Acuado, Petro faz sua grande aposta
No período entre 4 de fevereiro e 18 de março
de 2025, o governo de Gustavo Petro passou por uma crise interna, uma tentativa
frustrada de recomposição, uma grave derrota política e o início de um processo
de mobilização. Foram 44 dias agitados que mostram os contrastes do primeiro
governo de esquerda e a estratégia de uma oposição sem lideranças unificadoras,
mas com capacidade de bloquear as principais iniciativas do oficialismo. São,
em suma, 44 dias que abrem o terço final do governo e prefiguram os tempos
conturbados da campanha eleitoral de 2026.
Embora Petro tenha vencido as eleições com um
programa e uma identidade associados à esquerda, seu gabinete ministerial e sua
bancada no Congresso são resultado de uma coalizão instável que inclui diversos
líderes da política tradicional. Essa característica é constitutiva do petrismo
no poder e tem origem na campanha eleitoral de 2022. Após as mobilizações de
2019 e 2021, diante da crescente impopularidade do governo conservador de Iván
Duque e da falta de lideranças fortes na direita e no centro, setores do
partido do ex-presidente Juan Manuel Santos (um ex-uribista que migrou para
posições menos radicais) buscaram convergir com o Pacto Histórico de Petro. E,
após a vitória, operadores de campanha como Armando Benedetti tornaram-se
figuras-chave do novo governo.
A instabilidade dessa aliança passou de um
risco latente para uma situação esperada. O Conselho de Ministros televisionado
em 4 de fevereiro, por uma decisão incompreensível do governo, revelou as
tensões internas a centenas de milhares de espectadores. As queixas da
vice-presidente – e ex-ministra da Igualdade – Francia Márquez, da então
ministra do Meio Ambiente Susana Muhamad, do diretor da Unidade Nacional de
Proteção, Augusto Rodríguez, e do diretor do Departamento de Prosperidade
Social, Gustavo Bolívar, apontaram para Benedetti e a polêmica Laura Sarabia,
hoje ministros do Interior e das Relações Exteriores, respectivamente.
Benedetti é uma figura explosiva, e Sarabia, uma jovem funcionária de 31 anos
com uma carreira meteórica no governo Petro.
Essa tensão reflete a divisão constitutiva do
governo. De um lado, há lideranças vindas dos movimentos sociais, como Francia
Márquez, ou com grande proximidade ao presidente, como Muhamad, Rodríguez e
Bolívar. Do outro, está Benedetti, um político camaleônico que foi aliado de
Álvaro Uribe e depois congressista partidário de Juan Manuel Santos. Apesar de
seus antecendentes sinuosos, ingressou no petrismo como chefe de campanha.
Laura Sarabia era desconhecida do público até sua entrada surpreendente no círculo
íntimo do presidente. Em dois anos e meio, passou de assessora de um senador
(Armando Benedetti) a chefe de gabinete presidencial, depois diretora do
Departamento Administrativo da Presidência e, finalmente, ministra das Relações
Exteriores.
A tensão entre esses blocos do governo se
expressou em pelo menos três questões. O papel de Armando Benedetti foi
questionado no Conselho de Ministros por graves acusações de violência de
gênero contra sua esposa, motivando protestos de altas funcionárias como
Márquez e Muhamad e dos movimentos feministas que apoiaram Petro nas eleições.
Por outro lado, Benedetti é acusado de manter práticas clientelistas que
contradizem o discurso de renovação política de Petro. Foi apontado, por
exemplo, como o facilitador de um suposto financiamento ilegal da campanha por
um chefe do contrabando. Já Sarabia foi acusada de beneficiar seus familiares
usando sua posição estratégica na Casa de Nariño e de facilitar a ação de um
lobista ligado a pagamento ilegais para instituições prestadoras de serviços de
saúde. Vários funcionários antes próximos de Petro, em especial Muhamad,
afirmam que Sarabia restringiu o acesso ao presidente e atrapalhou uma
coordenação adequada dentro do Executivo.
