacionais, redução de divisas, instabilidade no comércio internacional e, em última instância, prejuízo direto ao trabalhador brasileiro. Herdeiro dos melhores ideais patrióticos, o atual governo brasileiro não pode aceitar uma política que prejudique o Brasil. E Lula, ao se posicionar contra o tarifaço, age como representante legítimo do “partido de Tiradentes".

·        O partido de Silvério

Bolsonaro, por outro lado, confirmou sua filiação histórica ao partido de Silvério. Ao apoiar o tarifaço de Trump, ele não apenas renega os interesses da indústria nacional, como também reforça a imagem de submissão que marcou seu governo entre 2019 e 2022. Não por acaso, foi frequentemente chamado de “capacho de Trump” nas redes sociais, em função de sua postura servil diante da Casa Branca.

Seus ataques ao “vírus socialista” não passam de retórica oca para disfarçar sua falta de compromisso com o país. Em vez de defender o Brasil diante de um ato hostil de uma potência estrangeira, Bolsonaro escolhe atacar seus próprios compatriotas, como se fosse um porta-voz do governo norte-americano. É a versão contemporânea do delator dos inconfidentes mineiros: a traição travestida de ideologia.

·        A encruzilhada histórica

O tarifaço de Trump representa mais do que uma crise comercial. Ele expõe uma encruzilhada histórica: o Brasil pode optar por defender seus interesses com coragem e altivez ou seguir curvado diante de potências estrangeiras. A reação de Lula mostra que há um projeto nacional em curso, baseado na reindustrialização, na valorização do trabalho e na soberania.

A reação de Bolsonaro, por sua vez, confirma que, para ele e para a extrema-direita brasileira, o país é apenas uma peça subordinada no tabuleiro de outra nação. É o mesmo espírito entreguista que levou Silvério dos Reis a denunciar Tiradentes à Coroa portuguesa — e que segue vivo, infelizmente, em parte da elite política brasileira.

Barbosa Lima Sobrinho sempre esteve certo: no Brasil, só há dois partidos. E neste momento, mais do que nunca, é preciso se posicionar do lado certo da História.

¨      Traição: Bolsonaro sai em defesa do "tarifaço" de Trump contra o Brasil e fala em "vírus socialista"

Nesta quarta-feira (2), Jair Bolsonaro (PL) usou suas redes sociais para defender as novas tarifas que ainda serão impostas pelos Estados Unidos contra o Brasil e outros parceiros comerciais, em uma postagem que minimiza os riscos de uma guerra comercial e culpa o governo Lula (PL) pelo que chamou de "mentalidade socialista". A declaração surge no mesmo dia em que o presidente norte-americano, Donald Trump, anunciará um pacote de medidas protecionistas que podem elevar custos para exportadores brasileiros e consumidores.  

Em sua publicação, Bolsonaro afirmou que "uma eventual guerra comercial com os EUA não é uma estratégia inteligente" e que a única resposta "razoável" seria o governo brasileiro reduzir suas próprias tarifas sobre produtos americanos. A postagem de Bolsonaro ignora que as tarifas brasileiras sobre produtos dos EUA são semelhantes às de outros países em desenvolvimento e estão dentro das regras da Organização Mundial do Comércio (OMC).

Bolsonaro ainda elogiou Trump, dizendo que o mandatário norte-americano está "protegendo os EUA deste vírus socialista" — termo que repete a retórica do republicano, conhecido por atacar adversários políticos como "socialistas" ou "comunistas".  

A postagem de Bolsonaro tenta justificar medidas que podem prejudicar a economia brasileira. As novas tarifas de Trump fazem parte de uma escalada protecionista que já vem sendo adotada desde o início de seu segundo mandato. 

Especialistas alertam que, ao invés de "corrigir injustiças comerciais", como alega Trump, as tarifas podem desencadear retaliações e elevar preços para consumidores em todo o mundo, inclusive nos Estados Unidos. No caso do Brasil, setores como o agronegócio e a indústria de aço podem ser especialmente impactados.    

Enquanto Bolsonaro alinha seu discurso ao de Trump, o governo Lula busca diversificar parcerias e evitar uma guerra comercial aberta com os EUA. Nos últimos meses, o Brasil reforçou acordos com China, União Europeia e países do Sul Global, estratégia vista como contraponto ao unilateralismo americano.  

