Kremlin: OTAN é um
instrumento de guerra e sempre se aproximou das fronteiras da Rússia
A
Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) não é um instrumento de paz,
mas um instrumento de guerra, a aliança já se expandiu em seis ocasiões e se
aproximou das fronteiras da Rússia, disse Dmitry Peskov, o porta-voz do
presidente russo.
"A
OTAN não é um instrumento de paz, é um instrumento de confronto. A OTAN foi
assim concebida, projetada e implementada como um instrumento de confronto.
Esta é uma máquina de guerra e ela tem sempre se aproximado de nossas
fronteiras", disse o porta-voz do Kremlin em um evento educacional.
De
acordo com Peskov, no Ocidente raramente referem que a OTAN, mesmo após o
colapso da União Soviética, se expandiu seis vezes em direção às fronteiras da
Rússia com o seu potencial militar.
·
Zona
do euro está passando por um pico histórico de inflação
Relativamente
às sanções impostas pelo Ocidente contra a Rússia, Peskov observou que a zona
do euro está passando por um pico histórico de inflação, pois as sanções
atingiram também os europeus.
"Em
geral, toda a zona do euro está passando por uma alta histórica da inflação
[...] As sanções que aplicaram contra nós são uma arma de dois gumes, elas
atingiram os próprios europeus", disse o porta-voz.
Ele
ressaltou que "cada europeu, cada alemão – agora gasta quase 10% mais
dinheiro todos os dias na loja [...] E que os governos expliquem por que eles
devem pagar os dez euros extra em cada cem euros", concluiu Peskov.
Desde
o final de fevereiro do ano passado, a UE já aprovou dez pacotes de sanções
contra a Rússia, que incluem restrições financeiras, comerciais, assim como
sanções individuais, devido à operação especial da Rússia na Ucrânia.
Ex-oficial
de inteligência dos EUA prevê quando Ucrânia lançará sua contraofensiva
A
contraofensiva da Ucrânia não ocorrerá antes de meados de julho devido à falta
de equipamento militar necessário para isso, disse Scott Ritter, ex-oficial de
inteligência do Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos, em entrevista ao
canal U.S. Tour of Duty no YouTube.
"Os
ucranianos não conseguirão iniciar qualquer ofensiva até meados de julho. O
próprio governo ucraniano sugeriu isso dizendo que provavelmente será
necessário esperar até a cúpula da OTAN em julho para convencer a aliança a
fornecer armas novas e mais modernas", explicou o especialista.
De
acordo com Ritter, isso dará à Rússia mais tempo para quebrar as unidades das
Forças Armadas da Ucrânia que estavam se preparando para atacar as posições
defensivas russas. O ex-oficial de inteligência acrescentou também que o
conflito ucraniano terminará no final do verão europeu, já que, até lá, o
Exército ucraniano terá perdido a capacidade de opor resistência séria.
As
autoridades de Kiev estão constantemente falando sobre a eventual
contraofensiva das Forças Armadas de seu país. Segundo o premiê ucraniano Denis
Shmygal o contra-ataque pode começar na primavera ou no verão (Hemisfério
Norte). A região de Zaporozhie é indicada como sendo uma das direções do ataque
com o objetivo de conseguir acesso à costa do mar de Azov.
O
porta-voz do presidente russo, Dmitry Peskov, observou que todas as declarações
sobre a planejada contraofensiva dos militares ucranianos são cuidadosamente
monitoradas e levadas em conta no planejamento da operação militar especial.
Ø
UE
e Japão refutam plano dos EUA para veto total das exportações à Rússia, diz
mídia
As
diplomacias do Japão e da UE são contrárias a uma proposta norte-americana para
que os países-membros do G7 imponham uma proibição total das exportações à
Rússia, informa o Financial Times, citando fontes ligadas ao assunto.
O
plano norte-americano para a cúpula do G7, que deverá ocorrer no próximo mês em
Hiroshima, sugere substituir o atual regime de sanções a setores específicos
por uma proibição completa das exportações à Rússia, com exceção aos produtos
agrícolas e medicinais.