Vale destacar que essas tensões internas
acompanham o governo desde o início. O primeiro gabinete ministerial durou
pouco devido a debates programáticos entre estes dois blocos. Porém, nas
últimas semanas, parece ter havido uma mudança qualitativa. Antes o governo
Petro mostrava preferência por funcionários mais próximos de seus projeto
político e de seu programa de governo, o que se refletiu nas recomposições
periódicas de seu gabinete. Agora apoia incondicionalmente Benedetti, que opera
como o principal articulador político do governo, e respalda Sarabia como
chanceler da República.
Os conflitos internos passam a imagem de um
governo marcado por intrigas palacianas que minam sua governabilidade.
Curiosamente, alguns sugerem que o próprio Petro alimenta essas divisões. “O
presidente gosta de nos ver brigar. Poderia intervir, mas deixa que nos matemos
sem sentido”, disse um ministro disse ao El País. Talvez esta
postura reflita sua personalidade: valorizar a lealdade pessoal acima de tudo,
o que explique a rotatividade em seu gabinete que, só na metade de sua gestão,
teve 52 ministros e 126 vice-ministros. Não é por casualidade que no Conselho
de Ministros, adotou uma distância de seu gabinete, ao afirmar “o presidente é
revolucionário, mas o governo não”. Essa postura pode reforçar sua imagem, mas
envenena a construção de um projeto coletivo duradouro.
·
Entre o Congresso e as
ruas
As tensões internas, as dificuldades para
consequir maioria no Congresso que permita as reformas trabalhistas e de saúde,
assim como a proximidade das eleições de 2026 levara, na primeira semana de
fevereiro, ao anúncia de uma mudança no gabinente que, ao final, não
representou uma modificação substância da coalização do governo. Além disso, o
presidente optou por incorporar novos rostos, mas sacrificando funcionários com
mais experiência em pastas estratégicas, como as do Trabalho, Ambiente, Moradia
e Defesa.
A mudança na Defesa merece um comentário a
parte. Petro nomeou Pedro Sánchez, um general da Força Aérea que deveria se
afastar do cargo para tomar posse como ministro. A última vez que um militar
comandou a pasta foi em 1991. Paradoxalmente, foi um governo progressista que
se atraveu a alterar uma tendência estabilizadora nos últimos 34 anos: a
direção civil da Segurança. Não é por acaso que as principais organizações de
direitos humanos criticaram a nomeação e apontaram preocupação de uma possível
“deriva militarista”.
Benedetti celebrou de forma antecipada uma
vitória com a aprovação da reforma da Saúde na plenária da Câmara dos
Representantes no começo de março. Mas a alegria durou pouco. Em poucos dias, a
maioria da Comissão VII do Senado anunciou que fundiria o projeto de reforma
trabalhista, uma derrota para os novos ministro do Interior e do Trabalho.
Buscando reagir a esta manobra, Petro convocou uma mobilização popular durante
este debate legislativo e apontou que convocaria uma consulta popular para que
povo pudesse decidir sobre as reformas sociais frente a negativa da maioria do
Congresso.
A mobilização de 18 de março confirmou a capacidade
de mobilização do governo federal, ao articular uma marcha exitosa nas ruas,
mas também comprovou seus problemas diante do Congresso, pois não impediu que a
reforma trabalhista desmoronasse. Mais que um embate entre o Executivo e o
Legislativo, cujo resultado era previsto, essa mobilização foi o início de uma
campanha para inflamar uma consulta popular em favor das reformas promovidas
pelo governo.
A proposta de consulta popular é uma resposta
à oposição que bloqueia no Congresso as iniciativas mais importantes do
governo. E o governo tenta canalizar o descontentamento com o Congresso e
manter seu núcleo duro de apoio. Mas a proposta de consulta popular vai além
das reformas que o motivaram, pois abre um cenário mobilizador que coincide com
a reta final da campanha do governo para buscar maior apoio popular e facilitar
algum tipo de convergência antes das eleições de 2026.
