Star
Trek é realmente uma utopia socialista?
Em 9 de
fevereiro de 1967, horas depois de a Força Aérea dos EUA arrasar o Porto de
Haiphong e várias bases aéreas vietnamitas, a NBC exibiu um episódio de Star
Trek com um conceito que colidia brutalmente com o que acabara de
acontecer no Vietnã: a Diretriz Primeira – uma proibição geral a seus capitães
de nave estelar de usar tecnologia superior (militar ou não) para interferir em
qualquer comunidade, povo ou espécie senciente, mesmo que a não-interferência
custasse suas próprias vidas.
Ao transformar
uma ideologia tão radicalmente anti-imperialista na regra cardinal da fictícia
Federação Unida de Planetas – que o público norte-americano via como uma
extensão lógica dos EUA –, não seria surpresa se o presidente Lyndon B. Johnson
ou o Pentágono tivessem exigido o cancelamento imediato de Star Trek.
Felizmente, não o fizeram. E assim, ao longo dos 939 episódios (em 12 séries
diferentes) que se seguiram, a Diretriz Primeira permitiu que roteiristas e
diretores explorassem suas repercussões políticas e filosóficas, incluindo
conflitos éticos que levaram a suas frequentes violações, mas nunca a sua
revogação.
Também
permitiu outra inferência: essa Federação futurista jamais teria amadurecido o
suficiente para adotar a Diretriz Primeira anti-imperialista antes que uma
versão humanista do comunismo fosse estabelecida na Terra!
·
O
comunismo libertário de Star Trekcontra o coletivismo autoritário
Écristalino
que Star Trek retrata uma sociedade comunista, sem jamais
nomeá-la como tal. Num episódio de 1988, a USS Enterprise encontra uma nave
terrestre enferrujada, com câmaras criogênicas contendo plutocratas humanos que
pagaram fortunas para serem congelados e lançados ao espaço, na esperança de
que alienígenas os curassem de suas doenças, mortais no século XX.
Após a
tripulação da Enterprise descongelá-los e curá-los, um deles, Ralph Offenhouse,
um empresário, exige contatar seus banqueiros e escritório de advocacia na
Terra. O capitão Jean-Luc Picard não tem escolha a não ser revelar que, nos
trezentos anos que se passaram, muita coisa mudou.
— Picard: As
pessoas não são mais obcecadas por acumular coisas. Eliminamos a fome, a
carência e a necessidade de posses. Saímos da nossa infância.
— Offenhouse: Você não entendeu. Nunca foi sobre posses. É
sobre poder.
— Picard: Poder
para quê?
— Offenhouse: Para
controlar sua vida, seu destino.
— Picard: Esse
tipo de controle é uma ilusão.
— Offenhouse: Sério?
Então por que estou aqui?
A
alusão de Offenhouse ao pendor pela acumulação que sustenta a vontade de poder
aponta o motivo pelo qual a Diretriz Primeira é incompatível com o espírito do
capitalismo: enquanto a acumulação, alimentando a expansão dos mercados, for a
força motriz e ideologia de nossa sociedade, o imperialismo será inevitável.
Para
escapar disso, a humanidade deve primeiro eliminar a escassez de bens materiais
– eliminação que, na Federação Unida de Planetas, foi alcançada graças à
invenção e disseminação dos replicadores: máquinas que convertem energia verde
abundante em qualquer forma de matéria desejada, de comida a gadgets a naves
espaciais.
Esta
não é exatamente uma ideia nova. Em 350 a.C., Aristóteles já previra que “…se
cada instrumento pudesse realizar seu trabalho por si, obedecendo ou
antecipando a vontade alheia, como as estátuas de Dédalo ou os trípodes de
Hefesto que, diz o poeta, ‘por vontade própria entraram na assembleia dos
Deuses’; se, da mesma forma, a lançadeira tecesse e o plectro tocasse a lira
sem mãos que os guiassem, os mestres não precisariam de servos, nem os senhores
de escravos.”