O
projeto teria como objetivo acabar com as brechas que possibilitam a Rússia
seguir importando tecnologias ocidentais.
Em
uma reunião preparatória, realizada recentemente, os representantes do Japão e
da União Europeia afirmaram que o veto total não seria viável, segundo fontes
citadas pelo jornal.
"Do
nosso ponto de vista, isso simplesmente não é viável", comentou um dos
funcionários, que não quis ser identificado.
Os
líderes do G7, composto por EUA, Japão, Alemanha, França, Reino Unido, Canadá e
Itália, mais a UE, devem se reunir de 19 a 21 de maio para discutir os efeitos
do conflito na Ucrânia, bem como a segurança econômica, investimento verde e a
região do Indo-Pacífico.
Ø
Lavrov:
EUA especulam sobre tema do conflito ucraniano, tentando desviar atenção do
Oriente Médio
Os
Estados Unidos e Europa especulam grosseiramente sobre o tema do conflito
ucraniano, tentando com ameaças atrair para seu lado os países em
desenvolvimento e desviar sua atenção do Oriente Médio, disse o ministro das
Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, nesta terça-feira (25) durante uma
reunião do Conselho de Segurança da ONU.
"Americanos
e europeus especulam grosseiramente sobre o tema ucraniano, tentando com
chantagem e ameaças atrair os países em desenvolvimento para o seu lado e,
assim, desviar sua atenção dos problemas do Oriente Médio e outras regiões do
Sul Global: então, agora vamos vencer a Rússia, e tudo se resolverá",
observou Lavrov na reunião do Conselho de Segurança da ONU sobre a situação no
Oriente Médio.
"Assim,
as crises, que os países em desenvolvimento estão interessados em resolver, são
vítimas dos padrões duplos e dos instintos coloniais do Ocidente, que está
obcecado com interesses egoístas para ditar suas demandas ao mundo inteiro,
ignorando as culturas e tradições de outros povos, e em geral zombando do
direito internacional", enfatizou ele.
O
Oriente Médio está passando por uma transformação à medida que as relações
entre Estados melhoram e esforços extras são feitos para resolver conflitos,
afirmou o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov.
O
ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, disse que os eventos
na Cisjordânia, Faixa de Gaza e Jerusalém Oriental elevaram as tensões na
região a um nível extremamente perigoso.
"Os
eventos na Cisjordânia, Faixa de Gaza, Jerusalém Oriental, bem como na linha de
desengajamento entre Israel, Líbano e Síria, elevaram as tensões a um nível
extremamente perigoso", disse o ministro, falando em uma reunião aberta do
Conselho de Segurança da ONU sobre a situação no Oriente Médio, incluindo a
questão palestina.
Por
sua vez, Rússia pede ao secretário-geral da ONU, António Guterres, que preste
mais atenção à regulação palestino-israelense e reúna um "quarteto"
de mediadores composto pela Rússia, Estados Unidos, União Europeia e ONU,
afirmou o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov.
"Gostaríamos
também que o secretário-geral fosse mais ativo em suas funções como moderador
do 'quarteto', sem esperar que uma 'permissão' seja recebida", declarou o
chanceler russo durante a reunião do Conselho de Segurança da ONU.
Segundo
Lavrov, em vez de "ajudar a restaurar o horizonte político", os EUA e
a UE "continuam as tentativas destrutivas de substituir a paz real por
alguns paliativos econômicos e de promover a normalização árabe-israelense,
contornando uma solução justa para o problema palestino e a Iniciativa de Paz
Árabe".
Ele
também afirmou que a Rússia deseja que os movimentos palestinos "se elevem
acima das ambições partidárias e se reúnam em torno da plataforma política da
Organização de Libertação da Palestina".
"Isso
permitirá melhorar a situação socioeconômica, fortalecer as instituições
administrativas e ficarem prontos para negociar com Israel já em nome de todo o
povo palestino", acrescentou o ministro.
Ø
Não
se pode subestimar Rússia no uso de armas nucleares, diz Medvedev
Potenciais
oponentes não devem subestimar a Rússia no uso de armas nucleares, afirmou o
vice-presidente do Conselho de Segurança russo, Dmitry Medvedev.
