Por
que feridas tem difícil cicatrização em pessoas com diabetes?
O
diabetes ocorre quando a glicose no sangue está muito alta. Com o tempo, o
excesso de açúcar no sangue pode causar problemas de saúde, em alguns casos
reduzindo a capacidade de regeneração da pele.
Em
outras palavras, feridas podem não cicatrizar com a mesma rapidez ou eficácia.
Essas feridas aparecem principalmente nos pés e nas pernas, e a cicatrização
lenta pode aumentar o risco de desenvolver infecções e outras complicações.
O
diabetes prejudica a forma como o corpo produz ou responde à insulina, um
hormônio que permite que as células absorvam e usem a glicose da corrente
sanguínea para obter energia. Quando o corpo tem dificuldade para metabolizar a
glicose, isso pode levar a níveis elevados de açúcar no sangue.
Dentre
os problemas de saúde que decorrem do nível elevado de açúcar no sangue está a
difícil cicatrização de feridas. Até mesmo pequenos cortes podem se transformar
em feridas crônicas que não cicatrizam e são vulneráveis a infecções.
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Por que feridas tem difícil cicatrização em pessoas com diabetes?
Conforme
mencionado, a alteração da insulina associada ao diabetes torna mais difícil
para o corpo controlar os níveis de glicose no sangue. Deste modo, quando a
glicose no sangue permanece alta, ela prejudica a função dos glóbulos brancos.
Os
glóbulos brancos são fundamentais no sistema imunológico. Quando os glóbulos
brancos não conseguem funcionar corretamente, o corpo tem menos capacidade de
combater bactérias e fechar feridas.
De
acordo com pesquisas, o diabetes não controlado também pode afetar a
circulação, fazendo com que o sangue se mova mais lentamente, dificultando o
fornecimento de nutrientes às feridas. Como resultado, as lesões cicatrizam
lentamente ou podem não cicatrizar.
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Glicose e açúcar são a mesma coisa?
A
glicose é um tipo de açúcar, usado pelo corpo humano como fonte de energia.
Outros tipos de açúcar, como a frutose e a lactose, são transformados em
glicose pelo nosso corpo quando ingeridos.
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Quais alimentos diminuem o açúcar no sangue?
Alguns
alimentos ajudam a controlar os níveis de açúcar no sangue, entre eles: aveia,
amêndoas, brócolis, chia, linhaça, frutas cítricas, maçãs e ovos.
• Estudo diz que diabetes possibilita
desenvolvimento de superbactérias
Um
estudo realizado por pesquisadores norte-americanos descobriu que a diabetes
pode estar associada a um desenvolvimento rápido de bactérias muito resistentes
a antibióticos. A Staphylococcus aureus, utilizada como foco da pesquisa pelos
observadores, é um patógeno que causa infecções recorrentes principalmente em
pessoas com diabetes e pode ser fatal ao entrar na corrente sanguínea.
A
pesquisa publicada em fevereiro na revista científica Science Advances utilizou
camundongos para chegar aos resultados. Primeiramente, os estudiosos provocaram
a diabetes em um grupo e o outro se manteve sem a condição crônica. A partir
daí, eles testaram a resistência bacteriana nos animais com e sem diabetes e
perceberam que a evolução da resistência ocorreu muito mais rapidamente nos
diabéticos.
O
pontapé inicial para a pesquisa partiu do interesse em entender por que os
antibióticos não funcionam da maneira correta em algumas situações. Por
exemplo, a bactéria que serviu de objeto de estudo é conhecida por ser perigosa
e tem taxa de mortalidade associada a 20% mesmo com a existência de
medicamentos para combatê-la. Em diabéticos, a Staphylococcus aureus pode
causar infecções graves.
Os
pesquisadores esperavam que a diabetes influenciasse a eficácia dos
antibióticos, mas a grande surpresa foi que a doença contribuiu diretamente
para que a bactéria se tornasse super resistente. Isso aconteceu porque o
sistema imunológico debilitado dos diabéticos permite que a bactéria se
prolifere sem muito controle, além da glicose extra presente no corpo favorecer
o crescimento do microrganismo, tornando-o mais forte e resistente.
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Desenvolvimento de superbactérias pode estar ligado a outras doenças
Além da
diabetes, os pesquisadores levantaram a hipótese da evolução das bactérias
super resistentes também acontecer em pessoas acometidas por outras doenças,
como o HIV.
O
próximo passo será testar esse fenômeno em seres humanos para entender melhor
como ele ocorre e buscar novas estratégias para evitar o agravamento da
resistência bacteriana.
• Saiba o nível considerado normal de
açúcar no sangue
Os
níveis de glicose, chamados popularmente de “açúcar no sangue”, são parte
importante do gerenciamento da diabetes por parte das vítimas da doença. Porém,
existem algumas lacunas na compreensão sobre quais são os níveis ideais de
açúcar no sangue.
Isso
acontece porque os níveis de glicose têm diferentes graus de interpretação a
depender do indivíduo, por isso, deve ser constantemente discutido com os
médicos responsáveis pelo tratamento da diabetes. Além disso, é importante que
o paciente faça a medição dos níveis de açúcar no sangue constantemente.
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Quais os níveis ideais?
Porém,
um estudo do Instituto Nacional de Excelência Clínica (NICE), do Reino Unido,
apontou que os níveis ideais de açúcar no sangue a serem acordados entre
médicos e pacientes, devem estar dentro de um intervalo, a depender também do
tipo de diabetes que o paciente tem.
Ao
medir a glicemia, com auxílio de um glicosímetro, os níveis de açúcar de uma
pessoa não diabética devem estar entre 4 e 5,9 mmol/litro de sangue antes das
refeições. Para adultos com diabetes tipo 2, e adultos e crianças com diabetes
tipo 1, os níveis devem estar entre 4 e 7 mmol/L.
Depois
de 90 minutos ou mais das refeições, as medições devem apontar estar abaixo de
7,8 mmol/L para não diabéticos e abaixo de 8,5 mmol/L para pessoas com diabetes
tipo 2. Já para adultos e crianças com diabetes tipo 1, os níveis de açúcar no
sangue devem estar entre 5 e 9 mmol/L.
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Doenças causadas por açúcar no sangue
Além da
diabetes, o controle dos níveis de açúcar no sangue também são úteis para
prevenir problemas que incluem doenças renais, de retina e cardíacas, além de
danos nos nervos e acidentes vasculares encefálicos (AVEs).
A lista
de doenças com ligação com altos níveis de açúcar no sangue é ainda maior,
porém, o controle glicêmico é um importante aliado na prevenção dessas
condições. E isso pode ocorrer com mudanças sutis na dieta, como o consumo de
frutas e seus sucos in natura, por exemplo.
Fonte:
Olhar Digital/Metrópoles
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