Entenda
a profecia de Nostradamus que indica derrocada da Igreja Católica vem à tona
após morte de papa Francisco
Uma profecia de Nostradamus que indica a
derrocada da Igreja Católica veio à tona após a morte do papa
Francisco nesta segunda-feira (21). A
profecia ganhou força nas redes sociais em meio a lamentações no mundo todo. Em
seu livro Les Prophéties, publicado em 1555, o astrólogo francês Michel de
Nostredame, mais conhecido como Nostradamus, registrou diversas profecias
sombrias sobre o futuro da humanidade, incluindo "guerras cruéis" e o
retorno da peste.
Entre as visões do francês está a morte
de um papa "muito idoso" em 2025, que seria o ponto de partida de um
enfraquecimento da Igreja Católica. “Com a morte de um Pontífice muito velho /
Um romano de boa idade será eleito / Dirão dele que enfraquece sua sede / Mas
por muito tempo reinará com atividade mordaz”, escreveu Nostradamus.
O papa Francisco morreu aos 88 anos. Ele ocupava o cargo
máximo da Igreja Católica por 12 anos e se
recuperava de uma pneumonia nos dois pulmões após ficar 38 dias
internado. Francisco é o quarto papa mais velho a morrer no cargo. À
sua frente, estão apenas Leão XIII, que morreu com 93 anos em 1903; Celestino
III, que tinha 92 anos em sua morte em 1198; e Gregório XII, que morreu aos 90
anos em 1417.
Segundo o profeta, o sucessor desse papa
"muito idoso" seria "um jovem romano de boa idade e pele
escura". Após o papado disruptivo de Francisco, um mistério paira
sobre a postura que a Igreja Católica tomará para o suceder. Para o frade
dominicano Frei Betto, o próximo papa
"tende a ser de centro à direita".
As profecias de Nostradamus são consideradas
controversas, porém ele já recebeu crédito por ter previsto com precisão
eventos históricos importantes, como a ascensão de Adolf Hitler e a pandemia de
Covid-19.
Outras
previsões de Nostradamus para 2025 são:
- o retorno da
peste do século XVII, que seria "o inimigo mais mortal sob os
céus";
- a chegada à
Terra de uma "bola de fogo vinda do cosmos" devastadora.
- uma guerra
prolongada chegaria ao fim por conta do esgotamento de exércitos.
¨ O que diz a profecia
de São Malaquias sobre o próximo papa
Após
a morte do Papa
Francisco nesta segunda (21/4), os internautas resgataram
textos antigos da "Profecia dos Papas". De autoria atribuída a São
Malaquias, bispo irlandês do século 12, os escritos preveem que o próximo líder
da Igreja Católica vai governar na “desolação do mundo” e que Roma será
destruída.
São
Malaquias pontuou que Francisco seria o último papa da história. A profecia
seria formada por 112 frases em latim, na qual cada uma delas descreveria os
112 últimos papas em ordem cronológica. Entretanto, os lemas têm
interpretações ambíguas e não existem evidências de que a profecia seja
verdadeira ou de que Francisco seria de fato o último dos pontífices.
Embora
o argentino Jorge Mario Bergoglio seja o 266º papa da história, sucessor de
Bento XVI, a dedução de que ele seria o último dos papas descritos nos textos
se deve às semelhanças com o protagonista do 112º lema. O Petrus
Romanus ("Pedro, o Romano", em tradução livre) teria nascido
na Argentina, com ascendência italiana e latina. Por se encaixar na descrição,
ele seria o último da lista.
Devido
a falta da oficialização dos textos pela Igreja Católica, a autenticidade da
previsão gera dúvidas, e há quem diga que ela é falsa. São Malaquias teria
visitado Roma em 1139 a convite do então papa Inocêncio II, quando se tornou
bispo e sonhou com a sucessão e decadência do papado. A maior controvérsia
seria o nome do 112º Papa: a teoria apostava em Pedro II, mas Bergoglio decidiu
se chamar Francisco quando eleito ao cargo.
Além
disso, os textos só foram tornados públicos em 1590 pelo monge católico Arnold
Wyon, que publicou a lista dos 112 papas na obra Lignum Vitae.
Então, mesmo que atribuída ao nome de São Malaquias, a teoria não é nem
classificada como uma "profecia" por teólogos, sendo que o termo é
exclusivo para previsões bíblicas.