A estratégia complementar do governo consiste
em aprovar alguns pontos da reforma trabalhista por decreto, diante da oposição
do Legislativo. Mas essa estratégia abre um debate jurídico sobre se as
mudanças prometidas em questões trabalhistas podem ser forjadas com
regulamentações que não têm força de lei. No entanto, mesmo que tivesse sucesso
nessa empreitada, ainda ficaria com um gosto amargo na boca do porquê demorou
tanto para usar seus próprios canais institucionais para alcançar essas
mudanças.
·
Fracasso da “paz total”?
A mudança no Ministério da Defesa ocorre em
meio a confrontos crescentes entre vários grupos armados. Somente na região do
Catatumbo, território que faz fronteira com a Venezuela, a ofensiva do Exército
de Libertação Nacional (ELN) contra os dissidentes das Forças Armadas
Revolucionárias da Colômbia (FARC), hoje conhecidas como Estado-Maior dos
Blocos e Frentes (EMBF), resultou na morte de 76 pessoas (63 civis, 6
signatários da paz, 4 menores de idade e 3 líderes sociais), o desaparecimento
de cinco signatários da paz (membros de grupos armados que depuseram as armas),
o deslocamento forçado de 55.659 pessoas e o confinamento de 23.860.
Enquanto isso, um confronto entre a EMBF e o
Bloco Amazonas — outro grupo dissidente das FARC — liderado pelo conhecido Iván
Mordisco no departamento de Guaviare, no sudeste do país, deixou pelo menos 20
mortos. Em meados de fevereiro, uma incursão de membros do ELN deslocou 70
signatários da paz que estavam reunidos na Área de Reincorporação de Nova
Omaira Díaz, localizada em Yondó, na região do Magdalena Medio, atualmente
disputada pelo ELN, grupos dissidentes das FARC e os paramilitares do Clã do
Golfo. No sudoeste do país, a cidade de El Plateado continua sob o controle dos
dissidentes das FARC, apesar da reconquista prometida pelo Exército Nacional.
Essa onda de violência que marcou os
primeiros meses do ano tem dois fatores em comum. A assinatura do Acordo de Paz
de 2016 abriu novas frentes de guerra entre atores que buscam tomar territórios
anteriormente controlados pelas FARC ou buscam ganhos territoriais em um
momento de reorganização das partes em conflito. Por outro lado, os diferentes
grupos armados sentaram-se à mesa de negociações com o governo nacional no
âmbito da “paz total”, estratégia promovida por Petro que buscava negociar com
todos os grupos armados mais representativos.
A escalada das tensões armadas pode ser
interpretada como evidência do fracasso da política de resolução do conflito
armado. No entanto, o governo afirma que vários processos de paz estão
avançando apesar das dificuldades. A mesa redonda do EMBF, liderada por Calarcá
Córdoba, que atua em Meta, Guaviare e Caquetá, implementou acordos sobre a
titulação de terras. O encontro com o Coordenador Nacional do Exército
Bolivariano, coalizão de dissidentes das FARC liderada por Walter Mendoza,
conseguiu superar o impasse causado pela prisão de um de seus negociadores. Em
diálogos com os paramilitares das Forças de Autodefesa dos Conquistadores da
Sierra Nevada, houve avanços em acordos sobre proteção das comunidades. E em
Buenaventura, a trégua entre as gangues criminosas urbanas Los Shottas e Los
Espartanos foi mantida, e as negociações com os Comuneros del Sur, um grupo
dissidente do ELN, também estão avançando.
Em resumo, há duas tendências que marcam a
política de paz. Por um lado, as mesas de diálogo continuam, em alguns casos
com a implementação de acordos, mas o confronto armado está se aprofundando.
Por outro lado, os diálogos levaram à divisão e dispersão de grupos armados,
dificultando ainda mais o progresso em direção a uma política de paz
abrangente. A dispersão de atores em um contexto de disputas territoriais e
tensões armadas pode gerar incentivos à um cerco territorial e à busca pelo
controle de recursos, situação que pode tornar cada vez mais difícil avançar em
direção a uma política de paz mais consistente e com resultados concretos.
