Segurança
global é a pior desde a 2ª Guerra Mundial, diz chanceler da Hungria
A situação global de
segurança é a pior que já se viu desde o fim da Segunda Guerra Mundial, e
medidas precisam ser tomadas para evitar a deterioração dos conflitos na
Ucrânia e em Gaza, afirmou o ministro das Relações Exteriores da Hungria, Peter
Szijjarto, à Sputnik após a 79ª sessão da Assembleia Geral da ONU.
"Devo dizer que
não há dúvida de que a situação de segurança global é agora a pior de longe.
Acredito que essa afirmação é verdadeira também se compararmos o tempo que
passou desde a Segunda Guerra Mundial. Devem ser tomadas medidas para mitigar
os riscos ou para a desescalada dos conflitos na Ucrânia e em Gaza",
declarou.
O chanceler da Hungria
ainda destacou que as discussões em Nova York são uma oportunidade para os
líderes mundiais se lembrarem do propósito da Organização das Nações Unidas
(ONU).
"Se eu olhar para
as nove semanas anteriores de alto nível nas quais participei, não há dúvida de
que a situação da segurança global é agora a pior", disse.
¨
Em seu 1º discurso na
Assembleia Geral, Milei critica agenda da ONU: 'impõem uma ideologia'
Durante sua primeira
participação perante a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU)
nesta terça-feira (24), o presidente argentino, Javier Milei, acusou a entidade
de impor uma agenda ideológica aos seus membros.
"À certa altura,
como costuma acontecer com as instituições burocráticas que os homens criam,
esta organização deixou de salvaguardar os princípios delineados na sua
declaração fundadora e começou a sofrer mutações", afirmou.
"Um escudo para
defender o homem se tornou um Leviatã de múltiplos tentáculos que procura
decidir não só o que cada Estado-nação deve fazer, mas também como todos os
cidadãos do mundo devem viver", acrescentou.
O presidente argentino
criticou fortemente a Agenda 2030 da ONU e a acusou de querer "impor uma
agenda ideológica" para seus membros.
"Quero alertar
sobre o perigo desta organização falhar em sua missão original. Venho dizer ao
mundo o que acontecerá se a ONU continuar a promover políticas coletivistas no
âmbito da Agenda 2030", disse Milei, que se apresentou não como um político,
mas como um economista libertário.
Além disso, Milei
confirmou o desligamento da Argentina do Pacto para o Futuro da ONU durante seu
discurso na 79ª Assembleia Geral da organização.
"Queremos
expressar oficialmente a nossa dissidência sobre o Pacto para o Futuro assinado
no domingo [22]", sublinhou o presidente argentino.
¨ Representante russo na ONU avança condição para acabar com
operação militar na Ucrânia
A Rússia continuará
sua operação militar especial na Ucrânia enquanto o Ocidente não permitir que
ela se livre do regime de Kiev pacificamente, disse o embaixador russo na ONU,
Vasily Nebenzya, durante seu discurso na reunião do Conselho de Segurança.
O embaixador afirmou
que não é possível encontrar uma solução justa e estável para a crise ucraniana
sem eliminar as suas principais razões: "o nacionalismo, o nazismo e
outras manifestações de discriminação na Ucrânia, respeito aos direitos e às liberdades
fundamentais de todos, sem distinção de raça, sexo, idioma ou religião".
"Sempre
respeitamos os ucranianos, eles são um povo fraterno com o qual temos laços
históricos inquebráveis. [...] Mas se o campo ocidental não permitir que nos
livremos desse 'tumor cancerígeno', o qual é o atual regime de Kiev, de forma
pacífica, [...] continuaremos nossa operação militar especial até que suas
tarefas sejam resolvidas militarmente", disse Nebenzya.
Nebenzya enfatizou que
a Rússia sempre esteve pronta para viver em paz com a Ucrânia até que ela se
transformou em um estado russófobo neonazista com planos de se juntar ao bloco
militar da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).
O diplomata também
pediu a Kiev que adotasse uma postura realista em relação a uma solução de
longo prazo para a crise "o mais rápido possível", em vez de pensar
em "planos de vitória" irrealistas.
O atual líder
ucraniano Vladimir Zelensky, que discursou anteriormente na reunião do Conselho
de Segurança da ONU, falou contra as negociações com a Rússia para resolver o
conflito na Ucrânia.
Além disso, em seu
discurso, ele defendeu novamente a sua "fórmula de paz" para resolver
a situação.
O porta-voz da
presidência russa, Dmitry Peskov, comentando o plano de Zelensky, disse que
Moscou, ciente da essência das autoridades de Kiev, continua a operação
especial e atingirá todos os seus objetivos.