Ele
próprio um ávido aristotélico, Karl Marx baseou sua visão de uma sociedade
comunista libertadora – onde tanto o Estado quanto o mercado definham – em
máquinas como os replicadores de Star Trek, que nos libertam do trabalho
não-criativo, esmagador da alma.
Em um
de seus escritos iniciais, ele imagina o que se seguiria à invenção de tais
máquinas: “Na sociedade comunista, onde ninguém está confinado a uma única
esfera de atividade, mas pode se dedicar ao campo que desejar, a sociedade
regula a produção total, e assim posso caçar de manhã, pescar à tarde,
pastorear à noite e analisar teatro após o jantar – sem precisar ser caçador,
pescador, pastor ou crítico.” [A Ideologia Alemã, 1845]
As
palavras de Marx ecoam quando conhecemos o pai do capitão Benjamin Sisko que,
no século XXIV, administra um restaurante crioulo em Nova Orleans apenas por
amar a expressão de gratidão nos rostos dos vizinhos que adoram sua comida – de
graça, é claro, pois o dinheiro agora é obsoleto.
Também
ecoam na resposta de Picard a Offenhouse que, ao saber que seria enviado de
volta a uma Terra essencialmente comunista, pergunta sombrio: “O que será de
mim? Não há vestígio do meu dinheiro. Meu escritório se foi. O que farei? Como
viverei? Qual é o desafio?” “O desafio, Sr. Offenhouse”, responde Picard
encorajadoramente, “é melhorar a si mesmo, enriquecer a si mesmo. Aproveite!”
Marx, sem dúvida, teria aplaudido com vigor.
“Alegria”
não é uma palavra que rime naturalmente com comunismo, pelo menos não do tipo
soviético. Mas o prazer é central na versão comunista de Star Trek, que rejeita
a noção de que escapar da lógica da acumulação exija que indivíduos se submetam
a um coletivo.
Os
roteiristas de Star Trek ilustram isso brilhantemente ao
contrastar a Federação – composta por indivíduos criativos que escolhem seus
projetos e parceiros livremente – com os Borg, um coletivo distópico de
ciborgues interligados numa ordem social similar a uma colmeia, que se expande
assimilando todas as espécies que encontra.
Evitando
críticas simplistas ao coletivismo, Star Trek o rejeita, sem
ignorar seu apelo. Quando a capitã Kathryn Janeway resgata uma drone Borg (Sete
de Nove) do Coletivo, testemunhamos seu traumático retorno à humanidade. Ao ser
desvinculada do Coletivo, ela sofre sintomas debilitantes de abstinência,
sentindo falta desesperadora da voz coletiva em sua mente – um lembrete de como
o autoritarismo pode ser perigosamente sedutor para os solitários.
Mas
também de como é crucial pagar o preço da individualidade, mesmo com o risco da
solidão – que só a amizade e o trabalho criativo podem combater.
·
A
Teoria Materialista Histórica da Mudança em Star Trek
Para
ter utilidade prática, qualquer manifesto deve oferecer uma teoria da mudança,
não apenas uma visão de futuro esplêndido. Star Trek não se
esquiva dessa responsabilidade.
Mesmo
respeitando a Diretriz Primeira, a Federação observa atentamente a evolução de
espécies primitivas pela galáxia em busca de pistas sobre a própria história
humana. Além disso, oferece uma teoria coerente de evolução social baseada em
sólidos princípios materialistas históricos.
Considere,
por exemplo, o episódio em que a USS Voyager fica presa no campo gravitacional
de um planeta estranho, onde o tempo na superfície passa muito mais rápido que
na nave em órbita. Logo a capitã Janeway e seus oficiais percebem que a cada
minuto deles, os humanoides primitivos no planeta vivenciam 58 nasceres do sol.