·
A oposição
Nos dois anos e meio do governo Petro, a
agenda da oposição de direita se concentrou em bloquear os projetos do partido
no poder em vez de defender os seus. A firme crença no modelo neoliberal e na
continuação da guerra como meio de regulação política levou esses setores a uma
estratégia de persistência na obstrução. Em outras palavras, seu projeto
consiste em se alegrar diante dos possíveis fracassos do governo nacional. No
entanto, eles têm dois problemas associados: a incapacidade de se fundirem em um
único projeto e a falta de uma liderança unificada.
O cenário de uma consulta popular poderia
embaralhar as cartas e levar a uma reorganização do espectro político da
oposição. Por um lado, está sendo formada uma aliança de partidos tradicionais,
na qual liberais, conservadores, o Partido U e o Novo Liberalismo se uniriam;
aliança que buscaria se articular com partidos pequenos e com ideias
semelhantes. O segundo ator nesse espectro é Germán Vargas Lleras, cujo partido
se chama Mejor Vargas Lleras, uma das figuras mais reconhecidas da direita
tradicional. Apesar dos maus resultados eleitorais no passado, ele agora se
apresenta como uma figura que busca unir diversos setores da oposição, tanto no
meio empresarial quanto no poder político tradicional.
O terceiro é o bloco de Uribe, representado
pelo Centro Democrático, principal força de oposição e a mais significativa da
extrema direita colombiana. O Centro Democrático tem atualmente vários
candidatos presidenciais apoiados por seu principal líder, o ex-presidente
Álvaro Uribe. Há também a pré-candidatura de Vicky Dávila, uma renomada
jornalista que se apresenta como uma espécie de outsider de extrema direita,
buscando emular a retórica do argentino Javier Milei e do salvadorenho Nayib
Bukele.
Por fim, no centro político que não se alinha
com Petro, destacam-se o ex-prefeito de Medellín Sergio Fajardo e a ex-prefeita
de Bogotá Claudia López. Eles certamente tentarão levantar bandeiras contra a
polarização e contarão com suas experiências anteriores como governadores
locais para impulsionar suas candidaturas.
A consulta popular sobre reformas sociais
pode dar à oposição a chance de construir uma gramática comum, permitir uma
coordenação que reduza suas diferenças e avaliar a capacidade de mobilização de
seus pré-candidatos presidenciais, pois lhes daria a oportunidade de lançar
suas campanhas mais cedo.
·
E a esquerda pós-Petro?
Na reta final do mandato do governo, já é
possível dizer que muitas das expectativas de seus apoiadores foram limitadas,
não atendidas ou bloqueadas por atores externos. O governo não conseguiu
aprovar reformas sociais significativas nem iniciar uma transição para um
modelo econômico diferente; não vislumbra um caminho claro para substituir as
economias do narcotráfico, nem há qualquer sinal de que novos acordos de paz
possam ser cristalizados.
Apesar das dificuldades, o governo não ficou
desprovido de acertos. Embora ainda esteja longe de reverter a desigualdade
histórica na propriedade da terra, a política agrária facilitou o acesso à
propriedade para camponeses, indígenas e afro-colombianos, atuou em casos
emblemáticos de desapropriação e fortaleceu a organização de comitês de reforma
agrária em quase metade dos municípios do país.
Com uma campanha eleitoral começando cedo,
surge a questão do destino da esquerda. A falta de pré-candidaturas fortes
neste campo evidencia um problema de sucessão que deve ser abordado (na
Colômbia, a reeleição presidencial não é permitida). Além disso, o protagonismo
de Benedetti e Sarabia revela que grande parte da liderança do governo nos
últimos anos não se baseou na esquerda ou nos movimentos sociais que lideraram
a revolta social. Portanto, é provável que a proposta de frente ampla
atualmente apresentada pelo governo não seja encabeçada por um líder de
esquerda, mas sim por um dos aliados do establishment tradicional.