¨      Gleisi celebra "rara unidade" do Brasil contra tarifas de Trump e aponta traição de Bolsonaro: "nunca foi patriota"

“Todos juntos pelo Brasil, exceto a turma de Jair Bolsonaro” - Na publicação, Gleisi ressaltou a articulação conjunta entre Executivo, Legislativo e entidades empresariais para reagir às ameaças externas. Segundo ela, esse alinhamento institucional é um momento raro na política brasileira. “O Brasil está vivendo um momento de rara unidade diante do tarifaço de Donald Trump, que desequilibra o comércio global e afeta as exportações do nosso país”, afirmou.

A ministra também destacou a aprovação da lei de reciprocidade, que permite ao Brasil reagir a medidas unilaterais que afetem seu comércio exterior. Gleisi denunciou que “a turma de Jair Bolsonaro” atuou para sabotar o projeto. “Eles tentaram impedir que a Câmara votasse a lei de reciprocidade, que permitirá dar respostas a medidas externas que prejudiquem o país”, escreveu.

Gleisi ainda criticou o argumento bolsonarista de que o Brasil deveria, na verdade, reduzir suas tarifas. “Ignoram que o maior déficit comercial do país é exatamente com os EUA, nosso segundo parceiro comercial”, rebateu. Para a ministra, tal posição revela uma submissão ideológica a Trump. “Nunca foi patriota. O Brasil e nosso povo são maiores que os interesses de Bolsonaro”, completou.

¨      Protecionismo une esquerda e direita com Lula para fortalecer nacionalismo e desacelerar neoliberalismo. Por César Fonseca

A unidade nacional em torno do presidente Lula no Congresso para reagir de forma uníssona contra as medidas protecionistas do presidente Donald Trump cria novo ambiente político que terá repercussões na sucessão presidencial de 2026.

As forças políticas, de esquerda, direita e centro, articulam-se para agir com uma só voz para se protegerem das investidas trumpistas contra a economia nacional, ao atingir as classes produtivas e consequentemente as elites que a representam no parlamento. As divisões políticas e partidárias, nesse momento, diante do interesse nacional em causa, ameaçado por fatores externos, tendem, momentaneamente, num primeiro momento, a ser superadas pela necessidade maior de cerrar fileiras contra o inimigo externo que ameaça a estabilidade econômica e social.

Nesse sentido, a unidade nacional contra o protecionismo trumpista cria fato político que põe em marcha defesa do interesse comum de todas as classes sociais, ameaçadas de desagregação pela investida externa da nova estratégia nacionalista imperialista americana, com repercussão global. Explica esse comportamento tendente à unidade a rápida aprovação do projeto de lei nº 2088/2023, no Senado, por 16 votos, na Comissão de Assuntos Econômicos, de caráter terminativo que busca formação de frente de interesses, tanto do capital como do trabalho, na batalha antiprotecionista nacionalista. O que estava adormecido, o discurso nacionalista, de repente, é despertado por Donald Trump, quando as correntes políticas, que até agora estavam em choque ideológico, deixam de lado suas diferenças para marchar juntas com o presidente Lula visando o interesse nacional.

As contradições político-partidárias caem por terra, circunstancialmente, provisoriamente, diante das novas condições externas que ameaçam tanto a infraestrutura econômica como a superestrutura jurídica, onde o assunto ganha velocidade no Congresso Nacional. O projeto aprovado por unanimidade, no Senado, sem precisar de ir a plenário, dirige-se, agora, à Câmara, onde, certamente, ganhará celeridade semelhante por parte dos deputados. Afinal, as classes produtivas, que dão sinal do seu poder dominante, ameaçado pelo trumpismo nacionalista imperialista, sentiram o soar do alarme perigoso para sua sobrevivência.

Da mesma forma, as classes trabalhadoras, representadas por uma esquerda minoritária no parlamento, rendida ao semipresidencialismo pragmático e inconstitucional, que sufoca o presidencialismo constitucional, já estão sendo convocadas, pela nova realidade contingente, a um novo pacto econômico e social, capitaneado pelo presidente Lula. Vão todos de roldão num mesmo barco confundindo interesses antagônicos em nome do nacionalismo redivivo.

SAI NEOLIBERALISMO, ENTRA NACIONALISMO

Atuar em torno do chefe da nação, nessa hora capital, torna-se imperativo categórico. Evidencia-se composição política de classes sociais divergentes, politicamente, para garantir, no discurso, a sobrevivência do capitalismo brasileiro, estruturalmente, dependente das exportações de produtos primários e semielaborados, isentas de tributação do ICMS. A defesa da industrialização, a ser colocada na mesa pelos trabalhadores, ganha a sua hora.