Assim,
a tripulação testemunha em câmera acelerada a evolução daquela sociedade. O que
veem é uma reprodução da história humana – como inovações tecnológicas colidem
com superstições e relações sociais exploratórias ultrapassadas, gerando
revoluções, progresso, mas também guerras e desastres ambientais.
Em
momentos, parece que a espécie observada, como a humanidade, poderá se
autodestruir. Mas, num final feliz, eles também conseguem superar seus
imperialismos e ânsias acumulativas, colocando novas tecnologias a serviço do
bem comum – inclusive libertando a Voyager e permitindo sua jornada de volta
para casa.
Outra
estratégia narrativa para mostrar como um comunismo luxuoso e libertador surgiu
no século XXIV foi usar viagens no tempo para voltar ao nosso futuro próximo. E
o século XXI mostrou-se bastante brutal.
Em
episódios exibidos em 1995, descobrimos os Motins de Bell, que, em setembro de
2024, acabaram com um sistema de apartheid em São Francisco, onde os pobres,
doentes e marginalizados da cidade estavam confinados num gueto. Essa rebelião,
junto com uma devastadora Terceira Guerra Mundial, colocou a humanidade no
caminho para eliminar o nacionalismo, o capitalismo e, por fim, o
expansionismo.
Talvez
as percepções mais interessantes surjam quando os roteiristas nos levam às
fronteiras da Federação, onde seus exploradores encontram – e frequentemente
guerreiam contra – civilizações em estágios primitivos de desenvolvimento ou
que criaram tiranias tecnologicamente avançadas.
Lá, na
fronteira, espécies alienígenas nos oferecem oportunidades de introspecção,
como os bajoranos, que acabavam de sair da ocupação brutal dos cardassianos –
uma espécie supremacista que governou Bajor como uma colônia penal, com campos
de concentração e impulsos genocidas.
Num
episódio que poderia facilmente ser adaptado ao teatro como peça em um ato, um
lutador pela liberdade bajorano identifica um antigo monstro de campo de
concentração cardassiano e trabalha incansavelmente para levá-lo a um tribunal
de crimes de guerra da Federação-Bajor. Com uma reviravolta emocionalmente
devastadora, o roteiro oferece uma catarse inesperada – lembrando que boa
ficção científica não trata tanto do futuro, mas é ferramenta extraordinária
para revisitar nosso passado.Não consigo pensar em outro programa de TV que, em
quarenta minutos, possa educar tão bem os jovens sobre os horrores do
Holocausto.
Em órbita de Bajor, há uma estação espacial administrada pela Federação (DS9)
onde espécies diferentes se misturam para negociar; um ponto de encontro entre
a Federação comunista, pós-dinheiro e pós-trabalho assalariado, e outras
civilizações para quem acumulação e lucro ainda são centrais. Nessa estação
espacial há um bar duvidoso administrado por Quark, um ferengi, que trata seus
trabalhadores como gado sem valor de mercado. Até que seu irmão, que também
trabalha para ele, cansa-se da situação: ele convoca os colegas a formar um
sindicato e greve por direitos básicos.
Quando
seu patrão-irmão tenta suborná-lo, ele pega um tablet e lê lentamente da tela
algo que baixou: “Trabalhadores do mundo, uni-vos! Nada tendes nada a perder, a
não ser vossos grilhões!”
Para
Quark, como para todos os ferengis, o neoliberalismo é mais que uma ideologia
ou mesmo uma religião secular – é uma cultura, um modo de ser. Fazendo sua
crítica ao neoliberalismo com máximo humor, os roteiristas de Star Trek
retratam os ferengis como humanoides incapazes de se diferenciar do Homo
Economicus.