¨ Poluição: o recado de Petro ao governo Trump. Por Elaine Ruth Fletcher,
no Health Policy Watch | Tradução: Gabriela Leite
O presidente da Colômbia, Gustavo Petro,
lançou um ataque contundente contra o novo governo do presidente dos Estados
Unidos, Donald Trump, no último dia de uma conferência da OMS sobre poluição do
ar que aconteceu em seu país, na cidade de Cartagena.
Ele alertou que o progresso em temas cruciais
de saúde ambiental e do clima dependem da “agenda comum” promovida pelo sistema
de cooperação multilateral – “e se o sistema multilateral deixar de existir,
tudo isso será em vão”.
Petro advertiu que a administração Trump, com
sua agenda ultranacionalista, está “repetindo erros históricos” que levaram ao
surgimento do fascismo e da Segunda Guerra Mundial. “Precisamos agir contra uma
visão que busca se impor sobre toda a humanidade”, disse.
Ele alertou que, na nova ordem internacional
que os EUA tentam moldar, a ideologia ameaça superar os fatos científicos.
Acrescentou: “Como George Orwell disse em 1984, quando cada
indivíduo passar a imaginar sua própria realidade, uma das vítimas será a
saúde”.
Além disso, a “ganância” dos mercados
descontrolados, dominados por interesses ligados aos combustíveis fósseis,
impede a transição para energias limpas – que melhorariam a qualidade do ar e
estabilizariam o clima, afirmou.
<><> Transformando pedidos por
mudança em medidas concretas
O presidente falou durante o encerramento do
evento, após 17 países e cerca de 40 municípios, organizações da sociedade
civil e instituições filantrópicas assumirem compromissos para reduzir a
poluição do ar – alinhados ao chamado da OMS para reduzir pela metade as mortes
relacionadas à poluição até 2040.
Cerca de 47 milhões de profissionais de saúde
também assinaram um apelo por ações urgentes, publicado na abertura da
conferência.
“Agora, nossa tarefa coletiva é transformar
esse chamado em ação. No mês passado, o Conselho Executivo da OMS concordou com
uma nova meta global para reduzir os impactos da poluição do ar na saúde em
50%”, disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, em uma mensagem em vídeo
aos participantes. “Estimamos que cumprir essa meta salvará cerca de 3 milhões
de vidas por ano.”
No entanto, como poucos ministros de alto
nível estavam presentes no evento em Cartagena, mobilizar mais Estados-membros
para a nova meta da OMS será um esforço de longo prazo. Deverá ser discutido em
outros fóruns sobre clima e saúde, com mecanismos e financiamento para
monitorar o progresso ao longo do tempo – algo que ainda não existe.
A
próxima oportunidade será a Assembleia Mundial da Saúde em maio, quando os
países devem revisar e adotar um novo Roteiro da OMS para reduzir os
impactos da poluição do ar na saúde, que tem a meta de cortar em 50%, em seu
texto. Em fevereiro, o Conselho Executivo, composto por 34 membros, endossou o Roteiro. A aprovação final
em maio abriria caminho, pelo menos politicamente, para um esforço sustentado entre os países para
atingir a meta.
Até agora não há nenhum Objetivo de
Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU ou uma meta da OMS clara e
quantificável para reduzir a poluição do ar, contra a qual o progresso pudesse
ser monitorado. O ODS 3.9.1, que pede uma redução “substancial” nas mortes e
doenças causadas pela poluição, não é exatamente mensurável.
Além disso, os benefícios econômicos e para a
saúde da redução da poluição – especialmente do carbono preto, da fuligem, um
poluente que afeta tanto o ar quanto o clima – precisam ser melhor reconhecidos
em tratados climáticos e mecanismos de financiamento. Os participantes
reiteraram a necessidade de redirecionar trilhões em subsídios a combustíveis
fósseis para incentivos a energias limpas.
Fonte: Por Alejandro Mantilla Quijano, no Nuso | Tradução: Rôney Rodrigues, em Outras Palavras
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