Falando
em uma maratona educacional, Medvedev lembrou que, em conformidade com os
princípios básicos da política de Estado no campo da dissuasão nuclear, armas
nucleares podem ser usadas quando a agressão é realizada contra a Rússia com o
uso de outras armas que ameaçam a própria existência do Estado.
"Isso
é essencialmente o uso de armas nucleares em resposta a tais ações. E nossos
potenciais adversários não devem subestimar isso. Então, toda essa conversa
sobre 'russos nunca farão isso' ou, pelo contrário, 'os russos estão sempre nos
assustando com o uso de armas nucleares', não vale nada", disse ele.
O
vice-presidente sublinhou que "se você tem algum tipo de armas em suas
mãos [...] você deve estar preparado, em uma determinada situação, pois sua mão
não hesitaria em usá-la".
"Portanto,
todos esses fatores não devem ser subestimados por nossos potenciais
adversários. Por os países que agora nos referimos adequadamente como
inimigos", pontuou.
Além
disso, durante a sua a conversa com os participantes da maratona, Dmitry
Medvedev declarou que o mundo moderno está doente e provavelmente à beira de
uma nova guerra mundial, mas é evitável. Ele também notou que a ameaça de
divisão da Europa é real hoje em dia.
"O
mundo está doente. E muito provavelmente está à beira de uma nova guerra
mundial. É inevitável? Não, ele não é", disse ele durante discurso aos
participantes da maratona.
"A
nova divisão da Europa. É isso que os europeus realmente temem. Essa ameaça, na
minha opinião, realmente existe", disse ele.
Medvedev
ressaltou que as apostas nesse caso serão certamente maiores, as armas seriam
mais poderosas e as possíveis vítimas seriam muito mais do que em conflitos
anteriores.
Ø
Rússia
começa a utilizar tanques avançados Armata na Ucrânia
As
forças russas começaram a utilizar seus mais avançados tanques T-14 Armata na
operação especial na Ucrânia.
"As
forças russas começaram a utilizar os novos tanques Armata para atingir
posições ucranianas. Contudo, não participaram em ações de assalto
direto", afirmou fonte à Sputnik.
Além
disso, a fonte informou que os tanques T-14 Armata receberam proteção adicional
lateral contra munições antitanque.
De
acordo com a fonte, desde o final de 2022, as tripulações dos tanques T-14
Armata estão recebendo treinamento de combate em Donbass.
O
T-14 é um moderno tanque de combate com uma torre não tripulada, contando com
um sistema de controle tático unificado.
Este
é o primeiro tanque do mundo capaz de participar em uma guerra focada em redes,
uma doutrina militar que pode converter uma vantagem informativa em competitiva
mediante a uma sólida rede de forças geograficamente dispersas bem conectadas e
informadas.
Ø
Europa
terá de combater a Ásia no mercado do petróleo bruto, dizem analistas
A
Europa enfrenta uma dura batalha com a Ásia no mercado de petróleo bruto. Isso
é relatado pela Bloomberg com referência aos analistas da empresa de
consultoria e pesquisa Energy Aspects Amrita Sen e Christopher Haines.
O
artigo diz que as refinarias de petróleo na Europa, além de verem interrompidas
as entregas da Rússia, também enfrentaram uma perda de volumes do Iraque e a
decisão dos países da OPEP+ de reduzir a produção em 1,6 milhão de barris.
Os
analistas acreditam que a Ásia poderia cortar os preços do petróleo europeu,
possivelmente forçando os europeus a tomar medidas para equilibrar o mercado.
Por
sua vez, as refinarias de petróleo na Ásia, particularmente na China, estão
agora aumentando a demanda por petróleo do tipo produzido pela Rússia e pelo
Curdistão iraquiano – o chamado óleo de acidez média e teor médio de enxofre.
Essa matéria-prima compõe a principal "ração" das refinarias
asiáticas, observa a agência.
Várias
restrições estão aumentando a pressão sobre o mercado de óleo de acidez média.