O neonacionalismo imperialista americano, sob Donald Trump, vira ameaça à estrutura produtiva capitalista brasileira, antinacionalista atual, dependente, responsável por conduzir a economia afetada por profunda desigualdade social.

É nessa hora que os trabalhadores veem a chance histórica de cobrar o preço para se juntar não de forma subjugada  à burguesia nacional que historicamente a explora, mas por meio de novo pacto político que caberá a Lula conduzir, combinando interesses conflitantes. Como de vezes anteriores, o motor das mudanças internas, no capitalismo tupiniquim, é dado pelas contradições externas. Elas atuam negando a estrutura até agora seguida pelo imperialismo americano com sua moeda forte a extrair riqueza das periferias capitalistas por meio de estratégias econômicas neoliberais que aprofundam desigualdades sociais. Essencialmente, o protecionismo trumpista visa não mais a sustentação de moeda forte, como vem ocorrendo desde a segunda guerra mundial, em que Washington sustentou déficits comerciais com seus aliados para garantir-lhes sobrevivência por meio de exportações para a América por meio de moeda desvalorizada.

NOVO JOGO IMPERIALISTA

Essa estratégia sustentada pelo superávit financeiro capaz de bancar déficits comerciais chegou ao fim, com Trump, porque acelerou a desindustrialização americana e produziu dívida pública na casa dos 37 trilhões de dólares, situação não mais suportáveis pela sociedade americana que se empobrece aceleradamente. Trump quer colocar em prática o oposto: trabalhar com superávit comercial encarecendo os produtos dos concorrentes, para abrir mercado nos seus espaços econômicos. A estratégia trumpista, portanto, é a de ter moeda desvalorizada para que a indústria americana se torne mais competitiva e busque escapar da derrota comercial relativamente à China.

Os chineses, que não caíram no conto do vigário do neoliberalismo americano, trabalham com moeda desvalorizada pela força da ação conjugada de Estado forte, bancos públicos, intervenção econômica e organização política coordenada pelo Partido Comunista. Soberania chinesa para o mundo entender a força da China.

O que acontecerá, então, com os países capitalistas aliados dos Estados Unidos que até agora aceitaram o jogo americano, submetendo-se às regras de Washington, às quais os chineses nunca aceitaram?

TRIPÉ ECONÔMICO AMEAÇADO

Terão ou não de resistir ao modelo neoliberal – câmbio flutuante, metas inflacionárias e superávits primários – que não deixa suas economias crescerem sustentavelmente?

Aceitarão continuar esvaziando o poder estatal, como vem acontecendo, no Brasil, desde o golpe neoliberal de 2016, que tirou do poder o nacionalismo econômico, para colocar em seu lugar o neoliberalismo antinacionalista?

Novo horizonte econômico se abre diante do protecionismo imperialista, que ameaça as classes dominantes que estão conformadas com o tripé econômico neoliberal que deixa de ser funcional?

As bancadas do agronegócio, dos produtores de minérios, associados à financeirização econômica especulativa, que vive do rentismo e da exportação de commodities, sentem o perigo das novas circunstâncias que os ameaçam. A superestrutura do Estado nacional, condicionada a uma institucionalidade burguesa que dá sustentação à infraestrutura econômica capitalista totalmente dependente da demanda externa de produtos primários e semielaborados – alimentos, minérios – no cenário do financismo especulativo, entra em crise.

Balançam incontrolavelmente as placas tectônicas anunciando terremotos. Tudo que era sólido se desmancha no ar.

O mercado financeiro, que está vivendo de ajustes fiscais impostos ao Estado para extrair poupança forçada do orçamento público primário – programas sociais que representam renda disponível para o consumo –, sente o baque. Os rentistas veem a terra fugir-lhes dos pés, no cenário trumpista protecionista, oposto ao que lhes garantia a estratégia do governo Biden, de apostar na financeirização de forma absoluta, alavancando guerras, garantidas pelo modelo econômico keynesiano, que entra em crise. É nesse contexto que o Senado e Câmara, sob pressão dos setores primários exportadores, apressam-se em produzir nova legislação de proteção aos seus interesses econômicos, ancorando no discurso não mais de um estado ultraneoliberal, mas nacionalista.

Diante de Trump, não interessa mais à burguesia tupiniquim a estratégia entreguista, antinacionalista, bolsonarista, temerista, pauloguedesiana, voltado aos interesses rentistas. Para ela, passa ser funcional proteger e ampliar os gastos sociais primários, voltados ao fortalecimento do mercado interno, promotores da industrialização, que puxam a economia com visão nacionalista. De repente, a burguesia nacional, sempre entreguista, sente que render-se a Trump não é negócio, porque perderá não, apenas, os anéis, mas, também, os dedos.