¨ Mídia alemã aponta que sabotagem do Nord Stream custou cerca de
300 mil dólares
A operação para
explodir os gasodutos Nord Stream custou cerca de US$ 300 mil (R$ 1,64 milhão)
e foi financiada com fundos privados, segundo uma investigação da mídia alemã.
"A ação […] foi
submetida à aprovação do ex-comandante das Forças Armadas ucranianas Valery
Zaluzhny, que deu sinal verde para a ação", disse a mídia.
Por sua vez, Vladimir
Zelensky não foi informado da operação nem pelos sabotadores nem pelos
militares envolvidos, afirma a reportagem, observando que as tentativas
norte-americanas de parar a operação falharam.
Da mesma forma, a
investigação confirmou a informação revelada pelo jornal The Washington Post,
em novembro do ano passado, de que o ato de sabotagem foi dirigido e planejado
pelo antigo agente dos serviços especiais ucranianos Roman Chervinsky.
No dia 26 de setembro
de 2022, três das quatro linhas dos gasodutos Nord Stream 1 e Nord Stream 2
foram alvo de sabotagem com cargas explosivas no fundo do mar Báltico, perto de
uma ilha dinamarquesa e ao largo da costa sueca — zonas repletas de navios de
guerra da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). A Alemanha, a
Dinamarca e a Suécia recusaram-se a apurar a sabotagem em conjunto com a Rússia
e a compartilhar os resultados das suas investigações com o país euro-asiático.
O jornalista
norte-americano Seymour Hersh, vencedor do Prêmio Pulitzer, revelou que
mergulhadores militares dos Estados Unidos colocaram as cargas explosivas sob
os gasodutos russos em junho de 2022, durante os exercícios BALTOPS, da OTAN.
Citando fontes com
conhecimento direto do planejamento operacional dos ataques, Hersh acusou os
militares noruegueses de ativarem os explosivos três meses depois, causando
graves danos aos gasodutos que ligam a Rússia à Alemanha.
Hersh sublinhou que o
presidente dos EUA, Joe Biden, aprovou a sabotagem após mais de nove meses de
discussões secretas com a sua equipe de segurança nacional.
¨ Putin propõe rediscutir 'fundamentos' da política da Rússia no
campo da dissuasão nuclear
Durante reunião do
Conselho de Segurança russo nesta quarta-feira (25), o presidente Vladimir
Putin propôs a rediscussão dos "fundamentos" da política do país no
campo da dissuasão nuclear.
O chefe de Estado
arrematou que Moscou se "reserva o direito de usar armas nucleares em caso
de agressão contra a Rússia e Belarus, como membro do Estado da União".
Segundo Putin, é
necessário "adaptar a política de dissuasão nuclear às realidades
atuais".
De acordo com o líder,
o uso de armas nucleares por Moscou poderá ser considerado "após dados
confiáveis sobre possíveis lançamentos em massa de mísseis e drones"
contra o território russo.
"Na pauta de
hoje, temos uma questão relacionada à atualização dos fundamentos da política
de Estado no campo da dissuasão nuclear. Junto com a doutrina militar, este é
um documento que define e detalha oficialmente a estratégia nuclear da Rússia",
disse Putin.
"A tríade nuclear
continua sendo a garantia mais importante para garantir a segurança do Estado e
dos cidadãos", encerrou o presidente.
¨ Ucrânia envia para Kursk soldados mal treinados e até 'idosos e
pessoas doentes', diz prisioneiro
Os militares das
Forças Armadas da Ucrânia foram enviados para atacar a região de Kursk
diretamente dos campos de treinamento, disse à Sputnik um prisioneiro da 41ª
Brigada do Exército ucraniano, chamado Yuri.
"Nossa brigada
foi recentemente formada, temos apenas idosos e pessoas doentes, uma brigada
simples. Nos pegaram todos dos campos de treinamento e nos jogaram nas
posições," disse.
Segundo ele,
atualmente os recrutadores ucranianos prendem todos os homens encontrados nas
ruas do país, exceto estudantes e aqueles que têm isenção.
"Houve casos em
que pegaram pessoas da construção civil, que estavam com roupas de
trabalho," acrescentou.
As unidades das Forças
Armadas da Ucrânia iniciaram em agosto um ataque contra a região de fronteiriça
de Kursk, mas seu avanço foi parado, relatou o chefe do Estado-Maior das Forças
Armadas da Rússia, Valery Gerasimov.