Especialmente no contexto em que os países do Oriente Médio também começaram a
usar mais de seu próprio petróleo para aumentar o processamento em suas novas
empresas, acrescentou a Bloomberg.
A
União Europeia impôs um teto de preço sobre o petróleo bruto russo em dezembro,
e em fevereiro o limite foi estendido aos produtos petrolíferos. As autoridades
russas consideram as sanções ilegais.
Em
resposta a essas medidas, a Rússia parou de fornecer petróleo para países que
haviam estabelecido limites de preços e se reorientaram para o mercado
asiático. Vortexa estima que a China e a Índia representaram até 91% de tais
exportações em março.
·
Londres
adverte China para 'erro de cálculo trágico' caso não seja clara sobre suas
intenções
O
secretário de Relações Exteriores britânico, James Cleverly, avisará a China
para a possibilidade de ocorrer um "erro de cálculo trágico", sendo
que as relações entre os dois países são as piores em décadas, segundo a
Reuters.
De
acordo com as informações da agência, baseadas em extratos divulgados pelo
escritório de Cleverly, o secretário vai dizer que o Reino Unido está aberto
para buscar aprofundar a cooperação com aliados no Indo-Pacífico e pedir que a China
seja clara sobre suas intenções.
"Apelo
à China para que seja igualmente aberta sobre a doutrina e a intenção por trás
de sua expansão militar, porque a transparência é certamente do interesse de
todos e o sigilo só pode aumentar o risco de um erro de cálculo trágico",
cita a agência o discurso de Cleverly.
O
discurso vai se realizar na Mansion House, no distrito histórico financeiro de
Londres, na noite de terça-feira (25).
O
artigo admite que o Reino Unido "está recalibrando" sua abordagem em
relação à China depois que o primeiro-ministro Rishi Sunak anunciou, em
novembro, o fim do que era considerado uma "era de ouro" nas relações
sob o ex-primeiro-ministro David Cameron.
Enquanto
os líderes da França, Alemanha e Espanha visitaram a China nos últimos seis
meses e pediram um compromisso com a segunda maior economia do mundo, os
Estados Unidos e o Reino Unido adotam uma abordagem mais rígida em relação ao
que consideram uma ameaça crescente de Pequim aos seus interesses e valores.
Ø
Ex-conselheiro
de segurança dos EUA defende reinstalação de armas nucleares táticas na Coreia
do Sul
Os
Estados Unidos devem reimplantar armas nucleares táticas na Coreia do Sul para
enviar uma mensagem clara à Coreia do Norte, cita a Reuters o ex-conselheiro de
Segurança Nacional dos EUA John Bolton na terça-feira (25).
O
discurso foi feito no momento em que o presidente sul-coreano Yoon Suk-yeol
está em Washington para se reunir com o presidente dos EUA, Joe Biden, reunião
durante a qual se espera que eles também discutam a dissuasão nuclear
norte-americana para proteger seus aliados.
"Ter
armas nucleares táticas de volta na península seria uma prova clara de nossa
determinação e firmeza para deter a Coreia do Norte", disse Bolton à
Reuters.
Ele
também defendeu que as dúvidas dos sul-coreanos sobre a extensão da dissuasão
dos EUA são "perfeitamente legítimas", mas se eles optarem por
construir suas próprias armas, isso vai prejudicar o regime global de não
proliferação e vai desencadear uma corrida nuclear na região.
"A
Coreia do Sul pode ajudar a criar uma estrutura de autodefesa coletiva no Leste
da Ásia ou no Indo-Pacífico de forma mais ampla", afirmou o
ex-conselheiro.
Os
Estados Unidos instalaram armas nucleares táticas na Coreia do Sul em 1958 e as
retiraram em 1991.
Yoon
Suk-yeol tinha dito durante a campanha eleitoral que pediria aos Estados Unidos
que trouxessem armas nucleares de volta à Coreia do Sul, se necessário, mas
voltou atrás depois de assumir o cargo em maio de 2022.
O
ministro da Defesa da Coreia do Sul, Lee Jong-sup, disse em novembro que Seul
não está considerando tal medida.
Fonte:
Sputnik Brasil
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