domingo, 30 de abril de 2023

Longevidade: cientistas conseguem aumentar vida útil de células em 82%

Usando edições de DNA, pesquisadores americanos conseguiram criar um método para dar um tempo de vida 82% maior às células. A técnica, chamada de engenharia de longevidade, pode embasar investigações futuras sobre o combate ao envelhecimento.

A descoberta foi publicada pelos pesquisadores da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, na revista Science nessa quinta-feira (27/4). Os biólogos moleculares afirmam que é a primeira vez que a mudança genética consegue retardar o envelhecimento celular nesse nível.

Na pesquisa, foram usadas células de levedura, muito usadas em pesquisa por sua intensa multiplicação, mas os pesquisadores afirmam que o método poderia ser replicado em células humanas. “A técnica de reprogramação celular pode ser usada em organismos mais complexos”, explicam os pesquisadores no estudo.

Para conseguir reverter o envelhecimento celular, os cientistas criaram circuitos genéticos que permitiram que tanto o núcleo da célula como suas mitocôndrias tivessem seus processos de transcrição de DNA aperfeiçoados — a “reciclagem” impede o acúmulo de toxinas.

“Esses resultados representam um avanço no uso da engenharia biológica para planejar circuitos genéticos sintéticos que consigam controlar complexos biológicos como o envelhecimento”, afirma o editor da revista Science, L. Bryan Ray.

 

Ø  Longevidade: expectativa de vida pode superar os 140 anos, diz estudo

 

Cientistas dos Estados Unidos acreditam que um dia a expectativa de vida poderá ultrapassar aos 140 anos. Embora pareça uma estimativa ousada, os pesquisadores da Universidade da Geórgia afirmam que ainda não chegamos ao limite máximo da longevidade humana.

Em um artigo publicado na quarta-feira (29/3) na revista PLOS One, o professor David McCarthy conta que as pessoas nascidas entre 1900 e 1950 estão experimentando um adiamento da mortalidade sem precedentes. Mas elas ainda são jovens demais para quebrar recordes de longevidade.

O grupo de estudo de McCarthy analisou a expectativa de vida ao longo dos séculos em 19 países para tentar determinar quanto tempo as pessoas podem viver, e entender se a população está vivendo mais, menos, ou se a longevidade está estagnada.

Eles acreditam que a idade máxima aumentará drasticamente entre as pessoas nascidas na primeira metade do século 20 em comparação às dos séculos anteriores. Uma pessoa nascida entre 1910 e 1950 poderia, por exemplo, viver tranquilamente até os 120 anos.

“Nossas estimativas indicam que há 95% de chance de que a última mulher sueca nascida em 1950 só morra com idade entre 117 e 125 anos. Portanto, em algum momento entre 2067 e 2075”, diz.

Os homens nascidos em 1970, por sua vez, poderiam chegar aos 141 anos. E as mulheres do mesmo ano viveriam até os 131 anos se as projeções se concretizarem. “À medida que esses grupos atingem idades avançadas nas próximas décadas, os recordes de longevidade podem aumentar significativamente”, afirma McCarthy.

Recorde de longevidade

O recorde de longevidade é da francesa Jeanne Louise Calment. Os registros mostram que Jeanne viveu até os 122 anos e 164 dias. Ela faleceu em agosto de 1997, em uma casa de repouso no sul da França.

 

Fonte: Metrópoles

 

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