Antes
do lema associado a Francisco, algumas teorias chamam a atenção para a
autenticidade da suposta profecia. São Malaquias teria acertado simbolismos,
datas e destinos de líderes da Igreja Católica. No lema Aquila Rapax (“Águia
de Rapina”), o Papa Pio VII (1800-1823) viveu durante o domínio militar de
Napoleão Bonaparte, cujo símbolo era uma águia imperial, bem como o título do
texto.
O
padrão de acertos se repete também no lema Crux de Cruce (“Cruz
da cruz”), uma metáfora para as dificuldades enfrentadas por Pio IX
(1846-1878), morto enclausurado no Vaticano. De Medietate Lunae (“Pelo
período de uma Lua”) narrou o governo de João Paulo I (1978), que morreu 33
dias após assumir o papado, ocupando o cargo aproximadamente no período de um
ciclo lunar.
A
última profecia, por sua vez, afirmava que “na suprema desolação do mundo,
reinará Pedro, o Romano, o último papa do Deus verdadeiro!” (“cTu, in
desolacione suprema sede. Ecce Petrus Romanus, ultimus Dei veri Pontifex!”).
Conforme Malaquias, tal papa ainda "alimentará o rebanho entre muitas
turbulências, e então a cidade das sete colinas será destruída e o formidável
juiz julgará o seu povo". A cidade seria Roma, onde fica o Vaticano, sede
da Igreja Católica.
¨ Líderes mundiais lamentam morte e homenageiam o papa
Líderes mundiais lamentam a morte do
Papa Francisco, nesta segunda-feira (21).
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Argentina
O
presidente Argentino, Javier Milei, publicou uma nota de pesar em uma rede
social dizendo ter recebido a notícia da morte de Francisco com profunda
tristeza. "Foi com profunda tristeza que soube nesta triste manhã que o
Papa Francisco, Jorge Bergoglio, faleceu hoje e agora descansa em paz. Apesar
das diferenças que hoje parecem pequenas, ter podido conhecê-lo em sua bondade
e sabedoria foi uma verdadeira honra para mim. Como Presidente, como argentino
e, fundamentalmente, como homem de fé, despeço-me do Santo Padre e estou ao
lado de todos nós que hoje lidamos com esta triste notícia", escreveu o
mandatário.
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Brasil
Em nota, o presidente Luiz Inácio Lula da
Silva (PT), disse que "a humanidade perde uma voz de respeito e
acolhimento ao próximo" e citou a atuação do papa à frente da Igreja
Católica. Lula decretou
luto oficial de sete dias no Brasil pela
morte do papa. "Com sua simplicidade, coragem e empatia, Francisco trouxe
ao Vaticano o tema das mudanças climáticas. Criticou vigorosamente os modelos
econômicos que levaram a humanidade a produzir tantas injustiças. Mostrou que
esse mesmo modelo é que gera desigualdade entre países e pessoas. E sempre se
colocou ao lado daqueles que mais precisam: os pobres, os refugiados, os
jovens, os idosos e as vítimas das guerras e de todas as formas de
preconceito."
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França
O
presidente da França, Emmanuel Macron, relembrou a trajetória do pontífice.
"De Buenos Aires a Roma, o Papa Francisco quis que a Igreja levasse
alegria e esperança, especialmente aos mais pobres. Que ela trabalhasse pela
união entre os Homens, e entre a humanidade e a natureza. Que essa esperança
continue a renascer, para além dele. A todos os católicos, e ao mundo enlutado,
dirigimos, com minha esposa, os nossos mais sinceros pensamentos", disse
em postagem.
<><>
Alemanha
O
próximo chanceler da Alemanha, Friedrich Merz, disse nesta segunda que o papa
foi "guiado pela humildade e pela fé na misericórdia de Deus".
"A morte do Papa Francisco me enche de grande tristeza. Francisco será
lembrado por seu compromisso incansável com os mais fracos da sociedade, com a
justiça e a reconciliação. A humildade e a fé na misericórdia de Deus o
guiaram. Dessa forma, o primeiro latino-americano na Santa Sé tocou pessoas no
mundo todo e além das fronteiras religiosas. Meus pensamentos neste momento
estão com os fiéis do mundo inteiro que perderam seu Santo Padre. Que ele
descanse em paz."
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Inglaterra
O rei
da Inglaterra, Chales III, que encontrou com o papa após a sua alta hospitalar
comentou sua reação ao saber do falecimento de Francisco. "Minha esposa e
eu ficamos profundamente entristecidos ao saber da morte do papa
francisco", disse.