¨      Trump taxa exportações brasileiras: cadê o boné, Tarcísio? Por Aquiles Lins

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, detalhou nesta quarta-feira (2) quais serão as tarifas recíprocas que pretende cobrar de produtos importados a partir de abril. O republicano afirmou que o país cobrará 10% de todas as importações feitas do Brasil, e as demais tarifas que serão cobradas dos países que taxam produtos norte-americanos serão ao menos metade da alíquota cobrada dos EUA.

As medidas protecionistas de Trump, numa tentativa desesperada de estancar o declínio do império estadunidense, prejudicam diretamente a economia e os interesses do Brasil. No entanto, contam com o apoio tácito do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. Em janeiro deste ano, Tarcísio publicou uma foto usando o boné com o lema de campanha de Trump, "Faça a América grande novamente”.

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Tarcísio, que governa o estado mais rico do país e é visto como um possível candidato à Presidência, deveria ser o primeiro a condenar esse tarifaço. Afinal, São Paulo é o estado que mais exporta para os Estados Unidos, sendo responsável por 33,6% do que o Brasil vendeu ao mercado norte-americano em 2024. Além disso, dois terços das exportações brasileiras para os EUA provêm de estados governados por políticos que, em 2022, se alinharam ao bolsonarismo, corrente política que idolatra Trump sem qualquer senso crítico.

O tarifaço de Trump é um ataque direto ao setor produtivo brasileiro. O impacto será sentido na indústria paulista, no agronegócio e em diversos setores que dependem do mercado norte-americano para escoar suas exportações. Como um governador que se apresenta como defensor do desenvolvimento econômico compactuar com um projeto que restringe o comércio exterior e prejudica diretamente empresas e trabalhadores brasileiros?

Felizmente, o Brasil hoje é governado por um presidente que coloca os interesses nacionais em primeiro lugar. O Congresso Nacional aprovou, nesta quarta-feira (2), o Projeto de Lei 2.088/2023, que cria a Lei da Reciprocidade Comercial. Essa legislação permite ao Brasil adotar medidas comerciais contra países e blocos que imponham barreiras aos produtos brasileiros no mercado global. Com isso, o governo brasileiro passa a ter um instrumento legal para reagir a iniciativas como as de Trump, protegendo a economia nacional e garantindo condições justas para as exportações do país.

Enquanto Tarcísio insiste em defender uma agenda que vai contra os interesses do Brasil, o governo federal age para fortalecer a soberania comercial do país. A história cobrará a conta dos que traem a economia nacional em nome de alianças ideológicas. O futuro do Brasil não pode estar nas mãos de quem defende quem nos prejudica. O Brasil é dos brasileiros. 

<><> Tarcísio se cala sobre tarifas de Trump contra exportações brasileiras

Nesta quarta-feira (2), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou tarifas sobre produtos exportados por diversos países, entre eles o Brasil. A tarifa sobre o Brasil será de 10%. Diferentemente do que fez em janeiro, quando usou um boné com o slogan da campanha de Trump para celebrar o início de seu segundo mandato à frente da Casa Branca, desta vez Tarcísio silenciou sobre a guerra comercial estadunidense. O Brasil 247 questionou a assessoria do governador sobre seu posicionamento diante da medida anunciada por Donald Trump e não teve retorno.

São Paulo é o estado que mais exporta para os Estados Unidos, sendo responsável por 33,6% do que o Brasil vendeu ao mercado norte-americano em 2024. A imposição da nova tarifa pelo governo estadunidense poderá afetar diretamente as exportações de etanol e prejudicar o agronegócio paulista, uma vez que São Paulo lidera a produção nacional do biocombustível.

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O silêncio vai na contramão de posições anteriores adotadas pelo governador paulista. Em janeiro, Tarcísio celebrou a posse de Donald Trump por meio de uma mensagem nas redes sociais, afirmando que a data era um "grande dia". Já em seu discurso de posse, Trump ameaçou impor uma guerra comercial contra diversos países, incluindo aliados ou parceiros, como o Brasil.

Em uma outra manifestação, também em janeiro, Tarcísio publicou uma foto no X, antigo Twitter, usando um boné com o slogan da campanha de Trump: “Make America Great Again (MAGA)”, "Tornar a América Grande Novamente", em português, em sinal de apoio à eleição do Republicano à Casa Branca.

 

Fonte: Por Leonardo Attuch, no Brasil 247

 

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