A
julgar pelo trabalho dos roteiristas em compilar todas as 285 Regras de
Aquisição ferengi – seu livro sagrado –, eles devem ter se divertido muito. Eis
uma amostra:
- “O lucro é sua
própria recompensa” (41)
- “Alimente sua
ganância, mas não até sufocá-la” (43)
- “Expanda ou
morra” (45)
- “Exploração
dividida por tempo é igual a lucro” (54)
- “Trate os
devedores como família… e os explore” (111)
- “Um homem rico
pode comprar tudo, exceto uma consciência” (261)
- “Guerra é boa
para os negócios” (34)
- “Paz também é
boa para os negócios” (35)
Para
equilibrar o brutalismo neoliberal ferengi com vislumbres de outra forma de
tirania – a versão burocrático-centralista –, Star Trek nos transporta a um
planeta não federativo junto com o médico da USS Voyager, sequestrado e forçado
a trabalhar num hospital onde, para seu horror, descobre que os cuidados
médicos são distribuídos estritamente conforme o “índice de valor social” do
paciente – número calculado por um computador controlado centralmente, cuja
programação reflete a valoração burocrática do “mérito” de cada cidadão.
Externalidades
ambientais negativas também aparecem nas fronteiras onde a jurisdição da
Federação termina. Dois cientistas alienígenas, antes ridicularizados como
excêntricos, comprovam que naves federais e não-federais em velocidade de dobra
(isto é, acima da velocidade da luz) danificam gravemente o tecido do continuum
espaço-tempo.
Quando
o capitão Picard confirma a validade de suas descobertas, tenta convencer a
Frota Estelar a reduzir danos, diminuindo ou até imobilizando as naves. Ecoando
argumentos atuais contra legislações de emissão zero (“Se o Sul Global continua
queimando carvão, por que o Ocidente arcaria com custos?”), o governo da
Federação reluta em agir unilateralmente sem medidas equivalentes de outras
civilizações.
·
IA
e o significado de ser humano
Àmaneira
hegeliana, Star Trek questiona nossa humanidade ao colocar oficiais alienígenas
em naves federais, forçando humanos a se enxergarem através de seres com
filosofias radicalmente diferentes (como vulcanos – Spock, Tuvok e T’Pol –,
cuja capacidade de reprimir emoções é refinada).
Porém,
o confronto mais relevante para nossa era ocorre quando o tenente-comandante
Data é apresentado na ponte da USS Enterprise. Data é um androide
superinteligente incapaz de sentir, mas movido por um desejo intenso de
compreender humanos.
Em sua
busca por humanidade, Data estuda não apenas nosso comportamento, mas também
arte, música, teatro e literatura. Torna-se não só um membro valorizado da
tripulação, mas também – na era de modelos de linguagem e chatbots como GPT –
uma figura dramática que alimenta nosso debate sobre IA.
Logo
surge a questão: Data tem direitos? Quando um laboratório federal solicita que
ele se submeta a desmontagem para replicá-lo (e equipar todas as naves com
“Datas”), ele se recusa.
Ao
ouvir que suas memórias seriam preservadas em upload, Data rebate
com um argumento que lembra a rejeição de Noam Chomsky ao materialismo
vulgar: “Há uma qualidade inefável nas memórias que não sobreviverá ao
seu procedimento”, diz ao chefe do laboratório.
Quando
o cientista insinua que Data deve obedecer, Picard exige que um tribunal decida
se o androide tem direito de recusar – oferecendo-se como seu advogado.
No
julgamento, a juíza define o cerne da questão: Data é propriedade ou tem
autonomia (ou “alma”, como ela diz dramaticamente). O advogado do laboratório
argumenta que Data é apenas uma máquina com software sofisticado que simula
senciência.
Sobre a
recusa de “isto” em cooperar, ele pergunta à juíza: “Você permitiria
que o computador de sua nave recusasse um reset?” Picard percebe que
está enfrentando um muro.
Num
intervalo, Picard tem um insight após conversar com a
bartender da nave (interpretada por Whoopi Goldberg). Ele decide concentrar-se
no plano da Frota Estelar, de replicar Data para criar um “exército de Datas”.
“Uma
máquina”,
responde o adversário. Picard então faz seu apelo final: “Meritíssima, este
tribunal é um cadinho onde queimamos irrelevâncias para extrair a verdade pura.