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União Europeia
A
presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, também comentou o
falecimento. "Hoje, o mundo lamenta a morte do Papa Francisco. Ele
inspirou milhões, muito além da Igreja Católica, com sua humildade e amor tão
puro pelos menos favorecidos. Meus pensamentos estão com todos que sentem essa
perda profunda. Que encontrem consolo na ideia de que o Papa Francisco",
disse.
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Itália
Já a
primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, o chamou de "grande
pastor". "A morte do papa nos deixa profundamente tristes, ele foi um
grande homem e um grande pastor", afirmou.
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Estados Unidos
O
presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, publicou em uma rede social uma
breve mensagem sobre o papa: "descanse em paz papa Francisco. Que Deus
abençoe ele e a todos que o
amavam". Já o vice-presidente
americano, JD Vance, também prestou suas homenagens e comentou sobre o estado
dele em seu último dia. Vance esteve com
o pontífice no domingo (20), antes das celebrações de páscoa. "Acabei de saber do falecimento do papa Francisco.
meu coração está com os milhões de cristãos ao redor do mundo que o
amavam", afirmou. "Fiquei feliz de ver o papa ontem, apesar de ele
estar claramente muito doente". O perfil da Casa Branca no X também postou
uma foto em homenagem ao pontífice.
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Autoridade Palestina
O
presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, prestou homenagens ao papa
Francisco, que faleceu nesta segunda-feira (21), a quem descreveu como "um
amigo fiel do povo palestino", segundo a agência de notícias oficial Wafa.
"Perdemos no dia de hoje um amigo fiel do povo palestino", escreveu
Abbas, destacando que o pontífice argentino "reconheceu o Estado palestino
e autorizou que a bandeira palestina fosse hasteada no Vaticano".
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Israel
O Papa
Francisco foi um homem de profunda fé, paz e compaixão, que promoveu laços com
o mundo judaico, disse o presidente de Israel, Isaac Herzog, nesta segunda, em
uma mensagem de condolências dirigida ao mundo cristão e às suas comunidades na
Terra Santa. "O falecido Papa Francisco foi um homem de grande fé e
compaixão, que dedicou sua vida a servir os pobres ao redor do mundo e a
defender a paz em um momento complexo e turbulento. Sua Santidade o Papa
reconheceu a importância de aprofundar as relações com o mundo judaico e
procurou promover o diálogo inter-religioso como um meio de alcançar
compreensão e respeito mútuos", escreveu no X (antigo Twitter).
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Rússia
O
presidente russo, Vladimir Putin, enviou suas condolências pelo falecimento do
Papa Francisco ao cardeal Kevin Joseph Farrell, camerlengo da Igreja Romana..
“Por favor, aceitem minhas mais sinceras condolências pelo falecimento de Sua
Santidade, o Papa Francisco. Durante os anos de seu pontificado, ele promoveu
ativamente o desenvolvimento do diálogo entre as Igrejas Ortodoxa Russa e
Católica Romana, assim como a cooperação construtiva entre a Rússia e a Santa
Sé. Nesta hora triste, gostaria de transmitir a você e a todo o clero católico
minhas palavras de solidariedade e apoio”, disse Putin na mensagem.
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Ucrânia
O
presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy, disse que "milhares de pessoas
ao redor do mundo estão de luto" pela morte do papa. "Ele sabia como
dar esperança, aliviar o sofrimento por meio da oração e promover a unidade.
Rezou pela paz na Ucrânia e pelos ucranianos. Lamentamos juntos os católicos e
todos os cristãos que buscaram apoio espiritual no Papa Francisco. Memória eterna",
escreveu no X (antigo Twitter).
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Suíça
A
presidente da Suíça, Karin Keller-Sutter, chamou Francisco de um "grande
líder esperitual". "O papa Francisco foi um grande líder espiritual,
um incansável defensor da paz, seu legado permanecerá", afirmou.
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Índia
O
primeiro-ministro Indiano, Narendra Modi, elencou as qualidades de Francisco.
"O Papa Francisco sempre será lembrado como um farol de compaixão,
humildade e coragem espiritual por milhões ao redor do mundo", disse.
"Ele serviu diligentemente aos pobres e oprimidos. Para aqueles que
estavam sofrendo, ele acendeu um espírito de esperança. Lembro com carinho das
minhas reuniões com ele e fui profundamente inspirado pelo seu compromisso com
o desenvolvimento inclusivo e integral. Seu carinho pelo povo da Índia será
sempre valorizado. Que sua alma encontre paz eterna no abraço de Deus."
