Investigadores do
MIT acreditam ter encontrado uma maneira de reverter Alzheimer
Esta
é uma descoberta que pode mudar totalmente a expectativa atual relativamente à
doença de Alzheimer: um grupo de cientistas do Instituto de Tecnologia de
Massachusetts (MIT), nos EUA, afirma ter encontrado uma maneira de reverter a
doença de Alzheimer, depois de ter realizado um estudo com resultados
“notáveis” e “maravilhosos”.
Descobrir
e testar medicamentos que possam prevenir ou ou retardar esta doença, a forma
mais comum de demência, tem sido uma das prioridade de grandes grupos de
investigação por todo o mundo, nos últimos anos.
A
equipa fez uma experiência em laboratório com camundongos (ratos) e, através de
um peptídeo, biomolécula formada pela ligação de dois ou mais aminoácidos,
impediu que uma enzima no cérebro que está relacionada com a doença, denominada
CDK15, se tornasse hiperativa, como costuma acontecer em pessoas com a doença,
e prejudicasse os neurónios, provocando o declínio cognitivo típico do
Alzheimer.
Quando
os investigadores testaram o peptídeo nos animais, geneticamente modificados
para revelarem sinais de Alzheimer e com a CDK5 hiperativa, detetaram que houve
menos danos ao nível do seu ADN, neuroinflamação e perda de neurónios.
Além
disso, a equipa observou melhorias nos comportamentos dos animais,
relativamente aos ratos de um grupo de controlo que receberam uma versão
diferente desse peptídeo: o primeiro grupo revelou melhores resultados num
exercício que envolvia um labirinto aquático (conhecido por Morris water
navigation task).
A
equipa acredita que este peptídeo possa ser utilizado, no futuro, para tratar
doentes com Alzheimer e outros tipos de demência. “Descobrimos que o efeito
desse peptídeo é simplesmente notável”, disse Li-Huei Tsai, autor sénior do
estudo, acrescentando que a equipa observou “efeitos maravilhosos em termos de
redução da neurodegeneração e das respostas neuroinflamatórias”, mas também ao
nível da reversão de défices comportamentais.
Os
investigadores acreditam que os resultados do estudo, publicado no PNAS, possam
servir como um ponto de partida para mais investigações com o objetivo de
encontrar uma forma que possa reverter o efeito devastador da doença.
O
Alzheimer é uma doença degenerativa crónica, em que os doentes vão perdendo capacidades
de memória, concentração, atenção, linguagem e pensamento. Consequentemente,
também ocorrem mudanças de personalidade e no comportamento. Apesar de não ter
cura, quando os diagnósticos são feitos no estado inicial da doença, é possível
amenizar alguns dos sintomas.
Fonte:
Visão Saúde
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