Cedo ou tarde, este ou outro laboratório replicará o tenente-comandante Data. A
decisão de hoje determinará como enxergamos nossa própria criação. Revelará
quem somos. Redefinirá os limites da liberdade – ampliando-a para alguns,
restringindo-a brutalmente para outros. A senhora está preparada para
condená-lo, e todos os que vierem depois, à servidão?”
Por
fim, fixa um olhar penetrante na juíza e conclui: “A Frota Estelar foi
fundada para descobrir novas formas de vida.” Apontando para
Data: “Pois ali está uma. Esperando.”
O
julgamento termina com o veredito de que não há dúvida razoável sobre a
não-senciência do Comandante Data – garantindo-lhe o direito de recusar a
desmontagem. Mas Star Trek não adere ao panpsiquismo: reconhece que IA capaz de
passar no teste de Turing (como o ChatGPT) não equivale a ser senciente.
A
Federação Unida de Planetas não é uma utopia. O inimigo interno – a xenofobia –
permanece latente, pronto para macular o humanismo da Federação e até revogar a
Diretriz Primeira. Quando a tripulação da USS Enterprise retorna de uma missão
contra os letais Xindi, uma turba humana ataca o médico denobulano da nave, em
um claro crime de ódio contra um alienígena. Pouco depois, uma célula
terrorista supremacista humana na Lua ameaça manter a humanidade refém até que
todos os alienígenas deixem a Terra. E não são apenas extremistas e especistas
que ameaçam a Federação: seus próprios serviços secretos, como a Seção 31,
representam riscos sérios ao comunismo libertário da Federação. Ainda assim,
como um desafio esperançoso, os valores comunistas humanistas da Federação
persistem.
A
questão é: além do entretenimento, o que os quase mil episódios de Star
Trek oferecem à esquerda moribunda de hoje, em sua luta para se manter
relevante diante de IA, xenofobia em massa, a Nova Guerra Fria e a emergência
climática? A resposta é sim. O principal ensinamento para a esquerda atual é
evitar tanto a tecnofobia conservadora quanto o erro dos tecno-otimistas
liberais, de focar na tecnologia sem entender que tudo se resume a direitos de
propriedade e às lutas políticas em torno deles.
Em
1930, em meio à Grande Depressão, John Maynard Keynes ousou sonhar que, no fim
do século XX, o progresso tecnológico teria erradicado escassez, pobreza e
exploração. Em Possibilidades Econômicas para Nossos Netos, ele
imagina um mundo onde o “problema econômico” da humanidade estaria resolvido:
Keynes
falhou não por falta de tecnologia, mas porque os direitos de propriedade sobre
as máquinas concentraram-se nas mãos de uma minúscula minoria. Surpreende que
nem ciência nem juros compostos nos livrassem da escassez, pobreza ou guerras?
Ou que, em vez do “bem-estar comum” keynesiano, a humanidade tenha se
aproximado do episódio Os Senhores das Nuvens, onde elites vivem
num paraíso suspenso nas nuvens enquanto outros trabalham como trogloditas em
minas subterrâneas? (N.R.: Esse episódio me inspirou a chamar a elite do Vale
do Silício de nubalistas em Tecnofeudalismo.)
Star
Trek não
repete os erros de Keynes nem dos tecno-fetichistas. O capital em nuvem e a IA
são condições necessárias, mas insuficientes, para nossa libertação. Para
torná-las suficientes, será necessária uma revolução política que transfira a
propriedade das redes tecnológicas da oligarquia para os Comuns. E, como Star
Trek mostra de forma contundente, nossa libertação também depende de
não cairmos na armadilha do coletivismo autoritário.
A
esquerda moribunda de hoje faria bem em se inspirar no abraço corajoso de Star
Trek a um comunismo humanista e anti-autoritário.
Fonte: Por Yanis
Varoufakis – Tradução Antonio Martins, em Jacobin Brasil
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