<><>
Arcebispo de São Paulo
À Rádio
9 de julho, o Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo, falou sobre
o Papa Francisco. “Nós nos unimos, então, à toda a Igreja, para rezar pelo Papa
Francisco, recordando o que ele realizou durante esses 12 anos do seu Papado, e
pedindo a Deus que o acolha, que o recompense por tudo que ele fez e significou
para a Igreja nesses últimos anos”, afirmou.
Conferência
Nacional dos Bispos do Brasil A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, por
meio das redes sociais, lembrou que o pontífice dedicou toda a vida à Igreja e
aos marginalizados."Ele nos ensinou a viver os valores do Evangelho com
fidelidade, coragem e amor universal, especialmente em favor dos mais pobres e
marginalizados. Com imensa gratidão por seu exemplo como verdadeiro discípulo
do Senhor Jesus, recomendamos a alma do Papa Francisco ao infinito amor
misericordioso do Deus Trino", diz nota.
¨
'Guiou a Igreja na crise', 'defendeu os marginalizados':
como a imprensa internacional repercutiu morte do papa Francisco
Jorge Mario Bergoglio, o papa
Francisco, morreu aos 88
anos às 2h35 pelo horário de Brasília, 7h35 pelo horário local, desta segunda-feira (21). Os principais jornais
internacionaos repercutiram o falecimento do pontífice.
<><> Veja abaixo como a imprensa
internacional noticiou a morte do papa.
>>>
Revista Time
A revista americana Time homenageou
Francisco com uma foto em
preto e branco, em nova capa ilustrada. O título traz
apenas o nome e os anos de nascimento e morte do pontífice: 'Papa Francisco
1936-2025'. "O Papa Francisco, o líder católico romano reformista que
guiou a Igreja em uma era de crise, faleceu na segunda-feira, 21 de abril, um
dia após ter aparecido na Praça de São Pedro para oferecer uma bênção de Páscoa
ao público. Ele tinha 88 anos", diz a reportagem.
>>>
New York Times
O
jornal New York Times, um dos principais dos Estados Unidos, relembrou como
Franscico "entrou em conflito com os tradicionalistas, em sua luta por uma
Igreja Católica Romana mais inclusiva, e se manifestou incansavelmente em prol
dos migrantes, dos marginalizados e da saúde do planeta".
>>>
BBC News
O canal
britânico BBC News destacou que "católicos do mundo lamentam a morte do
papa Francisco". Em um dos textos, o jornal afirma como o pontífice
"era um crítico ferrenho dos poderosos, e sua influência era sentida muito
além da fé".
>>>
The Washington Post
O The
Washington Post disse queo estilo inclusivo do papa "lhe rendeu adoração e
críticas, mesmo tendo feito poucas mudanças na doutrina católica", além de
destacá-lo "como primeiro pontífice latino-americano que remodelou o
papado com sua abertura e empatia pelos marginalizados".
>>>
The Guardian
O
jornal britânico The Guardian chamou o papa de "líder da Igreja Católica
que lutou pela justiça social, económica e por uma resposta urgente à crise
climática". O texto destacou a quebra de paradigma de Francisco, como o
primeiro sucessor latino-americano e o primeiro líder de fora da Europa em mais
de um milênio.
>>>
El País
Já o
espanhol El País repercutiu a morte do papa Francisco como "uma tempestade
social e reformador na Igreja". Além disso, o jornal afirma que ele
ensinou "a viver os valores do Evangelho com fidelidade, coragem e amor
universal, especialmente pelos mais pobres e marginalizados".
>>>
Clarín
O
jornal argentino Clarín disse que o "ele transformou a Igreja e trabalhou
para torná-la mais inclusiva" e definiu o papa como um dos mais
"importantes líderes espirituais e politicos das últimas décadas".
>>>
La Nacion
Outro
jornal argentino, o La Nación, definiu a morte do líder religioso como um
"choque global". No obituário, a veículo definiu Francisco como
"o simples papa do fim do mundo que quebrou o molde e abriu a Igreja como
nunca antes".
>>>
CNN
A rede
norte-americana CNN destacou Francisco como o pontífice que "fez críticas
contundentes ao tratamento dado por Trump aos migrantes nos últimos
meses", além de descrever o papa como “outsider” por enfrentar resistência
às reformas propostas.
Morte
do papa Franscisco repercute na mídia internacional — Foto: Reprodução/CNN
>>>
Al Jazeera
O Al
Jazeera definiu Francisco como "o pontífice que ultrapassou os limites da
Igreja — mas não os quebrou". Na manchete, o jornal disse que os
"sinos tocam em todo o mundo" após a morte do papa.
Fonte:
g1/Correio Braziliense

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