A autoridade militar
ressaltou ainda que a operação russa na região de Kursk será concluída com a
derrota do inimigo e sua expulsão até a fronteira.
Conforme comunicado
divulgado nesta terça-feira (24) pelo Ministério da Defesa da Rússia, durante
as ações de combate na região de Kursk, o inimigo já perdeu mais de 16.700
militares e 127 tanques.
O presidente da
Rússia, Vladimir Putin, afirmou que a incursão em Kursk foi uma provocação, os
ucranianos realizam bombardeios indiscriminados, incluindo contra alvos civis.
Putin declarou que o inimigo terá uma resposta digna, e todos os objetivos
estabelecidos pela Rússia serão alcançados.
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Prisioneiro de guerra ucraniano: fomos enviados à região de Kursk à morte com
drogados
O prisioneiro de
guerra ucraniano relatou que o comando das suas Forças Armadas o enviou para a
região russa de Kursk com um engano e os guias estavam sob o efeito de drogas,
relata o Ministério da Defesa da Rússia.
"Quando o ataque
de morteiros começou, entramos no porão de uma das casas. Os nossos quatro
superiores foram para frente a algum lugar por conta própria. Eles estavam
drogados, não se importavam como ir. Tinham fumado, simplesmente foram em
frente e nos disseram: 'fiquem no porão [...]'. Estes eram os nossos guias que
tinham de nos levar ao local e colocar nos lugares. Fomos enviados com
drogados, basicamente levados à morte", disse o prisioneiro de guerra
Sergei Butenko.
De acordo com ele, o
comando do Exército ucraniano disse aos soldados antes de partir para a região
russa de Kursk que eles ficariam na fronteira."Simplesmente mentiram para
nós. Falei com aqueles que estão agora em cativeiro, a mesma situação com todos.
Também diziam que iam, ficavam lá dois ou três dias e pronto", disse
Butenko.
Unidades do Exército
russo eliminaram no último dia nas áreas fronteiriças da região de Kursk mais
de 360 militares ucranianos, 13 veículos blindados e três estações de guerra
eletrônica. Além disso, quatro soldados foram capturados, informou o Ministério
da Defesa da Rússia.
¨ Tropas russas estão cercando Ugledar: qual é a importância
estratégica da cidade?
A batalha pela cidade
de Ugledar na República Popular de Donetsk vem ocorrendo desde 2022, quando as
forças russas avançaram pela primeira vez em sua direção.
As Forças Armadas
russas estão submetendo as tropas ucranianas a "um grande ataque de
pinça" em direção à cidade de Ugledar, tornando impossível qualquer
rotação de tropas na área, disse aos repórteres Igor Kimakovsky, conselheiro do
chefe da República Popular de Donetsk.
O analista político e
militar Sergei Poletaev falou à Sputnik sobre a importância estratégica de
Ugledar.
Do ponto de vista
militar, Ugledar é como um posto avançado, estabilizando um trecho muito grande
da linha de frente para as forças de Kiev.
A tomada de Ugledar
poderia contribuir para a ofensiva das tropas russas na cidade de Krasnoarmeisk
(Pokrovsk, na denominação ucraniana), um hub logístico muito importante do
Exército ucraniano.
Em termos de
logística, Ugledar está situada perto de uma ferrovia que liga as cidades de
Donetsk e Mariupol e de uma rodovia que a conecta à cidade de Volnovakha que
fica a meio do caminho para Mariupol.
Mariupol é o principal
porto russo no mar de Azov, e é por isso que a tomada de Ugledar vai encerrar
permanentemente qualquer chance dos ucranianos se aproximarem dele.
Há pelo menos duas
minas de carvão em Ugledar, incluindo a Yuzhnodonbasskaya № 3, uma das maiores
instalações desse tipo em Donbass. Essas minas de carvão continuam sendo as
fortalezas da defesa.
Qualquer mina permite
controlar o terreno da estepe ao seu redor por quilômetros.
Além disso, uma mina
normalmente tem áreas subterrâneas, o que a transforma em uma mini fortaleza.
Ugledar agora pode ser
comparada a "um caldeirão com a tampa quase fechada, prestes a ser
cozido", enfatizou Poletaev.
"Relatos da mídia
disseram que parte das forças ucranianas estacionadas em Ugledar foi enviada
para Pokrovsk, o que significa que Kiev tem problemas com as reservas. A
estratégia da Rússia é levar as Forças Armadas ucranianas à beira do
esgotamento de suas reservas. Esse processo imperceptível é de importância
estratégica, porque deve nos levar à vitória", concluiu o analista russo.
Fonte: Sputnik Brasil
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